sábado, 27 de agosto de 2011

Ano de 2011: Reino Unido - 1° parte

Palácios e residências reais do Reino Unido.
Ocupados:
Bagshot Park
Bagshot Park, localizada a onze milhas ao sul de Windsor, em Bagshot, Surrey, é a atual residência do Conde (Príncipe Edward) e da Condessa (Sophie) de Wessex. Está a poucas milhas de distância de Sunninghill Park, ex-residência do Duque de York, irmão de Edward.
O príncipe Edward renovou Bagshot Park, uma ex-residência real, como uma residência para ele mesmo e como base para sua companhia de produção, Ardent Productions (até ele fechar o negócio). As propriedade terras da propriedade são cultivadas.
                                                        Bagshot Park, cerca de 1880.
História
A original Bagshot Lodge foi construída entre 1631 e 1633, como uma da série de pequenas cabanas projetadas por Inigo Jones para o rei Carlos I da Inglaterra. Foi remodelada pelo arquiteto James Paine para o 3° Conde de Albemarle de 1766 a 1772. Em 1798, foi alterada por Sir John Soane para o Duque de Clarence (mais tarde Gulherme IV do Reino Unido), que viveu lá até 1816.
Bagshot Park foi subseqüentemente usada pelo Príncipe Guilherme Frederico, Duque de Gloucester e Edimburgo, sobrinho do rei Jorge III do Reino Unido. Sua viúva, a Princesa Maria, filha de Jorge III, continuou a viver lá depois de sua morte, pelo menos até 1847, quando se mudou. A casa original foi demolida entre 1877 e 1878.
Uma nova construção foi completada em 1879: tinha 120 quartos. O censo de 1881 recorda um palafreneiro e 26 criados vivendo na mansão: um mordomo, um zelador, quatro valetes, duas empregadas de senhoras, duas criadas de quarto, um cozinheiro, três empregadas de cozinha, três empregadas responsáveis por faxina, três criados, um pajem, um porteiro, um empregado de copa, dois outros postos júnior e um soldado. Dois outros criados viveram numa cabana da propriedade, três trabalhadores agriculturais em outra e um jardineiro, noutra.
Esta era a principal residência do Príncipe Artur, Duque de Connaught, filho da Rainha Vitória, de 1880. O duque teve uma longa e bem-sucedida carreira militar, desejando ser o Inspetor-Geral das Forças. Entre 1911 e 1916, foi Governador Geral do Canadá. Em 1942, ele faleceu em Bagshot Park.
Sir Nikolaus Pevsner criticou Bagshot Park, achando-a feia; mas a propriedade tinha sido a mais aventurosa residência real a ser criada desde a morte do príncipe consorte em 1861. É um monumento memorável na história do gosto indiano no Reino Unido.
                                                    Aspecto do Bagshot Park em 1790.
                                                            Bagshot Park Atualmente

Castelo de Balmoral
O Castelo de Balmoral, conhecido como Royal Deeside, localiza-se na área de Aberdeenshire, na Escócia.
A propriedade, uma grande residência rural, foi adquirida pelo Príncipe Alberto, marido da Rainha Victoria, e funciona actualmente como residência de Verão da Família Real Britânica.
A herdade de Balmoral tem passado ao longo das gerações e gradualmente expandida para mais de 260 quilômetros quadrados (65.000 acres). Actualmente é uma propriedade em funcionamento, empregando 50 funcionários a tempo inteiro e 50 a 100 em part-time.
História
O castelo começou a ser construído para Sir William Drummond em 1390. A propriedade havia pertencido ao rei Roberto II da Escócia (1371-1390), que mantinha um pavilhão de caça na região.
Posteriormente, a propriedade foi vendida a Alexandre Gordon, o 3° Conde de Huntly, no século XV.
Balmoral permaneceu nas mãos da família Gordon até 1662, quando o clã dos Farquharson a adquiriu. À nova família foi concedido o título de conde de Balmoral.
Em 1798, o 2° conde de Fife adquiriu o castelo.
A propriedade serviu como palco para a coroação do rei Jorge IV do Reino Unido, em 1822.
Residência Real
Balmoral é hoje melhor conhecida como residência real, um refúgio de Verão da Rainha Isabel II e do seu marido, o Duque de Edimburgo.
A história do Castelo de Balmoral como residência real remonta a 1848, quando a Rainha Vitória e o Príncipe Alberto o arrendaram o castelo aos depositários de Sir Robert Gordon (que havia obtido um arrendamento de longo termo do castelo em 1830 e morreu em 1847). O casal Real gostou muito da sua estadia na casa e pagou mais de 30.000 libras pela sua posse total em 1852. O príncipe começou imediatamente a fazer planos com William Smith para aumentar o existente castelo quinhentista e fazer um "novo" e maior castelo para a Família Real.
Em 1856, a construção estava concluída. Nos valores actuais, o castelo, sem incluir a propriedade em que que se insere, tem um valor de 160 milhões de libras. Juntamente com Sandringham House, Balmoral é uma propriedade privada e não parte da "royal estate". Este tornou-se centro de um caso quando, em 1936, Eduardo VIII abdicou como rei mas não abandomou automaticamente a propriedade privada que havia herdado. Jorge VI teve que comprar explicitamente Balmoral e Sandringham ao seu irmão mais velho para que permanecessem refúgios privados para o monarca.
Actualmente a Propriedade de Balmoral mantem-se em funcionamento, ocupando mais de 200 km² de terra. A Família Real emprega cerca de 50 funcionários a tempo inteiro e outros 50 a 100 em tempo parcial para cuidar dos jardins, do castelo e dos animais da propriedade. O pessoal em part-time é usado essencialmente quando a Rainha faz a sua visita anual.
Tem havido alguma especulação sobre a possibilidade de o Castelo de Balmoral Castle ter sido assinalado como um refúgio Real na eventualidade de uma guerra nuclear. Na década de 1960 os planos de guerra visavam, aparentemente, evacuar o soberano para o Iate Real Britannia, mas isso não seria prático e seria desejável um refúgio terrestre. Pode parecer que, contrariamente ao rumor persistente, não existiram planos para juntar o soberano com o Primeiro-ministro no complexo de bunkers de Corsham, conhecido variadamente como Hawthorn, Subterfúgio, Sitio 3, Burlington ou Turnstile. O Palácio de Buckingham e o Castelo de Windsor seriam ambos muito vulneráveis, o primeiro por se encontrar situado no coração de Londres — um alvo principal por direito próprio — e Windsor devido à sua proximidade com o Aeroporto de Heathrow.
A Rainha encontrava-se em Balmoral em 1997, quando recebeu a notícia de que sua ex-nora, a Princesa Diana, havia falecido em Paris, França, após sofrer um trágico acidente de carro. A sua decisão de não voltar para Londres, para falar publicamente sobre a perda da Princesa do Povo, foi muito criticada na época, rendendo discussões entre ela e o primeiro-ministro Tony Blair. Tais momentos serviram de tema para o filme The Queen, de 2006.
                                O Castelo de Balmoral pintado pela Rainha Victoria em 1854.
Balmoral Castle (Inglês)
Prédio.
Nomes alternativos: Royal Deeside (A Casa da Rainha).
Tipo: Casa de Campo.
Estilo arquitetônico: Castelo.
Local: Aberdeenshire, Reino Unido.
Proprietário: Família Real.
                                                         Castelo de Balmoral, Escócia.

Birkhall
Birkhall é a residência privada de Charles, Príncipe de Gales e de sua segunda esposa, a Duquesa de Cornualha, na Escócia. Está localizada dentro da propriedade do Castelo de Balmoral, em Royal Deeside, Aberdeenshire.
Construída em 1715, a propriedade foi adquirida à família Gordon por Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, príncipe consorte da Rainha Vitória, em 1849. Birkhall foi comprada para o filho deles, mas ele nunca gostou do lugar e só ficou nele uma vez. Passou então a ser usada como uma residência para os convidados da Rainha na Escócia.
Tornou-se a residência em Deeside da Rainha Mãe, logo depois de seu casamento como o Duque de York, em 1923. Sua filha mais velha, a Princesa Elizabeth (depois Rainha Elizabeth II), passou parte de sua lua de mel aqui com o Duque de Edimburgo. Em 2005, Charles, Príncipe de Gales e sua segunda esposa passaram a lua de mel deles em Birkhall.
                                                               Birkhall antigamente.
                                                                Birkhall atualmente.

