segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ano de 2012: Reino Unido - 3° parte #16

Casa de Windsor
Jorge V

Jorge V do Reino Unido (nascido George Frederick Ernest Albert; 3 de Junho 1865 – 20 de Janeiro 1936) foi Rei do Reino Unido e Imperador da Índia entre 1910 e 1936. Era o segundo filho do Rei Eduardo VII do Reino Unido e da Rainha Alexandra da Dinamarca. Foi o primeiro membro da Casa de Windsor a subir ao trono.
Em 1891, Jorge tornou-se segundo na linha de sucessão, depois da morte de Alberto, Duque de Clarence, o seu irmão mais velho, por pneumonia. Alberto estava então noivo da princesa Maria de Teck (Princesa May), que foi pedida depois em casamento por Jorge. O casamento realizou-se em 1893 e resultou em seis filhos, entre os quais o Duque de Windsor e Jorge VI do Reino Unido. Em 1892, Jorge foi nomeado Duque de York e em 1901, após a morte da avó a Rainha Vitória, tornou-se Príncipe de Gales, Duque da Cornualha, Duque de Rothesay na sua condição de herdeiro da coroa britânica.
Jorge V foi coroado Rei do Reino a 22 de Junho de 1911 e Imperador da Índia em 11 de Dezembro, após a morte de Eduardo VII no ano anterior. Em 1917, dado o sentimento antigermânico vivido durante a Primeira Guerra Mundial, Jorge V mudou o nome da casa real de Saxe-Coburgo-Gota para Windsor, que passou a ser o sobrenome oficial da família real. Jorge V morreu em 1936 e foi sucedido pelo filho mais velho, Eduardo VIII.
Índice
1 Primeiros anos
2 Casamento
3 Duque de York e Príncipe de Gales
4 Ascensão ao trono
5 Reinado
6 Morte
7 Descendência
8 Títulos, honras e armas
  8.1 Títulos
  8.2 Honras
    8.2.1 Honras militares
  8.3 Armas
Primeiros anos
George nasceu em 3 de Junho de 1865 na Marlborough House, Londres. Quando nasceu, seu pai Eduardo, e sua mãe, Alexandra, ainda eram os príncipes de Gales. Era neto da Rainha Vitória, através do pai, e neto do rei Cristiano da Dinamarca, através de linha materna. Como neto da rainha reinante, recebeu o título de "Sua Alteza".
O então príncipe, foi batizado no Castelo de Windsor em 7 de Julho de 1865 pelo próprio Arcebispo da Cantuária. Como filho mais novo do Príncipe de Gales, não havia expectativa de que Jorge se tornasse rei um dia, já que seu irmão, o Príncipe Alberto Victor, era o segundo na linha de sucessão ao trono. Devido à pouca diferença de idade entre Jorge e seu irmão, ambos foram educados juntos. O Príncipe de Gales apontou John Neale Dalton como tutor para os seus filhos. Em 1877, com apoio do pai, os dois irmãos iniciaram seu serviço militar a bordo do navio HMS Britannia. Jorge serviu como almirante na Marinha Real até 1879 sob os cuidados do seu tutor.
Depois do serviço militar, Jorge e seu irmão visitaram algumas colônias britânicas no Caribe e Oceania, o Japão e o estado da Virgínia, nos Estados Unidos.
Casamento
Como marinheiro, Jorge serviu vários anos sob os comandos de seu tio, Alfredo, Duque de Saxe-Coburgo-Gota, em Malta. Lá Jorge se apaixonou por sua prima, Maria de Edimburgo. Sua avó (Rainha Vitória), seu pai e seu tio aprovaram imediatamente a relação e o possível casamento entre os dois. Entretanto, a Princesa de Gales e a Duquesa de Ediburgo se opuseram ao casamento entre os dois. Mais tarde Maria, influenciada por sua mãe, não aceitou se casar com o Príncipe e se tornou rainha consorte da Romênia.
Em 1891, Alberto Victor ficou noivo da princesa Maria de Teck|Princesa Maria Vitória de Teck, mas veio a falecer de pneumonia seis semanas depois. Com a morte de Alberto Victor, Jorge foi feito o segundo na linha de sucessão ao trono e teve de abandonar o serviço militar para cuidar das suas responsabilidades como herdeiro. A Rainha Vitória ainda era favorável ao possível casamento entre a Princesa de Teck e o futuro rei e propôs isto ao seu neto. Maria aceitou casar-se com o futuro rei. A cerimônia teve lugar no Palácio de St. James em 6 de julho de 1893. O casamento foi uma felicidade geral para a família real e para os noivos.
Duque de York e Príncipe de Gales
Em 1892, a Rainha Vitória concedeu a Jorge os títulos de Duque de Iorque e Conde de Inverness. Após seu casamento com Maria de Teck, Jorge recebeu o tratamento de Sua Alteza Real, o Duque de York.
Seguindo a tradição da época, os Duques de York se mudaram para a York Cottage, em Norfolk. Jorge e Maria optaram por uma vida comum às pessoas de classe média e longe do cotidiano da realeza. Durante o período em que residiu em Sandringham, Jorge ficou conhecido como um grande colecionador de selos e foi responsável pela maior coleção de selos do Reino Unido e da Comunidade das Nações. O biógrafo Randolph Churchill relatou que Jorge era um pai rigoroso e exigente.
Como detentores do Ducado de York, Jorge e Maria de Teck desempenharam várias funções públicas em nome da Coroa britânica e após a morte da Rainha Vitória em 22 de janeiro de 1901, o pai de Jorge herdou o trono com o nome de Eduardo VII do Reino Unido, deixando ao filho mais velho o Principado de Gales. Junto com o título de Príncipe de Gales, Jorge também herdou o de Ducado de Rothesay e o Ducado da Cornualha e foi intitulado Sua Alteza Real, o Duque de Cornualha e de York. Em 1901, Jorge e Maria realizaram uma viagem estatal em nome do Império Britânico a todos os países da Comunidade Britânica, que incluiam África do Sul, Canadá e Nova Zelândia.
Em 9 de Novembro de 1901, Jorge foi investido oficialmente Príncipe de Gales e Conde de Chester. Eduardo VII desejava que seu filho estivesse preparado para as futuras funções que lhe caberiam e para prepará-lo para o papel de rei, Eduardo permitiu o acesso de Jorge aos assuntos de Estado e o apontou para exercer as funções em nome do Reino.
Quatro gerações de monarcas do Reino Unido. Da esquerda para direita, de cima para baixo: Jorge V, Eduardo VII, a Rainha Victoria e o Príncipe Eduardo de Gales.
                                                     Jorge V, Maria de Teck e Eduardo VIII.
Ascensão ao trono
Em 6 de Maio de 1910, Eduardo VII morreu e o então Príncipe de Gales assumiu o trono como Jorge V do Reino Unido. Jorge também concedeu a Maria de Teck, sua esposa, tratamento real e o título de Sua Majestade, a Rainha. A coroação teve lugar na Abadia de Westminster, no dia 22 de Junho de 1911. No mesmo ano da coroação, o casal real seguiu viagem para o Delhi Durbar para receberem os títulos de Imperador e Imperatriz da Índia.
Reinado
O período mais notável do reinado de Jorge foi o período correspondente à Primeira Guerra Mundial. Entre 1914 e 1918 a Grã-Bretanha estava em ferrenha guerra com a Alemanha, entretanto, o Kaiser alemão Guilherme II, que representava um inimigo para o povo britânico, era primo do rei. Outro fato controverso era a família da Rainha Maria de Teck, que pertencia a Casa Real de Württemberg. Como o avô do rei era o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, os descendentes da rainha Vitória I herdaram o nome alemão. O rei entrou com um decreto real e mudou o nome da Casa de Saxe-Coburgo-Gota para Casa de Windsor, aboliu todos os títulos germânicos para aliviar as tensões decorrentes do sentimento antigermânico vivido durante a guerra, naquele ano, o Parlamento britânico aprovou a Lei de Privação dos Títulos que autorizava o Conselho Privado a investigar "todas as pessoas que beneficiam de qualquer dignidade ou título como Alteza ou Príncipe britânico que, durante a presente guerra, suportou armas contra Sua Majestade Real ou seus aliados, ou que tenham se juntado aos inimigos de Sua Majestade". Nos termos dessa lei, um decreto do Conselho, de 28 de março de 1919, aboliu, formalmente todos os títulos germânicos, e exilou alguns membros da família real britânica que deram apoio ao inimigo do povo britânico, o maior exemplo é o do Príncipe Carlos Eduardo, neto da rainha Vitória I do Reino Unido|Vitória]] que havia herdado o ducado alemão de Saxe-Coburgo-Gota.
Por fim, todos os descendentes do rei abandonaram os títulos e nomes alemães, passando a utilizar somente os nomes ingleses. Em algumas famílias, Jorge modificou os sobrenomes para dar ênfase à Guerra. Jorge modificou também o nome de seu primo, que era conhecido como Louis Alexander de Battenberg, para Louis Mountbatten.
Quando o czar Nicolau II da Rússia, primo de Jorge V, foi forçado a abdicar pela Revolução Russa, o Governo Britânico ofereceu abrigo a ele e sua família, mas Jorge temeu que o sentimento russo pudesse alcançar o Reino Unido e decidiu expulsar a família Casa de Romanov.
Cerca de dois meses após o final da Guerra que assolou a Europa, o filho mais jovem do rei, Príncipe João morreu depois de 13 anos de saúde frágil. O rei foi informado da morte pela rainha.
Durante e após a Guerra, muitos estados monárquicos foram derrubados por revolucionários. O primeiro Império a cair foi a Rússia, seguida pela Áustria, Alemanha, Grécia e Espanha. Todos esses soberanos que foram destronados tinham parentesco com o Rei do Reino Unido e em 1922, quatro anos após o final da guerra, navios britânicos foram enviados para a região da Grécia com a missão de resgatar os ex-monarcas Príncipe André da Grécia e Dinamarca e Princesa Alice de Battenberg e seus filhos. (Um de seus filhos era Filipe da Grécia e Dinamarca, o futuro marido de uma neta de Jorge V).
Jorge também tomou partido nas turbulências políticas da Irlanda. Durante a Greve Geral de 1926, o rei posicionou-se contra os manifestantes, chamando-os de "revolucionários" e chegou a incentivar os governantes irlandeses a tomarem medidas eficazes para com a greve.
Em 1932, Jorge fez a primeira transmissão via rádio da Royal Christmas Message (Mensagem Real de Natal), convencido pelos seus conselheiros de que este seria o desejo do povo. Ao mesmo tempo em que aumentava sua popularidade no Reino Unido, Jorge mantinha-se preocupado com a política externa e alertou a Embaixada Britânica na Alemanha acerca do crescimento do Partido Nazista e do Fascismo. Á altura da celebração dos seus 25 anos de reinado, em 1935, havia-se tornado um rei muito respeitado à adulação da multidão: "Não compreendo porquê, afinal de contas, sou um fulano bastante comum."
A preocupação de Jorge com seu herdeiro, Príncipe Eduardo acabou por deteriorar o relacionamento entre os dois, pois epeculava-se que Principe de Gales envolvia-se com mulheres casadas, Entretanto, o rei tinha muito carinho pelo seu segundo filho, o Duque Alberto de York. Jorge adorava sua neta Elisabeth, a quem apelidou de "Lilibet", Em cartas trocadas entre membros da família real, o rei expressou sua preocupação com a ascensão de Eduardo ao trono e confessou várias vezes que preferia que o trono coubesse ao seu segundo filho:
{{quote2|Após a minha morte, o "menino" vai arruinar-se dentro de 12 meses. (Jorge V do Reino Unido)
Cquote1.svg"Peço a Deus que meu filho mais velho nunca case e tenha filhos e que nada fique entre 'Bertie' (Albert) e 'Lilibet' (Elizabeth) e o trono".Cquote2.svg
— Jorge V do Reino Unido

