quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ano de 2012: Reino Unido - 4° parte #2

Consortes de Inglaterra
Emma da Normandia
Ema da Normandia (cerca 982 - 1052) foi filha de Ricardo, Duque da Normandia e rainha de Inglaterra por duas vezes, através dos seus casamentos com Ethelred II (1002-1016) e Canuto, o Grande (1017-1035).
Durante a invasão dinamarquesa de 1013, a família real de Inglaterra encontrou refúgio na Normandia, graças aos laços familiares de Ema. Em 1017, Ema regressa a Inglaterra para casar com Canuto, mas os seus filhos de Ethelred II, Eduardo, o Confessor e Alfredo, permanecem na Normandia para ser educados. Depois da morte de Canuto, Ema regressa à Normandia. Canuto II, o seu filho de Canuto, era o sucessor designado, mas o irmão bastardo Haroldo I tomou o poder forçando a fuga da rainha mãe.
Em 1042, Eduardo o Confessor torna-se rei e Ema regressa a Inglaterra definitivamente. Retirou-se para Winchester, onde morreu em 1052.
As ligações familiares estabelecidas pelos casamentos de Ema entre a Normandia e Inglaterra foram instrumentais na fundação da dinastia normanda de reis ingleses com Guilherme I.

Sigrid da Polônia

Sigrid a OrgulhosaGunhild(a)Sigrid StorrådaŚwiętosława da Polônia ou Czcirada, (c. 965 — após 1014) foi uma pessoa de existência duvidosa, que é mencionada em muitas sagas nórdicas e crônicas históricas. Não se sabe se essa personagem se trata de uma pessoa real ou se nela foram unidas as histórias da vidas de várias pessoas.
Por volta de 985 casou-se com o rei sueco Érico o Vitorioso tornando-se rainha consorte. Ela lhe deu dois filhos, dos quais um deles, Olavo da Suécia seria posteriormente rei da Suécia. Quando Érico morreu, em 995, Sigrid casou-se com Svend I da Dinamarca, tornando-se a mãe dos reis dinamarqueses Haroldo II da Dinamarca e Canuto o, Grande, bem como de mais três filhas.

Edite de Wessex
Edite de Wessex (?, 1029 - 19 de dezembro de 1075) casou-se com rei Eduardo, o Confessor em 1045. Não teve filhos com o rei. Posteriormente alguns escritores alegaram que isso se deu devido a recusa de Eduardo em consumar o casamento por conta de sua antipatia em relação a família de Edite ou por ter feito um voto de castidade. Portanto, segundo o historiador e biógrafo britânico Frank Barlow esta última teoria não tem fundamento.
Edite era filha de Godwin, Conde de Wessex um dos homens mais poderosos da Inglaterra no reinado de Eduardo. Sua mãe era Gytha Thorkelsdóttir, por sua vez filha de Torkel Styrbjörnsson, filho deserdado do príncipe sueco Styrbjörn Starke, filho do rei Olaf, da Suécia (é necessário a remontação da origem genealógica para melhor entendimento).
Quando Goldwin e sua família foram expulsos da Inglaterra em 1051 Edite foi posta de lado pelo rei e enviada para um convento de freiras. Portanto um ano depois, Goldwin regressou e reintegrou sua filha a coroa, que nos últimos anos do rei desempenhou um importante papel junto a ele como parte do grupo dos conselheiros do mesmo.
De acordo com Barlow: " embora ela estivesse sempre modestamente colocada por trás do trono, não se pode minizar o seu poder ou ocultar completamente a relevância vontade dela em relação ao reino. Ela era uma mulher dura e irredutível."
Após a morte de Eduardo em 4 de janeiro de 1066, o irmão de Edite, Harold Godwinson tomou o trono, porém um primo de Eduardo, Guilherme I então Duque da Normandia resolveu se auto-proclamar rei da Inglaterra. Na Batalha de Stamford Bridge (25 de Setembro de 1066) e na Batalha de Hastings (14 de Outubro, 1066), Edite perdeu quatro de seus irmãos (Tostig, Harold, Gyrth e Leofwine). Seu irmão Wulfnoth Godwinson que tinha sido tomado como refém por Eduardo em 1051 logo depois se tornou prisioneiro de Guilherme I e foi levado cativeiro para a Normandia. Portanto Edite foi a única membra da família Godwin a sobreviver a conquista normanda sobre a Inglaterra, os filhos de Harold Godwinson fugiram para a Irlanda.
Governo
Reinado: 1045-1066.
Consorte: Eduardo, o Confessor.
Sucessor(a): Emma da Normandia.
Vida
Nome completo: Edite de Wessex.
Nascimento: 1029.
Morte: 19 de dezembro de 1075.
Pai: Godwin, comde de Wessex.
Mãe: Gytha Thorkelsdóttir.

Matilde de Flanders
Matilde de Flandres (c. 1031 - Caen, 2 de novembro de 1083) era filha de Balduíno V, conde de Flandres, e de Adela de França. Era conhecida por ser muito baixa, mas sabe-se muito pouco a respeito de sua juventude.
O fato de ela ser descendente de Alfredo, o Grande, rei da Inglaterra, foi uma das razões que levou Guilherme, duque da Normandia, a pedi-la em casamento. Aparentemente ela o rejeitou, uma vez que não queria casar com um bastardo. Furioso, Guilherme a abordou e a agrediu. Tal comportamento bastante inconvencional levou-a a mudar de ideia e eles casaram em 1051, embora tenham tido que esperar até 1059 antes de receber a permissão papal.
Guilherme confiava bastante nela e ela agia como regente sempre que ele estava ausente. Depois da conquista da Inglaterra, ela foi coroada a rainha de Guilherme em Winchester. Ela foi para o norte da Inglaterra com ele e, em Selby, deu à luz o futuro rei Henrique I, provavelmente o seu décimo ou décimo-primeiro filho. Em 1069, ela voltou para o Ducado da Normandia, onde permaneceu no governo.
Quando ela adoeceu em 1083, Guilherme viajou à Normandia para ficar a seu lado. Ela morreu em Caen e ali seu corpo foi sepultado.
                                                                  Matilde de Flanders.

Edite da Escócia
Edite da Escócia (c. 1080 - 1 de maio de 1118) foi a primeira consorte de Henrique I da Inglaterra.
Ela nasceu em Dunfermline, filha do rei Malcolm III da Escócia e de Margarida Ætheling. Estava destinada a ser freira, e foi para Romsey, onde sua tia Cristina era abadessa. Contudo, em 1100, Henrique I, o novo rei da Inglaterra, pediu sua mão em casamento e, em 11 de novembro daquele ano, ela se tornou sua consorte.
Ela então adotou o nome de Matilde em homenagem a sua sogra, Matilde de Flandres. Ela e Henrique tiveram dois, possivelmente três filhos:
  • Matilde (1102 - 1167);
  • Guilherme Adelin (1103 - 1120);
  • Ricardo (m. 1120).
Matilde construiu um leprosário em Saint-Giles-in-the-Fields, em Londres, e fundou o Priorado da Santíssima Trindade em Aldgate. Faleceu por volta dos 38 anos de idade no Palácio de Westminster.
                                                                    Matilde da Escócia.

Adeliza de Louvain
Adeliza de Louvain (1103 - 23 de abril de 1151) foi Rainha Consorte da Inglaterra e segunda esposa do rei Henrique I. Era filha de Godofredo I de Brabante, conde de Brabante, Lovaina e de Bruxelas e duque da Baixa Lotaríngia.
Adeliza se casou com o rei Henrique I em 2 de fevereiro de 1121, enquanto tinha entre quinze e dezoito anos e Henrique cinquenta e três anos de idade.
Acredita que a única razão de o rei ter se casado novamente era seu desejo de ter um herdeiro legítimo já que o seu único herdeiro Guilherme Adelin morrera no Naufrágio do White Ship.
Adeliza era reputadamente muito bonita e o seu pai o duque da Baixa Lotaríngia. Estes foram motivos pelo qual ela foi escolhida para esposa do rei. Porém, durante os quase quinze anos de casamento ela não deu nenhum herdeiro ao rei Henrique.Como rainha ela pouco participou da vida pública do reino.
Com a morte do rei1 de dezembro de 1135 ela se retirou para o mosteiro de Wilton onde ficaria por pouco tempo. Como era ainda jovem ela saiu do luto em 1139 e se casou com William d'Aubigny, Lorde de Arundel.
Adeliza passou seu último ano de vida na Abadia de Affligem e foi sepultada na capela ao lado de seu pai Godofredo I de Brabante, portanto durante a Revolução Francesa seu túmulo foi demolido e seus ossos foram depositados na reconstruída abadia de Affligem.
Governo
Reinado: 2 de fevereiro de 1121 - 1 de dezembro de 1135.
Consorte: Henrique I.
Antecessor: Edite da Escócia.
Sucessor: Matilde I de Bolonha.
Casa Real: Casa da Normandia e Casa de Lauvaina.
Vida
Nome completo: Adeliza de Louvain.
Nascimento: c. 1103 Abadia de Affligem, Brabante.
Sepultamento: 23 de abril de 1151.
Filhos: Reynor d'Aubigny, Henry d'Aubigny, Alice, Condessa d'Eu, Olivia d'Aubigny, Agatha d'Aubigny, William d'Aubigny (2° Lorde de Arundel), Geoffrey d'Aubigny.
Pai: Godofredo I de Brabante.
Mãe: Condessa Ida de Namur.

Henrique V, Sacro Imperador Romano-Germânico
Henrique V (Heinrich V., em alemão) (1081 - 23 de maio de 1125) foi o quarto e último governante da dinastia sália de Sacro Imperadores Romanos. Forçou a abdicação em 1105 de seu pai, Henrique IV, e obteve a sua eleição como rei, sendo coroado Imperador em 1111.
Apesar do apoio inicial do Papa à sua coroação, Henrique continuou com a Questão das Investiduras, começada por seu pai, opondo-se à insistência do Papa em controlar todas as investiduras eclesiásticas na Germânia. Henrique invadiu a Itália duas vezes (1110 e 1116) e designou o antipapa Silvestre IV contrário ao Papa em Roma, mas terminou por celebrar a Concordata de Worms (1122), um compromisso pelo qual o Papa investiria os bispos nos cargos eclesiásticos e o Imperador lhes concederia os direitos seculares.
Em 1114, em Mogúncia, casou-se com Matilde, filha de Henrique I de Inglaterra. Não tiveram filhos, terminando assim a dinastia saliana.
                                                               Henrique IV e Henrique V.
                                                                      Henrique V.

Godofredo Plantageneta
Godofredo V de Anjou (Geoffrey em inglês), cognominado o Plantageneta (24 de Agosto de 1113 — Loire, 7 de Setembro de 1151), foi conde de Anjou e de Maine e duque da Normandia. Era filho do Conde Fulque V de Anjou e de Ermengarda, herdeira de Maine.
Sucedeu seu pai no Condado de Anjou em 1129, quando este se tornou rei de Jerusalém. Seu epíteto "Plantageneta" vem do francês plant genêt (planta giesta) e refere-se ao arbusto que escolheu como símbolo pessoal. Posteriormente a alcunha passou a designar toda uma dinastia de reis ingleses.
Em 1128, Godofredo casou-se com Matilde, imperatriz viúva do Sacro Império e princesa herdeira de Inglaterra, filha do rei da Inglaterra e duque da Normandia Henrique I. A escolha da noiva, 11 anos mais velha, foi feita no âmbito das negociações de paz entre a Inglaterra (particularmente o Ducado da Normandia) e o Condado de Anjou. O casamento revelou-se tempestuoso mas gerou três filhos, e Henrique, o mais velho, tornou-se rei de Inglaterra.
Na morte de Henrique I de Inglaterra em 1135, Godofredo e Matilde foram ultrapassados na corrida ao trono de inglês pelo primo Estevão de Blois, conde de Bolonha. A usurpação deu origem à guerra civil conhecida como a Anarquia que assolou Inglaterra entre 1135 e 1153.
Um dos motivos da rejeição de Matilde como soberana foi o próprio Godofredo que, por ser angevino, era detestado por todos os nobres normandos. O papel de Godofredo na guerra vivida em Inglaterra foi secundário. O exército de Anjou focou-se essencialmente na manutenção e conquista de praças no Ducado da Normandia, então uma possessão inglesa.
Mesmo quando Matilde precisou de reforços em Inglaterra, Godofredo sempre recusou-se a abandonar o projecto normando. Este pode ter sido um dos motivos pela longa duração do conflito, visto que, com a ajuda dos angevinos, Estevão de Blois poderia ter sido deposto mais depressa. No entanto, a posse da Normandia foi um dos factores que levaram à designação de Henrique Plantageneta como sucessor de Estevão. A ameaça constante de revoltas em Anjou pode ter sido também uma razão para Godofredo ter-se decidido a não intervir em Inglaterra, bem como a sua impopularidade neste país.
Godofredo de Anjou morreu em 1151 e encontra-se sepultado na catedral de Le Mans, em França.
                  Efígie de Godofredo V de Anjou no seu túmulo na Catedral de Le Mans França.
Relações familiares
Foi filho de Fulco V de Anjou (1092 – 13 de Novembro de 1143) e de Eremburga (1069–26), filha de Helias do Maine, conde do Maine. Casou com Matilde de Inglaterra (7 de Fevereiro de 1102 – 10 de Setembro de 1169), filha de Henrique I de Inglaterra, rei de Inglaterra (1068 – 1 de Dezembro de 1135) e de Edite da Escócia (Santa Matilde) (1080 – 1 de Maio de 1118), de quem teve:
  1. Henrique II de Inglaterra (5 de Março de 1133 – 6 de Julho de 1189) casado com Leonor da Aquitânia, Duquesa da Aquitânia (1 de Abril de 1122 – 31 de Março de 1204),
  2. Godofredo VI de Anjou (1134–?), conde de Anjou e de Nantes,
  3. Guilherme de Anjou (1135–?), conde de Poitou
Fora do casamento teve dois filhos naturais cujo nome das mães a história não regista:
  1. Hamelin Plantageneta (1140–?), conde de Surrey casado com Isabele de Varennes,
  2. Ema Plantagenet (1130–?) Guy IV de Laval, Senhor de Laval.
                                                           Brasão de Godofredo V.


Matilde de Bolonha
Matilde I (c. 1105 - 3 de julho de 1152) foi condessa de Bolonha por direito próprio, de 1125 até sua morte, e rainha consorte da Inglaterra por casamento com Estêvão I.
Biografia

Matilde foi a filha única de Eustácio III, conde de Bolonha e de Lens, e de Maria da Escócia. Em 1125, ela se casou com Estêvão, conde de Mortain, filho de Estêvão II, conde de Blois, e de Adela da Normandia.
Quando o pai de Matilde abdicou do condado e se retirou para um mosteiro no ano de seu casamento, a grande honra de Estêvão na Inglaterra foi juntada com Bolonha e o igualmente grande feudo inglês que Matilde herdou, e o casal se tornou co-governantes de Bolonha.
À morte do rei Henrique I da Inglaterra, em 1135, Estêvão zarpou para a Inglaterra, tomando vantagem dos portos bolonheses mais próximos, e foi coroado rei, derrotando sua rival, a imperatriz Matilde. A condessa de Bolonha estava nos últimos meses de gestação e atravessou o Canal da Mancha depois de dar a luz a um menino, Eustácio, o qual suceder-lhe-ia como conde. Matilde foi coroada rainha na Páscoa, em 22 de março de 1136.
Na guerra civil que se seguiu, conhecida como a Anarquia, Matilde provou ser o maior amparo de Estêvão. Depois que ele foi capturado na Batalha de Lincoln, Matilde reuniu os partidários do rei e formou um exército com a ajuda de Guilherme de Ypres, o lugar-tenente-mor de Estêvão. A imperatriz estava assediando a irmã de Estêvão, Henrique de Blois, bispo de Winchester, mas Matilde, por sua vez, passou a assediá-la, dispersando-a e capturando seu meio-irmão e maior amparo, Roberto, conde de Gloucester.
Matilde governou Bolonha junto com seu esposo até 1150, quando passou a governar sozinha até 1151. Naquele ano, o condado foi passado para seu filho Eustácio e, quando este morreu, em 1153, seu filho sobrevivente Guilherme I herdou-o, seguido de sua filha Maria, em 1159.
Matilde morreu de uma febre, com cerca de 47 anos, no Castelo de Hedingham, em Essex, e seu corpo foi sepultado na Abadia de Feversham, a qual foi fundada por seu esposo.
Descendência
Matilde teve cinco filhos com Estêvão dos quais apenas Maria (c.1136-1182), a caçula, teria progênie. Os três primeiros nasceram durante o reinado de Henrique I, o qual deu a Matilde e a Estêvão uma casa em Londres. O primogênito foi chamado de Balduíno (c.1126-c.1135), uma homenagem a seu tio, o rei Balduíno I de Jerusalém. Depois nasceu Eustácio (c.1130-1153). A primeira filha foi chamada de Matilde (*1133). Balduíno morreu durante a infância e pensa-se que Matilde também não tenha vivido muito, embora alguns eruditos acreditem que ela tenha vivido para se casar com o conde de Milão.
                                                                 Matilde de Bolonha.