Palácio de Buckingham
O Palácio de Buckingham é a residência oficial do monarca britânico em Londres, Inglaterra. Somado ao facto de ser a residência de rainha Isabel II, o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as visitas oficiais de chefes de estado ao Reino Unido, e uma grande atração turística. Tem sido um ponto de religação para o povo britânico em momentos de grande alegria e de crise. No entanto, não é admirado por todos, pois foi votado como o quarto prédio mais feio de Londres em Março de 2005.
O palácio, originalmente conhecido como Casa de Buckingham (o edifício que forma o coração do actual palácio) foi uma grande casa citadina construída pelo Duque de Buckingham, em 1703, e adquirida pelo rei Jorge III, em 1762, como uma residêndia privada, conhecida como "A Casa da Rainha" ("The Queen's House"). Foi reformada e aumentada ao longo de 75 anos, principalmente pelos arquitectos John Nash e Edward Blore, formando três alas em volta de um pátio central. O Palácio de Buckingham tornou-se a residência oficial da monarquia com a ascensão da Rainha Vitória em 1837. As reformas mais significativas foram feitas na Era Vitoriana, com a adicção de uma grande ala em direcção a Leste e com a remoção de antigas entradas. A fachada Leste foi refeita em 1913 junto ao Memorial de Vitória, criando a actual fachada pública do palácio, incluindo o famoso balcão.
O desenho de interiores original, do início do século XIX, muito do qual ainda sobrevive, inclui o uso predominante de mármores de imitação brilhantemente coloridos e lápis azul e cor-de-rosa, segundo a recomendação de Sir Charles Long. O rei Eduardo VII dirigiu uma grande redecoração no estilo Belle Époque, com um esquema de cores creme e azul. Várias pequenas salas de recepção são mobiliadas no estilo chinoiserie, com mobiliários e equipamentos trazidos do Royal Pavilion em Brighton e da Carlton House, depois da morte do rei Jorge IV. Os jardins públicos do palácio são os maiores jardins privados de Londres, projectados originalmente por Capability Brown, mas redesenhado por William Townsend Ailton do Kew Gardens e por John Nash. O grande lago artificial foi finalizado em 1828 e é abastecido pelas águas do lago Serpentine do Hyde Park.
As Salas de Estado formam o núcleo do palácio em funções e são usadas correntemente pela rainha Isabel II e membros da família real para entretenimento oficial e de estado. O Palácio de Buckingham é um dos mais conhecidos edifícios do mundo e é visitado por mais de 50.000 pessoas anualmente, como convidados de banquetes, almoços, jantares, recepções e festas de jardim reais.
O Palácio de Buckingham. Fachada este do palácio, a fachada principal, desenhada por Edward Blore em 1850 e redesenhada por Aston Webb em 1913. 
Índice
1 História
  1.1 O Local
  1.2 Primeiros edifícios no local
  1.3 Era Vitoriana
  1.4 Século XX
    1.4.1 Primeira Guerra Mundial
    1.4.2 Segunda Guerra Mundial
  1.5 Século XXI
2 Residência do Monarca
  2.1 Cerimônias da Corte
  2.2 Interior
  2.3 O Jardim, as cavalariças e a alameda
3 A Segurança
História
O Local
Na Idade Média, o local onde se encontra actualmente o Palácio de Buckingham formava parte da herdade de Ebury (também chamada de Eia). As terras pantanosas eram alagadas pelo rio Tyburn, o qual ainda corre por baixo do pátio e da ala Sul do palácio. No local onde o rio era transponível, no Cow Ford ("Vau da Vaca"), cresceu uma aldeia, Eye Cross. A posse do local mudou de mãos muitas vezes; entre os proprietários contam-se Eduardo, o Confessor e a sua esposa, a rainha Edite de Wessex, no final da época dos saxões, e, depois da conquista normanda, Guilherme I, o Conquistador. Guilherme deu o local a Geoffrey de Mandeville, que o legou aos monges da Abadia de Westminster.
Em 1531, Henrique VIII adquiriu o Hospital de St. James (mais tarde Palácio de St. James) ao Eton College, e em 1536 recebeu a herdade de Ebury da Abadia de Westminster. Estas transferências trouxeram o local onde se ergueria o Palácio de Buckingham de volta para as mãos reais, pela primeira vez desde que Guilherme I, o Conquistador o dera, quase 500 anos antes.
Vários proprietários arrendaram os terrenos ao rei, tendo a propriedade real sido objecto de uma frenética especulação durante o século XVII. Nessa época, a velha aldeia de Eye Cross tinha entrado em decadência havia muito tempo, e a área tinha essencialmente terras incultas. Necessitando de dinheiro, Jaime I vendeu parte das propriedades da Coroa, mas reteve uma parte do local, no qual estabeleceu um jardim de amoreiras com quatro acres, para a produção de seda, o qual ficava no local onde se ergue actualmente o canto Noroeste do palácio. Clement Walker, na Anarchia Anglicana (1649), refere-se às "recém-erguidas sodomas do Jardim das Amoreiras de Saint James"; este sugere que o jardim poderá ter sido um local de depravação. Mais tarde, no final do século XVII, a propriedade passou, por herança, do proprietário magnata Sir Hugh Audley para a herdeira Mary Davies.
Buckingham House, cerca de 1710, como foi desenhado por William Winde para o 1º Duque de Buckingham e Normanby. Esta fachada está envolvida, actualmente, na Grande Entrada do interior do lado Oeste do quadrângulo e tem a Sala de Estar Verde por cima.
Primeiros edifícios no local
Possivelmente, a primeira casa erguida neste local foi a de um tal Sir William Blake, cerca de 1624. O proprietário seguinte foi Lord George Goring, 1° Conde de Norwich, qua a partir de 1633 aumentou a casa de Blake e desenvolveu muito do actual jardim, então conhecido como "Grande Jardim Goring". De qualquer forma, Lord Goring não conseguiu obter propriedade permanente no jardim das amoreiras. Sem o conhecimento de Goring, em 1640, o documento "falhou na passagem do grande sêlo antes de Carlos I fugir de Londres, o qual era imprescinível para a execução legal". Foi esta omisão crítica que ajudou a Família Real britânica a recuperar a propriedade eterna, no reinado de Jorge III.
O imprevidente Goring negligenciou o pagamento das suas rendas; Henry Bennet, 1° Conde Arlington obteve, então, a posse da mansão, agora conhecida como Goring House. Era Bennet quem ocupava o edifício em 1674, quando este foi consumido pelas chamas. No ano seguinte foi erguida no local a Arlington House — a ala Sul do actual palácio — e a sua propriedade eterna foi comprada em 1702.
O edifício que forma o coração arquitectónico do actual palácio foi construído por John Sheffield, 1/ Duque de Buckingham e Normanby, em 1703, segundo o desenho de William Winde. O estilo escolhido foi o de um grande bloco central com três pisos, flanqueado por duas alas de serviço mais pequenas.
A Buckingham House foi vendida mais pelo descendente de Buckingham, Sir Charles Sheffield, em 1762 ao Rei Jorge III, por 21.000 libras esterlinas. Tal como o seu avô Jorge II, Jorge III recusou vender os interesses no jardim das amoreiras, e por esse motivo Sheffield foi incapaz de comprar a totalidade da propriedade permanente do local. A casa foi pensada inicialmente como um retiro privado para a Família Real, e em particular para a rainha Charlotte, pelo que era conhecida como a Casa da Rainha. O Palácio de St. James permaneceu a residência oficial e cerimonial da realeza; na realidade, a tradição continua até ao presente, com os embaixadores estrangeiros a serem formalmente acreditados na "Corte de St. James", apesar de ser no Palácio de Buckingham que apresentam as suas credenciais e equipa à rainha, depois da sua nomeação.
    Buckingham House cerca de 1711-1714, num desenho do Vitruvius Britannicus, de Colen Campbell
Era Vitoriana
O Palácio de Buckingham tornou-se, finalmente, na principal residência Real, em 1837, aquando da subida ao trono da rainha Vitória. Enquanto os Apartamentos de Estado eram um tumulto de dourados e cor, as funções necessárias no novo palácio, eram algo menos luxuosas. Em primeiro lugar, foi relatado que as chaminés fumegavam tanto que teve que se prescindir dos fogos, e consequentemente a Corte tiritava numa magnificência gelada. A ventilação era tão má que o interior fedia, e quando foi tomada a decisão de instalar lâmpadas de gás, houve uma séria preocupação com a acomulação de gás nos pisos mais baixos. Também foi dito que a criadagem era relaxada e preguiçosa, e que o palácio era imundo. Depois do casamento da rainha, em 1840, o seu marido, o Príncipe Alberto, encarregou-se, ele próprio, com a reorganização das oficinas domésticas e da criadagem, além das falhas no desenho do edificio. Os problemas foram rectificados e os construtores deixaram, finalmente o palácio em 1850.
Em 1847, o casal achou o palácio demasiadamente pequeno para a vida da Corte e da sua família que crescia, e consequentemente foi construida a nova ala, desenhada por Edward Blore, a qual encerrou o quadrângulo central. Esta grande ala Este, com fachada para o Mall, é actualmente a "face pública" do Palácio de Buckingham e contém o famoso balcão, de onde a Família Real acena à multidão em ocasiões especiais e anualmente, depois das cerimónias militares conhecidas como "Trooping the Colour" (algo como "agrupar a cor"). A ala do Salão de Baile e um conjunto de salas de estado foram construídos neste período, desenhados por um discípulo de Nash, Sir James Pennethorne.
Antes do falecimento do príncipe Alberto, a rainha Vitória era conhecida publicamente por gostar de música e de dança, tendo os grandes compositores contemporâneos feito exibições no Palácio de Buckingham. Sabe-se que Feliz Mendelssohn actuou ali em três ocasiões. Johann Strauss II e a sua orquestra também tocaram no palácio quando estiveram em Inglaterra. A Alice Polka, de Strauss, teve a sua primeira apresentação no palácio, em 1849, em honra da filha da rainha, a princesa Alice. Na época da rainha Vitória, o Palácio de Buckingham foi frequentemente cenário de opulentos bailes de fantasia, além das cerimónias Reais rotineiras, investiduras e apresentações.
Quando enviuvou, em 1861, a triste rainha retirou-se da vida pública e deixou o Palácio de Buckingham para viver no Castelo de Windsor, no Castelo de Balmoral e na Osborne House. Durante muitos anos, o palácio foi usado raramente, e mesmo negligenciado. Mais tarde, a opinião pública forçou-a a regressar a Londres, apesar de a monarca preferir viver em qualquer outro lugar sempre que possível. As funções da Corte foram mantidas no Castelo de Windsor, em vez do Palácio de Buckingham, presididas pela sombria rainha, habitualmente vestida com o preto da manhã, enquanto que o Palácio de Buckingham se mantinha fechado durante a maior parte do ano.
Rainha Vitória, a primeira monarca a residir no Palácio de Buckingham, mudou-se para o palácio completamente renovado após a sua subida ao trono, em 1837.
O Palácio de Buckingham cerca de 1837, com a descrição do Arco de Mármore, o qual servia como entrada cerimonial para o recinto do palácio. Foi removido para dar lugar à ala Este, construida em 1847, a qual encerrou o quadrângulo.
Século XX
Em 1901, a subida ao trono de Eduardo VII trouxe um novo sopro de vida ao palácio. O novo rei e a sua esposa, a rainha Alexandra estiveram sempre na primeira linha da alta sociedade londrina, e os seus amigos, conhecidos como "o Grupo da Marlborough House", foram cosiderados os mais eminentes e elegantes da época. O Palácio de Buckingham — o Salão de Baile, Grande Entrada, Hall de Mármore, Grande Escadaria, vestíbulos e galerias, redecorados ao estilo Belle Epoque, com o esquema de cores em creme e dourado, que mantém actualmente — tornou-se uma vez mais no ponto fulcral de todo o Império Britânico, e um cenário para o entretenimento numa escala majestosa. Muitas pessoas sentem que a pesada decoração do Rei Eduardo VII não complementa o trabalho original de Nash. De qualquer forma, foi permitido que permanecessem até aos dias de hoje.
As últimas obras de construção importantes ocorreram durante o reinado de Jorge V quando, em 1913, Sir Aston Webb redesenhou a fachada Este de, desenhada por Blore em 1850, para se assemelhar em parte com o Lyme Park, em Cheshire, de Giacomo Leoni. Esta renovada fachada principal em pedra de Portland, foi desenhada para ser o pano de fundo do Memorial de Vitória, uma grande estátua em memória da rainha Vitória, situada no exterior dos portões principais. Jorge V, que sucedeu a Eduardo VII, em 1910, tinha uma personalidade mais sóbria que o seu pai. No seu reinado, foi dado maior ênfase ao entretenimento oficial e aos deveres Reais do que às festas opulentas. A esposa de Jorge V, a rainha Maria era uma entendida em artes, e teve um grande interesse pela Colecção Real de mobiliário e arte, através do restauro de peças antigas e da aquisição de novas peças. A rainha também instalou vários utensílios e acessórios, tal como um par de chaminés de mármore em Estilo Império, desenhadas por Benjamin Vulliamy, datadas de 1810, as quais foram colocadas na Sala de Saudações do piso térreo, a gigantesca sala baixa no centro da fachada do jardim. A rainha Maria também foi responsável pela decoração da Sala-de-Estar Azul. Esta sala, com 69 pés (21 m.) de comprimento, previamente conhecida como Sala-de-Estar do Sul, tinha um dos mais refinados tectos de Nash, ornamentada com caixotões com enormes consolas douradas. Este tecto é referido pelo autor e historiador Olwen Hedley, no seu livro Buckingham Palace, como o mais bonito do palácio, mais grandioso e opulento que o da Sala do Trono ou do Salão de Baile, o qual foi construído para receber as funções originais da Sala-de-Estar Azul.
O Palácio de Buckingham numa fotografia panorâmica de 1909.
A fachada Este do Palácio de Buckingham, concluida em 1850, numa fotografia de 1910. Viria a ser remodelada, adoptando a forma actual, em 1913.
O Memorial de Vitória foi criado pelo escultor Sir Thomas Brock, em 1911, e erguido em frente aos portões principais do Palácio de Buckingham, sobre um conjunto do arquitecto Sir Aston Webb.
Primeira Guerra Mundial
Durante a Primeira Guerra Mundial, o Palácio, então residência do Rei Jorge V e da rainha Maria, escapou ileso. Os seus conteúdos mais valiosos foram evacuados para o Castelo de Windsor, mas a Família Real permaneceu in situ. As maiores alterações para a vida na Corte, nessa época, tiveram a ver com o facto de o Governo ter persuadido o Rei a, ostensiva e publicamente, fechar os porões dos vinhos e a refrear o consumo de álcool durante a guerra, como bom exemplo para as supostamente inebriadas classes populares. No entanto, as classes baixas continuaram a beber e, ao que dizem, o Rei ficou furioso com a sua abstinência forçada. Os filhos do Rei foram fotografados, nessa época, servindo chá aos oficiais feridos, no adjacente "Royal Mews".
Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, o palácio experimentou pior sorte que no conflito anterior: Foi bombardeado por sete vezes, e era um alvo deliberado, uma vez que os nazis alemães acreditavam que a destruição do Palácio de Buckingham poderia desmoralizar a nação. O mais sério e publicitado bombardeamento foi aquele que destruiu a capela em 1940: a cobertura deste evento foi exibida nos cinemas de toda a Inglaterra, para mostrar o sofrimento comum aos ricos e aos pobres. Uma bomba caiu no quadrângulo do palácio enquanto o Rei Jorge VI e a rainha Elizabeth estavam na residência. Muitas das janelas estouraram e a capela ficou destruida.. A cobertura de tais incidentes, em tempos de guerra, era severamente restringida, no entanto, o rei e a rainha foram filmados enquanto inspeccionavam a sua residência bombardeada. A sorridente rainha, como sempre imaculadamente vestida, com chapéu e casaco a condizer, mostrou-se aparentemente indiferente aos danos que a rodeavam. Foi neste momento que a rainha proferiu a famosa frase: "Estou feliz por termos sido bombardeados. Agora posso olhar para o East End na face". A família real foi vista a partilhar as suas misérias, como o "The Sunday Graphic" registou:
Pelo editor: O rei e a rainha sofreram a provação que veio até às suas pessoas. Pela segunda vez, um bombardeiro alemão tentou trazer a morte e a destruição à Casa de Suas Majestades (…) Quando esta guerra ultrapassa o perigo comum, que o rei Jorge e a rainha Elizabeth compartilharam com a sua gente, será uma memória estimada e uma inspiração ao longo dos anos.
No dia 15 de Setembro de 1940, um piloto de RAF, Ray Holmes, golpeou um avião alemão que tentava bombardear o palácio.. Holmes, ao ficar sem munição, fez a escolha rápida de chocar com o inimigo. Ambos os aviões caíram, tendo os seus pilotos sobrevivido. Este incidente foi filmado. O motor do avião foi, mais tarde, exposto no Mueseu Imperial da Guerra, em Londres. Depois da guerra o piloto britânico foi nomeado "Mensageiro do Rei". Morreu aos 90 anos de idade, em 2005.
No Dia da Vitória na Europa, em 8 de Maio de 1945, o palácio foi o centro das celebrações britânicas, com o rei, a rainha, a princesa Elizabeth (futura Isabel II) e a Princesa Margarida a aparecerem no balcão, com as escurecidas janelas do palácio atrás deles, brindando com uma vasta multidão apinhada na alameda.
Palácio de Buckingham, Fachada sobre o Mall, 2004.
                                                               Palácio de Buckingham
Século XXI
O Palácio de Buckingham é um dos principais símbolos britânicos. Este palácio, além de ser a residência da monarquia britânica, é também uma galeria de arte e uma atracção turística. Por trás das grades douradas e dos portões, que foram feitos pela Corporação de Bromsgrove, e da famosa fachada de Webb, a qual foi descrita como "a ideia que todas as pessoas têm de um palácio", o numeroso pessoal empregado pela Casa Real mantém a monarquia constitucional britânica em funcionamento.
Todos os anos, cerca de 50.000 hóspedes convidados são entretidos em Festas de Jardim, recepções, audiências e banquetes. As Festas de Jardim, habitualmente três, realizam-se no Verão, normalmente em Julho. O átrio do Palácio de Buckingham é usado para o "Render da Guarda" (também conhecido como "Troca da Guarda"), uma importante cerimónia que é usada como atracção turística (diariamente durante os meses de Verão; em dias alternados durante o Inverno).
O Palácio de Buckingham não é propriedade privada do monarca; tanto o Castelo de Windsor como o Palácio de Buckingham e as suas colecções de arte pertencem à nação. O mobiliário, pinturas, equipamentos e outros artefactos de ambos os palácios, muitos deles feitos por Fabergé, são conhecidos colectivamente como a Royal Collection; sendo propriedade da nação, podem ser admirados pelo público. A Galeria da Rainha, próximo dos Royal Mews, está aberta ao público durante todo o ano e expõe uma selecção de elementos da colecção que vai sendo alterada. As salas que contêm a Galeria da Rainha encontram-se no local da antiga capela, danificada num dos sete bombardeamentos que atingiram o Palácio no decorrer da Segunda Guerra Mundial. As Salas de Estado do Palácio estão abertas ao público durante os meses de Agosto e Setembro, desde 1993. O dinheiro cobrado em taxas de entrada foi, originalmente, usado na reedificação do Castelo de Windsor, seriamente danificado num incêndio ocorrido em 1992, o qual destruiu muitas das suas Salas de Estado.
            A Bandeira do Reino Unido projectada sobre o Palácio de Buckingham no Natal de 2003.
                                            O Palácio de Buckingham e o Memorial a Vitória.
Residência do Monarca
Actualmente, o Palácio de Buckingham não é exclusivamente a residência dos dias de semana da rainha Isabel II e do Príncipe Filipe. O edifício é também a residência londrina de André, Duque de York e dos Condes de Wessex, Eduardo e Sofia. O Palácio também aloja os gabinetes da Casa Real e é o local de trabalho de 450 pessoas.
Em 1999, foi declarado que o palácio continha 19 Salas de Estado, 52 quartos de dormir principais, 188 quartos para o pessoal, 92 gabinetes e 78 casas de banho. Embora estes números possam parecer impressionantes, o Palácio de Buckingham é pequeno quando comparado com os palácios dos Czars, Peterhof, em São Petesburgo e os palácios de Alexandre e Catarina, em Tsarskoe Selo, com o Palácio Apostólico, em Roma, com o Palácio Real de Madri ou mesmo com o antigo Palácio de Whitehall, e muito pequeno em comparação com a Cidade Proibida e com o Palácio de Potala. A relativa pequenez do palácio pode ser melhor apreciada de dentro, olhando para o quadrângulo interior. Em 1938 foi feita uma ampliação menor, com o pavilhão Noroeste, projectado por Nash, a ser convertido numa piscina.
O Palácio de Buckingham em 1842, antes da construção do edifício desenhado por Edward Blore.
Cerimônias da Corte
Durante o actual reinado, a cerimónia da Corte sofreu uma modificação radical, com a entrada no palácio a deixar de ser prerrogativa exclusiva da classe superior.
Houve, progressivamente, um relaxamento progressivo no código do vestuário formal da Corte. Em reinados anteriores, os homens que não vestiam uniforme militar usavam um calção pelo joelho, segundo um desenho do século XVIII. O vestido da tarde de mulher incluia obrigatoriamente longas costuras nas capas e tiaras e/ou penas no cabelo. Depois da Primeira Guerra Mundial, quando a rainha Maria desejou seguir a moda levantando as suas saias algumas polegadas acima da terra, solicitou uma dama de companhia que encurtasse as suas próprias saias para avaliar a reação do rei. O rei Jorge V ficou horrorizado e, por isso, a barra da saia da rainha Maria permaneceu ultrapassadamente baixa. Posteriormente, Jorge VI e a rainha Elizabeth permitiram que as saias diurnas ficasssem mais curtas.
Actualmente não há qualquer código de vestido oficial. A maior parte dos homens convidados para comparecerem no Palácio de Buckingham durante o dia decidem usar uniforme de serviço ou casacos de manhã, e ao anoitecer, dependendo da formalidade da ocasião, optam pelo smoking ou pelo white tie. Se a ocasião fôr de white tie, as mulheres devem usar, então, uma tiara, se a possuirem.
Uma das primeiras grandes modificações ocorreu em 1958, quando a rainha aboliu as festas de apresentação de debutantes. Essas apresentações na Corte, de meninas da aristocracia ao monarca, realizavam-se na Sala do Trono. As debutantes usavam um vestido de Corte completo, com três altas penas de avestruz no seu cabelo. Entraram, faziam reverência, executavam uma coreografada marcha para trás, e uma nova mesura, enquanto manobravam o vestido do comprimento prescrito. A cerimónia correspondia às Salas-de-Estar da Corte de reinados anteriores, e a rainha Isabel II substituiu as apresentações por grandes e frequentes festas de jardim, para um corte transversal da sociedade britânica. A falecida Princesa Margarida ficou com a reputação de ter comentado acerca das apresentações de debutantes: "tivemos que pôr-lhe um fim, todas as prostitutas de Londres lá entravam". Actualmente, a Sala do Trono é usada para a recepção de discursos formais, tais como aqueles que foram feitos à rainha por ocasião dos seus Jubileus. É no estrado do Trono que os retratos dos casamentos Reais e as fotografias de família são tirados.
As investiduras, as quais conferem fidalguia através de um duplo toque com uma espada, e a atribuição de outros prémios realizam-se no Salão de Baile Vitoriano do palácio, construído em 1854. Esta sala, com os seus 123 pés de compriemento por 60 pés de largura (37 m. por 20 m.), é a maior do palácio. Substiuiu a Sala do Trono, tranto na importância como no uso. Durante as investiduras, a rainha fica no estrado de trono, por baixo de um gigantesco pálio aveludado, cupulado, conhecido como "shamiana" ou baldaquino, usado na coroação no Delhi Durbar (Corte de Deli), em 1911. Uma banda militar toca na galeria dos músicos, enquanto os agraciados com os prémios se aproximam da rainha e recebem as suas honras, observados pelas suas famílias e amigos.
Os banquetes de Estado também se realizam no Salão de Baile. Esses jantares formais têm lugar na primeira tarde de cada visita de estado realizada pelos Chefes de Estado estrangeiros. Nessas ocasiões, muitas vezes mais de 150 hóspedes, os homens em white tie e condecorações, e as mulheres com tiaras, jantam em pratos de ouro. A maior e mais formal recepção que tem lugar no Palácio de Buckingham realiza-se em cada mês de Novembro, quando a rainha recebe os membros dos corpos diplomáticos estrangeiros residentes em Londres. Nesta ocasião, todas as Salas de Estado estão em uso, como a família real a caminhar por elas, começando o seu cortejo pelas grandes portas a Norte da Galeria dos Quadros. Tal como Nash tinha previsto, todas as grandes portas duplas espelhadas permanecem abertas, reflectindo os numerosos lustres de cristal e candeeiros, causando uma deliberada ilusão de óptica de espaço e luz.
As cerimónias menores, como a recepção de novos embaixadores, realizam-se na Sala de 1844. Aqui, a rainha também oferece pequenas festas com almoço, e reúne frequentemente o Conselho Privado do Reino Unido. As festas com almoço de maiores dimensões realizam-se muitas vezes na Sala de Música, encurvada e com cúpula, ou na Sala-de-Jantar de Estado. Em todas as ocasiões formais, as cerimónias são observadas pela Guarda Real, envergando os seus uniformes históricos, e por outros oficiais da Corte, como o Lord Chamberlain ("Lorde Camareiro").
Desde o bombardeamento da capela do palácio, na Segunda Guerra Mundial, os baptizados reais realizam-se, por vezes, na Sala de Música. Os três filhos mais velhos de Isabel II foram batizados nessa sala, numa especial fonte baptismal dourada. O Príncipe Guilherme de Gales foi baptizado na mesma sala do seu pai e tios; contudo, o seu irmão, Henrique de Gales, foi baptizado na Capela de São Jorge, do Castelo de Windsor.
As maiores festividades do ano são as Festas de Jardim da Rainha, as quais contam com um número de convidados que pode ir até aos 8.000, os quais tomam chá e comem sanduíches em grandes tandas erguidas no Jardim do Palácio de Buckingham. Quando uma banda militar começa a tocar o Hino Nacional, God Save The Queen, a rainha emerge da Sala do Arco e, lentamente, caminha por entre os hóspedes em direcção à sua tenda de chá privada, cumprimentando os previamente selecionados para a honra. Os convidados que não têm, de facto, oportunidade de ver a rainha, têm, pelo menos, a consolação de poder admirar o Jardim do Palácio de Buckingham.
Sala de Baile de Estado, numa pintura datada de 1856. o polícromo esquema de cores tem vindo a ser substituído por uma decoração essencialmente branca com detalhes a ouro e estofos encarnados.
                           Desenho de 1870 mostrando convidados a subir a Grande Escadaria.Interior
A área ocupada pelo palácio contém 77.000 metros quadrados (828.818 pés quadrados). As principais salas do palácio estão contidas no "piano nobile", por trás da fachada Oeste do jardim, nas traseiras do edifício. O centro deste ornado conjunto de Salas de Estado é a Sala de Música, sendo o seu grande arco a característica dominante da fachada. Flanqueando a Sala de Música estão as Salas-de-Estar Azul e Branca. No centro do conjunto, servindo de corredor de ligação entre as várias salas de estado, fica a Galeria dos Quadros, a qual é iluminada a partir do topo e possui 55 jardas (50 m.) de comprimento. A galeria está relacionada com trabalhos de Rembrandt, van Dyck, Rubens, e Vermeer. Outras salas que conduzem à Galeria dos Quadros são a Sala do Trono e a Sala-de-Estar Verde. A Sala-de-Estar Verde é usada como uma enorme antecâmara da Sala do Trono e faz parte da via cerimonial que vai desde a Sala da Guarda, no topo da Grande Escadaria, até ao trono. A Sala da Guarda contém uma estátua, em mármore branco, do príncipe Alberto em traje romano, colocado numa tribuna, alinhada com tapeçarias. Essas salas muito formais são usadas, unicamente, em ocasiões cerimoniais e de interesse oficial.
Imediatamente abaixo dos Apartamentos de Estado fica um conjunto de salas ligeiramente menores, conhecidas como os apartamentos semi-estatais. Abrindo-se a partir da galeria de mármore, essas salas são usadas para recepções menos formais, como festas de almoço e audiências privadas. Algumas das salas foram nomeadas e decoradas para determinados visitantes, tal como a "Sala de 1844", que foi decorada naquele ano para a visita de estado do Czar Nicolau I da Rússia. No centro deste conjunto fica a Sala do Arco, pela qual passam anualmente milhares de convidados para as Festas de Jardim da rainha, realizadas nos jardins depois dela. A rainha usa privadamente um conjunto mais pequeno de salas na ala Norte.
Entre 1847 e 1850, quando Blore construía a nova ala Este, o Royal Pavilion, em Brighton, foi uma vez mais espoliado do seu mobiliário. Como resultado disso, muitas das salas na nova ala têm uma atmosfera nitidamente oriental. A Sala de Almoço Chinesa, encarnada e azul, é composta por partes das salas de banquetes e de música do Royal Pavilion, mas tem uma chaminé, também vinda de Brighton, com um desenho mais indiano do que chinês. A Sala-de-Estar Amarela tem um papel de parede do século XVIII, que foi fornecido, em 1817, para o Salão de Brightom. A chaminé desta sala é uma visão europeia do que seria um equivalente chinês, completada com mandarins a acenar com a cabeça, colocados em nichos, e espantosos dragões chineses alados.
No centro da ala Este fica o famoso balcão, com a Sala de Centro por trás das suas portas de vidro. Este salão possui um estilo chinês, realçado pela rainha Maria que, trabalhando com o desenho de Sir Charles Allom, criou um "obrigatório" tema chinês, que duraria até ao final da década de 1920, embora as portas lacadas tivessem sido trazidas de Brighton em 1873. Estendida ao longo de todo o comprimento do "piano nobile" da ala Este fica a grande galeria, modestamente conhecida como o Corredor Principal, o qual cobre o comprimento do lado oriental do quadrângulo. Este tem portas e paredes espelhadas que reflectem pagodes de porcelana e outro mobiliário oriental de Brightom. A Sala de Almoço Chinesa e a Sala-de-Estar Amarela estão situadas em cada extremo desta galeria, com a Sala de Centro colocada, obviamente, ao centro.
Actualmente, os Chefes de Estado em visita, quando ficam no palácio, ocupam um conjunto de salas conhecido como a "suite belga", a qual fica no piso térreo da fachada Norte, voltada para o jardim. Essas salas, com corredores realçados por cúpulas baixas, foram inicialmente decoradas para o tio do príncipe Alberto, Leopoldo I da Bélgica, o primeiro rei dos belgas. O rei Eduardo VIII viveu nessas salas durante o seu curto reinado.
Piano Nobile (andar nobre) do Palácio de Buckingham. A: Sala de Jantar de Estado; B: Sala-de-Estar Azul; C:Sala de Música; D:Sala-de-Estar Branca; E:Closet (pequeno quarto) Real; F:Sala do Trono; G:Sala-de-Estar Verde; H:Galeria Cruzada; J:Sala de Baile; K:Galeria Este; L:Sala-de-Estar Amarela; M:Centro/Sala do Balcão; N:Sala de Almoço Chinesa; O:Corredor Principal; P:Apartamentos Privados; Q:Áreas de Serviço; W:A Grande Escadaria. Piso Térreo: R:Entrada dos Embaixadores; T: Grande Entrada. As áreas difinidas com paredes sombreadas representam alas baixas de menor importância. Nota: Esta planta não está à escala, servindo apenas para referência. As proporções de algumas salas podem diferir significativamente da realidade.
A Sala de Baile de Estado é o maior salão do Palácio de Buckingham. Foi adicionada pela rainha Vitória e é usada para investiduras e banquetes de Estado.
O jardim, as cavalariças e a alameda
Por trás do Palácio, fica o jardim do Palácio de Buckingham, vasto e semelhante a um parque. A fachada do palácio voltada para o jardim foi desenhada por Nash, e é feita em pedra de Bath, com tons de ouro pálido. O jardim, que inclui um lago, é o maior jardim privado de Londres.
É neste jardim que a rainha apresenta as suas festas de jardim, anualmente no Verão, mas desde Junho de 2002 que a soberana tem convidado o público para o jardim em numerosas ocasiões. O Jubileu de Ouro da rainha, em 2002, e o seu 80º aniversário, em 2006, foram assinalados com festas espectaculares.
Adjacente ao palácio ficam os "Royal Mews", também projetados por Nash, onde as carruagens reais estão alojadas, incluindo o Coche Estatal Dourado. Este coche dourado em estilo Rococó foi desenhado por Sir William Chambers, em 1760, e tem pinturas de Giovanni Battista Cipriani. A sua estreia ocorreu na Abertura Estatal do Parlamento, por Jorge III, em 1762, e é usado pelo monarca somente para a coroação ou para as celebrações de jubileus. Os cavalos usados para puxar as carruagens nos cortejos cerimoniais Reais também estão alojados nos "Royal Mews".
A Alameda (conhecida como The Mall), uma via de aproximação cerimonial ao palácio, foi desenhada por Sir Aston Webb e concluída em 1911 como parte de um grande memorial à rainha Vitória. Esta alameda estende-se desde o Arco do Almirantado (Admiralty Arch), subindo até à rotunda em volta do Memorial de Vitória e ao átrio do palácio. Esta via é usada para as cavalgadas e desfiles de automóveis de todos os chefes de estados em visita, e também pela família real em ocasiões de estado, como a anual Abertura Estatal do Parlamento e o "Trooping the Colour" de cada ano.
                                        Uma festa de jardim no Palácio de Buckingham, em 1868.
Multidão subindo o Mall (alameda) em direcção ao Palácio de Buckingham e ao Memorial de Vitória. As bandeiras intercaladas com as bandeiras do Reino Unido indicam uma Visita de Estado da Noruega, em curso.
A segurança
Desde que o Palácio de Buckingham se tornou na principal residência da monarquia britânica, existem relatos de brechas na segurança do edifício. O inacreditável aconteceu logo em 1837, o ano em que a rainha Vitória foi viver para o palácio, quando um rapaz de 12 anos, cognominado como "o rapaz algodão", conseguiu viver um ano no edifício sem o conhecimento de ninguém. Escondia-se nas chaminés, ficando pretos os panos onde dormia. Finalmente foi apanhado em Dezembro de 1838, o que originou muitas questões no Parlamento a propósito da segurança Real. Das oito tentativas de assassinato de que a rainha Vitória foi vítima, pelo menos três passaram-se perto das portas do palácio.
No início do século XX, a esplanada situada em frente do palácio era um terreno da predilecção das sufragistas, que se acorrentavam às grades de ferro dourado.
A maior parte das brechas na segurança provêm do exterior do palácio. Assim, em 1974, Ian Ball tentou sequestrar a princesa real, no Mall, quando esta voltava ao palácio, ferindo várias pessoas à passagem. Em 1981, três turistas alemães acamparam nos jardins do palácio, após terem escalado os muros cobertos de arames farpados, tentando fazer crer que pensavam estar no Hyde Park. Em 1982 ocorreu um incidente, quando Michael Fagan acedeu à Câmara da Rainha enquanto esta dormia. Em 1993, manifestantes contra a energia nuclear escalaram igualmente os muros e organizaram um "assento" no relvado do palácio. Em 1994 foi a vez de um parapentista nu aterrar sobre o telhado do edifício.
Em 1995 um estudante com o nome de John Gillard destroçou as portas do palácio, tirando dos gonzos uma porta de ferro forjado com uma tonelada e meia de peso. Em 1997, foi encontrado um doente de um hospital psiquiátrico a vaguear pela propriedade. Ao longo dos anos, numerosos intrusos foram detidos na propriedade, um dos quais queria pedir a princesa Ana em casamento, tendo sido declarado louco.
Em 2003, um repórter do Daily Mirror passou dois meses no Palácio de Buckingham, como empregado. Uma das referências que havia fornecido estava errada e esta não foi correctamente verificada. O incidente coincidiu com uma visita de George W. Bush ao Reino Unido, o qual ficou instalado no palácio, tendo o Daily Mirror publicado fotografias clandestinas do quarto do presidente norte-americano, juntamente com outras da mesa do pequeno-almoço da rainha e do quarto do Duque de York. O palácio processou o jornal por violação da vida privada, tendo este devolvido as fotografias e pago os prejuízos à rainha em Novembro de 2003.
Mais recentemente, em 2004, um manifestante pelo direito dos pais solteiros foi notícia nos jornais ao escalar uma corninja próxima do balcão de cerimónia, disfarçado de Batman. Outro manifestante disfarçado de Robin foi interceptado antes de conseguir subir ao edifício: em Novembro do mesmo ano regressou disfarçado de Papai Noel para se acorrentar a um poste de iluminação próximo de uma porta principal.
Guardas saindo do Palácio de Buckingham no final da cerimônia cotidiana do render da guarda.
Sufragistas efetuando um piquenique de greve ao longo das grades do Palácio de Bickingham, em Janeiro de 1917.