                                                                Jorge V em sua coroação.
                                                  Jorge V com trajes da Ordem de São João.
Morte
A Primeira Guerra Mundial e as relações com o seu herdeiro não serem das melhores foram das principais causas da deterioração da saúde do monarca. Além disso o fumo exagerado também agravou os problemas de saúde de Jorge. Há um certo tempo Jorge já sofria de enfisema pulmonar, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica e pleurisia, todas decorrentes do uso de tabaco. Em 1928, o rei ficou muito doente e durante dois anos foi representado em suas funções reais por seu filho mais velho, Eduardo. O rei decidiu ir para a localidade de Bognor Regis, em West Sussex para descansar e tentar se recuperar. Após a sua ida para West Sussex, Jorge nunca se recuperou completamente, apesar da esperança dele e do povo.
Na noite de 15 de janeiro de 1936, o rei recolheu-se aos seus aposentos em Sandringham House queixando-se de um resfriado. Com o passar dos dias o rei foi ficando mais fraco e frágil e foi diagnosticado com perda da consciência. Por breves momentos, o Rei recuperava a consciência, e terá perguntado: "Como está o Império?" - revelando a preocupação do Rei para com o seu legado e herança imperial - em especial, a Índia. O médico pessoal da Família Real Britânica, Lord Bertrand Dawson já havia perdido as esperanças de que o rei voltaria ao normal. A enfermeira revelou que o rei teria dito "God damn you!" (Deus almadiçoe você) para ela após a aplicação de uma injecção fatal de cocaína e morfina, para que os jornais pudessem, dessa forma, anunciar o falecimento do Monarca na manhã seguinte, sem quaisquer problemas. Foi reconhecido oficialmente que o rei Jorge V não resisitiu e veio a falecer às 23:55 da noite de 20 de janeiro de 1936.
Jorge V foi velado em Westminster Hall. Algumas testemunhas do velório admitiram que a Coroa Imperial de Jorge V caiu sobre o ataúde onde jazia o corpo. O futuro rei Eduardo VIII viu a coroa cair e ficou profundamente perturbado e preocupado com o ocorrido, chegando a sugerir que aquilo seria um mal presságio.
Jorge foi sepultado na Capela de São Jorge no Castelo de Windsor.
Descendência
  1 Nome: Rei Eduardo VIII.
Nascimento: 23 de junho de 1894.
Morte: 28 de maio de 1972.
Observações: Depois Duque de Windsor; casou-se com Wallis Simpson; sem descendência.
  2 Nome: Rei Jorge VI.
Nascimento: 14 de dezembro de 1895.
Morte: 6 de fevereiro de 1952.
Observações: Casou-se com Lady Elizabeth Bowes-Lyon; com descendência (incluindo Elizabeth II).
  3 Nome: Maria, Princesa Real.
Nascimento: 25 de abril de 1897.
Morte: 20 de março de 1965.
Observações: Casou-se com Henry Lascelles, 6° Conde de Harewood; com descendência.
  4 Nome: Príncipe Henrique, Duque de Gloucester.
Nascimento: 31 de março de 1900.
Morte: 10 de junho de 1974.
Observações: Casou-se com Lady Alice Montagu-Douglas-Scott; com descendência.
  5 Nome: Príncipe Jorge, Duque de Kent.
Nascimento: 20 de dezembro de 1902.
Morte: 25 de agosto de 1942.
Observações: Casou-se com a Princesa Marina da Grécia e Dinamarca; com descendência.
  6 Nome: Príncipe João.
Nascimento: 12 de julho de 1905.
Morte: 18 de janeiro de 1919.
Observações: Morreu de epilepsia.
Títulos, honras e armas
Títulos
  • 3 de Junho de 1865 – 24 de Maio de 1892Sua Alteza Real, o Príncipe Jorge de Gales
  • 24 de Maio de 1892 – 22 de Janeiro de 1901Sua Alteza Real, o Duque de Iorque
  • 22 de Janeiro de 1901 – 9 de Novembro de 1901Sua Alteza Real, o Duque da Cornualha e de Iorque
  • 9 de Novembro de 1901 – 6 de Maio de 1910Sua Alteza Real, o Príncipe de Gales
    • na Escócia: Sua Alteza Real, o Duque de Rothesay
  • 6 de Maio de 1910 – 20 de Janeiro de 1936Sua Majestade, o Rei
    • e, ocasionalmente, fora do Reino Unido, em relação à Índia: Sua Majestade, o Rei-Imperador
O seu título completo enquanto rei era "Sua Majestade, Jorge V, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda e dos Domínios Britânicos de além-mar, Rei, Defensor da Fé, Imperador da Índia", até 1927, quando foi mudado para "Sua Majestade, Jorge V, pela Graça de Deus, da Grã-Bretanha, da Irlanda e dos Domínios Britânicos de além-mar, Rei, Defensor da Fé, Imperador da Índia".
Honras
  • KG: Cavaleiro da Ordem da Jarreteira, 4 de Agosto de 1884
  • KT: Cavaleiro da Ordem do Cardo-selvagem, 5 de Julho de 1893
  • KP: Cavaleiro da Ordem de São Patrício, 20 de Agosto de 1897
  • GCSI: Grande Comandante da Ordem da Estrela da Índia, 28 de Setembro de 1905
  • GCMG: Cavaleiro Grã-cruz da Ordem de São Miguel e São Jorge, 9 de Março de 1901
  • GCIE: Grande Comandante da Ordem do Império Indiano, 28 de Setembro de 1905
  • GCVO: Cavaleiro Grã-cruz da Real Ordem Vitoriana, 30 de Junho de 1897
  • ISO: Ordem do Serviço Imperial, 31 de Março de 1903
  • Real Colar Vitoriano, 1902
  • PC: Conselheiro Privado, 18 de Julho de 1894
    • Conselheiro Privado (Irlanda), 20 de Agosto de 1897
  • FRS: Real Par da Sociedade Real, 8 de Junho de 1893
  • Lorde Guardião das Cinco Portas e Condestável do Castelo de Dover, 1905–1907
  • Presidente da Real Sociedade Agrícola e da Terra Alta da Escócia, 1893–1895
  • Presidente da Real Sociedade Agrícola de Inglaterra, 1897–1903
Honras militares
  • CdtSetembro de 1877: Cadete, HMS Britannia
  • Mid8 de Jnaeiro de 1880: Aaspirante de Marinha, HMS Bacchante e da corveta Canada
  • SLt3 de Junho de 1884: Sub-Tenente, Royal Navy (Marinha Real)
  • Lt8 de Outubro de 1885: Tenente, HMS Thunderer; HMS Dreadnought; HMS Alexandra; HMS Northumberland
  • I/C Torpedo Boat 79; o canhoneiro HMS Thrush
  • Cdr24 de Agosto de 1891: Comandante, I/C o Melampus
  • Capt2 de Janeiro de 1893: Capitão, Royal Navy
  • RAdm1 de Janeiro de 1901: Contra-Almirante, Royal Navy
  • VAdm26 de Junho de 1903: Vice-Almirante, Royal Navy
  • Adm1907: Almirante, Royal Navy
  • 1910: Almirante da Frota, Royal Navy
  • MRAF, Marechal da Royal Air Force (Força Aérea Real)
  • 1918: Marechal de Campo, IJA (Japão)
Armas
                                         Brasão de Armas de Jorge como Duque de York.
                                              Brasão de Jorge como Príncipe de Gales.
                                                Brasão de Jorge com Rei do Reino Unido.
Governo
Reinado: 6 de maio de 1910 - 20 de janeiro de 1936.
Coroação: 22 de junho de 1911.
Consorte: Maria de Teck.
Antecessor: Eduardo VII.
Herdeiro: Edward Albert (depois Eduardo VIII).
Sucessor: Eduardo VIII.
Casa Real: Casa de Saxe-Coburgo-Gota (depois chamada Casa de Windsor).
Hino Real: God Save de King.
Vida
Nascimento: 3 de junho de 1865, Sandringham, Reino Unido.
Morte: 20 de janeiro de 1920 (70 anos), Sandringham, Reino Unido.
Sepultamento: Capela de São Jorge, Berkshire, Inglaterra.
Filhos: Eduardo VIII do Reino Unido, Jorge VI do Reino Unido, Princesa, Maria Princesa Real, Príncipe Henrique, Duque de Gloucester, Príncipe Jorge, Duque de Kent, Príncipe João do Reino Unido.
Pai: Eduardo VII do Reino Unido.
Mãe: Alexandra da Dinamarca.
                                                                    Jorge V em 1923.