Leonor da Aquitânia
Leonor da Aquitânia (1 de Abril de 1122 – 31 de Março de 1204) foi Duquesa da Aquitânia e da Gasconha, Condessa de Poitiers e rainha consorte de França e Inglaterra. Era a filha mais velha de Guilherme X, o Santo (1099 – 1137), a quem sucedeu em 1137, e de Leonor de Châtellerault. A sua fortuna pessoal e o seu apurado sentido político fizeram-na uma das mulheres mais poderosas e influentes da Idade Média.
Índice
1 Primeiros anos
2 Rainha de França
3 Rainha de Inglaterra
4 Descendência
Primeiros anos
Leonor nasceu na corte mais literata e culta do seu tempo. O seu avô tinha sido Guilherme IX, o Trovador (1071 – 1126), um dos primeiros trovadores e poetas vernaculares. Era ainda um homem extremamente culto, que transmitiu o gosto pela aprendizagem ao herdeiro Guilherme X que, por sua vez, ofereceu uma educação excepcional a suas duas filhas. Leonor e Petronilha eram fluentes em cerca de oito línguas, aprenderam matemática e astronomia e discutiam leis e filosofia a par com os doutores da Igreja. Esta educação, excepcional por serem mulheres e em uma época em que a maior parte dos governantes eram analfabetos, permitiu-lhes desenvolver espírito crítico e sagacidade política, útil especialmente à Leonor que haveria de governar ela própria. Guilherme X teve ainda o gosto de envolver sua herdeira nos variados aspectos do governo, levando-a em várias visitas através dos seus territórios.
Rainha de França
Em 1130 torna-se na herdeira universal do seu pai depois da morte do seu irmão Guilherme Aigret ainda na infância. Sete anos depois sucede em todos os títulos Guilherme X, após a sua morte durante uma peregrinação a Santiago de Compostela. Como senhora de uma porção substancial do que é atualmente França, Leonor de 15 anos tornou-se na noiva mais desejada da Europa. O eleito foi o rei Luis VII de Françaque, com o casamento, estendeu os seus domínios até aos Pireneus. Era desejo de Guilherme X, expresso no seu testamento, casar a filha com Luís, o Jovem, filho do rei da França (Luís VI). Em troca oferecia ao rei, como dote, a Aquitânia e Poitou.
Estimulou o marido a participar da Segunda Cruzada, (1147 - 1149). Antes da partida, atuou nos preparativos: promoveu torneios para arrecadar recursos, recolheu doações e, como era costume dos cruzados fazer, foi a todas as abadias pedir a bênção e as preces dos religiosos das ordens. Leonor acompanhou a expedição, assim como outras damas da nobreza, mas ela tinha o estatuto de líder feudal do exército da Aquitânia em pé de igualdade com os outros dirigentes. Segundo as lendas tradicionais, Leonor e as suas aias vestiram-se de Amazonas, num traje que incluía parafernália militar. Esta história é duvidosa, mas de qualquer maneira é histórico que o seu comportamento durante a cruzada foi considerado indecoroso pelo papa.
Foi durante a expedição que começaram as divergências entre Leonor e Luís. Leonor era favorável à luta pela reconquista do Condado de Edessa, como estratégia de defesa do Principado de Antioquia, estado cruzado sob o domínio do seu tio Raimundo de Poitiers. Luís considerava mais importante alcançar Jerusalém. A discussão resultou numa rebelião dos cavaleiros da Aquitânia, e o exército ficou dividido. Em consequência, Luís VII decidiu atacar Damasco, mas fracassou.
Em 1149, Luís e Leonor regressaram à Europa, passando por Roma, onde o Papa Eugénio III promoveu a sua reconciliação. A segunda filha do casal, Alice Capeto, nasceu pouco depois, mas o casamento estava perdido. Em 1152 a união é anulada por alegada consaguinidade e, em consequência, Leonor recuperou o controlo dos seus territórios, que foram retirados da coroa francesa.
                                  Representação de Luís VII na Biblioteca Nacional de França.
Rainha de Inglaterra

Apenas semanas depois, Leonor casou com Henrique Plantageneta, o futuro Henrique II de Inglaterra, então Conde de Anjou, onze anos mais novo que ela. A relação dos dois pode ter começado antes da união aos olhos da Igreja, como sugere o nascimento ainda no mesmo ano de 1152 de Guilherme, o primeiro filho do casal. No fim da década de 1160, Leonor separou-se de Henrique e retirou-se para a Aquitânia, devido possivelmente aos casos extra-matrimoniais do marido ou da sua insistência em interferir nos assuntos do Ducado de Leonor. A reconciliação nunca chegou e, em 1173 Leonor e os seus três filhos mais velhos Henrique, o Jovem, (1155 - 1183), Ricardo Coração de Leão e Godofredo revoltaram-se contra Henrique II - com o apoio de Luís VII, rei da França e ex-marido de Leonor. A rebelião familiar gerou outras revoltas em Poitou e motins dos vassalos do rei em grande parte de seus feudos. Henrique II conseguiu controlar a situação e perdoou os filhos. No entanto, mandou prender Leonor que, acusada de ser a instigadora do complô, permaneceu encarcerada por 16 anos, primeiro no Castelo de Chinon, depois em Salisbury, entre outros castelos da Inglaterra.
Em 1189, com a morte do marido e ascensão ao trono do seu filho Ricardo, Leonor é libertada e, com a partida de Ricardo para a Terceira Cruzada (1189- 1192), tornou-se a regente da Inglaterra.
Leonor morreu em 1204 e encontra-se sepultada na Abadia de Fontevraud, junto de Henrique II e Ricardo I.
                                   Fragmento de mural mostrando Leonor e seu filho João.
Descendência
De Luís VII, rei de França
  • Maria Capeto (1145-1198), casada em 1164 com Henrique I, conde de Champagne e de Troyes
  • Alice Capeto (1150-1195), casada em 1164 com Teobaldo V, conde de Blois e de Chartres
De Henrique II, rei de Inglaterra
  • Guilherme, Conde de Poitiers (1152-1156)
  • Henrique, o Jovem, herdeiro de Inglaterra (1155-1183)
  • Matilde Plantageneta (1156-1189), casada com Henrique, O Leão, Duque da Saxônia e da Baviera
  • Ricardo Coração de Leão, rei de Inglaterra (1157-1199)
  • Godofredo, Duque da Bretanha (1158-1186)
  • Leonor Plantageneta (1162-1214), casou com Afonso VIII de Castela
  • Joana Plantageneta (1165-1199), casou com 1) Guilherme II, rei da Sicília e 2) Raimundo, Conde de Toulouse
  • João Sem Terra, rei de Inglaterra (1166-1216)

                                                               Ricardo Coração de Leão.
Governo
Reinado: 9 de abril de 1137 - 31 de março de 1204.
Consorte(s): Luís de VII de França e Henrique II de Inglaterra.
Antecessor: Guilherme X.
Sucessor: João I.
Casa Real: Poitiers.
Títulos: Rainha de França e de Inglaterra, Condessa de Auvérnia, Bordeaux, Agen, Saintonge, Limousin e Angoumois.
Vida
Nascimento: cerca de 1122, Belin, Aquitânia, França.
Morte: 1° de abril de 1204, Fontevraud, França.
Sepultamento: Abadia de Fontevraud, França
Filhos: com Luís VII de França: Maria, Alice. Com Henrique II de Inglaterra: Guilherme, Henrique, Matilde, Ricardo I, Godofredo II, Leonor, Joana, João.
Pai: Guilherme X.
Mãe: Leonor de Chântelleraut.
Berengária de Navarra
Berengária de Navarra (c. 1165 - 23 de Dezembro de 1230) foi a rainha consorte de Ricardo Coração de Leão, Rei de Inglaterra.
Berengária era filha do rei Sancho VI de Navarra e da infanta Sancha de Castela. O seu noivado com o futuro Ricardo I de Inglaterra foi organizado pela sogra, Leonor da Aquitânia. Berengária não foi a primeira escolha para mulher de Ricardo, que esteve prometido à princesa Alice de França, irmã de Filipe II. No entanto, no meio dos preparativos, Alice tornou-se amante de Henrique II o que inviabilizou a união por motivos religiosos. O casamento realizou-se na ilha de Chipre a 12 de Maio de 1191, quando Ricardo, já rei, se dirigia em cruzada a caminho da Terra Santa. Berengária acompanhou depois o exército durante a primeira parte da campanha.
O casal regressou à Europa depois da terceira cruzada por vias separadas e Ricardo foi feito prisioneiro pelo Duque da Áustria, que o manteve sob prisão por alguns anos. Depois da sua libertação Ricardo voltou a Inglaterra mas não chamou Berengária para o pé de si. O casamento não deve ter sido um grande sucesso pois nunca resultou em filhos e para o fim da vida Ricardo teve de ser intimado por um padre a reunir-se à mulher. Tal não veio a acontecer e Berengária foi a única rainha consorte de Inglaterra que nunca visitou o país.
Berengária viveu o resto da vida em Le Mans e foi a principal da Abadia de LÉpau, onde foi sepultada após a morte.
Governo
Reinado: 12 de maio de 1191 - 6 de abril de 1199.
Consorte: Ricardo I.
Casa Real: Jiménez.
Títulos: Infanta de Navarra.
Vida
Nascimento: cerca de 1165, Pamplona, Espanha.
Morte: 23 de dezembro de 1230, Le Mans França.
Pai: Sancho VI de Navarra.
Mãe: Sancha de Castela.
                                                                   Berengária de Navarra.

Isabel de Angoulême
Isabel de Angoulême (circa 1190 — Fontevrault, 31 de maio de 1246) foi condessa de Angoulême e rainha da Inglaterra, a segunda esposa do Rei João I de Inglaterra, conhecido como João Sem Terra. Era conhecida como uma das mulheres mais belas de seu tempo.
Teve 5 filhos com João, sendo o mais velho Henrique III sucessor do pai no trono de Inglaterra. Quando tinha 12 anos, foi raptada por João Sem Terra que a conheceu passeando pela floresta em companhia do noivo, Hugo X de Lusignan. Isabel, conseguiu prender o rei, considerado dissoluto e violento com as mulheres, fazendo com que ele passasse a maior parte do tempo na cama em companhia dela.
João Sem Terra era criticado pelos nobres que diziam que ele fora preso debaixo dos lençóis da esposa. Depois da morte de João, Isabel ajudou na coroação do filho e voltou para Angoulême. Ao levar a filha Joana, que havia sido prometida em casamento ao seu antigo noivo, Hugo de Lusignant, Isabel acabou superando a filha e se casou com Hugo. A filha voltou para a Inglaterra e acabou casando com Alexandre II da Escócia.
Hugo de Lusignant, perdidamente apaixonado e feliz pelo reencontro com a noiva tornou-se um escravo da beleza e da sensualidade de Isabel. Ao morrer, Isabel foi homenageada pelo filho e rei da Inglaterra, que colocou na lápide da mãe a inscrição: "Isabel de Angoulême: Nunca houve uma mulher tão bela."
Governo
Antecessor: Berengária de Navarra.
Sucessor: Leonor da Provença.
Vida
Nascimento: c. 1190.
Morte: 31 de maio de 1246, Fontevrault.
                                                                  Isabel de Angoulême.

Leonor da Provença
Leonor da Provença (Aix-en-Provence, 1223 – Amesbury, Wiltshire, 24 de Junho de 1291), foi rainha consorte de Henrique III de Inglaterra.
Biografia
Exerceu forte influência sobre o marido levando à rebelião dos barões que foram conduzidos por Simão V de Montfort, VI conde de Leicester, durante a Segunda Guerra dos Barões que foi travada entre 1264 e 1267.
O seu marido foi capturado na Batalha de Lewes, em 1264 e Leonor de Provença viu-se forçada a refugiar-se na corte de França junto de sua irmã a rainha Margarida de Provença, que devido às influências de Leonor acaba por convencer o seu marido, o rei Luís IX de França, a apoiar o príncipe Eduardo com um exército para invadir a Inglaterra.
Depois de Liberto Henrique III de Inglaterra é reposto no trono em 1265 e Leonor volta a Inglaterra, sendo no entanto mantida à margem da política.
Quando o seu marido morreu em 15 de Novembro de 1272, tentou, sem êxito recuperar o poder movendo a sua influência na corte. Não teve no entanto sucesso. O seu filho Eduardo I assume o poder e encarrega-a de educar vários dos seus netos enquanto ele e sua esposa, Leonor de Castela partem para as Cruzadas.
Alguns anos depois retira-se para a abadia de Amesbury, em Wiltshire, onde acabou por morrer em 24 de Junho de 1291 aos 68 anos de idade. Encontra-se sepultada nesta abadia.
Relações familiares
Nasceu na localidade francesa de Aix-en-Provence corria o ano de 1223, foi a segunda filha de Raimundo Berenguer V da Provença (1198 - 1245) conde de Provença e de Forcalquier, neto do rei Afonso II de Aragão e bisneto do rei Afonso VII de Castela e de Beatriz de Sabóia.
Casou-se na Catedral de Cantuária, no dia 14 de Janeiro de 1236, com o rei Henrique III de Inglaterra de quem teve:
  1. Eduardo I de Inglaterra (17 de Junho de 1239 – 7 de Julho de 1307).
  2. Margarida Plantageneta (29 de Setembro de 1240 – 29 de Fevereiro de 1275), rainha consorte de Alexandre III da Escócia.
  3. Beatriz de Inglaterra (25 de Junho de 1242 – 24 de Março de 1275), casada com João II da Bretanha, duque da Bretanha.
  4. Edmundo de Lancaster (16 de Janeiro de 1245 – 5 de Junho de 1296).
  5. Ricardo (1247 – 1256).
  6. João (1250 – 1256).
  7. Guilherme (1252 – 1256).
  8. Catalina (25 de Novembro de 1253 – 3 de Maio de 1257).
  9. Henrique (1256 – 1257).

                                                                 Leonor da Provença.

Leonor de Castela
Leonor de Castela (1241 - 29 de Novembro de 1290), foi uma infanta de Castela e rainha da Inglaterra.
Índice
1 Casamento
2 Viagem e morte
3 Descendência
Casamento
Leonor de Castela e Danmartin foi a segunda de três filhos nascidos do segundo casamento de Fernando III, o São Fernando com a Condessa de Ponthieu.
Em 18 de outubro de 1254, no mosteiro de Las Huelgas, Burgos, casou-se com Príncipe Eduardo, mais tarde rei Eduardo I da Inglaterra. A intenção original deste casamento foi acabar com a guerra entre Henrique III de Inglaterra (pai de Eduardo) e o meio-irmão de Leonor, Afonso X de Leão e Castela, pela posse de Gasconha. Esta terra encontrava-se em disputa desde que outra Leonor, a Plantageneta a recebeu como dote quando se casou com Afonso VIII de Castela em 1177. O rei inglês exigiu o casamento entre Leonor e Eduardo como prova de sinceridade do desejo de paz.
Quando Henrique III morre (16 de Novembro, 1272), Leonor e o seu marido são proclamados reis de Inglaterra. No entanto a coroação foi apenas realizada quando estes retornaram das Cruzadas. Na Terra Santa, foi uma companheira leal e dedicada, a ponto de, segundo a lenda, vir para salvar a vida do seu marido chupando o veneno de uma cobra que o tinha mordido.
Entre os casamentos reais de todos os tempos, o seu foi dos mais bem sucedidos, tendo Leonor acompanhado Eduardo não só nas Cruzadas, mas também na conquista de Gales, onde veio a dar à luz o seu filho mais novo de 15 filhos, Eduardo (futuro Eduardo II da Inglaterra), no Castelo de Caernarfon, no coração do País de Gales.
Viagem e morte
No Outono de 1290, chegou a notícia a Eduardo que Margarida, a “Donzela da Noruega”, herdeira da coroa escocesa, havia morrido. O Rei apressou-se em ir para o norte tendo Leonor o seguido, mas num ritmo calmo dado que se encontrava doente, provavelmente uma febre da malária dos quais os primeiros relatados aparecem desde 1287. Depois do casal régio deixar Clipstone viajaram lentamente em direcção à cidade de Lincoln, um destino ao qual Leonor nunca iria chegar.
A sua condição piorou quando chegaram à aldeia de Harby, Nottinghamshire, a menos de 10 milhas (16 km) de Lincoln. A viagem foi cancelada, tendo sido a rainha alojada na casa de Richard de Weston. Ainda é possível ver as ruínas desta casa perto de Harby. Após piedosamente receber os últimos sacramentos da Igreja, Leonor morreu na noite do dia 28 de novembro de 1290, com idade entre 49 e após 36 anos de casamento. Eduardo esteve a seu lado para ouvir os seus pedidos finais.
O corpo da rainha foi levado de volta para Londres e para expressar a sua grande mágoa, Eduardo mandou erigir cruzes, doze ao todo, nos locais onde o corpo passasse a noite até ao destino final. Apenas três das originais sobrevivem: em Geddington, em Hardingstone e em Waltham. Cópias foram criadas das originais em Banbury e em Charing Cross. Ficaram conhecidas como as Cruzes de Eleanor (inglês:Eleanor Crosses).
Descendência
  • Uma filha natimorta, nascida em maio de 1255, em Bordéus, França.
  • Catarina, nascida entre 1260 e 1264, e morta em 5 de setembro de 1264, cujo corpo foi sepultado na Abadia de Westminster.
  • Joana, nascida em janeiro de 1265 e morta antes de 7 de setembro do mesmo ano, cujo corpo foi sepultado na Abadia de Westminster.
  • João, nascido no Castelo de Windsor, em 13 de julho de 1266, e morto em Wallingford, em 3 de agosto de 1271. Viveu sob os cuidados de seu tio-avô Ricardo, conde da Cornualha. Seu corpo repousa na Abadia de Westminster.
  • Henrique, nascido em antes de 6 de maio de 1268 e morto em 16 de outubro de 1274. Pouco mais de um ano antes de sua morte, em 1 de setembro de 1273, foi prometido em casamento à infanta Joana de Navarra (futura rainha Joana I). Seu corpo repousa na Abadia de Westminster.
  • Leonor, nascida no Castelo de Windsor, em 17 de junho de 1269, e morta em Gante, Flandres, em 29 de agosto de 1298. Foi prometida, em 1286, ao rei Afonso III de Aragão e até casou com ele por procuração, em 15 de agosto de 1290, mas o casamento não foi consumado, devido à morte do último, em 1291. Dois anos depois (20 de setembro de 1293), casou com o conde Henrique III de Bar, com quem teve um filho e duas filhas.
  • Uma filha, nascida e morta em Acre, Palestina, em 1271, cujo corpo repousa na Igreja dos Pregadores, em Bordéus, França.
  • Joana, nascida em Acre, Palestina, em 1272, e morta em 7 de abril de 1307, em Clare, Suffolk. Casou duas vezes, primeiro (30 de abril de 1290) com Gilberto de Clare, conde de Hertford, com quem teve um filho e duas filhas, e segundo (1297) com Raul de Morthermer, com quem teve duas filhas e dois filhos. Seu corpo foi sepultado no priorado agostiniano de Clare.
  • Afonso, nascido em Baiona, em 24 de novembro de 1275, e morto no Castelo de Windsor, em 19 de agosto de 1284. Foi prometido, em 5 de julho de 1281, a Margarida da Holanda, filha de Florêncio V, conde da Holanda. Seu corpo repousa na Abadia de Westminster.
  • Margarida, nascida no Castelo de Windsor, em 12 de setembro de 1275, e morta em 1333. Casou, em 8 de julho de 1290, com o futuro duque João II de Brabante, com quem teve um filho. Seu corpo foi sepultado na Colegiada de Santa Gudula, em Bruxelas, Bélgica.
  • Berengária, nascida no Palácio de Kennington, em 1 de maio de 1276, e morta antes de 27 de junho de 1278. Seu corpo repousa na Abadia de Westminster.
  • Uma filha, nascida e morta em janeiro de 1278.
  • Maria, nascida em 11 de março de 1278 e morta em Amesbury, em 29 de maio de 1332. Tornou-se freira, em 1284, na Abadia de Amesbury, Wiltshire, Inglaterra.
  • Um filho, nascido e morto entre 1280 e 1281.
  • Isabel, nascida no Castelo de Rhuddlan, em 7 de agosto de 1282, e morta em Quendon, em 5 de maio de 1316. Casou duas vezes, primeiro (1297), com o conde João I da Holanda, e segundo (1302), com Onofre de Bohun, conde de Hereford e de Essex, com quem teve quatro filhas e seis filhos. Seu corpo foi sepultado na Abadia de Walden, Essex.
  • Eduardo II da Inglaterra, nascido no Castelo de Caernarfon, em 25 de abril de 1284, e morto no Castelo de Berkeley, em 21 de setembro de 1327.
Governo
Reinado: 16 de novembro de 1272 - 28 de novembro de 1280.
Dinastia: Anscáridas.
Vida
Nascimento: 1241.
Morte: 29 de novembro de 1290.
Sepultamento: Abadia de Westminster, Londres.
Pai: Fernando III.
Mãe: Joana d'Aumale.
                                     Efígie de Leonor de Castela na Catedral de Lincoln.