Clarence House
Clarence House é uma residência real em Londres, situada em The Mall e vinculada ao Palácio de St. James, mostrando os jardins do palácio. Clarence House tem quatro andares e, não incluindo o sótão nem o porão, é revestida de estuque. Por quase 50 anos, especificamente entre 1953 e 2002, Clarence serviu como moradia da Rainha Mãe. Atualmente é a residência oficial de Charles, Príncipe de Gales e de sua segunda esposa, a Duquesa de Cornualha, bem como dos filhos de seu casamento com Lady Diana Frances Spencer, William e Harry. O príncipe Charles mantém um de seus escritórios em Clarence House. O palácio está aberto ao público durante cerca de dois meses em cada Verão, mas os ingressos devem ser comprados com antecedência.
A mansão, construída entre 1825 e 1827, foi projetada pelo arquiteto John Nash, para William IV do Reino Unido, que tinha o título de Duque de Clarence antes de herdar o trono em 1830. Depois tornou-se residência de sua irmã, a Princesa Augusta Sophia e, com a morte dela em 1840, de Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, mãe da Rainha Victoria. Em 1866, o segundo filho de Victoria, Alfredo, Duque de Saxe-Coburgo-Gota, passou morar lá até sua morte em 1900. Seu irmão Arthur, Duque de Connaught usou a mansão até sua morte em 1942. No mesmo ano, uma bomba implantada explodiu uma parte da casa. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Brigada de St. John Ambulance e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha usaram Clarence como quartéis-generais. Depois da guerra, a Princesa Elizabeth e o seu marido, o Duque de Edimburgo, mudaram-se para Clarence. A Princesa Real nasceu em Clarence House em 1950. Depois da morte do Rei George VI, em 1953, a Rainha Mãe e a sua segunda filha, a Princesa Margarida, ocuparam o palácio, mas Margarida mudou-se posteriormente para o apartamento 1A do Palácio de Kensington.
                                                             Clarence House, Londres.
                                      Clarence House divide um jardim com o Palácio de St. James.