Eduardo VIII
Eduardo VIII do Reino Unido (nascido Edward Albert Christian George Andrew Patrick David23 de Junho de 1894 – 28 de Maio de1972) foi o segundo membro da Casa de Windsor a assumir o Trono do Reino Unido e permaneceu como Monarca britânico entre 20 de Janeiro de 1936 e 11 de Dezembro do mesmo ano. Era o filho mais velho de Jorge V do Reino Unido e da princesa Maria de Teck. Durante a Segunda Guerra Mundial, devido às suspeitas de simpatias pela Alemanha, foi desterrado para as Antilhas como governador-geral, para evitar que se tornasse um fantoche alemão.
Índice
1 Primeiros anos
2 Carreira militar
3 Príncipe de Gales
4 Reinado
5 Abdicação e casamento
6 Ducado de Windsor
7 Simpatia pelo Nazismo?
8 Últimos anos
9 Títulos e honras
  9.1 Títulos
  9.2 Honras
10 Galeria
Primeiros anos

Edward Albert nasceu em 23 de Junho de 1894 no White Lodge em Londres, sendo o primogênito do Rei Jorge V e da Rainha Maria de Teck e neto do então Príncipe Eduardo de Gales e da Princesa de Gales. Foi batizado sob o nome de Edward Albert Christian George Andrew Patrick David um mês após seu nascimento em homenagem ao seu tio, Príncipe Alberto Victor e também herdou o nome de seu bisavô paterno, Cristiano IX. Os outros nomes foram acrescentados em homenagem aos santos patronos do Reino Unido: São Jorge, Santo André, São Patrício e São David. Apesar do grande nome, o príncipe era chamado pela família e amigos apenas de David.
Como de comum às classes altas da época, os pais de Eduardo se distanciaram da sua educação e o príncipe e seus irmãos foram criados por babás, já que seus pais tinham de se dedicar ao serviço real. Certa vez, os pais de Eduardo descobriram que este vinha sofrendo abusos por parte da babá, que lhe dava beliscões se este não obedecesse. A partir de então, seu pai, sempre disciplinado, mostrou-se mais amoroso e sua mãe mais presente no cotidiano do príncipe.
Carreira militar
Inicialmente, Eduardo estudou com professores particulares em casa. Após a morte da Rainha Vitória em 1901, seus pais viajaram pelosTerritórios Britânicos por mais de nove meses, mas Eduardo e seus irmãos permaneceram na Inglaterra sob os cuidados de seus avós, Eduardo e Alexandra. Após o retorno de seus pais, Eduardo ficou sob os cuidados de Frederick Finch e Henry Hansell até sua adolescência.
Hansell tentou influenciar Eduardo a entrar na escola mais cedo, entretanto o rei não o permitiu. Eduardo ingressou no Colégio Naval Osborne em 1907, mas não se adaptou ao colégio e foi transferido para o Royal Navy College em Devon, onde permaneceu por dois anos. Eduardo recebeu os títulos de Duque da Cornualha e Duque de Rothesay quando da ascensão de seu pai ao trono e mais tarde ele foi investido Príncipe de Gales.
Príncipe de Gales
Como filho mais velho de Jorge V, Eduardo (conhecido por David em família) foi feito Príncipe de Gales em 1911 depois da ascensão do pai à coroa.
Quando estourou a Primeira Guerra Mundial em 1914, Eduardo havia alcançado a idade mínima para servir em combate e fez questão de lutar pelo Rei e por seu país. Eduardo se ajuntou aos Grenadier Guards como soldado, mas Lord Kitchener temeu que o príncipe fosse capturado e não permitiu seu ingresso na guerra. Mesmo sem poder combater, Eduardo se fez presente nas linhas de combate sempre que foi possível e chegou a receber a Militar Cross em 1916, tornando-se muito popular entre os soldados.
Como Príncipe de Gales, Eduardo representou o seu pai, o Rei Jorge V, em várias ocasiões. Eduardo deu atenção especial às regiões mais pobres e esquecidas da Grã-Bretanha e organizou cerca de 16 caravanas pelo Reino Unido para visitar estes lugares entre 1919 e 1935. Em 1924, o Príncipe doou o Troféu Prince of Wales para a National Hockey League. Como herdeiro do trono britânico, Eduardo mostrou-se muito determinado e empenhado e desenvolveu imensa popularidade entre os militares.
Em 1930 Eduardo conheceu Wallis Simpson, uma americana em processo de divórcio por quem se apaixonou. A relação amorosa não foi aceita pela Família Real, que se recusou receber Eduardo na presença dela e resultou num afastamento de Eduardo do pai e irmãos.
                                                    Eduardo com uniforme militar em 1915.
Reinado
O Rei Jorge V veio a falecer em 20 de Janeiro de 1936 e o então Príncipe de Gales assumiu o trono com o título de Eduardo VIII. Já no dia seguinte à proclamação de sua ascensão ao trono, Eduardo apareceu com sua consorte, Wallis Simpson, na sacada do Palácio de St. James para cumprimentar a multidão que ali se aglomerava, quebrando um dos protocolos da proclamação de sua ascensão. Eduardo causou mal-estar nos círculos governamentais com gestos interpretados como críticas pessoais ao Governo. Ao visitar as vilas carentes de mineração de carvão, o rei percebeu que "algo precisava ser feito" para aqueles mineiros. Esta citação provocou incômodo por parte dos políticos de Londres, causando mais tensão entre Eduardo e os políticos do seu governo.
Em 16 de julho de 1936 Eduardo sofreu um atendado de morte por parte de um irlandês insatisfeito chamado Jerome Brannigan, que cavalgava nas redondezas do Palácio de Buckingham à espera do monarca. Entretanto, alguns policiais notaram a arma e detiveram-no. Durante a apuração do caso, Brannigan alegou que uma "potência estrangeira" o incumbira de assassinar o rei.
Entre Agosto e Setembro de 1936, Eduardo e Wallis Simpson cruzaram o Mediterrâneo Oriental a bordo do iate a vapor Nahlin. Já em Outubro, era claro que o rei estava ansioso para resolver a questão do divórcio da sua amada. Os preparativos tradicionais foram iniciados, incluindo a coroação de Sra. Simpson como Rainha Simpson. Contudo, as leis religiosas e constitucionais que vigoram na Inglaterra impediram que o casamento ocorresse na Abadia de Westminster.
                                                        Estandarte pessoal de Eduardo VIII.
Abdicação e casamento
Desde que fora proclamado Rei, Eduardo manifestou a sua intenção de casar com Mrs. Simpson assim que o divórcio dela fosse declarado. A ideia provocou uma onda de protestos da família real, dos políticos e da Igreja Anglicana. Após ver a sua sugestão de realizar um casamento morganático ser rejeitada pelo Primeiro-ministro Stanley Baldwin, Eduardo VIII tomou uma decisão drástica. Em Dezembro do mesmo ano, anunciou a sua abdicação, argumentando que seria incapaz de carregar o peso da coroa sem o apoio da mulher que amava.
Eduardo assinou o Instrumento de Abdicação em 10 de Dezembro de 1936 em Fort Belvedere na presença de seus quatro irmãos: Duque de York, Princesa Real, Duque de Gloucester e o Duque de Kent. A coroa passou então para o seu irmão mais novo, Jorge VI, e Eduardo tornou-se Duque de Windsor, revertendo à sua condição de Príncipe do Reino Unido.
A 3 de Junho de 1937 Eduardo casou-se com Wallis Simpson numa cerimônia privada na França, à qual faltou a Família Real Britânica. A relação com a família permaneceu tensa com a recusa de reconhecimento da nova Duquesa de Windsor. A simpatia de Eduardo para com o regime Nazi e a visita que fez em 1937 a Adolf Hitler não contribuíram para a melhoria das relações com a família.
Cquote1.svgNão ignorais as razões que me levaram a renunciar ao trono. Deveis crer em mim quando afirmo que cheguei à conclusão de que seria impossível suportar o pesado fardo de tantas responsabilidades, sem o auxílio e o apoio da mulher a quem amo.Cquote2.svg
— Mensagem de Eduardo VIII ao povo britânico, em 10/12/1936

                                                               Wallis Simpson, em 1936.
Ducado de Windsor
Em 12 de Dezembro de 1936, o recém-coroado Jorge VI declarou perante o Conselho Privado que pretendia readmitir seu irmão no sistema de honras britânico e lhe ofereceria o título de Duque de Windsor. Esta dádiva de Jorge VI foi reconhecida como uma perfeita manobra política, já que como Duque, Eduardo não poderia ser membro da Câmara dos Comuns ou da Câmara dos Lordes. No entanto, uma Carta-patente de 1937 atribuiu-lhe o tratamento de Sua Alteza Real, porém sua esposa e seus filhos não seriam detentores do tratamento de realeza.
A negação dos estilos "Sua Alteza Real" e "Sua Alteza" para Wallis Simpson e a negação de contribuição financeira governamental para o casal causou sérios conflitos com a Monarquia. O casal foi impedido de estabelecer residência nas Ilhas Britânicas e, em contra-partida, Eduardo obrigou a Coroa a pagar uma soma avultada pela devolução da propriedade de Sandringham House e do Castelo de Balmoral, que eram sua propriedade pessoal enquanto filho mais velho de Jorge V. A família real tentou ao máximo impedir o retorno de Eduardo ao Reino Unido.
Simpatia pelo Nazismo?
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico manteve Eduardo sob discreta vigilância, por considerá-lo simpatizante da Alemanha nazista. Essa simpatia teria ficado evidente durante a visita que os Windsor fizeram a Berlim, em 1937, ocasião em que foram pomposamente recepcionados por Adolf Hitler. Para Winston Churchill, ele era "bem conhecido por ser um defensor do nazismo" e poderia se tornar "um centro de intriga".
Para mantê-lo distante da Europa, nomearam-no governador das Bahamas, cargo que ele julgou humilhante, por entender que as Bahamas eram uma "colônia de terceira classe".
Os aliados ficaram desconfiados do duque, a ponto de o presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt ordenar uma vigilância disfarçada sobre o casal, durante sua visita a Palm Beach (Flórida), em Abril de 1941. O duque Karl Alexander de Württemberg teria convencido o FBI que a duquesa fora amante do então embaixador alemão em Londres, Joachim von Ribbentrop, e ainda mantinha contato com ele, em segredo.
Anos mais tarde, o Duque admitiu, em suas Memórias, que tinha alguma admiração para com os alemães, mas negou qualquer envolvimento em favor dos nazistas: "O Führer me impressionou como uma figura ridícula, com uma postura teatral e suas reivindicações explosivas".
                      O Duque de Windsor passa em revista a um esquadrão SS, em Berlim (1937).
Últimos anos
Após a guerra, o casal rejeitado pela Família Real, retornou à França e passou a residir na Rue du Champ d'Entraînement, em Paris. O governo francês isentou o casal a pagar imposto de renda pela casa próxima ao Bosque de Bolonha. Eduardo teve o apoio da Embaixada Britânica.
O Duque e a Duquesa assumiram o papel de celebridades e eram considerados como parte da sociedade francesa nas décadas de 1950 e 1960. O casal era conhecido pelas belas festas e viagens luxuosas a Nova Iorque. Em 1953, o Duque de Windsor foi convidado para a cerimônia de Coroação da sua sobrinha, a futura Rainha Elizabeth, mas o casal decidiu permanecer na França e acompanhar a cerimônia pela televisão.
A Família Real nunca aceitou o casamento de Eduardo com a Duquesa de Windsor e a Rainha Maria se recusou a receber o casal no Reino Unido. No entanto, o Duque de Windsor esteve presente no funeral de seu irmão, Jorge VI. Somente em 1965, o casal retornou a Londres e foram visitados pela Rainha, acompanhada da Princesa Real e da Duquesa de Kent.
Em 1960, a saúde do Duque deteriorou-se e em Dezembro de 1964, Eduardo sofreu uma cirurgia para remover um aneurisma na aorta abdominal e, no ano seguinte, foi diagnosticado com um descolamento de retina. No final de 1971 o Duque, que era fumante, foi diagnosticado com câncer de garganta, sendo submetido a radioterapias. A Rainha Elizabeth esteve com ele em 1972, durante uma visita de Estado à França.
Em 28 de maio de 1972, o Duque veio a falecer em sua casa em Paris aos 77 anos de idade. Seu corpo foi trasladado para a Grã-Bretanha, velado no Castelo de Windsor e sepultado na Frogmore House.
Durante sua vida, Eduardo tentou, em vão, obter para sua esposa o título de "Alteza Real".
                                               Príncipe Eduardo, Duque de Windsor em 1970.
Títulos e honras
Títulos
Como monarca do Reino Unido, recebeu o título formal de Eduardo Oitavo, pela Graça de Deus, Rei da Grã-Bretanha, Irlanda e dos Domínios Britânicos além dos Mares, Imperador da Índia e Defensor da Fé. No quotidiano, enquanto rei, era chamado de Sua Majestade, o Rei Eduardo ou simplesmente O Rei. Ao longo da sua vida, os seus títulos foram:
  • Sua Alteza Príncipe Eduardo de York (1894-1898)
  • Sua Alteza Real, o Príncipe Eduardo de Iorque (1898-1901)
  • Sua Alteza Real, o Príncipe Eduardo de Iorque e Cornualha (1901)
  • Sua Alteza Real, o Príncipe Eduardo de Gales (1901-1910)
  • Sua Alteza Real, o Duque da Cornualha (1910)
  • Sua Alteza, o Príncipe de Gales (1910-1936)
  • Sua Majestade, o Rei (20 de Janeiro de 1936-11 de Dezembro de 1936)
  • Sua Majestade, o Rei-Imperador (1936)
  • Sua Alteza Real, o Príncipe Eduardo (1936-1937)
  • Sua Alteza Real, o Duque de Windsor (1937-1972)
Honras
  • KG: Cavaleiro da Ordem da Jarreteira
  • KT: Cavaleiro da Ordem do Cardo-selvagem
  • KP: Cavaleiro da Ordem de São Patrício
  • GCB: Grande Comandante da Ordem do Banho
  • GCSI: Grande Comandante da Ordem da Estrela da Índia
  • GCIE: Grande Comandante da Ordem do Império Indiano
  • KStJ: Cavaleiro da Justiça da Ordem de São João
  • PC: Conselheiro Privado do Reino Unido
Galeria
                                          Brasão de Armas de Eduardo como Príncipe de Gales.
                                         Brasão de Armas de Eduardo como Rei Eduardo VIII.
                      Brasão de Armas de Eduardo como Duque de Windsor após sua abdicação.
Governo
Reinado: 20 de janeiro de 1936 - 11 de dezembro de 1936.
Consorte: Wallis Simpson.
Antecessor: Jorge V.
Sucessor: Jorge VI.
Dinastia: Windsor.
Vida
Nascimento: 23 de junho de 1894, Sandringham, Reino Unido.
Morte: 28 de maio de 1972 (77 anos), Paris, França.
Sepultamento: Cemitério de Frogmore, Windsor, Reino Unido.
Pai: Jorge V.
Mãe: Maria de Teck.
                                                     Eduardo VIII na Casa Branca em 1945.