Isabel de França
Isabel Capeto (1292 ou 1295, Paris - 22 de Agosto de 1358 no castelo de Roseing, em Norfolk, onde estava presa, sepultada em Londres) foi uma princesa de França e rainha consorte de Inglaterra. Seus contemporâneos ingleses atribuíram-lhe o cognome a Loba de França, pois ajudou a destronar o marido e denunciou as cunhadas no episódio conhecido como o da Torre de Nesle. Filha de Filipe IV e da rainha Joana I de Navarra.
Casou na catedral de Boulogne, na França, em 25 de Janeiro de 1308 com o futuro rei Eduardo II, filho de Eduardo I de Inglaterra e de Leonor de Castela. Bissexual, nunca lhe prestou atenção exceto para gerar filhos: nasceram quatro, entre eles o futuro Eduardo III. O marido preferia a companhia dos seus favoritos Piers Gaveston e mais tarde Hugh le Despenser.
Em 1325, Isabel decidiu tomar uma atitude na complicada política inglesa, então dominada pelo conflito entre o rei e os seus aliados os Despenser com o resto da nobreza. O país vivia em semi-anarquia há alguns anos e o poder dos Despenser já tinha causado execuções e exílios. A pretexto de uma visita ao irmão, Carlos IV, Isabel abandonou a Inglaterra e levou Eduardo, o herdeiro da coroa.
No continente aliou-se a nobres exilados e, em particular, a Roger Mortimer, Conde de March, que se tornou seu amante. Em Setembro de 1326, desembarcou em Inglaterra à cabeça de numeroso exército, para libertar o país dos Despenser. Nos meses seguintes, capturou e executou Hugh le Despenser e seu filho e mandou prender Eduardo II. O Parlamento obrigou Eduardo II a abdicar em prol do filho em Janeiro de 1327. Uma vez que Eduardo III tinha apenas 14 anos, Isabel foi nomeada regente em conjunção com Roger Mortimer.
Mas seu poder não estaria seguro enquanto o marido estivesse vivo. A morte «natural» do marido, em setembro de 1327, no castelo de Berkeley, permitiu-lhe exercer a regência de fato com Mortimer. Segundo uma crónica atribuída por alguns autores a Thomas de la Moore e por outros a Geoffrey le Baker, o rei terá sido assassinado a mando da rainha e de Mortimer, de uma maneira particularmente cruel: no meio da noite, sua cela foi invadida por homens que o amarraram sobre uma mesa. Seus intestinos foram perfurados por vara de ferro incandescente, introduzida em seu ânus através de um chifre de boi, para, assim, não restarem marcas externas do suplício. Em 1330, seu filho Eduardo III tomou o poder, mandou executar Mortimer por regicídio e encerrou a mãe no castelo de Norfolk no norte do país, onde ela morreu em 1358 ainda exilada.
Foi personagem política da maior importância no século XIV, não só pela sua iniciativa em vida, mas também pela ligação à coroa de França. Morto o pai, três dos seus irmãos foram reis de França mas nenhum conseguiu assegurar a continuidade da dinastia Capeto. Em 1328, seu primo afastado Filipe VI de França torna-se no primeiro rei da dinastia de Valois. Eduardo III, no entanto, considerou que suas próprias pretensões à coroa francesa eram de valor superior, por via de sua mãe Isabel. Em 1337 declarou guerra ao rei de França e iniciou a Guerra dos Cem Anos.
Seus descendentes constam do verbete dedicado a seu marido, o rei Eduardo II.
Na ficção
Isabel de França foi interpretada por Sophie Marceau no filme Braveheart de Mel Gibson, sobre a revolta escocesa liderada por William Wallace. Visto que Isabel só se tornou parte da família real inglesa em 1308, três anos depois de Wallace ter sido executado, a sua presença nesta história é um anacronismo.
Por outro lado, muitos livros foram escritos sobre sua vida, inclusive a famosa série de «Os Reis Malditos», de Maurice Druon, pois um dos volumes se intitula justamente «A Loba da França».
                                                              Isabel de França (1295).
Governo
Reinado: 1308-1327.
Consorte: Eduardo II de Inglaterra.
Casa Real: Casa de Capeto.
Vida
Nascimento: 1292, Paris França.
Morte: 22 de agosto de 1358, Paris, França.
Sepultamento: Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra.
Filhos: Eduardo II de Inglaterra, João, Conde da Cornualha, Leonor, Condessa de Guelders, Joana, Rainha dos Escoceses.
Pai: Filipe IV.
Mãe: Joana I de Navarra.
                                                                     Isabel de França.

Filipa de Hainault
Filipa de Hainault (1311 — 1369), Rainha consorte da Inglaterra. Esposa de Eduardo III de Inglaterra
Filipa de Avesnes, mais conhecida como Filipa de Hainault, nasceu em Valenciennes no dia 24 de junho de 1311. Filha do Conde Guilherme de Avesnes, Conde de Hainault, da Holanda e Zelândia e da Princesa Joana de Valois, irmã de Filipe VI de França e prima da rainha inglesa e sogra Isabel de França, a Loba da França.
A jovem aristocrata flamenga era a quarta filha dos Condes de Hainault e parente tanto dos reis Franceses, como dos reis ingleses, por causa de Isabel de França, sua prima e de Filipe VI, rei da França.
O jovem Príncipe de Gales, Eduardo de Windsor, conheceu a jovem durante o período em que esteve refugiado no Condado de Hainault juntos de seus irmãos e sua mãe, que tramava o golpe ao trono inglês junto com seu amante Roger Mortimer, depondo o rei da Inglaterra, Eduardo II, seu pai e o colocaria no trono das Ilhas e à frente do Ducado da Aquitânia. Nesse período, o jovem príncipe se apaixonou pela filha do Conde Guilherme e decidiu que gostaria de se casar com ela. Filipa, por sua vez, também se apaixonou pelo Príncipe de Gales, mas era apenas a filha de um conde. Era, porém, prima em segundo grau de Eduardo.
Após a deposição de Eduardo II do trono da Inglaterra, e a coroação de Eduardo III, negociou-se o casamento do rei inglês, com a jovem Filipa de Avesnes. Os dois se casaram na Catedral de York, no dia 24 de janeiro de 1328, onze meses depois da ascensão de Eduardo ao trono inglês. A jovem rainha não era dotada de estonteante beleza, mas tinha uma aparência muito agradável e seu casamento fora motivado por amor, uma raridade entre a realeza do século XIV.
Após o casamento, os dois estavam sempre juntos e a bondade incomum da rainha Filipa lhe rendeu o título de " A Boa Rainha Filipa", dado pelos seus súditos, que a tudo acorriam a ela para obter as suas boas graças, sempre atendidas pelo rei Eduardo, que fazia tudo que sua esposa solicitava.
Filipa esteve junto de Eduardo em todas as suas expedições à Escócia, em 1333, quando o rei usurpador Eduardo Balliol, tomou o trono da Escócia de seu cunhado, o rei David II de Escócia, e esteve também em Flandres, de 1338 a 1340, quando Eduardo, por ser filho da última Capeto, requereu o trono para si. Durante o período que esteve nessa região, que era governada pelos Franceses, nasceram seus filhos Leonel de Antuérpia e João de Gaunt, que será o sogro do rei português João I de Portugal, por seu casamento com Filipa de Lencastre, neta da rainha Filipa.
Nessas expedições a rainha foi aclamada por sua generosidade e compaixão e passou para a história como a rainha de nobre coração que conseguiu obter do rei Eduardo III o perdão para os burgueses de Calais, condenados pelo rei à pena capital para servirem de exemplo.
Seu compatriota, o cronista flamengo Jean Froissart, foi seu confidente e esteve a seu serviço de 1361 a 1366.
Filipa cresceu majestosamente em seus últimos anos e isso favoreceu sua cativante imagem de mulher amável, pura e maternal. A rainha Filipa morreu de hidropsia, no Castelo de Windsor, no dia 15 de agosto de 1369, aos 55 anos de idade e foi sepultada na Abadia de Westminster, em Londres.
Descendência
De seu casamento com o rei Eduardo III de Inglaterra :
  • Eduardo, Príncipe de Gales, o Príncipe Negro (1330-1376), casou com Joana de Kent e foi pai de Ricardo II de Inglaterra, o último Plantageneta
  • Isabel Plantageneta (1332-1382), casou com Enguerrand VII, Senhor de Coucy
  • Guilherme Plantageneta (1334-1337)
  • Joana Plantageneta (1335-1348, que foi noiva do rei Pedro I de Castela, mas faleceu a caminho de se casar de peste negra.
  • Leonel de Antuérpia, Duque de Clarence (1338-1368), casou com Isabel de Burgh e Valentina Visconti de Milão, mas teve apenas uma filha, Filipa.
  • João de Gaunt, Duque da Aquitânia e de Lancaster (1340-1399). Os seus descendentes formaram a Casa de Lancaster, a facção da rosa vermelha na Guerra das Rosas. Foi também pai de Filipa de Lencastre, mulher do rei João I de Portugal.
  • Edmundo de Langley, Duque de York (1341-1402). Os seus descendentes formaram a Casa de York, a facção da rosa branca na Guerra das Rosas.
  • Branca Plantageneta (1342)
  • Maria Plantageneta (1344-1361), casou com João V, Duque da Bretanha
  • Margarida Plantageneta (n.1346), casou com John HastingsConde de Pembroke
  • Tomás de Woodstock, Duque de Gloucester (1355-k.1399), casou com Leonor de Bohun.
Legado
Através de seus filhos, Philippa reintroduziu a linhagem do antigo rei inglês Stephen I na família real inglesa. Ela era descendente de Stephen I por parte de Matilda de Brabant, esposa de Floris IV, conde da Holanda.
Filipa também era descendente de Harold II Godwinson por sua filha Gytha of Wessex, casada com Vladimir II Monomaco de Kiev. Sua linhagem, no entanto, foi reintroduzida para a família real inglesa pela sogra de Filipa, Isabel Capeto, neta de Isabel de Aragão, esposa de Filipe III de França. A mãe de Isabel de Aragão, Iolanda da Hungria, foi filha de André II da Hungria, neto de Geza II por Eufrosine de Kiev, neta de Gytha. Através de sua bisavó materna, Maria da Hungria, foi descendente de Elizabeth da Bosnia (nascida antes de 1241), uma filha de Kuthen da Cumânia', khan de cumanos, trazendo sangue asiático para a linhagem real inglesa.
Governo
Reinado: 24 de janeiro de 1320 - 15 de agosto de 1369.
Consorte: Eduardo II.
Casa Real: Avesnes.
Vida
Nascimento: 24 de janeiro de 1311, Valenciennes, Artois, França.
Morte: 15 de agosto de 1369, Windsor, Berkshire, Inglaterra.
Sepultamento: Abadia de Westminser, Londres, Inglaterra.
Filhos: Eduardo, Isabel, Joana, Guilherme, Leonel, João, Edmundo, Branca, Maria, Margarida, Tomás.
Pai: Guilherme I, Conde de Hainault.
Mãe: Joana de Valois.
                                                                    Filipa de Hainault.

Ana da Boêmia
Não achei nada sobre ela.

Isabel de Valois
Não achei nada sobre ela.

Joana de Navarra
Joana de Évreux (Pamplona, 1370 — Havering-atte-Bower, Grande Londres, 9 de julho de 1437) foi uma infanta de Navarra, a mais nova dos filhos do rei Carlos II de Navarra e de Joana de Valois, filha do rei João II da França e de Bona de Luxemburgo. Através de seu casamento, ela foi duquesa consorte da Bretanha e, posteriormente, rainha consorte da Inglaterra.
Primeiro casamento e filhos
Em 2 de setembro de 1386, aos dezesseis anos de idade, na localidade de Saillé-près-Guérande, Joana se tornou a terceira esposa do duque João V da Bretanha, com quem teve nove filhos:

NomeNascimentoFalecimentoObservações
Joana12 de agosto de 13877 de dezembro de 1388Morreu nova.
filhaoutubro de 13881388Morreu nova.
Pedro24 de dezembro de 138929 de agosto de 1442Sucedeu ao pai como João VI da Bretanha. Teve descendência.
Maria18 de fevereiro de 139118 de dezembro de 1446Casou com o futuro conde João I de Alençon. Teve descendência.
Margarida139213 de abril de 1428Casou com o visconde Alano IX de Rohan. Teve descendência.
Artur24 de agosto de 139326 de dezembro de 1458Sucedeu ao sobrinho como Artur III da Bretanha. Teve descedência.
Gil139419 de julho de 1402Não deixou descendência.
Ricardo13952 de junho de 1438Teve descendência.
Branca13971418Casou com o futuro conde João IV de Armagnac.
O duque morreu dois anos depois que sua filha mais nova nasceu, e Joana, como sua viúva, se torou regente por seu filho mais velho, João VI, até 1401, quando este, aos doze anos de idade, foi declarado de maior.
Segundo casamento

Em 1399, o futuro Henrique IV da Inglaterra visitou a corte bretã, e ele e Joana chegaram a um acordo quanto ao futuro de ambos assim que João VI atingisse a maioridade. Ela pediu uma dispensa papal para se casar com alguém de sua própria escolha até um quarto grau de consangüinidade, e, em 20 de março de 1402, ela lhe foi dada.
Após um casamento por procuração, Joana e Henrique IV se casaram em pessoa, em 7 de fevereiro de 1403, na Catedral de Winchester. Ela estava com 35 anos, e Henrique, com quase 37, e não tiveram filhos. Apenas dez anos depois, Henrique morreu e ela enviuvou novamente.
Ela tinha um bom relacionamento com seus enteados, ao ponto de ser feita regente por seu enteado Henrique V, quando este partiu para a França para guerrear.
Embora ela tenha se satisfeito com a vitória inglesa, os sentimentos de Joana tenham se perturbado, já que tanto seu irmão Carlos III, rei de Navarra, e um de seus genros, João I de Alençon, pereceram na Batalha de Azincourt, enquanto que seu filho Artur foi capturado, levado para a Torre de Londres e depois para o Castelo de Fotheringay, onde foi preso por muitos anos.
Em 1417, Henrique V estava na França novamente. Seu irmão João, duque de Bedford, atuando como regente, ordenou a prisão de Joana sob a acusação de praticar feitiçaria contra o rei. Ela foi privada de todas as suas propriedades e mantida em cativeiro no Castelo de Pevensey, até julho de 1422, quando foi libertada e seus bens lhe foram devolvidos. Daí em diante, ela viveu em paz e morreu, aos sessenta e sete anos de idade, em sua mansão na vila de Havering-atte-Bower, em Essex.
Governo
Reinado: 7 de fevereiro de 1403 - 20 de março de 1403.
Coroação: 25 de fevereiro de 1403.
Consorte(s): João V da Bretanha, Henrique IV da Inglaterra.
Casa Real: Évreux.
Títulos: Infanta de Navarra, Duquesa consorte da Bretanha.
Vida
Nascimento: cerca 1370, Pampalona, Espanha.
Morte: 9 de julho de 1437, Havering-atte-Bower, Essex, Inglaterra.
Catedral: Catedral de Cantuária.
Filhos: com João V da Bretanha: Joana, João VI da Bretanha, Maria, Margarida, Arthur III da Bretanha, Gil, Ricardo, Branca.
Pai: Carlos II de Navarra.
Mãe: Joana de Valois.

Catarina de Valois

Catarina de Valois (27 de Outubro de 1401 — 3 de Janeiro de 1437) foi princesa de França, filha do rei Carlos VI, o Louco e rainha consorte de Henrique V de Inglaterra.
Catarina nasceu em Paris numa época conturbada da história de França. A guerra dos cem anos atingiu o apogeu durante a sua adolescência, com a derrota pesada do exército francês na batalha de Azincourt em 1415, frente à diminuta infantaria inglesa de Henrique V. O continuar das campanhas trouxe mais sucessos à facção inglesa, que acabou por tomar Paris em 1419. As negociações de paz subsequentes resultaram na assinatura do tratado de Troyes, onde o delfim Carlos foi preterido em favor do rei inglês na sucessão da coroa francesa. Ainda no âmbito dos acordos, Catarina casou com Henrique V a 2 de Junho de 1420. O casal regressou então a Inglaterra, onde nasceu seu único filho, o futuro Henrique VI.
Catarina tornou-se viúva inesperadamente em 1422 e a partir de então a sua importância na corte inglesa decresceu drasticamente. Além disso, a sua nacionalidade francesa alimentava as suspeitas dos nobres ingleses, que conspiraram para a afastar do seu filho Henrique VI. Afastada da corte, Catarina encontrou conforto em Owen Tudor, um nobre galês. Apesar de ser por lei proibida de voltar a casar, Catarina iniciou uma ligação com Tudor e teve dele mais quatro filhos:
  • Tomás Tudor (1429-1501), tornou-se monge
  • Edmundo Tudor, Conde de Richmond (1430-1456), casou com Margarida Beaufort e foi pai de Henrique Tudor, futuro rei de Inglaterra
  • Jasper Tudor, Duque de Bedford (1431-1495)
  • Margarida Tudor (1437)
Catarina morreu a 3 de Janeiro de 1437, no parto da sua filha, que não sobreviveu muito mais. Como rainha consorte, foi sepultada na Abadia de Westminster em Londres. Os seus filhos (em princípio ilegítimos, porque se Catarina casou com Owen foi em segredo) foram reconhecidos pelo irmão Henrique VI e adquiriram títulos de nobreza.
                                                                    Catarina de Valois.