Frogmore House
Frogmore House é um palácio rural do século XVII, situado no centro da propriedade de Frogmore, entre belos jardins, cerca de um quilômetro a Sul do Castelo de Windsor, em Windsor, no condado de Berkshire. É um listed building classificado com o Grau I.
Índice
1 Primeiros proprietários
2 Residentes Reais
3 O palácio
Primeiros proprietários
A edifício original existente no lugar era uma casa de lavoura conhecida como Gwynn's Farm e mais tarde comoFrogmore Farm. Esta foi arrendada pela Coroa à família Gwynn, seguida pelos seus herdeiros, os Aldworths. A actual Frogmore House foi construída entre 1680 e 1684 por Anne Aldworth e o seu marido, Thomas May, um político do partido Tory do Sussex, segundo o desenho do arquitecto de Carlos II, Hugh May, tio de Thomas. Os Aldworths mantiveram-se ali durante alguns anos antes de se mudarem para uma casa anexa, a Little Frogmore (Pequena Frogmore). Frogmore House passou a ser conhecida como Great Frogmore (Grande Frogmore) e esteve na posse de vários proprietários, incluíndo George FritzRoy 1° Duque de Northumberland e Edward Walpole, pai da Duquesa de Gloucester.
Residentes Reais

Em 1790, a Rainha Charlotte, desejando um refúgio rural para si e para as suas filhas solteiras, comprou a concessão da Little Frogmore. Em 1792, tomou posse da Great Frogmore e o edifício mais pequeno foi demolido. James Wyatt foi contratado para ampliar e modernizar Frogmore House. Aquando da sua morte, em 1818, Frogmore House passou para a mais velha das suas filhas solteiras, a Princesa Augusta Sofia do Reino Unido. Depois da morte da Princesa, em 1840, a Rainha Vitória doou-o à sua mãe, Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, a Duquesa de Kent. A Duquesa faleceu ali em 1861.
Entre 1866 e 1873, o palácio serviu de residência à Princesa Helena do Reino Unido, terceira filha da Rainha Vitória, e ao seu marido, o Príncipe Christian de Schleswig-Holstein. Desde então, a família Real usou o palácio de forma intermitente. Em 1900, o futuro Conde Mountbatten de Burma nasceu ali. Entre 1902 e 1910 o futuro Rei Jorge V e a Rainha Maria foram residentes assíduos. A partir de 1925 e até à sua morte, em 1953, a Rainha Maria coleccionou e organizou ali recordações da Família Real, criando uma espécie de museu privado.
O palácio

Durante a década de 1980, o palácio foi sujeito a extensas obras de restauro, as quais revelaram as pinturas de parede oitocentistas de Louis Laguerre, as quais se encontravam perdidas. Em 1988, esteve planeado que os recém-casados Duques de York se mudassem para Frogmore House, mas estes decidiram o contrário. O edifíco foi aberto ao público em 1990. Este foi aberto ao público nos recentes fins-de-semana Bank Holiday (férias bancárias) em Maio e Agosto, e ainda a grupos turísticos de Agosto ao final de Setembro de cada ano.
Frogmore House possui 18 quartos e várias salas que mantêm a decoração dos séculos XVIII e XIX. Entre estas encontram-se a sala-de-estar da Duquesa de Kent, a Sala de Mary Moser, a galeria Cruzada e uma sala de refeições desenhada por Wyatt.
Situados no interior dos jardins de 33 acres, os quais se encontram abertos nos mesmos periodos do palácio, ficam o Mausoléu Real (local de sepultura da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto) e o Mausoléu da Duquesa de Kent, assim como uma "Ruína Gótica" e a "Casa de Chá da Rainha Vitória".
                                                     Fachada de Frogmore House, Windsor.
Gatcombe Park

Gatcombe Park é um palácio rural, sendo, actualmente, a casa de campo privada de Ana, a Princesa Real, situada no Gloucestershire, Inglaterra, entre as aldeias de Minchinhampton e Avening, cinco milhas a sul de Stroud e cerca de seis milhas a norte de HighGrove House, a residência rural do Príncipe Carlos.
A casa e a propriedade foram compradas pela Rainha Isabel, em 1976, pelo preço de 5 milhões de libras, para oferecer à Princesa Ana e ao seu primeiro marido, o Capitão Mark Philips. O proprietário anterior era Lord Butler de Saffron Walden, mestre do Trinity College, em Cambridge, e ex-Home Secretary, que havia herdado a casa do seu sogro, Samuel Courtauld. Por sua vez, Courtauld adquirira a casa à família Ricardo, proprietária de 1874 (quando o economista David Ricardo comprou a propriedade) até 1940.
A casa foi construída entre 1771 e 1774 para Edward Sheppard, um alfaiate local, e alterada por Ricardo segundo desenhos de George Basevi (um familiar), cerca de 1820. Apresenta uma construção em pedra de Bath e compreende 5 quartos principais, 4 quartos secundários, 4 salas de recepção, uma biblioteca, uma sala de bilhar, uma estufa, assim como alojamentos para o pessoal. O edifício foi renovado e redecorado para a princesa e para o capitão, os quais se mudaram para Gatcombe em Novembro de 1977. Em 1978, a propriedade foi aumentada com a anexação da Aston Farm. A Herdade de Gatcombe cobre, actualmente, cerca de 730 acres (3 km³), dos quais 200 são florestais, e possui um lago contendo trutas castanhas. Possui consideráveis instalações para cavalos, incluindo um novo bloco de estábulos, o que se deve à paixão da princesa pela equitação.
Actualmente, a princesa Ana vive no palácio com o seu segundo marido, o Contra-almirante Timothy Laurence. Mark Philips vive em Aston Farm com a sua segunda esposa, Sandy Pflueger.
Os terrenos hospedam uma feira de artesanato bianual, com cerca de 160 expositores, em Maio e Outubro.
                                                  Gatcombe Park visto da aldeia de Avening.
                                                                      Gatcombe Park.
Highgrove House
Highgrove House é um palácio rural da Inglaterra, servindo de casa de campo a Carlos, Príncipe de Gales. Fica situado no condado do Gloucestershire, perto de Tetbury. Highgrove House foi comprada e anexada pelo Ducado da Cornualha em 1980. O Ducado também administra a herdade que rodeia o edifício.
Índice
1 História
2 Parque e jardins
História