Jorge VI
Jorge VI (nascido Albert Frederick Arthur George; 14 de dezembro de 1895 – 6 de fevereiro de 1952) foi o Rei do Reino Unido e dos Domínio da Commonwealth Britânica de 11 de dezembro de 1936 até a data de sua morte. Ele foi o último Imperador da Índia e o primeiro Chefe da Comunidade Britânica.
Como era o segundo filho do Rei George V, não era esperado para herdar o trono, e passou parte de sua vida encoberto pela popularidade de seu irmão mais velho, Edward. Serviu à Marinha Real Britânica e à Força Aérea Real durante a Primeira Guerra Mundial, e após a guerra, continuou com seus compromissos públicos usuais. Casou-se com Lady Elizabeth Bowes-Lyon em 1923, tendo duas filhas, Elizabeth e Margaret.
O irmão mais velho de George ascendeu ao trono como Edward VIII quando seu pai morreu em 1936. No entanto, menos de um ano depois, Edward revelou o interesse em se casar com a socialite norte-americana Wallis Simpson. O Primeiro-Ministro britânico Stanley Baldwin advertiu Edward que, por razões políticas e religiosas, ele não poderia casar com a Sr.ta Simpson e continuar rei. O Rei abdicou para poder casar-se, e George, então, ascendeu ao trono como terceiro monarca da Casa de Windsor.
No dia de sua ascensão, o Oireachtas, o parlamento do Estado Livre Irlandês, retirou o monarca de sua Constituição. Outros eventos durante o reinado de George aceleraram o desmembramento do Império Britânico e sua transição à Commonwealth of Nations. Três anos depois, o Império e a Commonwealth, exceto o Estado Livre Irlandês, declararam guerra à Alemanha Nazi. Nos dois anos seguintes, declarou-se guerra também à Itália e ao Japão. Embora o Reino Unido e seus aliados tenham sido por fim vitoriosos, os Estados Unidos e a União Soviética elevaram-se como potências mundiais preeminentes e o Império Britânico declinou. Após a independência da Índia e do Paquistão em 1947, seu título de Imperador da Índia foi abandonado em junho de 1948. A Irlanda foi formalmente declarada uma república em 1949, e a Índia fez o mesmo no ano seguinte. George adotou o novo título de Chefe da Comunidade Britânica. Foi acometido por problemas de saúde nos últimos anos de seu reinado. Após a sua morte, foi sucedido por sua filha mais velha, Elizabeth II.
Índice
1 Biografia
  1.1 Infância e juventude
  1.2 Carreira militar
  1.3 Casamento
    1.3.1 Descendência
2 Reinado
  2.1 Crise de abdicação
  2.2 Ascensão ao trono
3 Doença e morte
Biografia
Infância e juventude
Albert Frederick Arthur George nasceu em 14 de dezembro de 1895 em Sandringham House durante o reinado de sua bisavó, a Rainha Vitória. Seu pai era Jorge, Duque de York e sua mãe era Maria de Teck. O dia de seu nascimento se deu no aniversário de morte do Príncipe Alberto e seu pai não tinha idéia de como noticiar os familiares do nascimento de um herdeiro naquele dia. O então Príncipe de Gales escreveu uma carta aos Duques de York informando que a rainha havia ficado um tanto desconfortada com a notícia.
Alguns dias depois do nascimento de Jorge VI, a rainha e o Príncipe de Gales solicitaram ao casal que o nome da criança fosse nada mais que Albert. Não contrariando as "ordens reais", o menino foi batizado de Albert Frederick Arthur George três meses depois. Como bisneto da rainha reinante, Albert foi intitulado de Sua Alteza, Príncipe Alberto de York desde seu nascimento e foi apelidado de "Bertie" pelos familiares. Entretanto, sua avó materna, a Duquesa de Teck não gostou do nome dado ao menino e sugeriu que a criança tivesse "pelo menos" o sobrenome dela. Alberto era o quarto na linha de sucessão ao trono, após seu avô, seu pai e seu irmão mais velho, Eduardo VIII do Reino Unido.
Albert sofria de problemas de saúde relacionados ao seu lado emocional. Seus pais eram geralmente um tanto distantes da educação e do cotidiano dele. Albert aprendeu a escrever com a mão direita embora fosse naturalmente canhoto e como consequência desenvolveu uma gagueira contínua durante muitos anos, o que foi contado no cinema, através do filme "O Discurso do Rei" no qual ele foi interpretado pelo ator Colin Firth. Albert também sofria de problemas estomacais gravíssimos.
Quando seu avô tornou-se o rei Eduardo VII, em 1901, Albert passou a ser o quarto na linha sucessória.
Carreira militar
Em 1909 Albert ingressou no Osborne House|Royal Naval College de Osborne como cadete e depois foi transferido para o Britannia Royal Naval College, em Dartmouth. Após a morte de Eduardo VII em 1910, o Duque de York assumiu o trono como Jorge V do Reino Unido e seu filho mais velho se tornou o Príncipe de Gales, fazendo com que Albert se tornasse o segundo na linha de sucessão ao trono.
Albert foi condecorado aspirante em Setembro de 1913 e no ano seguinte já ingressara na Primeira Guerra Mundial, sendo apelidado de "Mr. Johnson". Albert lutou a bordo do HMS Collingwood durante a Batalha da Jutlândia entre 31 de maio e 1 de junho de 1916 que resultou na vitória das forças britânicas. Após essa batalha, Albert se manteve afastado em decorrência de uma crise de úlcera.
Em Fevereiro de 1918, Albert foi nomeado Oficial da Royal Naval Air Service e mais tarde foi transferido da Royal Navy para a Royal Air Force, permanecendo lá até 1918.
Em Outubro de 1919, Albert foi para o Trinity College em Cambridge para estudar História e Economia. Em 4 de junho de 1920, Albert foi condecorado Duque de Iorque e Conde de Inverness. Algum tempo mais tarde, ele passou a exercer seus deveres reais em nome de seu pai. Uma das maiores dificuldades de Albert foi sua timidez, o que fazia-o parecer menos importante que seu irmão, Eduardo.
Casamento
Como de costume na época, os nobres só poderiam se casar com outros membros da nobreza, porém Alberto não deu muito crédito a esta tradição de família que perdurava já há séculos. Em 1920, o príncipe conheceu a jovem Lady Elizabeth Bowes-Lyon, filha de Sir Claude Bowes-Lyon e da Condessa Cecilia Bowes-Lyon. Imediatamente os dois já estavam determinados a se casarem.
Embora Lady Elizabeth fosse descendente dos Reis Roberto I da Escócia e do Rei Henrique VII, ela foi considerada uma plebéia. Ela rejeitou a proposta de casamento por duas vezes e hesitou por quase dois anos, alegadamente porque ela estava relutante em fazer os sacrifícios necessários para se tornar um membro da família real. Alberto e Elizabeth se casaram no dia 26 de abril de 1923. A cerimônia na Abadia de Westminster seria transmitida pela recém-criada BBC, porém os clérigos recusaram a proposta. Após o casamento, Lady Elizabeth foi intitulada Sua Alteza Real, a Duquesa de York.
                                                                      Os Duques de York.
Descendência
O Duque e a Duquesa de York tiveram duas filhas: Elizabeth e Margareth.
Reinado
Crise de abdicação
Em 20 de janeiro de 1936, o rei Jorge V do Reino Unido morreu, e o Príncipe de Gales, Eduardo ascendeu ao trono como Eduardo VIII do Reino Unido. Como não tinha filhos e com 42 anos era improvável que os tivesse, pois ainda era solteiro, Alberto passou a ser o herdeiro presuntivo.
Eduardo tinha sido avisado pelo primeiro-ministro Stanley Baldwin que ele não poderia permanecer Rei e se casar com uma mulher que passava por procsso de divórcio. Ele escolheu a abdicação.. Assim, o o Duque de York Alberto tornou-se rei, uma posição que estava relutante em aceitar. Um dia antes da abdicação, foi a Londres para ver sua mãe, a rainha Maria de Teck. Ele escreveu em seu diário: "Quando eu lhe disse o que tinha acontecido, eu fiquei cabisbaixo e chorei como uma criança."
O cortesão e jornalista Dermot Morrah alegou que havia uma especulação quanto à oportunidade de a Coroa passar de Alberto (e seus filhos) e seu irmão, Príncipe Henrique, Duque de Gloucester, para o seu irmão mais novo, Príncipe Jorge, Duque de Kent. Esta parece ter sido sugerida pelo facto do Príncipe Jorge ser, naquela época, o único irmão com um filho homem.
                                  Fotografia de Jorge como Almirante da Marinha Real Inglesa.
Ascensão ao trono
Alberto assumiu o título de Rei Jorge VI, com o objetivo continuidade o legado de seu pai e restaurar a credibilidade da monarquia.
O início do reinado de Jorge VI foi tomado por questões em torno do seu antecessor e irmão, cujos títulos, tratamentos e posição eram incertos. Ele tinha sido apresentado como Sua Alteza Real o Príncipe Eduardo, Duque de WindsorPríncipe Eduardo" para a transmissão da abdicação, mas por abdicar e renunciar à sucessão, Eduardo tinha perdido o direito de ostentar títulos e tratamentos reais, incluindo o de Sua Alteza Real.
Na resolução do problema, o primeiro ato como rei foi conceder ao seu irmão o título de "Sua Alteza Real o Duque de Windsor", mas a carta-patente de criação do ducado impediu qualquer mulher ou filhos de ostentar títulos e tratamentos reais. Jorge VI também foi forçado a comprar as residências reais do Castelo de Balmoral e Sandringham House do Príncipe Eduardo, Duque de Windsor, já que estes eram propriedades privadas e não passavam para Jorge VI automaticamente. Três dias após a sua subida ao trono, no seu 41 aniversário, ele investiu sua esposa, a nova rainha, com a Ordem da Jarreteira.
A coroação de Jorge VI aconteceu no dia 12 de maio de 1937, a data inicialmente prevista para a coroação de Eduardo. Em uma ruptura com a tradição, a rainha Maria de Teck, participou na cerimônia como uma demonstração de apoio ao seu filho. Não houve nenhuma cerimónia realizada no Delhi Durbar, como havia ocorrido para o pai, pois o custo seria um fardo para o governo da Índia.
                                         O Rei Jorge VI e sua esposa em visita real ao Canadá.
Doença e morte
O estresse da II Guerra Mundial tinha afetado a saúde do rei, exacerbado pelo fumo pesado e o posterior desenvolvimento de câncer de pulmão, entre outras doenças, incluindo a arteriosclerose. Cada vez mais a sua filha, a Princesa Elizabeth, herdeira presuntiva, assumia os deveres reais, por a saúde do seu pai estar deteriorada, havendo rumores de que ela deveria assumir o trono como Princesa regente, pois ela já tinha um filho e uma filha.
A viagem à Austrália e à Nova Zelândia foi adiada devido ao rei ter sofrido um bloqueio arterial na perna direita, que foi operado em março de 1949. A viagem atrasou-se e foi re-organizada pela princesa Elizabeth e seu marido, Príncipe Filipe, tomando o lugar do rei e da rainha. O rei estava bem o suficiente para abrir o Festival da Grã-Bretanha em maio de 1951, mas em setembro de 1951, ele sofreu uma pneumonia em seu pulmão esquerdo, que foi removido após a descoberta de um tumor maligno. Na abertura do Parlamento, em Novembro, o discurso do rei foi lido pelo Lord Chancellor Simonds. A sua mensagem de Natal de 1951 foi gravada em várias partes, e em seguida, editada em conjunto.
Em 31 de janeiro de 1952, apesar dos conselhos de pessoas próximas, ele foi ao aeroporto para ver a princesa Elizabeth, que estava partindo para a sua viagem à Austrália via Quénia. Em 6 de fevereiro, Jorge VI morreu de uma trombose coronária durante o sono em Sandringham House, em Norfolk, com 56 anos. Sua filha Elizabeth voou de volta para a Inglaterra, como Rainha Elizabeth II.
O seu funeral aconteceu no dia 15 de fevereiro, foi sepultado na cidade no Castelo de Windsor, na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor) em Windsor. Em 2002, os restos mortais da sua viúva, a rainha-mãe Elizabeth Bowes-Lyon, e as cinzas de sua filha, a Princesa Margaret, foram enterradas ao lado dele.
Governo
Reinado: 11 de dezembro de 1936 - 6 de fevereiro de 1952.
Coroação: 12 de maio de 1937.
Consorte: Elizabeth Bowes-Lyon.
Antecessor: Eduardo VIII.
Sucessor: Isabel II.
Casa Real: Casa de Windsor.
Hino Real: God Save the King.
Vida
Nascimento: 14 de dezembro de 1895, Sandringham House, Norfolk, Reino Unido.
Morte: 6 de fevereiro de 1952 (56 anos), Sandringham House, Norfolk, Reino Unido.
Sepultamento: 15 de fevereiro de 1952, Capela de São Jorge, Castelo de Windsor, Reino Unido.
Filhos: Elizabeth II e Princesa Margareth.
Pai: Jorge V.
Mãe: Maria de Teck.
                                                            Rei Jorge VI do Reino Unido.