Margarida de Anjou
Marguerite d'Anjou (23 de março de 1429 — 25 de agosto de 1482) foi rainha consorte de Inglaterra, através do seu casamento com Henrique VI, a 23 de abril de 1445. Era filha do rei Renato I de Nápoles, também Duque de Anjou, e de Isabel, Duquesa da Lorena. Apesar de mulher e estrangeira, Margarida foi uma das personagens mais influentes na Guerra das Rosas como uma das líderes da Casa de Lancaster.
Num período chave da história de Inglaterra, Henrique VI não foi um rei bem sucedido. Bastante inseguro e sem capacidade de resposta, deixou que a política interna fosse dominada por diversas facções criando a falta de unidade diplomática que custou a Inglaterra a derrota na Guerra dos Cem Anos. Em 1453, Henrique VI era um líder impopular, alvo de conspirações e com uma condição mental de tal modo instável que Ricardo, Duque de York se tornou regente do reino. Para piorar a situação, corria então o rumor que o único filho de Henrique e Margarida, Eduardo de Westminster nascido nesse ano, era ilegítimo e que o rei era impotente. Em 1455, Henrique VI retirou a regência ao Duque de York e reassumiu a governação do reino. Esta decisão foi obviamente contestada pela casa de York que logo pegou em armas contra o rei. Era o início da guerra das rosas.
Margarida foi uma rainha consorte afastada dos eventos políticos até ver a posição do seu marido, bem como a do seu filho e sua própria, ameaçada. Quando os York capturaram Henrique VI, Margarida pegou em Eduardo de Westminster e conseguiu fugir para País de Gales. Assistida por Jasper Tudor, meio irmão de Henrique, organizou a resistência e mobilizou um exército. Após alguns revezes iniciais, Margarida foi a grande vencedora da batalha de Wakefield, travada a 30 de dezembro de 1460, onde os exércitos combinados do Duque de York e do Conde de Salisbury foram destruídos e os seus líderes capturados. Sem mostrar misericórdia, a rainha condenou Ricardo de York e Salisbury por alta traição, mandou executá-los e ordenou que as suas cabeças fossem exibidas nas muralhas de York. Os lancastrianos de Margarida obtêm novo sucesso na batalha de St. Albans (22 de fevereiro de 1461), contra o exército de Richard Neville, Conde de Warwick, e conseguem reaver Henrique VI até então sob a custódia dos York. No entanto, pouco tempo depois, Eduardo de York (filho do decapitado Ricardo) vence a batalha de Towton a 4 de março. Henrique VI é uma vez mais capturado, mas desta vez é deposto e aprisionado na Torre de Londres.
Sem assumir derrota, foge uma vez mais e, depois de passar por Gales e Escócia, encontra refúgio na corte do rei Luís XI de França. A sorte parecia agora contra os seus propósitos, mas Margarida soube esperar a sua oportunidade. Esta surgiu após uma discussão entre Richard Neville e Eduardo IV de Inglaterra, que causou o afastamento de Warwick da corte. Margarida procurou recrutá-lo como aliado casando o Eduardo de Westminster como Anne Neville, a filha mais nova de Warwick. Agora ao serviço dos Lancaster, Richard Neville invade Inglaterra com Margarida e Westminster, com vista em devolver a coroa a Henrique VI. Em 1470, Warwick derrota Eduardo IV e coloca a casa de Lancaster de novo no poder. Foi, no entanto, uma vitória de pouca consistência. No ano seguinte Eduardo IV, assistido pelo ducado da Borgonha derrota Warwick, que é morto em batalha. Sem nunca desistir, Margarida reúne todas as suas tropas e assistida pelo seu inexperiente filho, lança um último ataque aos York. A batalha de Tewkesburyfoi uma derrota pesada para o seu lado que custo a morte de Eduardo de Westminster.
Margarida foi poupada a uma acusação de alta traição e consequente condenação à morte, sendo apenas encarcerada na Torre de Londres. Mais tarde, aprisionada no castelo de Wallingford. Anos depois, o rei de França pagou uma soma pela sua libertação e Margarida regressou ao Anjou natal, onde morreu em 1482.
                                            
                                       Estátua no jardim do Luxembourg, em Paris.
Governo
Reinado: 23 de abril de 1445 - 4 de março de 1471.
Coroação: 30 de maio de 1445.
Consorte: Henrique VI.
Casa Real: Valois.
Vida
Nascimento: 23 de março de 1430, Pont-à-Mousson, Lorena, França.
Morte: 15 de agosto de 1482 (52 anos), Saumur, Anjou, França.
Sepultamento: Catedral de S. Maurício, Angers, Anjou, França.
Pai: Renato I de Nápoles.
Mãe: Isabel da Lorena.
                                                                   Margarida de Anjou.

Isabel Woodville
Isabel (em inglês: ElizabethWoodvilleWidville ou Wydville (c. 1437 — 7 ou 8 de junho de 1492) foi uma rainha da Inglaterra, consorte do rei Eduardo IV.
Índice
1 Família
2 Primeiro casamento
3 Rainha consorte
4 Rainha-Mãe
5 Isabel e Ricardo III
6 Os Príncipes na Torre
7 Isabel e Henrique VII
8 Últimos anos
9 Na ficção
10 Descendência
Família
Isabel Woodville nasceu em Grafton Regis, Northamptonshire, no ano de 1437. Era filha de Sir Richard Woodville, conde de Rivers e de Jacqueline do Luxemburgo, viúva do Duque de Bedford, irmão de Henrique V. Jacqueline era filha do conde de Brienne, de Conversano e de Saint Pol, sendo irmã da duquesa da Brentanha.
Primeiro casamento
Uma das damas de honra de Margarida de Anjou, ainda adolescente, Isabel se casou com Sir João Grey, 7º Barão Ferrers de Groby, em 1452. João era um forte partidário da Casa de Lancastre e morreu lutando por ela na Segunda Batalha de St. Albans, em 17 de fevereiro de 1461. Isabel teve dois filhos deste primeiro casamento: Tomás e Ricardo.
Rainha consorte
Não se sabe ao certo como Isabel e Eduardo IV se conheceram. Segundo uma lenda, depois da morte de seu primeiro esposo, Isabel iniciou uma disputa com a sogra pela herança do falecido e decidiu pedir a intervenção do rei na questão. Como não conseguisse entrar em contato com ele, Isabel o “emboscou” quando ele passava por uma floresta. O rei ficou tão impressionado com a astúcia da viúva que quis tomá-la por sua amante. Eduardo era um sedutor conhecido e tinha muitas amantes na época. Isabel, porém, se recusou a ser mais uma e insistiu em se casar com ele. Verdade ou não, o fato é que eles se casaram em segredo em 1 de maio de 1464, na casa dos Woodvilles, em Grafton Regis, testemunhados apenas pela mãe da noiva e por mais duas damas.
Na época, a mãe de Eduardo, Cecília Neville, Duquesa de Iorque, e o irmão dela, o Ricardo Neville, Conde de Warwick (também conhecido como “Fazedor de Reis”), conselheiro do rei, estavam organizando uma aliança com a França baseada num casamento entre Eduardo e a cunhada do rei francês. O casamento com Isabel causou grande rancor da parte de Warwick, e sua ligação com Eduardo foi se desgastando cada vez mais, na medida em que os parentes da rainha eram mais favorecidos que ele e sua família.
Warwick não foi o único a se ressentir com a maneira com que os parentes de Isabel ajuntavam favores e oportunidades lucrativas. Em 1480, por exemplo, quando Sir Antônio Grey, um cunhado dela, morreu, ele foi enterrado na Catedral de St. Albans com um bracelete que rivalizava com o do maior arcebispo daquela abadia. Mas isto não foi nada se comparado aos casamentos que ela arranjou para sua família. O mais polêmico foi o de seu irmão João, de vinte anos, com Lady Catarina Neville, a abastada viúva do Duque de Norfolk, já sexagenária. Não que um casamento assim fosse incomum, mas porque a viúva era tia do Conde de Warwick.
Isabel também casou sua irmã Catarina, 26 anos, com seu pupilo Henrique Stafford, 2º Duque de Buckingham, de onze anos. Este nunca perdoou sua tutora pelo casamento forçado e mais tarde se tornou um inimigo ferrenho dos Woodvilles.
Em 1469, o Conde de Warwick, agora inimigo de Eduardo, se uniu ao Duque de Clarence, irmão do rei, e iniciou uma rebelião. Eles venceram as forças de Eduardo na Batalha de Edgecote, capturaram-no e passaram a governar em seu nome por alguns meses. O Conde se aproveitou para se vingar dos Woodvilles e também capturou o pai e um dos irmãos de Isabel. Sir Ricardo Woodville, agora Conde de Rivers, e seu filho João (o que havia se casado com a Duquesa de Norfolk), foram decapitados em 12 de agosto daquele ano.
Impossibilitado de governar efetivamente com o rei preso, Neville se viu obrigado a libertá-lo e este, gradualmente, recuperou seu poder. Warwick fugiu para a França. Ali, ele se aliou aos Lancastres, outrora seus inimigos, e os ajudou a restituir Henrique IV brevemente no controle da Inglaterra. Ele morreu no início de 1470, em batalha, tal qual o rei lancastrino, e Eduardo IV voltou ao poder.
Durante esse período de guerra, Isabel se refugiou com seus filhos na Abadia de Westminster, sob direito de santuário.
Rainha-Mãe
Isabel teve dez filhos de seu segundo casamento, incluindo dois meninos que ainda viviam quando Eduardo morreu repentinamente, em 9 de abril de 1483. O irmão dele, Ricardo, Duque de Glocester, foi eleito Lorde Protetor, uma vez que o mais velho desses meninos ainda era menor de idade. Ele se mexeu rapidamente para tomar o poder, afirmando, com o apoio de sua mãe Cecília Neville, que os filhos de Isabel e Eduardo eram ilegítimos, pois Eduardo noivara formalmente com outra mulher, Lady Leonor Butler. Foi dito que ela, tal qual Isabel, foi uma viúva que chamou a atenção de Eduardo e que se recusou a ceder a ele até ser pedida em casamento. Esta informação foi salientada quando o padre (acredita-se que tenha sido Roberto Stillington, Bispo de Bath e de Wells) testemunhou que tinha realizado a cerimônia.
Assim, em 25 de junho de 1483, pelo ato parlamentar Titulus Regius, o casamento de Isabel e de Eduardo foi anulado e todos os seus filhos, incluindo Eduardo V, foram declarados ilegítimos. Ricardo tomou o trono como Ricardo III, aprisionando Eduardo V e seu irmão menor na Torre de Londres. Nesse mesmo dia, ele mandou executar outro irmão de Isabel, Antônio, Conde de Rivers. Temendo por sua segurança, Isabel, agora Lady Isabel Grey, e suas filhas se asilaram em santuário.
Isabel e Ricardo III
Então, Ricardo III ordenou que Lady Grey abrisse mão também da custódia de suas filhas e ela consentiu. Em 1 de março de 1484, elas saíram do santuário e retornaram à corte. Espalharam-se rumores de que o rei, agora viúvo, ia se casar com sua sobrinha Isabel de Iorque. Ricardo negou, mas, de acordo com a Crônica de Crowland, ele foi pressionado a fazê-lo por inimigos dos Woodvilles, os quais temiam, entre outras coisas, ter que devolver as terras que eles tomaram dessa família.
Os filhos de Isabel e João Grey se juntaram à luta para derrubar Ricardo III. Ricardo Grey foi decapitado pelas forças do rei, em 26 de junho de 1483. Tomás se juntou ao exército de Henrique Tudor.
Depois que Henrique Tudor derrotou Ricardo III no Campo de Bosworth e foi coroado Henrique VII, ele se casou com Isabel de Iorque – um casamento arranjado com o apoio de Isabel Woodville e da mãe de Henrique, Margarida Beaufort. O casamento aconteceu em janeiro de 1486, unindo as facções no fim da Guerra das Rosas e fazendo mais certa a reivindicação ao trono para os filhos de Henrique VII e Isabel de Iorque.
Os Príncipes da Torre
O destino dos dois filhos varões de Isabel e Eduardo, os "Príncipes na Torre", não é certo. Sabe-se que foi Ricardo III que os aprisionou na Torre de Londres. Uma vez que Isabel se esforçou para arranjar o casamento de sua filha com Henrique Tudor, talvez isto signifique que ela soubesse, ou ao menos suspeitasse, que os príncipes já estivessem mortos. É de crença geral que Ricardo III tenha sido o responsável pela morte deles, mas existem teorias de que a responsabilidade tenha sido de Henrique Tudor. Em 1503, Jaime Tyrell foi executado pela morte dos dois príncipes. Entretanto, não há qualquer evidência clara de quando, onde e por que mãos os príncipes morreram.
Isabel e Henrique VII
Em outubro de 1485, Henrique VII reconheceu a legitimidade do casamento de Isabel e Eduardo IV e, portanto, dos filhos do casal. Desse modo, ele afirmou o direito de Isabel de Iorque ao trono e, logo, o seu. Isabel Woodville então recebeu o título de Rainha Viúva. Ela foi a madrinha do primeiro filho de Henrique VII e de Isabel de Iorque, Artur.
Em fevereiro de 1487, Isabel foi acusada de estar envolvida na rebelião de Lamberto Simnel. Aparentemente influenciado por sua mãe, Margarida Beaufort, Henrique baniu a sogra para a Abadia de Bermondsey e confiscou todas as suas propriedades.
Últimos anos
Na abadia, Isabel era tratada com todo o respeito devido a uma Rainha-Mãe e vivia regiamente, mas não recebia pensão alguma e estava proibida de retornar à corte. Não lhe foi permitido presenciar a coroação de sua filha ou os nascimentos de seus netos seguintes. A nova rainha a visitava raramente, mas sua filha mais jovem, Cecília, que se casara em segredo com o Visconde Welles, sempre que possível.
Henrique VII continuava desconfiado de sua sogra, mas considerou brevemente dá-la em casamento a Jaime III da Escócia quando este enviuvou, em 1488. Isabel (que estava com 51 anos de idade, cerca de quinze anos mais velha que Jaime) aparentemente saudou a aliança e se preparou para partir para a Escócia. Todavia, para sua infelicidade, Jaime morreu em combate no ano seguinte, deixando a Rainha-Mãe desesperada e deprimida.
Convencida de que morreria exilada, Isabel adoeceu cada vez mais e até se conformou em morrer. Na manhã de 7 de junho de 1492, ela caiu doente e mandou buscar todas as suas filhas, exceto a Rainha, grávida pela quarta vez. Cecília, Ana, Catarina e Brígida estavam ao lado de sua mãe quando ela morreu, no começo da tarde de 8 de junho de 1492, em Bermondsay. Seu genro, Henrique VII, arranjou-lhe o funeral mais simples possível. Essa atitude irritou muitos partidários ardentes dos Iorques, que se sentiram desconsiderados com o sepultamento ordinário e bastante simples do corpo da consorte de Eduardo IV, em 12 de junho de 1492. O corpo de Isabel jaz ao lado do de seu esposo real, na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor.
Apesar de seus últimos anos infelizes, Isabel Woodville teve a satisfação de saber que sua filha estava asseguradamente no trono e se tornaria a progenitora duma dinastia que governaria a Inglaterra pelos próximos cem anos. Ela viveu para ver o nascimento de dois netos varões, Artur e Henrique, sendo que este se tornaria depois Henrique VIII. Através de sua neta, Margarida Tudor, Isabel se tornou uma ancestral das dinastias de Stuart, Hanôver e Windsor, cujos descendentes governam a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales atualmente.
Na ficção

A vida de Isabel Woodville tem se prestado a muitas descrições ficcionais, embora muito pouco como a personagem principal.
Ela está presente na Tragédia de Ricardo III, peça teatral de Shakespeare. Ela e Ricardo são mostrados como inimigos ferrenhos, e é amaldiçoada por Margarida de Anjou com as mortes de seu esposo e de seus filhos, uma vez que o filho e o esposo de Margarida são assassinados pelos partidários de Eduardo IV. Ricardo consegue convencê-la a aceitar o casamento entre ela e sua filha.
Descendência
NomeNascimentoFalecimentoNotas
Com Sir João Grey (1432 - 17 de Fevereiro de 1461)
Tomás Grey145720 de setembro de 1501casou primeiro, em 1466, com Lady Ana Holand, filha do duque de Exeter, e, sobrinha pelo lado materno, do rei Eduardo IV da Inglaterra; casou segundo, em 1474, com Cecília Bonville, baronesa Bonville e Harington, e teve 14 filhos.
Ricardo Grey145825 de junho de 1483cavaleiro, acompanhava o novo rei Eduardo V, seu meio-irmão, ao País de Gales, quando este foi seqüestrado por Ricardo, duque de Iorque; foi aprisionado no Castelo de Pontefract e executado junto de seu tio Antônio Woodville.
Com Eduardo IV da Inglaterra (28 de abril de 1442 - 9 de abril de 1483)
Isabel de Iorque11 de fevereiro de 146511 de fevereiro de 1503|casada com Henrique VII da Inglaterra, e teve filhos.
Maria de Iorque11 de agosto de 146623 de maio de 1482morreu jovem.
Cecília de Iorque20 de março de 146924 de agosto de 1507casada primeiro, em 1482, com Raul Scrope, 9º barão Scrope de Marsham, e não teve filhos; segundo, em 1487, com João Welles, 1º visconde Welles, e teve filhos; terceiro, em 1504, com Tomás Kymbe, e teve filhos.
Eduardo V da Inglaterra4 de novembro de 14701483com apenas doze anos, foi proclamado rei após a morte de seu pai, mas, dois meses depois, foi destronado por seu tio paterno, o duque de Gloucester, que subiu ao trono como Ricardo III; Eduardo e seu irmão Ricardo foram aprisionados na Torre de Londres, onde desapareceram.
Margarida de Iorque10 de abril de 147211 de dezembro de 1472morreu nova.
Ricardo de Iorque11 de agosto de 14731483aprisionado junto com o irmão mais velho e desaparecido.
Ana de Iorque2 de novembro de 147523 de novembro de 1511casada com Tomás Howard, 3º duque de Norfolk, e teve filhos.
Jorge de Iorquemarço de1477março de 1479Foi designado, mas nunca formalmente criado duque de Bedford; morreu de peste bubônica.
Catarina de Iorque14 de agosto de 147915 de novembro de 1527casada, em 1495, com Guilherme Courtenay, 9º conde de Devon, e teve filhos.
Brígida de Iorque10 de novembro de 14801517freira no Priorado de Dartford.
Governo
Reinado: 1 de maio de 1464 - 9 de abril de 1483.
Coroação: 26 de maio de 1464.
Consorte(s): Sir João Grey, Eduardo IV de Inglaterra.
Vida
Nascimento: cerca 1437, Grafton Regis, Northamptonshire, Inglaterra.
Morte: 7 ou 8 de junho de 1492, Bermondsey, Londres, Inglaterra.
Sepultamento: Capela de São Jorge, Berkshire, Inglaterra.
Filhos: Com João Grey: Tomás, Ricardo. Com Eduardo IV: Isabel, Maria, Cecília, Eduardo V, Margarida, Ricardo, Ana, Jorge, Catarina, Brígida.
Pai: Sir Ricardo Woodville.
Mãe: Jaqueline de Luxemburgo.
                                                                     Isabel Woodville.