Construído entre 1796 e 1798 para John Paul Paul (um Huguenote), acreditando-se que tenha sido desenhado pelo arquiteto Anthony Keck, o palácio pertenceu aos seus descendentes até 1860. Em 1850, a sua neta Mary Elizabeth Paul faleceu depois do seu vestido ter pegado fogo durante uma soiree organizada pelo seu irmão na sala de baile. O palácio foi novamente vendido, em 1864 ao advogado William Yatman. Foi restaurado, em 1894, pelos novos proprietários depois dum outro incêndio que destruíu o interior e danificou a fachada oeste, onde uma janela colapsou para o terraço, arrastando a parede acima.
O palácio tem quatro salas de recepção, nove quartos principais, uma ala para as crianças e alojamentos para a criadagem. O Ducado da Cornualha adquiriu, em 1980, Highgrove House ao deputado Maurice Macmillan, filho do antigo Primeiro-Ministro Tory, Harold Macmillan. A compra alimentou especulações sobre o possível casamento do príncipe.
Highgrove House foi redecorada por Dudley Poplak, o decorador de interiores que também decorou o apartamento do Príncipe e da Princesa de Gales no Palácio de Kensington. O casal real mudou-se para o palácio no Outono de 1981. Em 1988, o plano exterior da casa foi embelezado com uma nova Balaustrada, frontão triangular e pilastras clássicas, desenhadas pelo próprio Príncipe de Gales. Foi, ainda, acrescentado um anexo, com um único andar, para o pessoal.
Parque e jardins

Sendo um apaixonado pela jardinagem, o Príncipe de Gales tem dedicado muito tempo a planear e desenhar os jardins. Criou um jardim selvagem, um jardim formal e um jardim murado. Também plantou um grande número de árvores nos campos, e conserva a colecção nacional de faias do "National Council for the Conservation of Plants and Gardens"(NCCPG). O príncipe colocou, ainda, um busto do Dr. Alan McGlashan no jardim.
A Herdade de Highgrove consiste num parque orlado por bosques que rodeiam Highgrove House, várias casas de lavoura e cerca de 900 acres (364 ha) de terras cultivadas pelo Ducado da Cornualha - a Home Farm. As manadas de gado bovino criadas em Highgrove incluém vacas e vitelas Aberdeen-Angus com pedigree e bois Angus, além de vacas leiteiras cruzadas com Angus. Partilhando os pastos permanentes com o gado bovino, existem rebanhos de ovelhas Masham e Mule.
Em 1985, foi tomada a decisão de introduzir uma agricultura livre de químicos em três blocos de terra, como parte duma mudança geral para o que tem sido chamado de agricultura biológica sustentada ligada à conservação. O processo para atingir um estatuto totalmente orgânico em toda a herdade foi concluído em 1996.
                                                                     Highgrove House.
Palácio de Holyrood

Palácio de Holyroodhouse, ou informalmente Palácio de Holyrood, é um palácio da Escócia, fundado inicialmente, como um mosteiro, por David I da Escócia, em 1128. Serviu como principal residência dos Reis e das Rainhas da Escócia desde o século XV. O Palácio de Holyrood localiza-se em Edimburgo, Escócia, no extremo da chamada Milha Real.
Sua Majestade, a Rainha Isabel II, usa regularmente o palácio no início de cada Verão.
Holyrood é uma anglicização criada a partir do termo escocês Haly Ruid (Cruz Sagrada).
                                                         Vista do Palácio de Holyrood.
1 Abadia
2 Palácio
3 Grande trincheira Real
4 O zelador de Holyroodhouse
Abadia

A arruinada Abadia dos Agostinianos que se situa nos terrenos do palácio foi construida em 1128 por ordem do Rei David I da Escócia. Este edifício serviu de cenário a diversas cerimónias de coroação e de casamentos Reais. O telhado da abadia colapsou no século XVIII, deixando-a no seu actual estado; uma ruína.
A abadia foi adaptada a Capela da Ordem do Cardo-selvagem pelo Rei Jaime VII da Escócia (e Jaime II da Inglaterra), mas foi mais tarde destruída por uma multidão. Em 1691, a então recnte Igreja do Canongate (Kirk of the Canongate) substituiu a abadia como igreja paroquial local, e é onde, actualmente, a Rainha comparece aos serviços religiosos quando está no palácio.
                                                        Ruínas da Abadia de Holyrood.
Palácio
No século XV, erguia-se uma casa de hóspedes no local da actual faixa Norte do palácio, a Oeste da abadia e do seu claustro. Muitos dos Reis escoceses da idade Média estiveram aqui antes da construção do palácio, e no final desse século Holyrood era uma residência Real em tudo excepto no nome. Jaime II da Escócia nasceu em Holyrood, em 1430, tendo também ali sido coroado, casado e colocado em eterno repouso. Entre 1498 e 1501, Jaime IV construiu um novo edifício, com Holyrood a tornar-se num palácio no verdadeiro sentido da palavra.




O palácio foi construído em volta de um quadrângulo, situado a Oeste do claustro da abadia. Este continha uma capela, galeria, aposentos Reais e um grande hall. A capela ocupava a actual faixa Norte do Grande Quadrângulo, com os aposentos da Rainha a ocuparem parte da faixa Sul. Uma terceira faixa para Oeste continha os alojamentos do Rei e a entrada para o palácio. Jaime IV também empreendeu a construção de uma portaria com dois andares, fragmentos da qual ainda sobrevivem no Tribunal da Abadia. Jaime V ampliou o palácio entre 1528 e 1536, começando pela actual torre Noroeste. Nesta torre fica o famoso conjunto de salas anteriormente ocupadas por Maria, Rainha dos Escoceses.
O tectos de madeira das salas principais são do tempo da Rainha Maria I e os monogramas MR (Maria Regina) ed IR (Jacobus Rex) referem-se a Maria e ao seu filho, Jaime VI. Acredita-se que os escudos comemorativos do sasamento de Maria com Francisco II de França terão sido entalhados em 1559, mas colocados na sua presnete posição em 1617. O conjunto contém uma câmara de audiência e o quarto da Rainha, a partir dos quais existem duas salas de torre. Foi na sala torre Norte, no dia 9 de Março de 1565, que o infâme assassinato de David Rizzio teve lugar, na presença da Rainha Maria. Nos últimos séculos, os visitantes convencem-se frequentemente que podem ver o seu sangue manchando o chão.

Depois de se tornar Rei da Inglaterra, em 1603, e de mudar para Londres, o palácio deixou de ser a sede de uma Corte Real permanente. Jaime visitou-o novamente em 1617, tal como fez Carlos I em 1633, quando foi coroado Rei da Escócia na Abadia de Holyrood.
Em 1650, por acidente ou de forma planeada, o palácio foi incendiado durante a visita de Oliver Cromwell e dos seus soldados. Cromwell mandou reconstruir o palácio, mas a sua reconstrução foi abandonada e Carlos II acabou por ter o palácio reedificado na sua actual forma, entre 1671 e 1679, pelo arquiteto Sir William Bruce. Jaime VII da Escócia e II de Inglaterra viveu em Holyrood entre 1679 e 1682, no rescaldo da Crise da Exclusão.

Depois de 1707, o palácio foi usado durante as eleições dos Pares Representantes da Escócia. Charles Edward Stuart manteve uma Corte em Holyrood durante cinco semanas, durante o Levantamento Jacobita de 1745 e, depois da Revolução Francesa, Jorge III permitiu que o irmão mais novo de Luís XVI, o Conde d'Artois, vivesse em Holyrood. Depois do seu segundo exílio, a realeza francesa voltou a residir em Holyrood entre 1830 e 1832, quando se mudaram para a Áustria.
Nos tempos modernos, os monarcas têm passado, formalmente, pelo menos uma semana por ano neste palácio de Edimburgo, formando Corte ali. A actual Rainha ainda usa Holyrood quando se encontra na Escócia em ocasiões de Estado (nas outras ocasiões usa o Castelo de Balmoral). O seu uso foi substancialmente incrementadio desde a instalação do Parlamento Escocês, em 1999, com vários membros da Família Real, nomeadamente o Príncipe Carlos e a Princesa Ana, a permanecerem ali frequentemente. Houve uma época em que se chegou a pensar que um dos membros da Família Real, com forte expectativa em relação à Príncesa Ana (que tem fortes ligações com a Escócia) se tornasse uma residente do palácio a tempo inteiro, representando a Rainha; de qualquer forma, esta ideia não frutificou, não sendo, provavelmente, mais que um rumor ou uma fantasia pensada por alguns. É no Palácio de Holyrrod que a Rainha Isabel II do Reino Unido encontra e nomeia o Primeiro Ministro da Escócia. Durante a presidência britânica da União europeia uma das reuniões do Conselho Europeu teve lugar ali.
Durante alguns períodos, quando nem a Rainha nem qualquer outro membro da Família Real se encontram no palácio, este está aberto ao público.
A Galeria da Rainha, uma galeria de arte inaugurada em 2002 para exibição de peças da Colecção Real, fica localizada no interior do complexo do palácio, enquanto que o novo Edifício do Parlamento Escocês fica localizado do outro lado da rua.
                      Quarto de Maria, Rainha dos Escoceses, Palácio de Holyrood, Edimburgo.
Fachada de entrada do Palácio de Holyrood, com a Rainha fora da residência (demonstrado pela bandeira do Padrão Real da Escócia).
      Sentinelas do Regimento Real da Escócia no exterior da fachada de entrada do Palácio de Holyrood.
          Palácio de Holyrood com a Rainha na residência (demonstrado pela bandeira do Padrão Real).
Grande trincheira Real
O castelo de Windsor foi um dos três locais Reais escavados durante quatro dias pela equipa Tempo ("Time Team") de arqueólogos, liderada por Tony Robinson, entre 25 e 28 de Agosto de 2006. No Reino Unido, Channel 4 dedicou um programa de serão às descobertas de cada dia e seguiu, ainda, as escavações, ao vivo, no programa More4, com transmissão simultânea pela internet.
Marcado para ajudar nas celebrações do octagésimo aniversário da Rainha Isabel II, juntamente com muitos outros eventos avançados durante o ano de 2006, esta escavação marcou a 150ª trincheira realizada pela "Time Team". Pela primeira vez, a Rainha deu permissão para serem escavadas trincheiras nos jardins do Palácio de Buckingham, tal como no Castelo de Windsor e no Palácio de Holyroodhouse, em Edimburgo. A Grande Trincheira Real é um exemplo da abertura das casa da Rainha ao acesso público, tal como ela fez durante o Fim-de-Semana do seu Jubileu de Ouro, em 2002, e ao longo de 2006, pelo seu aniversário.
Os arqueólogos tiveram uma oportunidade sem precedentes para provar a geofísica e a história de três residências Reais por um período de quatro dias, com equipas a trabalhar em concorrência nas três localizações.
Foi escavado uma parte do claustro da Abadia de Holyrood, desenvolvido em linha com com as existentes ruínas da abadia dos Agostinianos, construida em 1128 pelo Rei David I da Escócia. Também foi descoberta a torre quadrada do desaparecido palácio de Jaime IV. Infelizmente não foi localizado o corte de ténis real da sua neta, Maria, Rainha dos Escoceses (esta busca foi direccionada para as proximidades da "Casa de Banhos da Rainha Maria", um edifício na periferia de Holyroodhouse).
De forma notável, foi encontrada uma área de terra avermelhada, onde Henrique VIII de Inglaterra ordenou que o palácio fosse queimado quando se decepcionou com a recusa dos escoceses em aceitar a sua intenção de casar a infanta Maria Stuart (mais tarde Maria I da Escócia) com o seu filho Eduardo (mais tarde Eduardo VI de Inglaterra).
Entre os objectos encontrados em Holyroodhouse encontrava-se uma matriz de sêlo, usado para carimbar o selo de cera usado na correspondência ou em documentos, e uma moeda de double tournois, datada de 1634. Os arqueólogos também escavaram a colina no jardim de Holyroodhouse, onde a Rainha Isabel II brincava quando criança.
                                                  Vista do palácio a partir da Colina de Calton.
O zelador de Holyroodhouse
Uma forma de medir a importância de Holyroodhouse é através do estatuto do seu zelador (Keeper), o qual foi nomeado para supervisonar o funcionamento do palácio na ausência da Corte. Existiram várias concessões para o cargo de Zelador de Holyroodhouse até 1646, quando o Rei Carlos I conferiu a sua hereditariedade a James Hamilton, 1º Duque de Hamilton, cujos descendentes sempre o têm retido a partir de então. O posto de Zelador é de Grande Oficial de Estado na organização doméstica escocesa e, de facto, os aposentos privados do Duque ocupam uma área maior no palácio que os próprios apartamentos de Estado. Para além de nomear o seu próprio deputado, o Zeladora ainda indica o bailio de Holyroodhouse, o qual é responsável pela lei e pela ordem no interior do Santuário da Abadia de Holyrood. Os Altos Guardiões de Holyroodhouse são da responsabilidade do Zelador.
Existiu, antigamente, um Zelador do Parque de Holyrood independente, parque este que rodeia Holyroodhouse, tendo o título sido concedido, com bases hereditárias, aos Condes de Haddington. Este cargo foi comprado pela Coroa e extinto em 1843, como consequência das disputas originadas pelo direito do Zelador permitir a lavoura no interior do Parque.
                               Vista do Palácio de Holyrood a partir da vista do Parque de Holyrood.
                                       Vista do palácio e dos jardins a partir do Parque de Holyrood.
Palácio de St. James
Palácio de St. James é um dos mais antigos palácios da Inglaterra. Está situado no Pall Mall, a Norte do St. James's Park, em Londres.
História

O palácio foi construído em 1530 por Henrique VIII, no terreno do antigo hospital para leprosos dedicado a Saint James (do qual o palácio e o parque vizinho tomaram o nome); o hospital foi dispensado em 1532. O novo palácio, secundário em relação ao interesse que Henrique VIII dispensava ao Palácio de Whitehall, foi construído em estilo Tudor com tijolos avermelhados, em volta de quatro pátios: a sua portaria sobrevive na face Norte, flanqueada por torretas poligonais.
Tornou-se a principal residência da Monarquia Britânica em 1698, quando o Palácio de Whitehall foi destruído num incêndio, além de tornar-se o centro administrativo da monarquia (papel que ainda exerce hoje). Maria I morreu nesse palácio e o seu coração foi enterrado na Capela Real. Diz-se que Isabel I terá passado a noite ali, enquanto esperava que a Armada Invencível atravessasse o canal. Carlos I teve um sono menos sadio - teve no Palácio de St. James a sua última cama antes de ser executado. Oliver Cromwell tomou-o, então, e usou-o como aquartelamento durante o período da Comunidade Britânica. Mais tarde foi restaurado por Carlos II (filho de Carlos I), que esboçou, igualmente, o Parque de St. James.