Elizabeth II
Isabel II ou Elizabeth II (nome completo: Elizabeth Alexandra Mary; Londres, 21 de Abril de 1926) é a atual monarca constitucional e chefe de Estado do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize,Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.
A rainha Isabel II é também a chefe da Comunidade de Nações, governante suprema da igreja da Inglaterra (também denominada igreja anglicana), comandante-em-chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Lorde de Mann e Duquesa de Normandia; ela reina com esses títulos desde a morte de seu pai, rei Jorge VI, em 6 de fevereiro de 1952. Atualmente é a chefe de Estado que está no poder há mais tempo na Europa, nas Américas, África e Oceânia, sendo a segunda no mundo, superada apenas pelo rei Rama IX da Tailândia. Isabel II é a mais velha monarca britânica de todos os tempos. O recorde pertencia à rainha Vitória, que viveu 81 anos, sete meses e 29 dias, vindo a falecer em 1901; um marco que a sua trineta alcançou no dia 20 de dezembro de 2007.
Cerca de 125 milhões de pessoas vivem em países onde o soberano do Reino Unido é o chefe de estado. Só no Reino Unido o seu reinado passou pelo governo de doze primeiros-ministros diferentes. Isabel II é casada com Filipe, Duque de Edimburgo, e é mãe do herdeiro ao trono, o Príncipe de Gales, Carlos. Foi a primeira monarca do Reino Unido a ter primeiros-ministros nascidos no seu reinado (Tony Blair e David Cameron). Para superar sua trisavó, Vitória, no recorde do mais longo reinado, terá de reinar mais 1256 dias, até 9 de setembro de 2015.
Em 2009, foi considerada pela Forbes a 23ª mulher mais poderosa do planeta. Nos dois anos seguintes, nas listas compiladas novamente pela revista, atingiu a 41ª e 49ª posição, respectivamente.
Em 29 de Dezembro de 2010 foi bisavó pela primeira vez, pois Peter Phillips, filho da princesa real, Ana, e a sua mulher, Autumn Kelly, foram pais de uma menina.
Índice
1 Vida
  1.1 Educação
  1.2 Herdeira ao trono
  1.3 Segunda Guerra Mundial
  1.4 Casamento e maternidade
2 Reinado
  2.1 Sucessão
  2.2 Evolução do Reino
  2.3 Década de 1980
  2.4 Década de 1990
  2.5 Charles e Diana
3 Relações Políticas
  3.1 Finanças
  3.2 Religião
4 Ascendência
5 Descendência
6 Títulos
Vida
Isabel nasceu no número 21 da Rua Bruton, em Mayfair, um bairro de Londres, em 21 de abril de 1926. Seu pai, o príncipe Alberto, Duque de York (mais tarde rei Jorge VI), era o segundo filho mais velho do rei Jorge V e da Rainha Maria. Sua mãe era a Duquesa de York, depois rainha-consorte Isabel, mais tardiamente Rainha mãe (nascida Elizabeth Bowes-Lyon), filha do Lorde Claude George Bowes-Lyon, Conde de Strathmore e Kinghorne e sua esposa, a Condessa de Strathmore. Ela recebeu o nome de sua mãe, enquanto seus dois nomes do meio são de sua bisavó paterna Rainha Alexandra e avó Rainha Maria, respectivamente. Quando criança e estava aprendendo a falar, a então princesa sentia dificuldade de pronunciar o nome "Elizabeth", trocando seu nome por "Lilibet", sendo este o apelido a ser usado para se referir a ela dentro da família.
Como neta do soberano, adquiriu a condição de Princesa da Grã-Bretanha, recebendo o tratamento de Sua Alteza Real. Era a Princesa Isabel de York, quando nasceu, terceira na linha sucessória, atrás de seu pai e seu tio, o Príncipe de Gales, mais tarde Rei Eduardo VIII.
                Isabel II com a irmã Margarida (à frente) e a sua avó Maria de Teck (ao lado).
Educação
Quando tinha quatro anos sua irmã Margarida nasce. A jovem princesa Isabel foi educada em casa sob a supervisão de sua mãe, a então Duquesa de York. Sua governanta era Marion Crawford. Estudou história e línguas modernas. Fala francês fluentemente, tendo-o demonstrado em diversas ocasiões, como em 2004 durante sua visita à França em comemoração da Entente Cordiale e nas inúmeras visitas ao Canadá. Foi instruída em religião pelo Arcebispo de Cantuária e sempre teve grande crença na Igreja da Inglaterra.
Herdeira ao trono
Como neta de um monarca através de uma linhagem masculina, ela foi chamada desde o seu nascimento de Sua Alteza Real a Princesa Isabel de York. Ela era a terceira na linha de sucessão ao trono Britânico, atrás de seu tio, Eduardo, Príncipe de Gales e de seu pai. Apesar de seu nascimento gerar um grande interesse público, não era esperado que ela se tornasse a Rainha, pois o Príncipe de Gales era jovem e ele assumiria o trono e teria seus filhos, fazendo assim sua linha de sucessão. Em 1936, quando a princesa tinha dez anos e seu avô paterno, o Rei, morreu e seu tio Eduardo o sucedeu, ela tornou-se a segunda na linha de sucessão ao trono, atrás de seu pai. Após um ano, Eduardo abdicou, ante a não aceitação pela família real de um casamento seu com a socialite Wallis Simpson, uma americana divorciada, gerando uma crise constitucional. O pai de Isabel tornou-se rei e ela, por ser a primogênita e não ter irmãos varões mais novos, tornou-se a herdeira presuntiva, sob o nome de Sua Alteza Real a Princesa Isabel .
Em 1937 seus pais viajaram para a Austrália e Nova Zelândia, Isabel permaneceu na Grã-Bretanha como Rainha e pensou que era muito jovem para passeios públicos. Em 1939, seus pais fizeram outra viagem, desta vez ao Canadá e aos Estados Unidos.
Segunda Guerra Mundial
A partir de setembro de 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, Isabel e sua irmã mais nova, Margarida, ficaram no Castelo de Balmoral, Escócia, até o natal de 1939, quando elas mudaram-se para a Sandringham House, Norfolk. De fevereiro a maio de 1940, elas viveram no Royal Lodge, Windsor, até mudarem-se para o Castelo de Windsor, onde elas viveram por mais de cinco anos. A sugestão pelo político Lord Hailsham, que as duas princesas deviam ser evacuadas para o Canadá foi rejeitada pela Rainha; ela anunciou: "As crianças não irão sem mim. Eu não deixarei o Rei e o Rei nunca deixará seu povo".
Foi de Windsor, em 1940, quando Isabel tinha apenas 14 anos, que ela fez sua primeira transmissão no rádio, durante a Children' Hour da BBC. Ela disse:
"Nós estamos tentando fazer tudo que é possível para ajudar nossos bravos marinheiros, soldados e aviadores, e nós estamos tentando, também, apagar a tristeza e perigo da guerra. Nós sabemos, cada um de nós, que no fim, tudo ficará bem."
Em 1943, aos 16 anos de idade, Isabel fez sua primeira aparição pública, sozinha, a uma visita aos Grenadier Guards, de qual ela foi apontada Coronel-em-Chefe anos antes. Em fevereiro de 1945, ela ingressou no Serviço Territorial Auxiliar das Mulheres, como uma honorária Segunda Subalterna, com o número de serviço de 230873. Ela foi treinada como motorista e mecânica, dirigindo um caminhão militar, e foi promovida a Comandande Junior cinco meses depois. Ela é a última Chefe de Estado viva a servir uniformizada na Segunda Guerra Mundial.
Durante a guerra, planos foram traçados para acabar com o nacionalismo galês, fazendo Isabel ter relações mais estreitas com o País de Gales. Os políticos galêses propuseram que Isabel fosse feita Princesa de Gales quando completasse 18 anos. A ideia foi dada peo Ministro do Interior, Herbert Morrison, mas rejeitada pelo Rei, alegando que esse título pertence exclusivamente à esposa de um príncipe de Gales, e esse título, de Príncipe de Gales, é sempre do filho mais velho do Rei, enquanto Isabel era apenas a herdeira presuntiva.
Ao fim da guerra, no Dia da Vitória na Europa, Isabel e sua irmã misturaram-se anonimante com a multidão que saia as ruas, comemorando nas ruas de Londres. Mais tarde, ela disse em uma rara entrevista: "nós pedimos aos nossos pais se pudíamos sair e ver por nós mesmas. Eu lembro que ficamos com medo de sermos reconhecidas. Eu me lembro também das pessoas que davam os braços e saiam andando pela Whitehall, todos arrastados por uma onda de felicidade e alívio". Dois anos depois, a Princesa fez sua primeira viagem ao exterior, acompanhando seus pais para a África do Sul. Em seu 21º aniversário, em abril de 1947, em um pronunciamento à Comunidade Britânica da África do Sul, ela afirmou: "Eu declaro diante de todos vocês, que minha vida inteira, seja ela longa ou curta, será dedicada ao seu serviço e ao serviço de nossa grande família imperial, a qual todos nós pertencemos".
                  Pintura de Philip Alexius de Láslzó, de 1933 retratando Isabel com sete anos.
Casamento e maternidade
Isabel conheceu seu futuro marido, Filipe, Duque de Edimburgo em 1934 e 1937. Após reencontrá-lo novamente no Colégio Real Naval em Darrmouth, em julho de 1939, Isabel - com apenas 13 anos de idade - apaixonou-se por Filipe, e eles começaram a trocar cartas. Eles casam dia 20 de novembro de 1947 noAbadia de Westminster. O casal são primos de segundo grau do Rei Cristiano IX da Dinamarca e primos de terceiro grau da Rainha Vitória do Reino Unido. Antes do casamento, Filipe renunciou ao seus títulos Gregos e Dinamarqueses, convertendo-se da Igreja Ortodoxa Grega ao Anglicanismo e adotou o nome de Filipe Mountbatten, sendo o sobrenome britânico de sua mãe. Mas antes do casamento, foi dado a ele o título de Duque de Edimburgo e ele chamado de Sua Alteza Real.
O casamento não aconteceu sem controvérsias: Filipe não tinha nenhum suporte financeiro, era um estrangeiro e sua irmã tinha casado com um nobre alemão, com ligações com os Nazistas. A mãe de Isabel foi contra a união inicialmente, como relatam algumas biografias, chamando Filipe de "alemão destruidor". No fim da vida, entretanto, ela disse a sua biografo Tim Heald que Filipe foi "um cavaleiro britânico". Isabel e Filipe receberam 2.500 presentes de casamento de todo o mundo, mas seu país ainda não estava totalmente recuperado da devastação da guerra.
Após o casamento, Isabel e Filipe mudaram-se para Clarence House, Londres. Em 14 de novembro de 1948, deu à luz seu primeiro filho, Príncipe Carlos de Edimburgo. Além de Carlos, tiveram mais três filhos: Ana, Princesa Real, André, Duque de York e Eduardo, Conde de Wessex. Apesar da casa real ser oficialmente chamada Windsor, foi decretado em 1960 que os descendentes da rainha Isabel II e do Príncipe Filipe teriam o sobrenome Mountbatten-Windsor.
Reinado
Sucessão
A saúde de Jorge VI do Reino Unido começou a declinar durante 1951 e Isabel foi representar seu pai em eventos públicos com frequência. Em outubro do mesmo ano, ela viajou ao Canadá e visitou o Presidente dos Estados Unidos, Harrya S. Truman em Washington. Durante a viagem, seu secretário pessoal, Martin Charteris, foi o responsável pelo aviso de que avisar se o Rei morresse durante a viagem. No começo de 1952, Isabel e Filipe foram a uma viagem a Austrália e Nova Zelância, pelo Quênia. No dia 6 de Fevereiro de 1952 eles retornaram à sua residência Saana Lodge, após uma noite no Hotel Treetops, quando chegou a notícia de que o pai de Isabel havia morrido e Filipe deu a notícia à nova Rainha. Martin Charteris perguntou a ela qual seria seu Nome Real e ela respondeu: "Isabel, é claro". Ela foi proclamada rainha e voltou às pressas ao Palácio de Buckingham. Ela e o Duque de Edimburgo se mudaram então para Palácio de Buckingham.
Com a ascensão de Isabel, a Casa Real deveria levar o nome de seu marido. A casa deveria ser Casa de Mountbatten, como Isabel sempre usava o nome de seu marido, depois de seu casamento; entretanto, a Rainha Maria e o Primeiro Ministro Britânico, Winston Churchill, favoreceram que a casa fosse Casa de Windsor e Windsor foi mantido. O Duque reclamou: "Eu sou o único homem no país que não pode dar seu nome aos seus filhos". Em 1960, com a morte da Rainha Maria e a renúncia de Churchill, o sobrenome Mountbatten-Windsor foi adotado.
No meio das preparações para a Coroação, a princesa Margarida informou a sua irmã que desejaria se casar com Peter Townsend, um plebeu divorciado, 16 anos mais velho que Margarida e com dois filhos do primeiro casamento. A Rainha pediu-lhe que esperasse por um ano, nas palavras de Martin Charteris, "A Rainha foi naturalmente simpática com a Princesa, mas eu acho que ela disse - ela desejava - dê-me tempo, o seu affair com ele acabará". Políticos seniores eram contra o casamento e a Igreja da Inglaterra não permitia casamentos a pessoas divorciadas. Se Margarida desejava realizar um casamento civil, ela deveria renunciar o seu direito a sucessão. Eventualmente, ela desistiu dos seus planos com Townsend. Em 1960 ela casou-se com Antony Armstrong-Jones, mas divorciaram-se em 1978. Ela não casou-se mais.
Apesar da morte de sua avó, Rainha Maria, em 24 de março de 1953, a Coroação foi em frente à Abadia de Westminster em 2 de junho de 1953, como o desejo de Maria. A cerimônia inteira foi televisionada, exceto a unção e a comunhão. Mais de 20 milhões de britânicos assistiram à Coroação pela TV. Na América do Norte, 100 milhões de pessoas assistiram.
         Rainha Isabel II do Reinado, ao lado do Duque de Edimburgo, na cerimônia de coroação (1953).
Evolução do Reino
Isabel assistiu durante sua vida, a transformação do Império Britânico e suas Nações. Em 1953/54, a Rainha e seu marido embaracaram em uma turnê pelo mundo, durando seis meses. Ela tornou-se a primeira soberana reinante a circunavegar o globo terrestre, e a primeira monarca da Austrália, Fiji e Nova Zelândia a visitar essas nações. Durante o tour, o público foi imenso; estima-se que quase 80% da população da Austrália foi as ruas para ver a Rainha. Ao longo do seu reinado, a Rainha viajou por todos os Estados de seu Reino, sendo a Chefe de Estado que mais viajou na história (passando até do Papa João Paulo II). Em 18 de fevereiro de 1951, visitou Portugal, onde foi recebida com grande festa, em outubro do mesmo ano fez uma visita oficial aos Estados Unidos e, em 1959, ao Canadá. Em 1961 viajou até a Índia e ao Paquistão, pela primeira vez. Ela já fez visitas oficiais à maioria das nações da Europa e de outros continentes. Ela vai regularmente aos encontro da Comunidade Britância das Nações.
Em 1956, o primeiro-ministro francês, Guy Mollet e o primeiro-ministro britânico, Sir Anthony Eden, discutiram a possibilidade da França entrar ao grupo das Nações da Comunidade Britânica. A proposta nunca foi aceita e no ano seguinte a França assinou o Tratado de Roma, que estabelecia a Comunidade Econômica Europeia, a precursora da União Europeia. Em novembro de 1956, o Reino Unido e a França invadiram o Egito, num último atentado sem sucesso para capturar o Canal de Suez. Lord Mountbatten foi contra a invasão e o Primeiro Ministro, Eden, renunciou ao cargo.
Com a falta de um mecanismo formal no Partido Conservador para a escolha do próximo Primeiro Ministro, a Rainha decidiou formar uma comissão para formar o governo. Eden recomendou que Isabel consultasse Lord Salisbury (O Senhor Presidente do Conselho). Lord Salisbury e Lord Kilmuir (o Lord Chanceler) consultou o Gabinete do Reino Unido e recomendaram o candidato Harold Macmillan. Seis anos depois, Macmillan renunciou o cargo e aconselhou a Rainha a apontar Alec Douglas-Home ao cargo, conselho que ela seguiu.
A crise de Suez e a escolha do sucessor de Eden, em 1957, foram as primeiras crises que a Rainha enfrentou. No mesmo ano, ela foi a Assembleia Geral das Nações Unidas em nome da Comunidade das Nações Britânicas, nos Estados Unidos. Na mesma viagem, ela abriu o 23º Parlamento Canadense, tornando-se a primeira monarca do Canadá a abrir uma sessão parlamentar. Em 1961, ela viajou para o Chipre, Índia, Paquistão, Nepal e Irã. No mesmo ano, em uma visita a Gana, ela afirmou que temia por sua segurança, já que o presidente do país havia sido assassinado em um atentado.
Os únicos anos que a Rainha não abriu o Parlamento Britânico foi na gravidez de André, Duque de Iorque em 1959 e na gravidez de Eduardo, conde de Wessex em 1963.
Nas décadas de 1960 e 1970, a Rainha viu a aceleração da descolonização da África e do Caribe. Aproximadamente 20 países ganharam a independência do Reino Britânico, como parte do plano de auto-governo.
Em 1977, Isabel marcou os vinte e cinco anos de sua coroação. Muitas festas e eventos aconteceram por todos os países do Reino, reafirmando a popularidade da Rainha, fazendo-se esquecer a coincidência negativa que foi o divórcio da Princesa Margarida, sua irmã.
                                                   Estandarte pessoal da rainha Elizabeth II.
Década de 1980
Durante o ano de 1981, a cerimônia Troopiing the Colour, a apenas seis semanas do casamento de Charles, Príncipe de Gales com Diana, Princesa de Gales, seis tiros foram disparados contra a Rainha, enquanto ela cavalgava seu cavalo, Burmese. Depois, foi descoberto que as balas eram falhadas. O atirador, Marcus Sarjeant, um jovem de 17 anos foi preso em seguida, e foi sentenciado a cinco anos de prisão, mas foi solto depois de três. A compostura da Rainha e seu controle do cavalo foram enormemente elogiados. No ano seguinte, a Rainha encontrou-se novamente em uma situação delicada, quando ela acordou em seu quarto, no Palácio de Buckingham e encontrou um intruso, Michael Fagan, em seu quarto. Depois de se acalmar, e fazer duas ligações para a guarda, Isabel conversou com Fagan, enquanto ele sentou-se nos pés de sua cama até ser preso, sete minutos depois. De abril a setembro de 1982, a Rainha sentiu-se ansiosa, mas orgulhosa de seu filho, André, Duque de Iorque, que estava servindo com as forças Britânicas, durante a Guerra das Malvinas. Enquanto ela hospedou o Presidente Ronald Reagan no Castelo de Windsor em 1982 e o visitou em seu rancho na Califórnia, em 1983, ela viu sua administração ordenar a invasão de Granada, uma de suas ilhas do Caribe, sem sua permissão.
Década de 1990
Em 1991, na sequência da vitória dos Estados Unidos na Guerra do Golfo, ela se tornou a primeira monarca britância a discursar numa sessão do Congresso dos Estados Unidos. No ano seguinte, ela tentou salvar o casamento de seu filho mais velho Charles, falando que ele e sua esposa tinham que resolver suas diferenças.
No dia 24 de novembro de 1992, o dia que marcava o 40º aniversário de sua coroação, a Rainha chamou 1992 como "annus horribilis". Em março, seu filho, André, Duque de Iorque e sua esposa, Sarah, Duquesa de Iorque, separaram-se. Em abril, sua filha, Ana, Princesa Real, divorciou-se de seu marido, Capitão Mark Philips. Durante uma visita ao estado da Alemanha, demonstrações raivosas em Dresden jogaram-lhe ovos, e em novembro, o Castelo de Windsor sofreu grande avarias, por causa de um incêndio.
Charles e Diana
Nos anos seguintes, as revelações sobre o estado do casamento de Charles e Diana continuaram. No fim de dezembro de 1995, revelaram que o divórcio era desejado por ambos. Um ano após o divórcio, que aconteceu em 1996, Diana morreu em um acidente automobilístico em Paris, dia 31 de agosto de 1997. Na época, a Rainha estava com seu filho e netos, em Balmoral.
Após cinco dias em aparições públicas, a Rainha e o Duque blindaram seus netos do intenso interesse da imprensa, mantendo-os em Balmoral, onde eles poderiam sofrer em paz. Por parte do povo, a Rainha fez uma transmissão dia 5 de setembro, um dia antes do funeral de Diana. Na transmissão ela expressou sua admiração por Diana e seus sentimentos como "uma avo" para os Príncipes Guilherme e Henrique. Como resultado, a hostilidade pública praticamente evaporou.
A soberana nunca sofreu uma desaprovação pública. Mas, em 1997, ela e outros membros da família real foram recebidos de forma fria quando não presenciaram algumas cerimônias da morte de Diana, Princesa de Gales. Isso incorreu em grandes críticas nos tablóides.
A rainha Isabel tinha sentimentos negativos em relação a Diana e acreditava que ela havia causado um grande dano à monarquia. Para rainha , Diana envergonhava a família real e seus filhos com seu comportamento subversivo alvo diário de capa de tablóides no mundo.
A rainha e a família real foram extremamente criticados com o que sucedeu após a morte da Princesa de Gales. Para evitar que os filhos acompanhassem a cobertura sensacionalista da mídia inglesa, a família real estava em uma de suas propriedades nas Escócia, e decidiu lá ficar quando as noticias começaram a ser publicadas. Para entreter os Henrique e Guilherme, diariamente haviam atividades de caça e esporte na propriedade real, especialmente ao lado do primo dos príncipes, Peter Phillips.
A cada momento que passava a pressão da mídia crescia. De fato, os jornais entendiam a necessidade da família real em se manter longe de Londres na época. Segundo Alastair Campbell, na época redator político do jornal Daily Mirror, o clima entre os funcionários mais próximos a família real era de um time que havia perdido o final de campeonato e se preparava para enfrentar seus torcedores enfurecidos. O tablóide The Sun publicou um editorial que resumia o clima no Reino Unido na época:
"Onde está a nossa rainha quando o país precisa dela? Ela está a 550 milhas de Londres, a concentração da tristeza da nação. Seu castelo em Balmoral está o mais longe o possível do oceano de flores que está se formando em volta das propriedades reais (...) Vamos deixar Carlos, Guilherme e Henrique chorarem juntos nas solitárias colinas escocesas. Nós podemos entender. Mas o local da Rainha é com o povo. Ela deve voltar imediatamente e aparecer no balcão do palácio real".