Anne Neville
Anne Neville (1456 — 1485) foi rainha consorte de Inglaterra. Era a filha mais nova de Ricardo Neville, Conde de Warwick (o Fazedor de Reis da guerra das rosas) e da herdeira Anne de Beauchamp.
Em 1469, Warwick quebrou relações com o rei Eduardo IV de Inglaterra e juntou-se a Margarida de Anjou, líder da facção de Lancaster, então exilada em França. A mudança de alianças de seu pai ditou o casamento de Anne com Eduardo de Westminster, Príncipe de Gales e herdeiro de Henrique VI de Inglaterra, o rei aprisionado na Torre de Londres. Os Lancastres conseguiram repôr Henrique VI no trono em 1470, mas na Primavera de 1471 tanto Warwick como Margarida foram derrotados por Eduardo IV. Westminster morreu na batalha de Tewksbury, deixando Anne viúva.
A 12 de Julho de 1472, Anne casou de novo com Ricardo, Duque de Gloucester, o irmão mais novo de Eduardo IV, e no ano seguinte, deu à luz Eduardo de Middleham. Em 1483, Gloucester declarou os sobrinhos, os Príncipes na Torre, ilegítimos e tornou-se rei de Inglaterra com o nome de Ricardo III. Anne tornou-se então rainha consorte, mas por pouco tempo. Morreu em 1485, pouco tempo antes da derrota do marido e do fim da guerra das rosas. Ela está enterrada na Abadia de Westminster.
                                                      Ilustração de Ricardo II e Anne Neville.

Isabel de Iorque
Isabel de Iorque (11 de Fevereiro de 1466 – 11 de Fevereiro de 1503) foi a rainha consorte de Henrique VII de Inglaterra, filha do rei Eduardo IV e da sua consorte Isabel Woodville. É também a única mulher na história de Inglaterra a ter sido filha, irmã, mulher e sobrinha de monarcas reinantes. Foi considerada uma das beldades de seu tempo.
Isabel nasceu Westminster, como filha primogénita da casal real. Depois da morte do marido Eduardo e do desaparecimento dos filhos – os Príncipes na Torre – Isabel Woodville apostou na sua filha mais velha para salvaguardar posição da família. Aparentemente, o primeiro noivo de Isabel foi o próprio tio, o rei Ricardo III de Inglaterra, então casado com Anne Neville, sem interesse político e de saúde frágil. Depois da derrota de Ricardo III e do fim da Guerra das Rosas a favor de Henrique VII de Inglaterra (um Lancaster, fundador da dinastia de Tudor), Isabel foi prometida ao novo rei, como herdeira da casa de Iorque. A união iria reunir as duas famílias e trazer paz à Inglaterra.
Henrique VII comprometeu-se publicamente a casar-se com Isabel, mas foi adiando a data do casamento. Foi preciso uma intervenção do Parlamento a lembrar o rei da promessa feita à filha do popular Eduardo IV, para o convencer. O casamento foi celebrado a 18 de Janeiro de 1486, mas Henrique VII insistiu em esperar o nascimento do primeiro filho, Artur Tudor, para coroar Isabel como rainha de Inglaterra.
Isabel não desempenhou nenhum papel político importante e morreu, na sequência do seu último parto, no dia do seu 37.º aniversário, em 1503. Está sepultada na Abadia de Westminster.
Governo
Reinado: 18 de janeiro de 1486 - 11 de fevereiro de 1503.
Coroação: 25 de novembro de 1487.
Consorte: Henrique VII.
Casa Real: Iorque.
Vida
Nascimento: 11 de fevereiro de 1466, Westminster, Londres, Inglaterra.
Morte: 11 de fevereiro de 1503 (37 anos), Cidade de Londres.
Sepultamento: Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra.
Filhos: Artur, Margarida, Henrique VIII, Isabel, Maria, Edmundo, Catarina.
Pai: Eduardo IV.
Mãe: Isabel Woodville.
                                                                      Isabel de Iorque.

Catarina de Aragão
Catarina de Aragão (Alcalá de Henares, 16 de Dezembro de 1485 — Castelo de Kimbolton, Cambridgeshire, 7 de Janeiro de 1536) foi Princesa de Espanha e a primeira rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra, sendo mãe da rainha Maria I. Catarina, durante a juventude, foi efusivamente aclamada pela beleza e inteligência. Conversava tanto em seu espanhol nativo, quanto em latim, francês e, mais tarde, inglês. Quando rainha, seu tempo foi majoritariamente empenhado em obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês, sendo, até hoje, a rainha consorte mais amada por eles. Seu túmulo em Peterborought nunca está sem flores, apesar de passados quase cinco séculos desde sua morte.
Catarina nasceu em Alcalá de Henares e foi a filha mais nova dos Reis Católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Em 1501, Catarina casou com Artur Tudor, Príncipe de Gales, como contratado desde a infância dos dois. O rei Henrique VII, pai de Artur, ofereceu uma grande cerimônia de casamento. O casal foi viver no País de Gales mas pouco tempo depois Artur morreu repentinamente de tuberculose. Catarina tornou-se viúva aos 16 anos. A sua determinação em ser rainha da Inglaterra a levou a afirmar que o casamento não fora consumado devido a pouca idade de ambos, o que foi a base da dispensa concedida pelo Papa Júlio II para uma nova união. Catarina estava determinada a ficar noiva de Henrique, seu cunhado de apenas 11 anos, e que com a morte do irmão mais velho, seria agora Príncipe de Gales e herdeiro do trono. O rei Henrique VII, porém o achava muito jovem para comprometê-lo, e o noivado teria que lhe render muitos benefícios, o que Catarina não poderia oferecer no momento. A situação de Catarina na Inglaterra ficou complicada, pois seus pais não queriam que ela voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por não ter recebido a segunda parte do dote.
Após um ano da morte de Artur, a rainha morreu no parto de um bebê natimorto. O rei então propôs casamento a Catarina, que primeiramente aceitou, vendo dessa maneira a forma de realizar o seu sonho de ser rainha. Porém, quando soube que seus herdeiros não teriam preferência na coroa sobre Henrique, ela recusou a proposta, o que deixou o rei enfurecido.
Então ele promoveu o noivado de Catarina e Henrique VIII, sem nenhuma intenção de honrar o compromisso. Apenas manteria Catarina sem nenhum pretendente. Catarina então passou a viver afastada da corte, empenhando suas joias para se manter e contando com seu séquito de leais serviçais espanhóis.
Após seis anos, o Rei morreu, e surpreendentemente Henrique quis imediatamente se casar com Catarina.
O casamento ocorreu apenas a 11 de Junho de 1509 depois da ascensão ao trono de Henrique VIII. Catarina era extremamente popular junto da população, quer como Rainha, quer como Princesa de Gales. Em 1513 chegou mesmo a servir como regente da coroa durante uma ausência de Henrique VIII que comandava a guerra com a França, sendo vitoriosa na Batalha de Flodden, quando defendeu a Inglaterra da invasão escocesa. Após algumas gravidezes falhadas, Catarina deu à luz um rapaz, Henrique, que morreu pouco tempo depois. A sua última gravidez em 1516 resultou numa filha, a futura Maria I de Inglaterra.
Depois de Maria, Catarina não voltou a conceber, o que deixou Henrique preocupado com a sucessão. A Guerra das Rosas como consequência de instabilidade dinástica estava ainda bem presente na memória colectiva. Particularmente preocupante para Henrique, um estudioso de questões teológicas, era a afirmação contida no Levítico de que se um homem casar com a mulher do irmão, o casamento será estéril. Convencido de que Catarina teria mentido quanto à consumação do casamento com Artur, Henrique VIII começou a procurar a anulação do casamento em 1527. Ao mesmo tempo, arrancara de Ana Bolena a promessa de que ela seria sua amante e futura mulher.
No Vaticano a tomada de decisão arrastou-se por sete anos. As gestões de Thomas Wolsey não foram bem sucedidas. O Papa Clemente VII não parecia disposto a conceder a anulação por duas razões: primeiro porque esta sempre foi a doutrina da Igreja e o comportamento do Papado, e depois poderia também ser visto como uma admissão de equívoco da Igreja que concedera validamente, segundo as regras canônicas, a dispensa; e em segundo lugar, porque Clemente era uma marioneta política nas mãos do Imperador Carlos V, sobrinho de Catarina, a quem não convinha o fim da união. Cansado de esperar, Henrique separou-se de Catarina em 1531 e em 23 de Maio de 1533, o Arcebispo da Cantuária Thomas Cranmer anulou a união sem aprovação do Vaticano. A implementação do Acto de Supremacia e a separação da Igreja Anglicana da Igreja de Roma, consumou a anulação.
Catarina foi separada da filha, a princesa Maria, e exilada da corte para viver na província, embora com todos os privilégios de uma Princesa de Gales. Mas jamais aceitou o divórcio e a despromoção e continuou a assinar a correspondência como Catherine the Queen. Catarina morreu em 7 de Janeiro de 1536, vítima de uma doença prolongada, possivelmente cancro, e foi sepultada na Catedral de Peterborough com as honras de uma Princesa de Gales.
Governo
Reinado: 11 de junho de 1509 - 23 de maio de 1533.
Coroação: 24 de junhp de 1509.
Consorte: Artur, Príncipe de Gales, Henrique VIII.
Casa Real: Transtâmara.
Títulos: Infanta de Aragão, Princesa Viúva de Gales.
Vida
Nascimento: 16 de dezembro de 1485, Alcalá de Henares, Espanha.
Morte: 7 de janeiro de 1536 (50 anos), Castelo de Kimbolto, Cambridgeshire, Inglaterra.
Sepultamento: 27 de janeiro de 1536, Abadia de Peterborough, Canbridgeshire, Inglaterra.
Pai: Fernando II de Aragão.
Mãe: Isabel I de Castela.
Assinatura:
                                                      Catarina de Aragão por Michel Sittow.

Ana Bolena

Ana Bolena (em inglês: Anne Boleyn; Norfolk, 1501 ou 1507 — Torre de Londres, 19 de maio de 1536) foi rainha da Inglaterra de 1533 a 1536, sendo a segunda esposa de Henrique VIII de Inglaterra, mãe da rainha Isabel I de Inglaterra, bem como marquesa de Pembroke. Seu casamento com Henrique VIII foi polêmico, do ponto de vista político e religioso e resultou na criação da Igreja Anglicana. A ascensão e queda de Ana Bolena, considerada a mais controversa rainha consorte da Inglaterra, inspiraram inúmeras biografias e obras ficcionais.
Era filha de Sir Tomás Bolena e Lady Elizabeth Howard, e, portanto, mais aristocrática que Joana Seymour e Catarina Parr, duas das esposas de Henrique VIII. Ela foi educada na França, principalmente como dama de companhia da rainha Cláudia de França, esposa de Francisco I. Voltou para a Inglaterra em 1522.
Dois anos mais tarde, apaixonou-se por Henrique VIII. A princípio, Ana resistiu às tentativas do rei em seduzi-la e torná-la sua amante, como sua irmã, Maria Bolena havia sido. Henrique VIII anulou seu casamento com Catarina de Aragão para que pudesse se casar com Ana Bolena. Quando tornou-se claro que o Papa Clemente VII não aprovaria o divórcio de Henrique VIII e Catarina de Aragão e, posteriormente, o casamento deste com Ana Bolena, iniciou-se a ruptura religiosa entre a Inglaterra e a Igreja Católica Romana, resultando na criação da Igreja Anglicana.
O arcebispo de York, Thomas Wolsey foi destituído de seu posto em 1529 por não ter sido bem sucedido em sua tentativa de conseguir o divórcio e anulação do casamento do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão. Seu casamento com Henrique VIII ocorreu em 25 de janeiro de 1533, entretanto, demorou quatro meses para ser contemplado. Em 23 de maio daquele ano, foi anulado o casamento de Henrique VIII e Catarina de Aragão, sendo que cinco dias depois, seu casamento com o rei Henrique VIII foi validado. Pouco tempo depois, Henrique VIII e o arcebispo foram excomungados da Igreja Católica pelo Papa Clemente VII.
Índice
1 Primeiros anos
2 Os mil dias
3 Execução
4 Na cultura popular
5 Ascendência
6 Descendência
Primeiros anos
Ana Bolena era filha de Sir Tomás Bolena, Conde de Wiltshire e de Isabel Howard, filha do Duque de Norfolk. Tomás Bolena era um linguista respeitado e um dos diplomatas favoritos do rei Henrique VII, tendo sido enviado em várias missões diplomáticas no exterior. É impossível determinar a data de nascimento de Ana, pois não é registrado em registros paroquiais e os dados contemporâneos são contraditórios. Acredita-se que tenha nascido entre 1501 e 1507. Um historiador italiano, argumentou em 1600 que ela nasceu em 1499, enquanto que William Roper, filho de Thomas More disse que ela nasceu em 1512. Também não está claro quando seus dois irmãos nasceram, mas parece que sua irmã, Maria Bolena, era mais velha. Os filhos de Maria Bolena asseguraram que sua mãe havia sido a irmã mais velha. Seu irmão Jorge nasceu em aproximadamente 1504. Quando criança, era chamada Anne de Nan por membros de sua família.
Ana foi educada nos Países Baixos, na corte de Margarida, Arquiduquesa da Áustria. Por volta de 1514, viajou para a corte francesa onde se tornou numa das aias da rainha Cláudia de Valois (esposa de Francisco I), onde aprendeu a falar francês e se familiarizou com a cultura e etiqueta deste país. Esta experiência haveria de se mostrar decisiva na formação da sua personalidade.
Em janeiro de 1522, Ana Bolena regressou à Inglaterra por ordens do pai e entrou ao serviço de Catarina de Aragão, a consorte do rei Henrique VIII de quem a sua irmã, Maria Bolena, era então a amante "oficial".[6] Neste período, Ana desenvolveu uma relação com Henry Percy, o filho do Conde de Northumberland, e os dois chegaram a estar secretamente noivos. O casamento foi impedido pelo pai de Percy por razões incertas e Ana foi afastada da corte. Em meados de 1525, estava de regresso e no ano seguinte, substituiu a sua irmã mais nova nas atenções do rei. A princípio, Ana seduziu-o, estimulou todos os avanços de Henrique VIII, mas não aceitava ser sua amante, queria o trono da Inglaterra. O fato de Maria Bolena ter dado ao Rei uma filha e um filho despertou nele a intenção de casar-se novamente para produzir um herdeiro legítimo, já que Catarina de Aragão não parecia ser capaz de produzir um herdeiro varão para a casa de Tudor.
O poder de Ana aumentou de forma excepcional. Tornou-se influente na diplomacia inglesa ao estabelecer uma relação de amizade com Monsieur de la Pommeraye, embaixador francês. O diplomata John Barlow espiava no Vaticano às suas ordens. Em 1532, Henrique VIII tornou-a Marquesa de Pembroke, fazendo-a a primeira mulher a receber um título nobiliárquico de seu pleno direito. A sua família foi também beneficiada: o pai recebeu o Condado de Ormonde e o irmão, Jorge Bolena, tornou-se Visconde Rochford. Ana não era no entanto uma personagem popular. Em 1531 os apoiantes da rainha Catarina organizaram uma manifestação contra Ana Bolena que reuniu oito mil mulheres nas ruas de Londres.
Os mil dias
Finalmente, em 1532, em Calais, Henrique VIII e Ana Bolena tornaram-se amantes. A 25 de Janeiro de 1533, antes do anúncio oficial da dissolução unilateral do casamento com Catarina de Aragão, Henrique casou-se secretamente com Ana, no Palácio de Whitehall. Esta pressa pode ter estado relacionada com uma gravidez de Ana e a necessidade de Henrique VIII em não deixar sombra de dúvidas quanto à legitimidade de um herdeiro. Em 23 de Maio de 1533, Cranmer, presente num tribunal especial convocado pelo Priorado de Dunstable para se pronunciar sobre a validade do casamento do rei com Catarina de Aragão, declarou esse casamento como nulo e sem efeito. Cinco dias depois, em 28 de Maio de 1533, o Bispo Cranmer declarou o casamento de Henrique e Ana como válido. Catarina perdeu o seu título e, consequentemente, a 1 de junho, Ana foi coroada Rainha de Inglaterra numa cerimónia magnífica na Abadia de Westminster, precedida de um sumptuoso banquete. Em resposta, o povo londrino mostrou o seu desagrado, comparecendo poucas pessoas. Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII por esta afronta ao direito canónico, declarando que à luz do mesmo, o seu casamento com Catarina de Aragão continuava válido. Em 7 de Setembro de 1533, Ana deu à luz uma menina, a futura Isabel I de Inglaterra.
Enquanto rainha, Ana Bolena procurou introduzir muitos aspectos da cultura francesa na corte de Inglaterra. Continuou influente junto do rei e diz-se que foi por sua indicação que a maioria dos bispos da nova Igreja Anglicana conseguiram o seu posto. Henrique VIII parecia satisfeito com ela em tudo, menos na falta de um herdeiro. As gestações subsequentes acabaram em abortos espontâneos e no nascimento de nati-mortos, o que resultou no desapontamento do rei. Em Janeiro de 1536, Catarina de Aragão morreu de doença prolongada, provavelmente cancro, e Ana teve o mau gosto de celebrar o evento vestida de amarelo quando o resto da corte, incluindo Henrique VIII, se encontrava de luto pela Princesa de Gales. A partir de então Henrique VIII começou a afastar-se da mulher, que consequentemente se tornou vulnerável a intrigas. A gota d'água terá sido a subida de Joana Seymour, aia de Ana Bolena, ao estatuto de amante.
Em 2 de Maio de 1536, após cerca de 1000 dias como rainha consorte da Inglaterra, Ana foi presa na Torre de Londres, acusada, juntamente com o seu irmão Jorge, de adultério, incesto e alta traição. Além de, no desespero para gerar um herdeiro ao trono, ser acusada de ter tido relações sexuais com seu irmão Jorge Bolena, dando à luz um 'monstro'. Cinco homens, incluindo o seu irmão, foram também presos e interrogados sob tortura. Baseado nas confissões resultantes, o Parlamento condenou Ana Bolena por traição a 15 de Maio. O casamento com Henrique VIII foi anulado dois dias depois, por razões desconhecidas, uma vez que os registos foram destruídos.
Execução
Há uma curiosidade que permite avaliar a personalidade forte e marcante de Ana Bolena e segundo fontes históricas aconteceu por ocasião de sua execução. Alguns, inclusive, dizem ter sido um último recurso da rainha para retardar a consumação da execução, ainda esperançosa de um perdão real por parte de Henrique VIII, perdão este que estaria sendo defendido pela sua irmã, Maria. Quando informada da sua iminente execução, Ana Bolena fez chegar a Henrique VIII uma exigência - não aceitaria ser morta por um carrasco inglês, que utilizava o machado para a decapitação. Exigia a "importação" de um carrasco francês, pois estes usavam a espada. Para justificar a sua exigência, teria dito "uma Rainha da Inglaterra não curva a cabeça para ninguém e em nenhuma situação", pois as execuções com a espada eram feitas com a vítima ajoelhada, mas com a cabeça erguida.
Na manhã de sexta-feira, 19 de Maio, Ana Bolena foi executada, não na Torre Verde, mas sim num andaime erigido sobre o lado norte da Torre Branca, em frente do que é hoje as Casernas de Waterloo. Ela usava um saiote vermelho sob um avulso, um vestido de tordilha de damasco aparado na pele e um manto de arminho. Acompanhada por duas assistentes do sexo feminino, Ana fez seu último passeio da Casa da Rainha à Torre Verde e ela olhou "como se ela não fosse morrer". Ana subiu o cadafalso e fez um breve discurso para a multidão:
Bom povo cristão, vim aqui para morrer, de acordo com a lei, e pela lei fui julgada para morrer, e por isso não vou falar nada contra ela. Não vim aqui para acusar ninguém, nem para falar de algo de que sou acusada e condenada a morrer, mas rezo a Deus para que salve o rei e que ele tenha um longo reinado sobre vós, pois nunca um príncipe tão misericordioso esteve lá: e para mim ele será sempre um bom, gentil e soberano Senhor. E se qualquer pessoa ponha isso em causa, obrigá-la-ei a julgar os melhores. E assim deixo o mundo e todos vós, e sinceramente desejo que todos rezem por mim. Ó Senhor, tem misericórdia de mim, eu louvo a Deus a minha alma.
Ana obteve o que requisitava, mostrando que até nos seus últimos momentos, ainda era capaz de impressionar o rei. Ela foi decapitada por um carrasco francês, tal como pedira. Henrique não providenciou um sepulcro para Ana, e assim o seu corpo e a cabeça foram enterrados num túmulo desmarcado na Capela Real de São Pedro ad Vincula. O seu esqueleto foi identificado durante a renovação da capela, no reinado da Rainha Vitória e o local de repouso de Ana está marcado no chão em mármore.
                                                    Ana Bolena na Torre por Edouard Cibot.
Na cultura popular
Ana Bolena tem inspirado ou sido mencionada em numerosas obras artísticas e culturais, desde meios de comunicação, obras de arte, representações na cultura popular, cinema e ficção.
A história trágica de Ana Bolena tem inspirado muitas obras de ficção e biográficas. Há também inúmeras lendas e teorias em torno da sua vida, nomeadamente a sugestão de que Ana teria seis dedos numa das mãos, embora essas sugestões tenham sido dadas por Nicholas Sander, que foi totalmente contra a Inglaterra Anglicana e de Isabel (filha de Ana Bolena). Além disso, há uma lenda popular, de que seu espírito ronda pela Torre de Londres.
Ascendência
16. Tomás Bolena (1421–?)
8. Sir Geoffrey Boleyn (1437–c. 1463)
17. Anne Bracton
4. Sir Guilherme Bolena (?–1505)
18. Thomas Hoo, 1st Lord Hoo (?–c. 1455)
9. Ann Hoo (c. 1425–c. 1484)
19. Elizabeth Wychingham
2. Tomás Bolena, 1.º Conde de Wiltshire (1477–1538/9)
20. James Butler, 4.º Conde de Ormond (1392–1452)
10. Thomas Butler, 7.º Conde de Ormond (1450–?)
21. Joan Beauchamp (1396-1430)
5. Lady Margaret Butler (c. 1454–1539/1540)
22. Sir Richard Hankford (1397–1431)
11. Anne Hankford (c. 1431–1485)
23. Lady Anne de Montagu (1400–1457)
1. Ana Bolena
24. Sir Robert Howard (c. 1385–1436)
12. John Howard, 1.º Duque de Norfolk (1425–1485)
25. Lady Margaret Mowbray
6. Thomas Howard, 2.º Duque de Norfolk (1443–1524)
26. Sir William de Moleyns (1378–1425)
13. Catherine Moleyns (1424-1465)
27. Marjery Whalesborough (?–1438)
3. Lady Isabel Howard (1480–1538)
28. Sir Philip Tilney (1437–c. 1453)
14. Sir Frederick Tilney
29. Isabel Thorp (?–1436)
7. Elizabeth Tilney (c. 1447–1497)
30. Sir Lawrence Cheney (c. 1396–1461)
15. Elizabeth Cheney
31. Elizabeth Cokayn
Descendência
De Henrique VIII, Ana Bolena teve três filhos:
  • Isabel I (7 de setembro de 1533 - 24 de março de 1603);
  • Henrique Tudor (II) (1534). Os historiadores não sabem ao certo se o menino morreu no mesmo dia que nasceu ou se foi aborto, tampouco se sabe com certeza se foi realmente um menino;
  • Eduardo Tudor (I) (29 de janeiro de 1536). Faleceu no mesmo dia.
Governo
Coroação: 1 de junho de 1533.
Consorte: Henrique VIII.
Consorte até: 17 de maio de 1536.
Títulos: Marquesa de Pembroke.
Vida
Nascimento: c. 1501 ou 1507, Norfolk, Inglaterra.
Morte: 19 de maio de 1536 (executada), Torre de Londres, Inglaterra.
Sepultamento: Capela Real de São Pedro ad Vincula, Torre de Londres.
Filhos: Elizabeth I de Inglaterra.
Pai: Tomás Bolena, Conde de Wiltshire.
Mãe: Isabel Howard.
                                                                        Ana Bolena.