Os primeiros três reis de nome Jorge, pertencentes à Casa de Hanôver, usaram o palácio de St. James como sua principal residência londrina, embora este estivesse longe de ser um grande palácio urbano de uma das mais importantes monarquias europeias; Daniel Defoe chamou-o de "baixo e médio" em 1725.
Em 1809, um incêndio destruiu parte do palácio, incluindo os aposentos privados do monarca, no canto Sudeste. Estes apartamentos não foram recuperados, deixando a Capela da Rainha isolada, passando, actualmente, a Marlborough Road entre os dois edifícios. Os Portões de Henrique VIII ficaram como o único fragmento sobrevivente do original estilo Tudor.
Jorge III havia comprado a Buckingham House - a predecessora do Palácio de Buckingham para a sua esposa, em 1762, e o Palácio de St. James continuou a decair de importância durante a primeira metade do século XIX. Começou a ser usado, de uma forma crescente, apenas para ocasiões formais tais como recepções oficiais, casamenyos Reais e baptizados. A Rainha Vitória formalizou a mudança em 1837, terminando o estatudo do Palácio de St. James como a residência oficial do monarca. Algumas estruturas e interiores foram conservados por Sir Christopher Wren e William Kent, mas a maior parte foi remodelada no século XIX. William Morris e a sua firma foram encarregados de redecorar a Armaria e a Sala da Tapeçaria, em 1866 e 1867.
        A entrada do Palácio de St. James, que se mantém em intacta desde a edificação por Henrique VIII.
                                                          O Palácio de St. James em 1819.
                  O Palácio de St. James e o Pall Mall, numa gravura de Jan Kip, datada de 1715.
O Palácio de St. James na atualidade

O Palácio de St. James ainda é um palácio em funções e a Corte Real ainda continua, formalmente, sedeada ali – os embaixadores estrangeiros ainda são acreditados à Corte de St. James, apesar de serem recebidos pelo monarca no Palácio de Buckingham.
Também é a residência da Princesa Ana e da Princesa Alexandra de Kent. O palácio faz parte de um irregular complexo de edifícios que acolhem gabinetes da Corte e apartamentos dos oficiais. O complexo inclui a York House, a antiga residência do Príncipe de Gales e dos seus filhos, os Príncipes Guilherme e Henrique; a Lancaster House, a qual é usada pelo Governo de Sua Majestade para recepções oficiais; assim como a vizinha Clarence House, a residência da falecida Rainha Mãe e, actualmente, a residência do Príncipe de Gales.
A Capela da Rainha, construída por Inigo Jones, está ligada ao Palácio de St. James. Enquanto qua a capela está aberta ao público em periodos seleccionados, o palácio não está acessível a esse mesmo público.
O Palácio de St. James é um dos quatro edifícios de Londres onde podem ser vistos os guardas da Divisão Doméstica (Household Division). Os outros três são o Palácio de Buckingham, a Clarence House e o Edifício da Guarda a Cavalo.
          Sentinelas dos Granadeiros a postos na estrada principal do Palácio de St. James, no Pall Mall.
Palácio de Kensington
Palácio de Kensington (em inglês: Kensington Palace) é uma residência real situada em Kensington Gardens, no Royal Borough de Kensington e Chelsea, em Londres, Inglaterra. Tem sido utilizado pela Família Real Britânica desde o século XVII. Actualmente, é a residência oficial do Duque e da Duquesa de Gloucester; do Duque e da Duquesa de Kent; do Príncipe e da Princesa Michael de Kent e de Zara Phillips. Foi residência das falecidas Princesa Margaret, Condessa de Snowdon (1930-2002), Diana, Princesa de Gales (1961-1997), Princesa Alice, Duquesa de Gloucester(1901-2004) e Princesa Alice, Condessa de Athlone (1904-1981).
No momento, o palácio abriga a exibição fotográfica de "Diana, Princesa de Gales por Mario Testino", aberta ao público desde Novembro de 2005. Kensington também abriga a Royal Ceremonial Dress Collection, a qual contém vestidos usados pelas princesas e rainhas britânicas desde o século XVIII até aos dias de hoje.
                                                      Fachada do Palácio de Kensington.
Índice
1 História
2 Visitas e acesso
História
A parte original do palácio, do século XVII, foi construída na aldeia de Kensington, como, Nottingham House, para o Conde de Nottingham. Esta foi comprada ao seu herdeiro, o qual era Secretário de Estado de Guilherme III de Inglaterra, em 1689, pelo próprio Rei, que queria ter uma residência em Londres, mas longe do fumarento ar da capital, uma vez que era asmático.
época, o bairro de Kensington era uma vilarejo fora de Londres, mas mais acessível que Hampton Court através do Tamisa. Foi criada uma estrada privada a partir do palácio até ao Hyde Park Corner, suficientemente larga para permitir que várias carruagens viajassem lado a lado, parte da qual sobrevive actualmente como Rotten Row. O palácio foi aumentado e melhorado por Sir Christopher Wren, com pavilhões acrescentados em cada canto do bloco central, para os necessários Apartamentos Reais aparelhados, abordados pela Grande Escadaria, uma câmara do conselho e a Capela Real. Então, quando Wren re-orientou a casa para oeste, construíu as alas norte e sul para flanquear a abordagem, criando um verdadeiro cour d'honneur, par ao qual se entrava através dum arco coroado por uma torre do relógio. Apesar de tudo, como um refúgio doméstico privado, foi referenciado como Kensington House, em vez de se usar o termo "Palace". Os jardins murados da Kensington House forneciam frutos e vegetais à Corte de St. James.
Durante setenta anos, o Palácio de Kensington foi a residêncua favorita dos monarcas britânicos, embora a sede oficial da corte permanecesse no St. James's Palace o que, de resto, se mantém até à actualidade, embora este palácio não seja, de facto, a residência real em Londres desde o século XVII. Em 1694, a rainha Maria II morreu de varíola no palácio, aos trinta e dois anos de idade. Em 1702, Guilherme III caíu dum cavalo em Hampton Court e foi trazido para Kensington, onde morreu pouco tempo depois. Depiois da morte de Guilherme III, o palácio tornou-se na residêncua da Rainha Ana. Em 1704, Sir John Vanbrugh desenhou a Orangery (estufa para cultivo de laranjas em climas frios) para aquela monarca e um magnífico parterre barroco de 30 acres (121.000 m²) foi disposto por Henry Wise, cujos viveiros ficavam na vizinhança, em Brompton.

A partir de 1718, Jorge I gastou abundantemente na construção de novos apartamentos reais. William Kent pintou uma escadaria e alguns tectos. Em 1722, desenhou o Salão da Cúpula (Cupola Room), a principal sala de aparato, com falsas cofragens no seu alto tecto encovado; em 1819, o Salão da Cúpula foi o lugar da cristianização da princesa Vitória, a qual havia nascido em Kensington, nos aposentos do Duque e da Duquesa de Kent (no local onde fica a actual Sala de Estar Norte). O relógio musical monumental tocava melodias de Handel, Corelli e Geminiani.
O último monarca reinante a usar o Palácio de Kensington foi Jorge II. Para a sua consorte, Carolina de Ansbach, Charles Bridgeman varreu os ultrapassados parterres e redesenhou os Kensington Gardens numa forma que ainda hoje é identificável: dele são A Serpentina, o Tanque e o Grande Passeio. Depois da morte inesperada de Jorge II, ocorrida no palácio em 1760, o Palácio de Kensington apenas foi usado por figuras secundárias da realeza, incluindo a filha mais nova do Duque de Kent, Vitória, que vivia no palácio com a sua mãe (viúva do seu pai, Eduardo Augusto, Duque de Kent e Strathearn, desde 1820), antes de subir ao trono como Vitória do Reino Unido. Depois disso, Vitória mudou-se para o Palácio de Buckingham, nunca mais regressando a Kensington. A avó de Isabel II, Maria de Teck, nasceu em Kensington em 1867.
Em 1981, os apartamentos 8 e 9 foram unidos para criar a residência londrina dos recém-casados Príncipe e Princesa de Gales, Carlos e Diana, permanecendo como residência oficial desta de 1992, quando Charles e Diana se separaram, até a morte da princesa em 1997, mesmo depois de divorciada. Os seus filhos, Guilherme e Henrique, frequentaram o infantário e a escola pré-preparatória em Notting Hill, a curta distância do palácio.
                   Fachada sul do Palácio de Kensington, desenhada por Johannes Kip, em 1724.
                                                         Jardins do Palácio de Kensington.
A galeria do rei no Palácio de Kensington, do livro The History of the Royal Residences, de W.H. Pyne (1819).
Visitas e acessos

O apartamento 1A, que pertenceu à falecida Princesa Margarida, está habitualmente aberto ao público. A visita dá um passo atrás no tempo e explica a história deste apartamento, desde a época do Duque de Sussex, passando pela Princesa Louise, até ao período mais recentes da Princesa Margarida e de Lord Snowdon. Também pode ser visto, apenas por via de visitas guiadas, a invenção pela qual Lord Snowdon se sentia mais orgulhoso - o seu extractor "free-standing" - o qual se encontra na cozinha.
As Salas de Aparato são administradas pela Agência dos Palácios Reais Históricos (Historic Royal Palaces Agency). Os gabinetes e áreas de acomodação privada do palácio permanecem sob a responsabilidade da Casa Real, sendo mantidos pela Secção de Propriedades da Casa Real (Royal Household Property Section).
As estações mais próximas do Metro de Londres são: Queensway, Bayswater, High Street Kensington e (ligeiramente mais longe) Gloucester Road.
O Salão da Cúpula, desenhado por William Kent, 1722: o monumento relógio musical, que em tempos tocou melodias de Handel, Corelli e Germani, permanece na sala.