Embora alguns membros da família real tivessem aparecido publicamente nesse período, a rainha ainda continuava em Balmoral com os príncipes, e sua intenção eram continuar lá até o ultimo momento antes de voltar no trem real. Por fim, devido as pressões, a rainha acabou fazendo um discurso a nação ao vivo pela BBC, coisa incomum, e a bandeira hasteada no palácio foi rebaixado, quebrando o protocolo real.
A visão da família real inteira extremamente-se à passagem do caixão de Diana pelo Palácio de Buckingham foi transmitida ao vivo. Os conselhos da rainha-mãe e de Tony Blair fizeram com que a rainha mudasse de atitude.
Relações Políticas
Isabel conserva uma boa relação com os políticos de todos os partidos. Os seus primeiros-ministros favoritos foram Winston Churchill, Harold Macmillan e Harold Wilson. Em contrapartida, parece que não gostava de Margaret Thatcher, que desgostava cordialmente, o que não obstou a que lhe tivesse concedido o título de Baronesa Thatcher. Com Tony Blair diz-se que nos primeiros anos a relação entre os dois foi boa, mas nos últimos anos de ministro foi evidente de que a relação se tornou mais difícil. Diz-se que a rainha afirmava que se sentia pouco informada nos assuntos do Estado.
 rainha tem-se pronunciado a favor da continuidade da união entre Inglaterra e Escócia, irritando alguns nacionalistas escoceses. A sua declaração de louvor ao acordo de Belfast com a Irlanda do Norte levantou algumas queixas de alguns grupos unionistas no Partido Democrático da União que se opuseram ao referido acordo.
Tirando algumas dezenas de controvérsias sobre os problemas da família real, particularmente os casamentos fracassados de seus filhos nas décadas de 1980 e 1990, a rainha permanece como uma figura marcante e é geralmente bastante respeitada pelas populações de seus reinos. A sua dignidade e recusa em demonstrar emoção em algumas aparições públicas previne o aumento de sentimentos negativos por parte dos seus súditos.
A rainha permanece como uma chefa de Estado bastante respeitada e amada. Sua família e ela, porém, têm sofrido com a pressão dos jornais britânicos. Em 2002, comemorou-se o Jubileu de Ouro, marcando os cinquenta anos de sua ascensão ao trono. O ano foi marcado por um grande tour nos reinos da Comunidade Britânica, incluindo numerosos desfiles e concertos oficiais. Em junho, milhares de pessoas se reuniram nos arredores do Palácio de Buckingham para a "Festa no Palácio" (Party at the Palace), um show onde diversos músicos famosos das ilhas britânicas se apresentaram. Foi celebrada uma Ação de Graças no dia seguinte na Catedral de São Paulo, seguida de uma grande festa, que terminou com o sobrevôo de um Concorde e da Esquadrilha Acrobática da Real Força Aérea. A Família Real assistindo a tudo na varanda do Palácio de Buckingham, juntamente com uma multidão de um milhão de pessoas.
O ano do jubileu coincidiu com as mortes da mãe da rainha e de sua irmã. A relação de Isabel com seus filhos, que já era distante, tendeu a esfriar mais ainda. Ela é particularmente bastante próxima à condessa de Wessex, sua nora. Quanto a Camilla Parker Bowles, a Rainha desaprovou o longo romance entre ela e seu filho, mas teve que aceitar devido ao casamento dos dois. Por outro lado, Príncipe Guilherme e Zara Philips são bastante queridos por ela.
Segundo consta, a rainha é apaixonada por cavalos e cães, e não é uma apreciadora da arte, embora a coleção real possua inúmeras peças de arte. A rainha também não gosta de música clássica, embora possua um flautista pessoal que toca para ela todas as manhãs.