Joana Seymour
Joana ou Jane Seymour (Wulfhall, c. 1508 — Londres24 de Outubro de 1537) foi rainha da Inglaterra de 1536 a 1537, sendo a terceira esposa de Henrique VIII de Inglaterra e a única a dar-lhe um herdeiro que sobreviveu aos primeiros meses, que se tornou o rei Eduardo VI.
Vida
Jane era filha de Sir John Seymour e Margarida Wentworth. Trazida para a corte cedo, foi aia das rainhas Catarina de Aragão e Ana Bolena até atrair as atenções do rei. A sua ascensão coincidiu com a queda de favor de Ana Bolena e foi a vontade de Henrique VIII em casar com Joana que precipitou a execução da sua segunda mulher. O casamento realizou-se a 30 de Maio de 1536, menos de duas semanas depois da morte de Ana Bolena.
Como rainha, Joana era a antítese da espalhafatosa Ana Bolena. A vida social da Rainha de Inglaterra reduziu-se e foram proibidas todas as manifestações de exagero nas roupas e nos modos de conduta. Era formal e séria e não tinha amizades masculinas, o que depois do escândalo ocorrido era sobretudo um ato de bom senso. Graças à sua posição junto ao rei, foi possível a integração no cenário familiar e da corte de Maria Tudor, filha do primeiro casamento de Henrique VIII, relegada ao esquecimento paterno desde os acontecimentos de 1533. Joana não interferiu diretamente na vida política, mas a sua ascensão a rainha consorte trouxe para a ribalta os seus dois irmãos Eduardo e Tomás Seymour (este último haveria de casar com Catarina Parr, a última mulher de Henrique VIII). O rei era absolutamente fascinado por ela e concedia-lhe todos os desejos, inclusive a satisfação dos apetites exóticos resultantes da gravidez.
Joana morreu na sequência do parto do futuro Eduardo VI, e Henrique VIII organizou-lhe um funeral monumental, declarando luto na corte por muito tempo. De fato, haveria de esperar três anos até ao seu próximo casamento. Joana está sepultada na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor) no Castelo de Windsor ao lado do marido o Rei Henrique VIII.
Na mídia popular
  • Em 1933, Wendy Barrie interpretou Joana Seymour no filme de Alexander Korda, Os Amores de Henrique VIII.
  • Rick Wakeman gravou a peça "Jane Seymour" para seu álbum de 1973, The Six Wives of Henry VIII.
  • Anita Briem interpreta Joana Seymour como dama-de-companhia de Ana Bolena na 2º temporada da série televisiva The Tudors. Na 3ª temporada da mesma série, quando se torna rainha Joana até sua morte, a personagem é interpretada por Annabelle Wallis.
  • Joana Seymour foi interpretada pela atriz Corinne Galloway em 2008 no filme The Other Boleyn Girl.
Governo
Reinado: 30 de maio de 1536 - 24 de outubro de 1537.
Coroação: 4 de junho de 1536.
Consorte: Henrique VIII.
Antecessor: Ana Bolena.
Sucessor: Ana de Cleves.
Vida
Nascimento: cerca de 1508, Wulfhall, Savernake Forest, Wilshire, Reino da Ingalterra.
Morte: 24 de outubro de 1537 (28 - 29 anos), Hampton Court, Kingston-upon-Thames, Londres, Reino da Inglaterra.
Sepultamento: 12 de novembro de 1537, Capela de São Jorge, Berkshire, Inglaterra.
Filhos: Eduardo VI.
Pia: Sir João Seymour.
Mãe: Margarida Wentowrth.
Assinatura:
                                                   Joana Seymour por Hanz Holbien, o Jovem.

Ana de Cleves
Ana de Cleves (22 de Setembro1515 - 16 de Julho1557) foi a quarta rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra por seis meses em 1540.
Vida
Ana nasceu em Düsseldorf, filha de João III, Duque de Cleves, líder de um dos estados germânicos pioneiros na implementação do Movimento Protestante. A posição de Cleves face à Igreja Católica tornava-o num potencial aliado para Henrique VIII, chefe da recentemente criada Igreja Anglicana, em 1533. A união era diplomaticamente valiosa e foi defendida entre outros por Thomas Cromwell, chanceler do reino. O pintor Hans Holbein, o Jovem foi então contratado para efectuar um retrato de Ana (imagem ao lado), cujo resultado em muito agradou a Henrique VIII. Quando Ana chegou à Inglaterra, ficou evidente o talento de Holbein, pois a pintura superava o modelo em atributos físicos. Ana não era uma mulher bonita e tinha a cara coberta de cicatrizes de varíola, prontamente disfarçadas no retrato. Henrique VIII ficou desconsolado com a escolha da noiva desde o primeiro momento, mas apesar disso casou com Ana a 6 de Janeiro de 1540, em Greenwich. Uma das aias designadas para Ana foi Catarina Howard, uma jovem de quinze anos com quem o rei iniciou uma relação amorosa quase de imediato. O casamento com Ana foi anulado a 9 de Julho do mesmo ano, com base na não consumação, e pouco depois Henrique VIII casou com Howard. Ana decidiu ficar em Inglaterra e foi generosamente recompensada pelo incómodo do divórcio. Henrique VIII conferiu-lhe uma pensão, o usufruto do Castelo de Hever e os títulos de Princesa de Inglaterra e Irmã do Rei. No fim da vida, Ana converteu-se ao Catolicismo e tornou-se confidente das enteadas Maria e Isabel. Ela está enterrada na Abadia de Westminster.
Na mídia popular
  • O papel de Ana de Cleves foi interpretado por Elsa Lanchester em Os Amores de Henrique VIII, que foi lançado em 1933. O marido de Elsa,Charles Laughton interpretou Henrique VIII e ganhou o Oscar de melhor ator por sua interpretação. O filme recebeu uma indicação de melhor filme, o primeiro de uma filmagem feita fora dos Estados Unidos.
  • Rick Wakeman gravou a peça "Anne of Cleves" para seu álbum de 1973 The Six Wives of Henry VIII.
  • O papel de Ana de Cleves foi interpretado pela atriz e cantora Joss Stone na série de televisão a cabo The Tudors.
Governo
Reinado: 6 de janeiro de 1540 - 9 de julho de 1540.
Consorte: Henrique VIII.
Antecessor: Joana Seymour.
Sucessor: Catarina Howard.
Títulos: Duquesa de Cleves, Irmã bem amada do Rei.
Vida
Nome completo: Anne von Jülich-Kleve-Berg.
Nascimento: 22 de setembro de 1515, Dusseldórfia, Ducado de Berg, Sacro Império Romano-Germânico.
Morte: 26 de julho de 1557 (41 anos), Palácio Velho de Chelsea, Londres, Reino da Inglaterra.
Sepultamento: Abadia de Westminster, Londres Inglaterra.
Pai: João III de Cleves.
Mãe: Maria de Juliers.
Assinatura:
                                                   Ana de Cleves por Hans Holbein, o Jovem.

Catarina Howard
Catarina Howard (1525 - 13 de Fevereiro1542) foi a quinta rainha consorte de Inglaterra, através do seu casamento com Henrique VIII.
Vida
Catarina era filha de Edmundo Howard e de Joyce Culpepper. Era também sobrinha de Thomas Howard, Duque de Norfolk e prima de Ana Bolena. Durante a sua infância, o pai foi o governador de Calais e Catarina cresceu na casa de sua avó, a Duquesa de Norfolk, que não lhe deu a atenção necessária, permitindo que ela desenvolvesse algumas relações amorosas. Em 1539, Catarina tornou-se aia de Ana de Cleves, futura rainha consorte de Henrique VIII. O rei, no entanto, encantou-se por ela e não pela mulher, o que precipitou o divórcio. A 28 de Julho de 1540 celebrou-se o casamento e Catarina tornou-se rainha de Inglaterra.
Apesar da paixão que o rei lhe tinha e dos presentes luxuosos com que a cobria, Catarina não encontrou felicidade no casamento e tomou como favorito Thomas Culpepper, um cortesão. A verdadeira natureza desta relação continua por ser esclarecida, mas o certo é que ambos trocaram correspondência considerada incriminatória. Enquanto rainha, Catarina chamou à corte alguns dos seus antigos amigos, nomeadamente Francisco Dereham, que tinha alegadamente sido seu amante em Norfolk e que se tornou no seu secretário particular. As companhias da rainha e o seu passado começaram a levantar suspeitas em 1541. De início, Henrique VIII recusou-se a acreditar nas evidências, mas quando as cartas de Culpeper e Catarina apareceram mandou colocá-la sob prisão na Abadia de Middlesex. Catarina perdeu o título de rainha e foi repudiada. Em Dezembro, Culpeper e Dereham foram executados. Em Janeiro de 1542, Catarina começou a ser julgada por adultério, o que numa rainha era equivalente a traição. Considerada culpada, Catarina foi executada na Torre de Londres a 13 de Fevereiro de 1542. Diz-se que passou os últimos dias a ensaiar a sua execução.
Os historiadores da dinastia Tudor continuam a debater se Catarina foi ou não culpada de adultério, ou se foi incriminada pelos inimigos da sua família. Todos concordam que de qualquer forma, Catarina foi uma mulher fútil.
O Fantasma de Hampton Court
Em 1541, Catarina foi acusada de adultério e posta sob prisão domiciliar no Palácio de Hampton Court. Segundo dizem, ela conseguiu escapar dos guardas e correu pela galeria para implorar perdão e misericórdia a seu esposo. Ela esmurrou as portas da capela, gritando o nome de Henrique, até que os guardas a capturaram e leveram-na de volta para seus aposentos. Posteriormente, ela foi executada na Torre de Londres. De acordo com uma lenda popular, o fantasma de Catarina agora assombra a galeria por onde tentara fugir e muitos afirmam tê-la ouvido chamar por Henrique.
Na mídia popular
  • O papel de Catarina foi interpretado por Binnie Barnes no filme de 1933, Os Amores de Henrique VIII.
  • Rick Wakeman gravou a peça "Catherine Howard" para seu álbum de 1973 The Six Wives of Henry VIII. Na versão ao vivo de 2009 do seu álbum, a peça se chama "Kathryn Howard".
  • Catarina foi interpretada em 2009 e 2010 pela atriz Tamzin Merchant na série de televisão a cabo The Tudors.
Governo
Reinado: 28 de julho de 1540 - 13 de fevereiro de 1542.
Consorte: Henrique VIII.
Antecessor: Ana de Cleves.
Sucessor: Catarina Parr.
Vida
Nascimento: entre 1518-1525, Lambeth, Londres, Reino da Inglaterra.
Morte: 13 de fevereiro de 1542 (17-25 anos), Torre de Londres, Londres, Reino da Inglaterra.
Sepultamento: Capela Real de São Jorge ad Vincula, Torre de Londres.
Pai: Edmundo Howard.
Mãe: Joyce Culpeper.
Assinatura:
                                Possível miniatura de Catarina Howard por Hans Holbein, o Jovem.

Catarina Parr
Catarina Parr ou Catherine Parr (1512 - 5 de Setembro1548) foi a sexta e última rainha consorte do rei Henrique VIII de Inglaterra.
Vida
Catarina era filha de Sir Thomas Parr e da sua mulher Maud Green. Com apenas 15 anos, casou com Edward, Lord Borough, que morreu poucos anos depois. No princípio da década de 1530, Catarina casou de novo com John Neville, Lord Latimer. Após a morte de Latimer, Catarina tornou-se numa viúva de enorme fortuna e atraíu as atenções de Tomás Seymour, irmão de Jane Seymour, que retribuiu. Catarina e Seymour fizeram planos de matrimónio, mas o rei Henrique VIII apaixonou-se por ela e propôs-lhe casamento. Sem força política para recusar os avanços do rei, Catarina cedeu e tornou-se na sua sexta mulher a 12 de Julho de 1543.
Enquanto rainha, Catarina procurou reconciliar o rei com as suas duas filhas, as princesas Maria e Isabel, então despromovidas como bastardas. A sua relação com Henrique VIII não foi propriamente tranquila, sendo frequentes as discussões entre os dois. No entanto, dado que o foco da discórdia era teologia, Catarina nunca perdeu o favor político e Henrique apreciava a sua cultura e tenacidade intelectual. As suas convicções religiosas, que lhe valeram a censura de Henrique por ser demasiado Protestante, eram uma das características e influenciaram a sua enteada Isabel, de quem era especialmente amiga.
Após a morte de Henrique VIII, Catarina conseguiu casar com o seu antigo apaixonado, Tomás Seymour. O casamento não foi provavelmente o que ela esperava, uma vez que Seymour se mostrava mais interessado no dinheiro dela e na Princesa Isabel, então a viver com o casal. Apesar disso, Catarina ficou grávida pela primeira vez, após quatro casamentos, e morreu de complicações relacionadas com o parto da sua filha Maria, que não sobreviveu por muito tempo.
Como todas as mulheres de Henrique VIII, Catarina Parr apareceu representada em filmes e séries sobre a vida do monarca, normalmente retratada como uma mulher culta e intelectual.
Na mídia popular
  • O papel de Catarina foi interpretado pela atriz Everley Gregg no filme de 1933, Os Amores de Henrique VIII.
  • Rick Wakeman gravou a peça "Catherine Parr" para seu álbum de 1973 The Six Wives of Henry VIII. Na versão ao vivo de 2009 do seu álbum, a peça se chama "Katherine Parr".
  • Catarina foi interpretada em 2010 pela atriz Joely Richardson na 4ª temporada da série de televisão a cabo The Tudors.
Governo
Reinado: 12 de julho de 1543 - 28 de janeiro de 1547.
Consorte: Sir Edward Borough (1527-1529), John Neville, 3° Barão de Latymer (1533-1542), Henrique VIII (1543-1547), Tomás Seymour, 1° Barão Seymour de Sudeley (1547-1548).
Antecessor: Catarina Howard.
Sucessor: Lord Guilford Dudley (como rei consorte).
Títulos: Rainha viúva de Inglaterra e Irlanda.
Vida
Nascimento: cerca de 1512, Londres, Reino da Inglaterra.
Morte: 5 de setembro de 1548 (35-36 anos), Gloucestershire, Reino da Inglaterra.
Filhos: Maria Seymour.
Pai: Sir Thomas Parr.
Mãe: Maud Green.
Assinatura:
                                                                       Catarina Parr.