Royal Lodge
Royal Lodge é um palácio da Inglaterra localizado no Grande Parque de Windsor, a cerca de meia milha a Norte do Cumberland Lodge e a 3 milhas do Castelo de Windsor. Foi a residência da Rainha Elizabeth, a Rainha-Mãe, em Windsor, a partir de 1952 até à sua morte, em 2002. Desde 2004 é a residência oficial do Príncipe André, Duque de York.
                                                               O Royal Lodge em 1827.
Índice
1 História
2 Estrutura
  2.1 O palácio
  2.2 A capela
História

O Royal Lodge data, originalmente, de meados do século XVII, existindo uma casa no local em 1662. Em 1750, a pequena casa de tijolo em Estilo Rainha Ana era utilizada em conjunto com a leitaria adjacente. Por esta época era conhecido como o Pavilhão Baixo (Lower Lodge), para distinguir-se de Cumberland Lodge, este conhecido como o Grande Pavilhão (Great Lodge), ou como Pavilhão da Leitaria (Dairy Lodge).
A partir de meados do século XVIII serviu de residência ao topógrafo militar e artista Thomas Sandby (irmão do mais conhecido Paul), como encarregado da vigilância do Grande Parque. A casa era então conhecida como Deputy Ranger’s House. O edifício foi ampliado a partir em 1792, sendo o lar, depois da morte de Sandby, de Joseph Frost, o administrador do Parque e mais tarde do Superintendente Geral das Quintas.
Jorge, Príncipe de Gales (mais tarde Rei Jorge IV) planeou reconstruir Cumberland Lodge depois de se tornar Príncipe Regente. Usou, então a Lower Lodge como acomodação temporária. Foram empreendidas alterações e adições por John Nash a pedido do Prínciepe de Gales.
Passou, então, a ser uma grande e elaborada cottage no estilo contemporâneo de cottage orné (cotage ornamentada), com telhados de palha, verandas e uma Estufa. Tornou-se conhecido como o Cottage do Príncipe Regente (Prince Regent’s Cottage) depois que o Príncipe se mudou para ali em 1815. A renovação de Cumberland Lodge foi abandonada.
Foram feitas adições depois de 1820. Em 1823, Jeffry Wyatt (mais tarde Sir Jeffry Wyattville) sucedeu a Nash como arquiteto, e o edifício, agora conhecido como o Cottage do Rei (King’s Cottage) ficou conhecido como Royal Lodge no final da década de 1820.
Depois de, em 1830, o Rei Guilherme IV ter ordenado a demolição de todo o edifício, excepto a estufa, o Royal Lodge tornou-se, novamente, uma residência Real em 1840, tendo sido usado para acomodar vários oficiais do Corpo de Pessoal Doméstico Real em 1843 e entre 1873 e 1931.
Em 1931 foi concedido aos Duques de York (mais tarde o Rei Jorge VI e a Rainha Elizabeth). Depois da morte de Jorge VI, a Rainha Mãe continuou a usar o palácio como seu refúgio rural até ao seu falecimento, em 2002.
Depois de extensas renovações, o Príncipe André, Duque de York mudou-se, em 2004, para o Royal Lodge, tendo deixado vago o Sunninghill Park.
Estrutura
O palácio
Foram acrescentadas alas em cada flanco na década de 1930. Existem dois pavilhões à entrada, e grupos de três cottages em cada lado. O edifício principal possui trinta salas, incluindo sete quartos e um salão. A estufa original ainda sobrevive.
A capela

A capela do Royal Lodge foi substancialmente reconstruída na década de 1860 por Samuel Sanders Teulon e Anthony Salvin, com uma nova capela-mor e uma janela a Este em memória da mãe da Rainha Vitória, Vitória, Duquesa de Kent. A capela reconstruíd afoi consagrada em 1863, e um serviço de rededicação foi conduzido por Samuel Wilberforce, Bispo de Oxford, em 1867.
A capela foi alterada depois de 1936 por Sir Edward Maufe, com um novo tecto na capela-mor e na área reservada aos assentos Reais, novos espaços para o coro e armação para um novo órgão.
O parque

Os campos do Royal Lodge estendem-se por 90 acres, parcialmente sob a responsabilidade do seu próprio jardineiro-chefe, mas na maior parte entregue aos cuidados dos Comissários das Propriedades da Coroa. Enquanto que o palácio foi crescendo pouco a pouco desde a década de 1840, e permanece relativamente pequeno e informal, os terrenos têm um plano unificador. Este resulta do trabalho empreendido pelos Duques de York na década de 1930, com a assistência de Sir Eric Savill, do domínio de Windsor.
Os campos contêm uma cottage em miniatura, a Y Bwthyn Bach, um presente para a Rainha Isabel II quando era criança, pelo povo de Gales, em 1932.
O parque também contém a Capela Real de Todos os Santos (Royal Chapel of All Saints), a qual foi construída no lugar do pavilhão do porteiro, convertida ao estilo Neogótico em 1825, por Jeffry Wyatt, para o Rei Jorge IV. Situada a uma centena de jardas do Royal Lodge, esta foi regularmente usada pelo Rei e tem sido regularmente utilizada, desde então, por vários membros da Família Real, incluíndo a Rainha Isabel II. Em 1852 foi nomeado o primeiro capelão e, desde 1981, o cargo tem sido desempenhado por um dos cónegos do Colégio de São Jorge (da Capela de St George, Castelo de Windsor). O Rei Guilherme IV permitiu que as famílias do Grande Parque usassem a minúscula capela, e essa permissão mantevesse até à actualidade.

Sandringham House
Sandringham House é um palácio rural situado numa propriedade de 8.000 acres (32 km²) de terra perto do vilarejo de Sandringham, em Norfolk, Inglaterra, que pertence privativamente à Família Real Britânica.
                                                                  Sandringham House.
História

O lugar tem sido ocupado desde os tempos isabelinos e, em 1771, o arquiteto Cornish Henley preparou a propriedade para a construção de Sandringham Hall. O palácio foi modificado durante o século XIX por Charles Spencer Cowper, um entiado de Henry Temple, 3° Visconde Palmerston, que adicionou um pórtico e uma estufa de plantas, projectados pelo arquitecto Samuel Sanders Teulon.
Em 1862, o palácio foi adquirido pela Rainha Vitória a pedido do Príncipe de Gales (o futuro Eduardo VII), o qual queria Sandringham como residência para si e para sua futura esposa, Alexandra, Princesa de Gales. No entanto, em 1865, dois anos depois da mudança, o tamanho do edifício mostrou-se insuficiente para as necessidades do príncipe, que encarregou A. J. Humbert de demoli-lo e construir um maior.

O novo palácio, com tijolos vermelhos, ficou completo nos últimos anos da década de 1870, com uma mistura peculiar de estilos que não é considerada, de forma geral, o projecto de casas de campo vitorianas mais bem sucedido. Essa secção incorporou a espectacular entrada que é usada pela família real para ocasiões familiares e de entretenimento. Uma nova ala foi posteriormente adicionada no extremo da casa, num estilo mais tradicional, incorporando um salão de baile. Uma das partes de Sandringham House foi destruída num incêndio durante as preparações para o 50º aniversário do Príncipe Alberto Eduardo em 1891, mas depois foi reconstruída.
Sandringham House tem sido a residência privada de quatro gerações de soberanos. Dúbia à primeira vista, a princesa Alexandra logo começou a amar Sandringham. As novas características do palácio eram as bay windows, que ajudaram a iluminar o interior. O novo edifício foi projetado em função do conforto da família, sem a intenção de ser uma grande construção arquitectónica.
Os filhos de Eduardo e Alexandra, o Príncipe Alberto Victor e o Príncipe Jorge, tiveram quartos muito pequenos. O terreno espaçoso, no entanto, providenciou lugares para o conjunto de animais estranhos de Alexandra, como cavalos, cães, gatos, perus e outros - incluindo um grande mas amigável carneiro comprado a um açougueiro egípcio. Os animais encantaram os seus filhos e netos. Os filhos de Jorge V gostavam de visitar os seus avóe em Sandringham. Talvez um babuíno fosse o animal favorito.

Desde a morte de Jorge VI em 1952 em Sandringham, o costume da Rainha Isabel II tem sido passar o aniversário de morte de seu pai e sua própria subida ao trono privativamente com a família na casa. Sandringham é a base oficial da rainha até Fevereiro de cada ano. O palácio foi aberto ao público pela primeira vez em 1977, e possui um museu com exibições da vida da realeza e da história de Sandringham.
A propriedade de Sandringham tem sido há muito tempo a propriedade favorita da família real, que continua a passar ali o Ano Novo. É também um excelente local para caça, sendo utilizada para festas reais de caça. O apego de caçar em Sandringham que Eduardo VII tinha era tão grande que ele ordenava que todos os relógios estivessem adiantados meia hora em relação ao Greenwich Mean Time, para permitir maior tempo para a actividade.
Ao lado do Castelo de Balmoral, Sandringham House é uma propriedade privada e não parte do património real. Isso comprovou-se em 1936, quando Eduardo VIII abdicou como rei e não abandonou automaticamente a propriedade privada que herdou. Jorge VI teve que, explicitamente, comprar Balmoral e Sandringham de seu irmão mais velho, para que ainda houvesse lugar de retiro para o monarca britânico.
A Rainha Alexandra, o seu filho Jorge V e o seu neto Jorge VI estão, todos eles, enterrados em Sandringham.
                                                        Sandringham House, cerca de 1880.
                                                  Jardim norte de Sandringham House.
Sunninghill Park
Sunninghill Park é um palácio da Inglaterra, situado dentro de uma propriedade com cerca de 650 acres (2,7 km²) na Inglaterra localizada entre Ascot e o limite sul do Grande Parque de Windsor. Foi a residência oficial do Príncipe André, Duque de York, até 2004.
Sunninghill Park foi comprado pelos Comissários do Património da Coroa, em 1945, aos herdeiros do falecido Philip Hill. O edifício principal foi disponibilizado para a Princesa Isabel e o seu marido, Filipe, Duque de Edimburgo, depois do seu casamento, celebrado em 1947, mas o palácio ardeu antes que o casal podesse ocupá-lo. Em meados da década de 1960, o sítio foi considerado como possível residência da Princesa Margarida, Condessa de Snowdon, mas nada foi feito então.
Em 1988, o jardim murado, de cerca de cinco acres (20.000 m²), foi comprado pelos Comissários do Património da Coroa em nome da Rainha Isabel II. No ano seguinte, começou a construção de um edifício em tijolo encarnado, de dois andares, para servir de residência aos Duques de York. O arquiteto responsável foi Sir James Dunbar-Nasmith, Arquitecto da Propriedade de Balmoral e Professor e Líder do Departamento de Arquitectura na Universidade Heriot-Watt, de Edimburgo. A construção ficou concluída em 1990.
O palácio tem seis salas de recepção, 12 quartos e doze casas de banho, sendo uma das maiores casas construídas na Inglaterra depois da Segunda Guerra Mundial. Sunninghill Park foi a primeira residência Real construída deraiz depois de Bagshot Park, edificado em 1879 para o Príncipe Artur, Duque de Connaught. Nos tablóides britânicos, Sunninghill Park foi frequentemente referido como "SouthYork", um jogo de palavras que explora a semelhança com "Southfork", o rancho texano dos Ewing na popular soap opera da década de 1980, Dallas
Em 2004 o Duque de York, agora divorciado, mudou-se para o Royal Lodge, em Windsor, a residência da sua falecida avó, Elizabeth Bowes-Lyon, a Rainha-Mãe, depois de um remobilamento de 8,5 milhões de libras pago pela Rainha.
Em 2007, foi anunciado que Sunninghill Park havia sido vendido por 6 milhões de libras a um europeu de Leste.
                                                                  Sunninghill Park.
                                                          Entrada de Sunninghill Park.
Thatched House Lodge
Thatched House Lodge é uma residência real localizada em Richmond upon Thames, Londres, Inglaterra.
A casa principal tem seis salas de recepção e seis quartos de dormir, encontrando-se num terreno de quatro acres (16.000 m²). Nos jardins, também existe uma casa de verão que remonta ao século XVIII, a qual deu o nome ao palácio. Desde 1963, Thatched House Lodge serve como a residência da Princesa Alexandra de Kent, uma prima-irmã da Isabel II. A propriedade adquirida pelo seu marido, Angus Ogilvy, que a arrendou ao Crown Estate.
História
Este palácio foi construído como duas casas, em 1673, para dois Conservadores do Richmond Park, com o nome de Aldridge Lodge. Esta foi ampliada em 1727. As duas casas foram unidas, recebendo o nome de Thatched House Lodge, em 1771, por Sir John Soane. Também chegou a ser conhecida como Burkitt's Lodge.
O palácio foi usado por vários membros da Casa Real, incluindo o General Sir Edward Bowater e o General Lynedoch Gardiner, respectivamente Equerry do Príncipe Consorte e da Rainha Vitória. Mais tarde, Thatched House Lodge tornou-se na residência do Comandante Sir Louis Greig (Equerry do Rei Jorge VI, quando ele era Duque de York), e depois do Duque de Sutherland. Fo a residência londrina do norte-americano General Dwight D. Eisenhower durante a Segunda Guerra Mundial.
                                            