Em 2003, a rainha sofreu três intervenções cirúrgicas. No final do ano foi operada duas vezes aos joelhos, e outra destinou-se a remover algumas lesões do rosto.
Aos 82 anos, Isabel deixou claro que não pretende abdicar. Aqueles mais próximos a ela dizem que sua intenção é reinar até o dia de sua morte. A Rainha delega já alguns deveres de representação a seus filhos e também a outros membros da família real. Foi anunciado em 2005 que ela e seu marido reduziriam as viagens internacionais. Mas, fica claro que a Rainha pretende fazer tudo que puder até não estar mais fisicamente apta.
A sua imagem pública tem sido amenizada nos últimos anos, particularmente após a morte da rainha-mãe. Apesar de permanecer reservada em público, tem sido vista rindo e sorrindo mais do que em anos anteriores, e foi com comoção que os súditos a viram chorar durante o culto em memória das vítimas dos ataques de 11 de Setembro de 2001, na Catedral de São Paulo e na Normandia, nas comemorações dos sessenta anos do Dia D, onde, pela primeira vez, se dirigiu às tropas do Canadá.
                              Isabel II recebe Barack e Michelle Obama no Palácio de Buckingham.
                                 A Rainha Isabel II é a soberana dos Windsor atualmente no poder.
Finanças
A fortuna estimada da rainha tem sido um objeto de especulação durante muitos anos, especialmente pelos tablóides. A revista americana Forbes revelou em abril de 2011 que a soberana possui uma fortuna estimada em 500 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 275 milhões de libras esterlinas. O Palácio de Buckingham já declarou oficialmente que a fortuna da rainha não passa de 100 milhões de libras, algo pouco provável já que, além das residências privadas da Família Real britânica todas mantidas como patrimônio pessoal da monarca, somente a Royal Collection ultrapassa o valor de 10 bilhões de libras.
O Castelo de Balmoral e a Sandringham House, propriedades pessoais da rainha, foram avaliados em cerca de 310 milhões de libras. O Ducado de Lancaster, avaliado em mais de 9 milhões de libras em 2006, é utilizado pela monarca para arcar com as despesas pessoais.
                                    Sandringham House em Norfolk, propriedade pessoal da rainha.
Religião
Além de seu papel como praticante da religião oficial do Reino Unido, a monarca tem responsabilidades como governante da Igreja Anglicana quando está na Inglaterra e participa dos trabalhos da Igreja da Escócia quando estadia em Balmoral. A rainha já expressou várias vezes a sua fé no Cristianismo, principalmente na Mensagem Real de Natal. No Natal do ano de 2000, a rainha disse estar comemorando o 2000º aniversário de Jesus Cristo.
«Para muitos de nós a fé e a convicção são de fundamental importância. Para mim, os ensinamentos de Cristo e minha própria responsabilidade com os serviços de Deus fornecem um quadro no qual eu tento levar a minha vida. Eu, como tantos de vocês, tenho recebido muito conforto nos momentos difíceis pelas palavras e pelo exemplo de Cristo»
Isabel também se revelou uma ímpar defensora do Diálogo inter-religioso durante seus encontros com líderes de diferentes religiões e apoia pessoalmente o Council of Christians and Jews (Conselho de Cristãos e Judeus do Reino Unido).
Ascendência
A rainha Isabel é descendente da casa alemã de Saxe-Coburgo-Gota (Sachsen-Coburg-Gotha), que herdou o trono britânico após a morte da rainha Vitória (da casa de Hanôver), em 1901. Ela também é descendente de monarcas britânicos da distante casa de Wessex do século VII; da casa real escocesa, a casa dos Stuart, que remonta ao século IX. Pela parte de sua bisavó, rainha Alexandra, ela é descendente da casa real dinamarquesa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, uma linhagem da casa norte-alemã de Oldenburg, uma das mais velhas da Europa. Como trineta da Rainha Vitória, A Rainha Isabel tem parentesco com chefes de Estados da maioria das casas reais da Europa e com os Imperadores do Brasil. Ela é prima de Alberto II da Bélgica, Harald V da Noruega, Juan Carlos I da Espanha e Carlos XVI Gustavo da Suécia, também como os antigos reis Constantino II da Grécia e Miguel da Romênia, além das antigas casas reais da Prússia/Alemanha e Rússia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. Alberto de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
8. Eduardo VII do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Vitória I do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
4. Jorge V do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Cristiano IX da Dinamarca
 