Lord Guilford Dudley
Lord Guilford Dudley (1536 - 12 fevereiro 1554) foi o consorte de Lady Jane Grey Tudor, a quem estudiosos consideram uma breve reinante Rainha da Inglaterra. Seu primeiro nome é por vezes escrito "Guildford". Ele era um filho de John Dudley, 1° Duque de Northumberland, e Jane Guildford. Ele era o irmão mais velho de Robert Dudley, conde de Leicester. Sua linhagem vai para Roland de Sutton, filho de Harvey que herdou um cavaleiro da taxa de Sutton como descendente de um bretão guerreiro-seguidor de Alain Le Roux, líder do exército bretão no Harrying do Norte. Foi assinado pelo joven Rei Edwardo VI ,uma nova ordem de sucessão, de modo que Lady Jane Grey seria proclamada Rainha após a sua morte. Lord Guildford Dudley e sua esposa foram julgados por alta traição, uma vingança da Sanguinaria Maria Tudor , que disputava a coroa com Joana, e logo depois tomou o trono. No dia 12 de fevereiro de 1554, Lord Guildford Dudley foi executado em praça pública. Sua esposa Lady Joana Grey recebeu uma execução privada no mesmo dia na Torre de Londres. A execução privada foi ordem de Maria I como um gesto de respeito à prima.
Nasceu: 1536.
Pai: John Dudley, 1° Duque de Northumberland.
Mãe: Lady Jane Guilford.
Faleceu: 12 de fevereiro de 1554, Torre de Londres.
Consorte de: Lady Joana Grey.
                                                                   Lord Guilford Dudley.

Filipe II de Espanha
D. Filipe II de Espanha (Valladolid21 de maio de 1527 — El Escorial13 de setembro de 1598.) foi rei de Espanha, a partir de 1556, e rei de Portugal, como D. Filipe I, a partir de 1580.
Índice
1 Dados biográficos iniciais
2 Regência e coroação
3 Comentários espanhóis
4 Apreciação
5 A Coroa de Portugal
6 Os Países Baixos e outros problemas.
7 O casa do princesa de Eboli
8 Casamento e posteridade
9 Seus amores fora do casamento
10 Ascendência
Dados bibliográficos iniciais
Filho do Imperador do Sacro Império Romano Germânico e rei das Espanhas Carlos V de Habsburgo e de Isabel de Portugal, governou um vasto território integrado por Aragão, Castela, Catalunha, ilhas Canárias, Maiorca, Navarra, Galiza e Valência, Rossilhão, Franco-Condado, Países Baixos, Sardenha, Córsega, Sicília, Milão, Nápoles, além de territórios ultramarinos na África (Orão, Túnis, e outros), na América e na Ásia (Filipinas). Em termos de política externa, sua mais significativa vitória sucedeu contra os turcos otomanos: a Batalha de Lepanto, em 1571.
Nasceu em Valladolid e morreu no mosteiro de El Escorial, onde jaz. Chamado ainda o Sábio. Foi batizado em 5 de junho, na igreja do convento de São Paulo, pelo arcebispo de Toledo, Don Alfonso de Talavera. Rei de Inglaterra (1554-1558), Regente de Espanha desde 1543 tornou-se em 1555 rei da Espanha, conde de Artois, conde da Borgonha, conde de Charolais por 42 anos. A partir de 1552 já se havia tornado rei como Filipe I de Nápoles, da Sicília, Sardenha, rei apenas titular de Jerusalém e duque de Milão. Em 1555 foi também rei dos Países Baixos; em 1556 conde de Holanda, conde da Zelândia, Conde de Ostrevant, Duque de Gueldres, e a partir de 1580 será também o rei de Portugal, Filipe I.
Recebeu uma educação humanista, planejada por seu tutor, Juan de Zúñiga, Felipe nunca se tornaria um erudito nos padrões renascentistas. Além de sua língua nativa, o espanhol, possuía domínio sobre o português, língua de sua mãe e, muito moderadamente, podia ler latim.
Demonstrou interesse pela arquitetura e a música, além de gosto por atividades ao ar livre, como a caça. Desde os 12 anos foi preparado para os assuntos do Governo e aos 16 anos ficou encarregado da regência dos reinos da Espanha, enquanto o pai administrava o Santo Império Romano Germânico como Carlos V. Assumiu a coroa espanhola em 1556, depois da abdicação do pai em 1555, herdando um vasto império colonial, difícil situação financeira e inimigos poderosos: Inglaterra, França e Holanda.
Regência e coroação