 
 
 
 
 
 
9. Alexandra da Dinamarca
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. Luísa de Hesse-Kassel
 
 
 
 
 
 
 
2. Jorge VI do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. Alexandre de Württemberg
 
 
 
 
 
 
 
10. Francisco, Duque de Teck
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21. Claudine Rhédey von Kis-Rhéde
 
 
 
 
 
 
 
5. Mary de Teck
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. Adolfo, Duque de Cambridge
 
 
 
 
 
 
 
11. Maria Adelaide de Cambridge
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. Augusta de Hesse-Kassel
 
 
 
 
 
 
 
1. Isabel II do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. Thomas Lyon-Bowes, Lord Glamis
 
 
 
 
 
 
 
12. Claude Bowes-Lyon, 13.º Conde de Strathmore e Kinghorne
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Charlotte Grimstead
 
 
 
 
 
 
 
6. Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Oswald Smith
 
 
 
 
 
 
 
13. Frances Dora Smith
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Henrietta Hodgson
 
 
 
 
 
 
 
3. Elizabeth Bowes-Lyon
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. Guilherme Carlos Augusto Cavendish-Bentinck
 
 
 
 
 
 
 
14. Carlos Guilherme Frederico Cavendish-Bentinck
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. Anne Wellesley
 
 
 
 
 
 
 
7. Cecilia Cavendish-Bentinck
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30. Edwyn Burnaby
 
 
 
 
 
 
 
15. Carolina Luísa Burnaby
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31. Anne Caroline Salisbury
 
 
 
 
 
 


             Isabel II na cerimônia anual da mais antiga e nobre honra inglesa ,Ordem da Jerreteira.
Descendência
  • Sua Alteza Real o Príncipe Carlos, Príncipe de Gales (Charles Philip Arthur George, n. 14 de novembro de 1948) - casado (29 de julho de 1981) e divorciado (28 de agosto de 1996) de Lady Diana Frances Spencer (1961-1997); casado pela segunda vez (9 de abril de 2005) com Camilla Rosemary Shand (n. 1947).
    • Sua Alteza Real o Guilherme, Duque de Cambridge (nascido em 21 de junho de 1982) - casado (29 de abril de 2011) com Catherine Elizabeth Middleton (n. 1982).
    • Sua Alteza Real o Príncipe Henrique de Gales (nascido em 15 de setembro de 1984)
  • Sua Alteza Real a Princesa Ana, Princesa Real (Anne Elizabeth Alice Louise, n. 15 de agosto de 1950) - casada (14 de novembro de 1973) e divorciada (28 de abril de 1992) de Mark Anthony Peter Philips (n. 1948); casada pela segunda vez (12 de dezembro de 1992) com Timothy James Hamilton Laurence (n. 1955)
    • Peter Philips (n. 15 de novembro de 1977) - casado (17 de maio de 2008) com Autumn Patricia Kelly (n. 1978).
      • Savannah Phillips (n. 28 de dezembro de 2010).
    • Zara Philips (n. 15 de maio de 1981) - casada (30 de julho de 2011) com Michael James Tindall (n. 1978).
  • Sua Alteza Real o Príncipe André, Duque de Iorque (Andrew Albert Christian Edward, n. 19 de fevereiro de 1960) - casado (23 de julho de 1986) e divorciado (30 de maio de 1996) de Sarah Margaret Ferguson (n. 1959).
    • Sua Alteza Real a Princesa Beatriz de York (n. 8 de agosto de 1988)
    • Sua Alteza Real a Princesa Eugênia de York (n. 23 de março de 1990)
  • Sua Alteza Real o Príncipe Eduardo, Conde de Wessex (Edward Anthony Richard Louis, n. 10 de março de 1964) - casado (19 de junho de 1999) com Sophie Helen Rhys-Jones(n. 1965)
    • Lady Louise Windsor (n. 8 de novembro de 2003)
    • Jaime Windsor, Visconde Severn (17 de dezembro de 2007).
Títulos
No Reino Unido, seu título oficial é de Isabel, a Segunda, pela Graça de Deus, Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus outros Reinos e Territórios, Chefe da Comunidade Britânica das Nações, Defensora da Fé. Na prática "Rainha Isabel II" ("Rainha Elizabeth II"), ou simplesmente "A Rainha", ou "Sua Majestade".
Na sua sucessão, o título Isabel II causou alguma controvérsia na Escócia, onde nunca existiu uma rainha chamada Isabel I. Um caso foi aberto para contestar o direito da rainha em utilizar o título de Isabel II na Escócia, argumentando que para fazê-lo ela estaria desrespeitando o Ato da União (1707). O processo se perdeu já que o acusador não tinha títulos para poder processar a Coroa, e que também a numeração dos monarcas fazia parte da prerrogativa real e que não poderia ser regulada pelo Ato da União. Há também duas outras controvérsias, que são menos divulgadas.
Futuros monarcas britânicos serão numerados de acordo com seus antecessores ingleses ou escoceses.
Seguindo a decisão dos primeiros-ministros da Comunidade Britânica na Conferência da Comunidade em 1953, a Rainha Isabel usa diferentes títulos em cada um de seus reinos.
Peculiarmente intitulada como "Sua Majestade, a Rainha" (e quando necessária distinção "Sua Majestade Britânica" ou "Sua Majestade Canadense"), seus antigos títulos foram:
  • Sua Alteza Real Princesa Isabel de York (1926-1936)
  • Sua Alteza Real, a Princesa Isabel (1936-1947)
  • Sua Alteza Real, a Princesa Isabel, Duquesa de Edimburgo (1947-1952).

                                    Brasão de Armas da Rainha Isabel II da Casa de Windsor.
Governo
Reinado: 6 de fevereiro de 1952 - presente.
Coroação: 2 de junho de 1953.
Consorte: Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo.
Antecessor: Jorge VI.
Herdeiro: Charles, Príncipe de Gales.
Dinastia: Windsor.
Hino Real: God Save the Queen.
Títulos: SM a Rainha, SAR a Princesa Isabel, Duquesa de Edimburgo, SAR a Princesa Isabel, SAR a Princesa Isabel de York.
Vida
Nome completo: Elizabeth Alexandra Mary.
Nascimento: 21 de abril de 1926 (85 anos), Londres, Inglaterra, Reino Unido.
Filhos: Charles, Príncipe de Gales, Ana, Princesa Real, André, Duque de York, Edward, Conde de Wessex.
Pai: Jorge VI.
Mãe: Elizabeth Bowes-Lyon.
                                             A rainha em visita á República da Irlanda em 2011.

Fonte: Wikipédia

























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