Nomeado regente da Espanha, com um Conselho, por Carlos V, em Bruxelas em 22 de outubro de 1555, Carlos V lhe cedeu os Países Baixos, as coroas de Castela, Aragão e Sicília em 16 de janeiro de 1556, e o condado da Borgonha em 10 de junho. A coroa imperial foi herdada por seu tio Fernando, irmão de Carlos V.
Devotado ao catolicismo, defendeu a Fé e se dedicou a interromper o progresso do protestantismo, e tais duas idéias são chave para entender todo seu reinado[carece de fontes], pois se dedicou a ambas por meio do absolutismo. Seu reinado começou com a quebra pela França do Tratado de Vaucelles assinado com a França em 1556, à qual se uniu ao Papa Paulo IV contra ele. Filipe teve portanto que enfrentar duas guerras ao mesmo tempo, na Itália e nos Países Baixos. Na Itália, o duque de Alba, Vice-Rei de Nápoles, derrotou o duque de Guise e obrigou o Papa a pedir paz. Filipe a concedeu, magnanimamente, e o duque de Alba foi obrigado a pedir o perdão do Papa por ter invadido os Estados Pontifícios.
Na Espanha, Filipe prosseguiu a política de seus bisavôs, Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Foi drástico na supressão da heresia luterana, sobretudo em Valhadolid e Sevilha.
Durante o seu reinado ocorreu uma sangrenta rebelião mourisca, no antigo Reino de Granada de 1567 a 1570 que terminou Dom João de Áustria, bastardo de Carlos V de Habsburgo. Os mouriscos, vencidos, foram deportados para outras partes da Espanha.
Comentários espanhóis
Diz um autor espanhol: «Desde muy joven preparado para ser rey». Disso se encarregaram Juan Martínez Silíceo e Juan de Zúñiga.
«Su padre también le educó y preparó en política y diplomática, dejándole como regente en sus ausencias en 1543 y 1551. Asumió el trono tras la abdicación de Carlos I en 1556, Rey de España y de sus posesiones hasta 1598. Gobernó el vastísimo imperio integrado por Castilla, Aragón, Cataluña, Navarra y Valencia, el Rosellón, el Franco-Condado, los Países Bajos, Sicilia, Cerdeña, Milán, Nápoles, Orán, Túnez, Portugal y su imperio afroasiático, toda la América descubierta y Filipinas. Después de viajar por Italia y los Países Bajos y ser reconocido como sucesor regio en los estados flamencos y por las Cortes castellanas, aragonesas y navarras, se dedicó plenamente a gobernar desde la corte madrileña con gran empeño. La monarquía se apoyaba en un gobierno por medio de consejos y de secretarios reales y en una poderosa administración centralizada. Pero, las bancarrotas, las dificultades económicas y los problemas fiscales fueron característicos durante todo su reinado. La figura del secretario Antonio Pérez fue muy notoria en el gobierno hasta que fue destituido, acusado de corrupción. En 1568 moría el príncipe heredero Carlos, que había sido arrestado debido a sus contactos con los miembros de una presunta conjura sucesoria promovida por parte de la nobleza contra Felipe. Estos dos hechos marcaron principalmente gran parte de los problemas internos de su reinado. En cuanto apolítica exterior, el monarca se preocupó por mantener y proteger su Imperio y una prueba de ello fueron los matrimonios que contrajo. La unidad religiosa estuvo muy presente en todos los aspectos de la vida de Felipe II, unidad de una fe que se veía amenazada por las incursiones berberiscas y turcas en las costas mediterráneas. Para hacer frente al Imperio Otomano se constituyó la llamada Liga Santa integrada por una serie de estados como Venecia, Génova y el Papado.»
E ainda:
«Felipe II, bajo cuyos dominios ´no se ponía el sol, era hombre de pocas, pero expresivas palabras. Así lo era también, aunque por cortedad, Alonso de Ercilla, el inmortal autor deLa Araucana, a quien el rey tuvo a su servicio, como paje, desde los 15 años. De ahí que Felipe acostumbrase a decir a su ilustre servidor:
- Habladme por escrito, don Alonso...
Apreciação
Em 25 de Julho de 1554, tornou-se rei por seu casamento com Maria I de Inglaterra. Na verdade, a função política que ele passou a exercer na Inglaterra a partir de então é algo um tanto controverso, pois, embora seja conhecido como Rei consorte da Inglaterra, ele tinha os mesmos títulos e recebia as mesmas honras que sua esposa, além de os atos parlamentares constarem sempre com os nomes de ambos e as moedas serem cunhadas com as cabeças de ambos. Isso caracterizaria uma diarquia e, por conseguinte, faria dele um Rei de Inglaterra, e não apenas um rei consorte, que seria tão somente marido de uma rainha. O projecto de união pessoal dos dois países falhou com a morte de Maria em 1558, antes de ter tido um herdeiro. Em guerra contra a França, com quem lutava pelo controle de Nápoles e de Milão e seus territórios, obteve vitórias nas batalhas de Saint Quentin (1557) e Gravelines (1558). Depois assinou o Tratado de Cateau-Cambresis (3 de abril de 1559). Filipe, que estivera retido nos Países Baixos, pôde viajar para a Espanha. Por mais de 40 anos, residiu alternadamente em Madrid, que transformou na capital do reino, e em vilegiaturas, das quais o mais famoso é o mosteiro de El Escorial, construído em cumprimento de um voto feito antes da batalha de Saint Quentin.
Parte do processo de pacificação passou pelo seu casamento com Isabel de Valois (1545-1568), filha de Henrique II de França, que fora prometida a Carlos, filho do primeiro casamento com Maria Manuela de Portugal. Isabel deu-lhe apenas duas filhas, permanecendo o rei sem descendentes masculinos. Seria apenas com o seu quarto casamento, com Ana, filha de Maximiliano II da Germânia, que nasceria o herdeiro ao trono, Filipe III de Espanha.
Apesar da vitória diante dos berberiscos em Malta em 1565, a hostilidade com os turcos persistia. Seu irmão bastardo, D. João da Áustria, comandando uma frota, obteve uma grande vitória, embora não definitiva, na batalha naval de Lepanto em 1571.
Teve primeiros-ministros notáveis: o Duque de Alba, morto em Lisboa dois anos depois da conquista; o Príncipe de Eboli, morto muito antes do Rei; Antônio Perez, que lhe sobreviveu; o cardeal de Granvelle, que depois de ter perdido o favor do rei, o recuperou e foi chamado de Nápoles para ficar como regente do reino em Madrid, enquanto o rei ia a Portugal; eCristóvão de Moura, o último homem forte. Antes de morrer, o Cardeal-Arquiduque Alberto, vice-rei de Portugal, fora nomeado Rei de Flandres, e para o substituir em Portugal nomeou conselho composto do Arcebispo de Lisboa, dos condes de Portalegre, de Sabugal e de Santa Cruz, e de Miguel de Moura. Foi o último ato importante do seu reinado.
A Coroa de Portugal
Um dos seus triunfos políticos foi obter a união ibérica, fazendo valer seus direitos de sucessão em 1581 nas Cortes de Tomar. A política matrimonial prévia das dinastias reinantes facilitara esta união.
Depois da morte do rei D. Sebastião na trágica batalha de Alcácer Quibir, ao ser aclamado rei o cardeal D. Henrique, decrépito, investiu os meios e dinheiro para ganhar ao seu partido a corte de Portugal.
Sete pretendentes disputavam a posse do reino quando morreu o rei em 1580, mas apenas cinco baseavam as suas pretensões em fundamentos aceitáveis:
  • Filipe II filho da primogênita do rei Manuel I, com seu marido Carlos V;
  • Duque de Sabóia, filho da infanta D. Beatriz, filha do mesmo Rei D. Manuel I e de seu esposo o duque de Sabóia;
  • Dom António, prior do Crato, filho do infante D. Luís, sendo este filho do mesmo rei D. Manuel;
  • Duque de Parma, neto por parte de mãe do Infante D. Duarte, filho do mesmo rei D. Manuel;
  • D. Catarina, Duquesa de Bragança, filha legítima do mesmo Infante D. Duarte.
Os que menos direito mostravam eram Catarina de Médicis, rainha de França, descendente de D. Afonso III e de sua primeira esposa a condessa Matilde de Bolonha, e o Papa, herdeiro natural dos cardeais, que entendia portanto dever usufruir o reino que um cardeal governava assim como podia usufruir uma quinta de que fora possuidor. Dos cinco que apresentavam títulos valiosos, só três disputavam seriamente a coroa: Filipe II, o prior do Crato e a duquesa de Bragança.
O reino de Portugal ficara entregue a cinco governadores dependentes dos Habsburgo, os quais hesitavam em reconhecer Filipe como Rei. Este se dispôs a conquistar Portugal pelas armas. O prior do Crato se fizera aclamar em Santarém, mas dispunha de poucas tropas. Filipe reuniu exército, entregou-o ao Duque de Alba; confiou ao Marquês de Santa Cruz o comando da esquadra, e conservou-se próximo da fronteira de Badajoz. Alba marchou sobre Setúbal; conquistando o Alentejo, atravessou para Cascais na esquadra do Marquês de Santa Cruz, marchou sobre Lisboa, derrotou o prior do Crato na batalha de Alcântara a 4 de agosto de 1580, perseguiu-o até à província do Minho, e preparou enfim o reino para receber a visita do seu novo soberano.
Filipe não procurou intervir na política interna de Portugal e entregou o governo do país a um português de sua confiança. Além de ser filho de mãe portuguesa, Filipe fora educado por cortesões portugueses nos primeiros anos de vida. Filipe, em 9 de dezembro de 1580, atravessou a fronteira, entrou em Elvas, onde se demorou dois meses recebendo os cumprimentos dos novos súditos. Dos primeiros que o veio saudar foi o duque de Bragança. A 23 de fevereiro de 1581 Filipe II saiu de Elvas, atravessou triunfante e demoradamente o país, e a 16 de março de 1581 entrou em Tomar, para onde convocara cortes. Distribuiu recompensas, ordenou suplícios e confiscos, e recebeu a noticia de que todas as colónias haviam reconhecido a sua soberania, exceptuando a Ilha Terceira, onde se arvorara a bandeira do prior do Crato, ali jurado rei de Portugal a 16 de abril de 1581. Nas cortes, prometeu respeitar os foros e as isenções e nunca dar para governador ao país senão um português ou um membro da família real. Expediu de Lisboa tropas que subjugaram a ilha Terceira, em que D. António fora auxiliado pela França, e partiu para Espanha depois da vitória naval de Vila Franca, em que o Marquês de Santa Cruz destroçou a esquadra francesa em 26 de julho de 1582, obtendo a submissão da ilha.
Nomeando para vice-rei de Portugal seu sobrinho, o cardeal-Arquiduque Alberto, e depois lhe ter agregado um Conselho de governo e de ter nomeado os membros do conselho de Portugal, partiu finalmente a 11 de fevereiro de 1583.
A nova monarquia, associada aos interesses da rama austríaca dos Habsburgo, dominava a península Ibérica, Nápoles, Sicília, Milão, Sardenha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo atuais e partes da França; na Ásia, Filipinas e feitorias na Índia, Pérsia, China, Indochina, Arábia; na África, as guarnições de Ceuta, Melilla, Mazalquivir, Oran, Sidi Ifni, Bizerta, La Goleta, Casablanca, Mazagan e Ilhote de Vélez de la Gomera, Angola, Moçambique, Madeira, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Canárias, toda a América menos algumas ilhas das Antilhas, parte dos atuais Estados Unidos e o Canadá, e terras na Guiana; na Oceânia, as Molucas, Ilha de Páscoa, Ilhas Marianas (atuais Ilhas Marianas do Norte e Guam) e Ilhan Carolinas (atuais Ilhas Palau, Estados Federados da Micronésia, Ilhas Marshall e Ilhas Gilbert.
                                                                           Filipe II.
Os Países Baixos e outros problemas
Não conseguiu solucionar o conflito político-religioso nos Países Baixos pois nenhum de seus governadores conseguiu mitigar a sublevação dos Estados Gerais.
Filipe II tinha entregue o governo a sua tia, Margarida de Parma, mas os nobres, sem influência, se uniram em conspirações. Protestavam contra a presença de milhares de soldados da Espanha, contra a influência do Cardeal de Granvelle sobre a regente, contra a severidade dos decretos de Carlos V contra a heresia. Filipe chamou de volta o exército e o Cardeal, mas se recusou a diminuir a severidade dos decretos do pai e declarou não querer reinar sobre uma nação de heréticos. Surgiram as dificuldades com os iconoclastas, e ele jurou castigá-los, enviando o Duque de Alba com um exército, o que provocou a demissão de Margarida de Parma. Alva se comportou como em país conquistado, mandou prender e executar o conde de Egmont e o conde de Hornes, acusados de cúmplices dos rebeldes, criou o Conselho de Perturbações, conhecido popularmente como Conselho do Sangue, derrotou o Príncipe de Orange e seu irmão, que haviam invadido o país com mercenários alemães, mas não conseguiu evitar a recaptura de Brille. Teve êxitos militares, mas foi chamado de volta em 1573. Seu sucessor, Requesens, não pode recuperar Leyden.
Influenciadas pelo Príncipe de Orange, as províncias concluíram a «Pacificação de Gante», regulamentando a situação religiosa nos Países Baixos do Sul sem intervenção real. O novo governador, Dom João de Áustria, atrapalhou os cálculos de Orange ao aceitar a Pacificação, e finalmente o Príncipe de Orange resolveu proclamar a deposição do rei Filipe pelas províncias rebeladas. O rei replicou, mandando banis o Príncipe, o qual pouco depois foi assassinado, em 1584. Nem assim as Províncias Unidas se submeteram, e a Espanha as perdeu para sempre. Os numerosos interesses económicos e religiosos levaram às guerras que causaram a emancipação da Holanda, da Zelândia e do restante das Províncias Unidas.
As províncias do sul foram recuperadas pelo novo governador, Alessandro Farnese, Príncipe de Parma (?-1592). A guerra aos rebeldes se tornou mais difícil, pois os liderava o general Maurício, príncipe de Orange, filho de Guilherme de Orange. Filipe II mudou sua política e cedeu os Países Baixos a sua filha Isabel Clara Eugênia, que fez casar com o arquiduque Alberto da Áustria, determinando que as províncias retornariam à Espanha caso não houvesse descendentes do casamento (1598).
Com relação à Inglaterra, a Espanha perdeu a esquadra recentemente construída, chamada de Invencível Armada (1588), golpe do qual não se recuperaria. Mas a luta dos dois países pelo controle marítimo terminou com essa derrota da «Armada Invencible» capitaneada pelo duque de Medina-Sidonia.
Exemplo de monarca absolutista, o governo de Filipe II foi exercido com o recurso de Conselheiros e de Secretários Reais, baseados em uma administração centralizada, marcada por um rigoroso fiscalismo. Completou a obra unificadora começada pelos Reis Católicos. Afastou a nobreza dos assuntos de Estado, entregando postos a secretários reais oriundos das classes médias, deu forma definitiva ao sistema de Conselhos, codificou leis, realizou censos de população e riqueza econômica e impôs prerrogativas à Igreja.
No plano religioso, recorreu à Inquisição contra o protestantismo em seus domínios. Sob seu governo foi erigido um dos mais importantes monumentos da Espanha - El Escorial, mosteiro perto de Madrid, que conta com valioso acervo artístico.
Palácios reais como o Escorial, mandado erguer por ele ao norte de Madri espelhavam a solidez e a magnificência da estrutura arquitetônica da Espanha Imperial. Com os edifícios e catedrais vieram os grandes pintores: El Greco, Juan de Ribera, Diego Velázquez, Zurbarán, Murillo, tantos mais. Com o novo público urbano e cortesão surgiu a novela de Cervantes, a poesia de Calderón de la Barca, de Garcilaso de la Vega, de Luís de Gôngora, de Francisco Quevedo, e as comédias de Lope de Vega, ao mesmo tempo em que a Espanha acompanhava os relatos sensacionais das conquistas feitas por Ponce de León, Hernán Cortés ou de Bernal Díaz del Castillo. Também salientou a narrativa de Garcilaso el Inca. Muitos dos gêneros literários destacaram naquela época, o épico, o lírico, o dramático e o cômico, além de um produto tipicamente espanhol, a novela picaresca (Lazarillo de Tormes, novela anônima surgida no século XVI, provavelmente na década de 1540, praticamente inaugurou o gênero) e, o Don Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes, em 1605-1615. Ao lado dessa riqueza, também prosperou a literatura beata, dos monges, das freiras, dos místicos.
Foi sua a idade de ouro. Entre a descoberta e a decadência passou-se um pouco mais de um século (para George Ticknor, o historiador literário norte-americano que criou, em 1849, a expressão "Idade do Ouro" para as letras espanholas, esse período se estenderia de 1492 até 1665). A prata e o ouro mexicano e peruano, as essências indianas vindas da conquista das Américas e das rotas orientais, contribuíram para que a arte espanhola atingisse um nível extraordinário.
                                                 Filipe II, pintado por Alonso Sánchez Coello.
O caso da princesa de Eboli
A princesa de Eboli, D. Ana Mendoza y de La Cerda, nascera na província de Guadalajara em 1540, filha única de Diego de Mendoza, Príncipe de Melito e Duque de Francavila, com Catarina da Silva, irmã do Conde de Cienfuentes. Bisneta do Cardeal Mendoza, aos nove anos foi casada com Rui Gomes da Silva, feito príncipe de Eboli, que tinha já 32 anos. O casamento foi consumado quatro anos mais tarde, quando a noiva completou 13 anos. Viveram juntos na corte até 1573, quando morreu o marido.
Rui chegara como menino ou pagem da Rainha Isabel de Portugal e passou a pagem do Infante Filipe, ficando bons amigos. Foi secretário pessoal do Rei, sumiller de Corps, conselheiro de Estado e de Guerra, intendente da Fazenda, primeiro mordomo do Príncipe Don Carlos. Cheio de comedimento e nobreza, chegou a Grande de Espanha. Dos 11 filhos, sobreviveram cinco: dois militares (pensa-se que o primogênito, Rodrigo, soldado em Portugal e Flandres, poderia ser filho do Rei), um poeta, um eclesiástico que chegou a Arcebispo de Granada e de Saragoça, uma monja.
A viúva entrou com a filha e vasta servidumbre para o mosteiro carmelita de Pastrana, fundado por Santa Teresa de Jesus com fundos seus (Teresa fundara também um mosteiro masculino). A intervenção do Rei conseguiu afastar a nova reclusa. Em 1576 na Corte, amante do rei, fora também amante de Antônio Pérez (nascido em Madrid em 1534), o jovem secretário de Estado, enigmático personagem protegido por Eboli (com suspeitas de homossexualidade aprendida na Itália por Antônio Pérez), que era secretário do Rei; e seria talvez amante de Juan de Escobedo, o secretário de don João de Áustria, que vinha da nobreza mediana da Cantábria.
Em 28 de julho de 1579 Filipe II ordenou a prisão de ambos, seis anos depois. Pérez fugiu para o Aragão e se salvou. Ana, acusada de malversar seu patrimônio, foi presa na Torre de Pinto (arredores de Madrid) e transferida para a fortaleza de San Torcaz; em 1581 seria desterrada em seu palácio de Pastrana, sem a tutela dos filhos, e ali morreu em 1591.
Casamento e posteridade
(I) Casou aos 16 anos em Salamanca em 15 de novembro de 1543 com a infanta de Portugal Maria Manuela de Portugal (Coimbra, 15 de outubro de 1527 - Valladolid, 12 de julho de 1545). Era filha de sua tia a rainha D. Catarina de Áustria (filha póstuma de Joana de Castela e do arquiduque Filipe de Habsburgo) e do rei D. João III. O noivo teve sarna, atrasando a consumação do matrimônio, segundo informou ao Imperador seu pai o aio fiel, Juan de Zúñiga.
  • 1 - Carlos de Espanha (1545-1568)
(II) Viúvo aos 18 anos, em 1551 casou com a prima, Maria Tudor, rainha de Inglaterra, rainha de Inglaterra, e foi residir em Londres. Casaram em 25 de julho de 1554 na catedral de Winchester. Maria I Tudor nascera em fevereiro de 1516 no palácio de Greenwich e morreria em 17 de novembro de 1558 de um câncer de ovários . Era Rainha da Inglaterra desde 1553 filha do rei Henrique VIII e de sua tia, Catarina de Aragão. Onze ou doze anos mais velha do que o noivo, estava envelhecida antes do tempo. Foi um casamento político que deu à Espanha influência indireta em assuntos da Inglaterra, onde fora recentemente restaurado o catolicismo. Filipe viveu em Londres, mas era pouco simpático aos ingleses. Partiu em 1555 para os Países Baixos, cujo governo seu pai Carlos V lhe cedeu, como lhe cedera, um ano antes, o governo de Nápoles e da Sicília. Em 1556 foi-lhe cedido o governo da Espanha, ao abdicar seu pai para se recolher no mosteiro de San Yuste. Em agosto de 1555 Filipe partiu para Bruxelas e só retornou à Inglaterra decorridos dois anos. No verão de 1557 se despediram no porto de Dover. A morte de Maria I afastou os dois países. Filipe teria pedido sua cunhada Elizabeth I em casamento, recebendo uma negativa.
(III) Isabel de Valois (Fontainebleau, 1545 - Aranjuez, 3 de outubro de 1568), filha de Henrique II de França, foi sua terceira mulher. Casaram-se por procuração em Paris em 22 de junho de 1559. O encontro pessoal teve lugar em 31 de janeiro de 1560 na capela do palácio ducal ou do Infantado de Guadalajara, casando-se na missa de velaciones. Sua mãe era Catarina de Médicis, que a havia prometido ao rei da Inglaterra Eduardo VI (morto em 1553) e a Dom Carlos da Áustria em 1558. Pelo tratado de Cateau-Cambresis de 3 de abril de 1559 ajustou-se o casamento, celebrados os desposórios na Catedral de Notre-Dame de Paris estando o rei representado pelo duque de Alba. Isabel cruzou a fronteira em 3 de janeiro de 1560, sendo esperada em Roncesvalles pelo Arcebispo de Burgos D. Francisco de Mendoza, o Duque do Infantado D. Iñigo López de Mendoza. Levada a Guadalajara, instalaram-se os soberanos no palácio ducal. Ela teve a saúde abalada por propensão a contágios e a numerosos abortos. Uma gravíssima erupção de varíola, com poucos meses de casada, quase a matou, e tinha crônicos acessos hemorroidais. Teve certa intervenção na política nas conferências de Bayonne em que, em junho de 1565, encontrou seu irmão o rei da França Carlos IXe Catarina de Médicis (o rei se recusara a assistir, desaprovando a política de transigência da sogra com os protestantes, e enviou o Duque de Alba). Outra vez grávida, Isabel abortou um feto feminino aos cinco meses; mal tratada pelos médicos, morreu aos 22 anos, deixando 2 filhas.
  • 2/3 - gêmeas (nasceram e morreram em 1564).
  • 4 - Isabel Clara Eugénia
  • 5 - Catarina
  • 6 - rapaz (1568)
(IV) Ana Maria da Áustria ou de Habsburgo (Cigales, Valladolid, 2 de novembro de 1549 - Badajoz, 26 de outubro de 1580), sobrinha sua, filha do imperador Maximiliano II e da infanta Maria da Áustria (1528-1603), a irmã mais velha de Filipe. Tinha-se pensado em Ana da Áustria para casar com seu filho D. Carlos. Filipe a submeteu a enorme espera, até cumprir 18 anos, quando os pais pensaram em casá-la com Carlos IX.
Enquanto isso Carlos, tendo conseguído ser nomeado membro do Conselho de Estado, seguia buscando um território próprio. Foi suspeito de traição com os rebeldes holandeses. D. Carlos foi preso nos primeiros dias de 1568 numa torre do alcázar onde morreu de causas nunca esclarecidas em junho de 1568. Os inimigos do pai propagaram que por ordem sua, por adultério com Isabel de Valois.
Ana desembarcou em Santander e encontrou o tio pela primeira vez no Alcázar de Segóvia, estando já casados por poderes. A cerimônia de casamento foi realizada em 1570 em Segovia. Ana morreu estando a corte em Badajoz, a caminho de Portugal. Consta que de gripe ou numa epidemia, quando seguia o progresso das armas espanholas. Dela, o rei teve seis filhos, quatro deles varões. Seria a primeira rainha a ter o corpo sepultado no novo Panteão dos Reis do mosteiro de El Escorial.
  • 7 - Fernando (1571-1578)
  • 8 - Carlos Lourenço (1573-1575)
  • 9 - Diogo (1575-1582)
  • 10 - Filipe III de Espanha (1578-1621)
  • 11 - Maria (1580-1583)
Seus amores fora do casamento
Seus bastardos nasceram nos anos de viuvez (1545-1554) e durante seu segundo casamento.
Na primeira viuvez, teve amores com a filha de um secretário, Catalina Lénez, de quem teria nascido uma filha. Catarina foi imediatamente casada e o marido despachado para a Itália.
Também na primeira viuvez, a bela Elena de família de monteros de modesta fidalguia do norte cantábrico. Filipe enviou o marido para o exército na Itália e o capitão teria morrido na batalha de São Quintino.
Antes de casar na Inglaterra, de uma dama de Bruxelas Filipe teria tido outra filha secreta.
Na segunda viuvez, com D. Eufrasia de Guzmán, dama de companhia de sua irmã jesuíta, a infanta Joana. Vinha de família de Valladolid. Quando engravidou, casaram-na com Antonio de Leyva, Príncipe de Ascoli, que morreria seis meses depois.
Ascendência
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32. Ernesto I de Austria
(1377-1424)
 
 
 
 
 
 
 
16. Frederico III, Sacro Imperador
(1415-1493)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33. Cimburgis von Masowien
(1380-1429)
 
 
 
 
 
 
 
8. Maximiliano I de Habsburgo
(1459-1519)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. Duarte I (11) Rei de Portugal
(1391–1438)
 
 
 
 
 
 
 
17. Leonor de Avis
(1436-1467)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Leonor de Aragão,
Rainha de Portugal
(l1402-1449)
 
 
 
 
 
 
 
4. Filipe I de Castela
(1478–1506)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36. Filipe III, Duque de Borgonha
(1396-1467)
 
 
 
 
 
 
 
18. Carlos o Temerário
(1433-1477)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37. Isabel de Portugal
(1397-1471)
 
 
 
 
 
 
 
9. Maria de Borgonha
(1457-1482)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38. Carlos de Bourbon
(1401-1456)
 
 
 
 
 
 
 
19. Isabel de Bourbon
(1436-1465)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39. Inês da Borgonha
(1407-1476)
 
 
 
 
 
 
 
2. Carlos I Rei de Espanha
(1500-1558)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40. Fernando I de Aragão
(1380-1416)
 
 
 
 
 
 
 
20. João II de Aragão
(1397-1479)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41. Leonor Urraca de Castela
(1374-1435)
 
 
 
 
 
 
 
10. Fernando II de Aragão
(1452-1516)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. João, infante de Portugal
(1400-1442)
 
 
 
 
 
 
 
21. Joana Henriques
(1425-1468)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Isabel de Barcelos
(1402-1465)
 
 
 
 
 
 
 
5. Joana I Rainha de Espanha
(1479—1555)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44. Henrique III Rei de Leão e Castela
(1379-1406)
 
 
 
 
 
 
 
22. João II Rei de Castela
(1405-1454)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45. Catarina de Lencastre
(1372-1418)
 
 
 
 
 
 
 
11. Isabel a Católica
(1451-1504)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. João, infante de Portugal
(1400-1442)
 
 
 
 
 
 
 
23. Isabel de Portugal
(1428-1496)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Isabel de Barcelos
(1402-1465)
 
 
 
 
 
 
 
1. Felipe I
(18) Rei de Portugal
Rei de Espanha
(1527-1598)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48. D. João I, (10) Rei de Portugal
(1358-1433)
 
 
 
 
 
 
 
24. Duarte I (11) Rei de Portugal
(1391–1438)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49. Filipa de Lencastre Rainha de Portugal
(1359-1415)
 
 
 
 
 
 
 
12. Fernando, Duque de Viseu
(1433–1470)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40. Fernando I de Aragão
(1380-1416)
 
 
 
 
 
 
 
25. Leonor de Aragão, Rainha de Portugal
(l1402-1449)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41. Leonor Urraca de Castela
(1374-1435)
 
 
 
 
 
 
 
6. Manuel I (14) Rei de Portugal
(1469-1521)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48. D. João I, (10) Rei de Portugal
(1358-1433)
 
 
 
 
 
 
 
26. João, infante de Portugal
(1400-1442)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49. Filipa de Lencastre Rainha de Portugal
(1359-1415)
 
 
 
 
 
 
 
13. Beatriz de Aveiro
(1430-1506)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54. Afonso I, Duque de Bragança
(1377-1461)
 
 
 
 
 
 
 
27. Isabel de Barcelos
(1402-1465)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55. Beatriz Pereira de Alvim
(1380-1415)
 
 
 
 
 
 
 
3. Isabel de Portugal
(1503-1539)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40. Fernando I de Aragão
(1380-1416)
 
 
 
 
 
 
 
20. João II de Aragão
(1397-1479)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41. Leonor Urraca de Castela
(1374-1435)
 
 
 
 
 
 
 
10. Fernando II de Aragão
(1452-1516)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58. Fradrique Henriques
(1390-1473)
 
 
 
 
 
 
 
21. Joana Henriques
(1425-1468)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59. Mariana Fernández
de Córdoba y Ayala
(1393-1431)
 
 
 
 
 
 
 
7. Maria de Aragão e Castela
(1482-1517)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44. Henrique III Rei de Leão e Castela
(1379-1406)
 
 
 
 
 
 
 
22. João II Rei de Castela
(1405-1454)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45. Catarina de Lencastre
(1372-1418)
 
 
 
 
 
 
 
11. Isabel a Católica
(1451-1504)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. João, infante de Portugal
(1400-1442)
 
 
 
 
 
 
 
23. Isabel de Portugal
(1428-1496)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Isabel de Barcelos
(1402-1465)
 
 
 
 
 
 
Governo
Reinado: Espanha: 16 de janeiro de 1556 - 13 de setembro de 1598. Portugal: 17 de abril de 1571 - 13 de setembro de 1598.
Coroação: 17 de abril de 1571, em Tomar.
Consorte(s): Maria Manuela de Portugal (1543-1545), Maria I de Inglaterra (1556-1558), Isabel de Valois (1559-1568), Ana de áustria (1570-1580).
Antecessor: Imperador Carlos V.
Sucessor: Filipe III.
Dinastia: Habsburgo (Filipina).
Vida
Nascimento: 21 de março de 1527, Valladolid, Espanha.
Morte: 13 de setembro de 1598 (71 anos), Madrid, Espanha.
Sepultamento: Real Mosteiro de São Lourenço do Escorial, Madrid.
Filhos: com Maria Manuela de Portugal: Carlos de Espanha, Prnícipe das Astúrias. Com Isabel de Valois: Isabel Clara Eugénia, Catarina Micaela. Com Ana de Áustria: Fenando, Carlos Lourenço, Diogo Félix, Filipe III de Espanha, Maria.
Pai: Carlos I de Espanha.
Mãe: Isabel de Portugal.
Assinatura:
                                                                  Filipe II de Espanha.

Fonte: Wikipédia




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