                                                               Thatched House Lodge.
Castelo de Windsor
Castelo de Windsor localiza-se na cidade de Windsor, condado de Berkshire, na Inglaterra. Com a função de Palácio Real, juntamente com o Palácio de Buckingham em Londres e o Palácio de Holyrood em Edimburgo, é uma das principais residências da monarquia britânica, que nele passa a maior parte dos finais de semana, a Páscoa e a chamada semana de "Ascot Real" (em Junho), no Circuito de Corridas de Ascot, nas suas proximidades. É o maior castelo ocupado do mundo.
Entre as suas principais atracções, destacam-se a coleção de armaria e a Casa de Bonecas da Rainha Maria, um modelo na razão 1:12. Na parte baixa ('lower ward') encontra-se a Capela de São Jorge, enquanto que na parte alta ('upper ward') encontram-se os aposentos reais e a grande Sala de Estado (como o Salão de São Jorge, cujo teto é decorado com os brasões de armas da liga dos cavaleiros). As duas partes são separadas pela Torre Redonda ('round tower'), um resquício do primitivo castelo de Guilherme, o Conquistador.
A maior parte dos Reis e Rainhas da Inglaterra tiveram uma influência directa na construção e evolução do castelo, o qual tem sido a sua fortaleza de guarnição, residência, palácio oficial e, por vezes, a sua prisão. A história do castelo e a da monarquia britânica estão inextrincavelmente ligadas. Cronologicamente a história do castelo pode ser traçada a partir dos reinados dos morarcas que o têm ocupado. Nas épocas de paz, o castelo tem sido expandido pela adição de grandes apartamentos; nos momentos de guerra, o castelo foi fortificado mais pesadamente. Este padrão tem sido continuado até ao presente.
                                           Castelo de Windsor: vista do "Upper Ward".
Índice
1 História
  1.1 1070-1350
  1.2 1350-1500
  1.3 De fortaleza a palácio
  1.4 A Guerra Civil
  1.5 A Restauração
  1.6 Os Séculos XVIII e XIX
  1.7 A Era Vitoriana
  1.8 Século XX
  1.8 Século XXI
  1.10 Principais eventos
2 A Grande trincheira Real
3 Segurança
4 Arredores
  4.1 Esquema
  4.2 Parque
  4.3 Mais além
                                                  Castelo de Windsor: Portão de Henrique VIII.
História
1070-1350
O Castelo de Windsor foi originalmente construído por Guilherme, o Conquistador, que reinou desde 1066 até à sua morte em 1087. O seu castelo de material original erguia-se no local da actual Torre Redonda ("A" na planta ao fundo da página). Este castelo formava parte do anel de castelos defensivos em volta de Londres. O local foi escolhido, em parte, devido à sua posição facilmente defensável.
No início do seu reinado, tomou posse de um solar, na localização da actual Old Windsor (Velha Windor), provavelmente uma residência Real anglo-saxónica. Pouco tempo depois, entre 1070 e 1086, arrendou o local ao Solar de Clewer e construiu o primeiro castelo de muralha e fosso. O fosso tinha 50 pés de altura e era escavado no cré da trincheira circundante, tornando-se, assim, no próprio fosso.
Nesta época, o castelo era defendido por uma paliçada de madeira, no lugar da actual grossa muralha de pedra. O plano do castelo de Guilherme é desconhecido, mas este era simplesmente uma base militar, e nenhuma das estruturas deste período inicial sobreviveu. Desde esta época, o castelo permaneceu sempre em uso contínuo, tendo sido sujeito a numerosas ampliações e melhoramentos.
Pensa-se que o sucessor de Guilherme I, Guilherme II, melhorou e alargou a estrutura, mas foi o filho mais novo do Conquistador, Henrique I, o primeiro soberano a viver no seu interior. Preocupado com a sua própria segurança devido à instabilidade do reino, este tomou residência no castelo e celebrou ali o Pentecostes em 1110. O seu casamento com Adeliza de Louvain, a filha de Godfrey I de Leuven, Duque da Baixa Lotaríngia, teve lugar no castelo em 1121.
O mais antigo dos edifícios sobreviventes em Windsor data do reinado de Henrique II, o qual subiu ao trono em 1154. Este monarca substituiu a paliçada de madeira que circundava a antiga fortaleza por uma muralha de pedra, intercalada com torres quadradas; uma parte, muito alterada, deste muro defensivo pode ser vista no que é, actualmente, o terraço Este. Henrique II também construiu o primeiro forte de pedra (A Torre Redonda), no monte irregular do centro do castelo.
Em 1189, o castelo foi cercado durante a Primeira Guerra dos Barões contra o Principe João. As tropas do Rei de Gales (pouco mais que mercenários privados) tomaram-no de assalto, e o Príncipe teve que fugir para França. Mais tarde, em 1215, em Runnymede, próximo do castelo, o Príncipe, agora Rei João I de Inglaterra, foi forçado a assinar a Magna Carta. Em 1216, ainda no contexto da Primeira Guerra dos Barões, o castelo foi novamente cercado, mas desta vez conseguiu resistir, apesar dos severos danos sofridos na estrutura da parte baixa.
Estes danos foram imediatamente reparados, ainda no ano de 1216, pelo sucessor do Rei João, Henrique III, que viria a reforçar as defesas com a construção do pano de muralhas do Oeste, muito do qual ainda sobrevive actualmente. Entre as partes mais antigas do castelo, que ainda se mantêm, encontra-se a Torre do Recolher (curfew tower - "T"), construída em 1227. O interior da torre contém a antiga prisão do castelo, e também os restos de um portão duplo (sally port), uma saída secreta para os ocupantes em épocas de cerco. O piso superior contém os sinos do castelo, colocados ali em 1478, e o relógio do castelo, datado de 1689. O telhado cónico, em estilo francês, é uma adição do século XIX. Henrique III morreu em 1272 e aparentemente terão ocorrido poucas construções no castelo até ao reinado de Eduardo III (1327–1377).
  A parte baixa na década de 1840. A Capela de St. George está à esquerda e a Torre Redonda ao centro direita.
1350-1500

O Rei Eduardo III nasceu no Castelo de Windsor no dia 13 de Novembro de 1312, e foi frequentemente referenciado como "Eduardo de Windsor". Este monarca iniciou, em 1350, um longo programa de reconstruções, que duraria vinte e quatro anos, o qual passou pela demolição do castelo existente, com excepção da Torre do Recolher ("T") e algumas peças exteriores de menor importância. Na supervisão do desenho e construção do novo castelo foi colocado William of Wykeham. O forte de Henrique II (a Torre Redonda) foi substituido pelo presente forte, embora só tenha atingido a sua altura definitiva no século XIX. As fortificações também viriam a ser aumentadas. A capela do castelo foi substancialmente ampliada, mas os planos para a construção de uma nova igreja não foram executados, provavelmente devido à escassez de mão-de-obra e de recursos na sequência da Peste Negra. Deste periodo encontramos ainda o Portão Normando (Norman Gate - "M"). Este largo e imponente portão aos pés da Torre Redonda é o último bastião de defesa antes da parte alta (Upper Ward - "B"), onde estão situados os Apartamentos Reais.
Em 1348, Eduardo III estabeleceu a Ordem da Jarreteira, cuja cerimónia anual ainda tem lugar na Capela de St. George, a principal capela do castelo. Entre 1353 e 1354, fez construir o Pórtico da Sala do Tesouro (Aerary Porch).

Em 1390, durante o reinado de Ricardo II, descobriu-se que a capela de St George estava próxima do colapso, tendo sido levado a cabo um processo de restauro. O secretário responsável pela obra foi um dos favoritos do Rei Ricardo II, Geoffrey Chaucer, que serviu como diplomata e Secretário dos Trabalhos do Rei. O seu relacionamento durou ao longo de todo o reinado de Ricardo II. Na década anterior à morte de Chaucer, Ricardo concedeu-lhe vários presentes e anuidades, incluindo uma doação anual de vinte libras estrelinas durante o resto da vida, em 1394, e 252 galões de vinho por ano, em 1397. Chaucer morreu no dia 25 de Outubro de 1400. Seja como fôr, os seus dotes como medidor e construtor foram pouco eficazes, pois dentro de 50 anos a capela estaria novamente em ruínas.
Eduardo IV (1461–1483), o primeiro Rei da Casa de York, do qual se dizia ser adicto do "avanço da pompa vã", iniciou a construção da presente Capela de St. George. Na realidade, este novo templo, iniciado em 1475, é mais uma catedral em miniatura e um mausoléu Real que uma capela propriamente dita. a sua arquitectura é um exercício no Estilo Gótico Perpendicular. Durante o reinado de Henrique VII, uma parte da capela original foi demolida para dar lugar à Capela da Virgem, a qual o Rei viria a abandonar. Este edifício foi, realmente, uma das primeiras grandes peças de arquitectura construidas dentro do limite do castelo.
A construção da capela marca um ponto de viragem na arquitectura do castelo. O clima político mais estável, que sucedeu ao final da Guerra das Rosas, resultou numa tendência para a construção futura de edifícios com maior preocupação no conforto e estilo que na fortificação. Nesta via, o papel do castelo alterou-se de bastião Real para Palácio Real. Um exemplo disto é o Claustro em Ferradura ("Horseshoe Cloister" - "H"), datado de 1480, construido próximo da capela para albergar os seus sacerdotes. Costuma dizer-se que este edifício curvo em tijolo tem a forma de uma ferradura: um dos emblemas usados por Eduardo IV. O edifício sofreu pesadas obras de restauro em 1871, tendo restado poucos dos materiais originais.
                                                  Castelo de Windsor: Portão Normando.
De fortaleza a palácio
Embora seja aceite que Eduardo III de Inglaterra foi o monarca que iniciou a transformação do castelo, de fortaleza para uma confortável residência, quando comparado com o Palácio de Whitehall (Palace of Whitehall) e o Palácio de Nonsuch (Nonsuch Palace), Windsor permanecia uma lúgubre residência. Henrique VIII (que reinou entre 1509 e 1547) reconstruiu a portaria principal do castelo cerca de 1510, situando-a num local que, mesmo que a portaria caísse no ataque, a futura invasão envolveria uma penosa batalha. O Brasão por cima do arco e da portcullis (porta corrediça na entrada de um castelo) carrega o emblema com a romã da primeira rainha deste monarca, Catarina de Aragão.
O sucessor e filho de Henrique VIII, o jovem Rei Eduardo VI (que reinou entre 1547 e 1553), escreveu enquanto estava no castelo: Penso que estou numa prisão, aqui não existem galerias, nem jardins onde caminhar.
A irmã de Eduardo VI, a Rainha Isabel I (que reinou de 1558 a 1603) passou muito do seu tempo em Windsor e considerou-o o lugar mais seguro do seu reino, retirando-se para aqui nos momentos de ansiedade, tal como descreve quando diz: …sabendo que isto pode resistir a um cerco se houver necessidade. Embora o seu registo sugira que o castelo ainda tinha muito de fortaleza, esta rainha também contribuiu muito para a sua transformação, construindo o terraço Norte ("N") como local para exercício e, fora deste, uma galeria coberta, um exemplo muito inicial do que mais tarde seria conhecido como Estufa. Este edifício sobreviveu relativamente inalterado, acolhendo actualmente a Biblioteca Real. Ainda contém uma enorme lareira ao Estilo Tudor.
                Castelo de Windsor. Vista das alas Este, as quias contêm os apartamentos privados.
A Guerra Civil
Isabel I foi sucedida por Jaime I, e este, pelo seu filho Carlos I. Nenhum destes últimos monarcas fez alterações significativas ao castelo. De qualquer forma, após a deposição de Carlos I na sequência da Guerra Civil Inglesa, o castelo tornou-se o quartel general da New Model Army de Oliver Cromwell. O Castelo de Windsor foi tomado pelos Parlamentaristas de Cromwell no início das hostilidades, devido à perspicácia do Coronel John Venn. O Principe Rupert de Rhine chegou alguns dias depois para retomar a cidade e o castelo, mas apesar de ter destruído severamente a cidade, foi incapaz de retomar o castelo. Venn permaneceu governador do castelo até 1645.
Sob a jurisdição dos Parlamentaristas o castelo sofreu, mas não da forma que seria esperada para um ícone simbólico da monarquia com tal importância. De qualquer forma, os soldados da guarnição estacionados no edifício estavam mal pagos, tendo-lhes, por isso, sido permitido que saqueassem os tesouros do castelo. Durante o periodo de duração da Commonwealth de Inglaterra, o castelo permaneceu com as funções de quartel general e de prisão para os Realistas mais importantes que iam sendo capturados. Durante um curto periodo antes da sua execução, em 1649, Carlos I foi aprisionado em Windsor, embora o termo actul mais adequado seja Prisão Domiciliária. Depois da execução Real, a Bretanha foi governada por Cromwell até à restauração da monarquia em 1660. O corpo de Cralos foi contrabandeado de voltra para o castelo no escuro da noite através duma tempestade de neve para ser enterrado sem cerimónia na catacumba por baixo do coro da capela de St George, próximo dos sepúlcros de Henrique VIII e da sua esposa Jane Seymour.
A Restauração
A Restauração da Monarquia em 1660 resultou num primeiro periodo de mundanças significativas para o Castelo de Windsor em muitos anos. Carlos II fez muito para restaurar e remobiliar o castelo dos danos sofridos durante a guerra civil. Nessa época o Palácio de Versailles estava a ser construido na França, e com isso em mente, Carlos II mandou construir a avenida conhecida por Longo Passeio (Long Walk - "L"). Estendendo-se para Sul do castelo, esta avenida tem um comprimento de três milhas e 240 pés de largura. Os ulmeiros originais plantados pelo Rei foram rapidamente substituidos por castanheiros e plátanos. O Longo Passeio não foi a única parte de Windsor inspirada em Versailles. Carlos II encomendou ao arquitecto Hugh May a reconstrução dos Apartamentos Reais e da Galeria de St George. May substituiu os originais apartamentos Plantagenetas do terraço Norte pelo cúbico Edifício Estrela (Star Building). Os interiores destes novos apartamentos foram decorados com tectos concebidos por Antonio Verrio e entalhados por Grinling Gibbons. O Rei também adquiriu tapeçarias e pinturas para adornar as salas. Estas obras de arte tornar-se-iam o núcelo da futura Royal Collection. Três destas salas permaneceram relativamente inalteradas: a Câmara de Presença da Rainha (Queen's Presence Chamber) e a Câmara de Audiência da Rainha (Queen's Audience Chamber), ambos desenhados para a esposa de Carlos II, Catarina de Bragança, e a Sala de Jantar do Rei (King's Dining Room). Estes mantêm muitos dos tectos de Verrio e dos apainelamentos de Gibbons. Originalmente existiam no castelo vinte salas neste estilo. Alguns dos entalhes de Gibbons foram resgatados em vários momentos, quando foram feitas alterações em nome de mudanças ou restauros, e no século XIX foram incorporados em temas da nova decoração de interiores da Sala do Trono (Garter Throne Room) e do Gabinete de Waterloo (Waterloo Chamber).
Os Séculos XVIII e XIX
Depois da morte de Carlos II, em 1685, o castelo caiu lentamente num estado de negligência. É desnecessário dizer, que enquanto o recinto e o parque permaneceram como um complexo de mansões Reais desabitadas, os soberanos preferiram residir noutros locais. Durante o reinado de Guilherme e Maria (1689–1702), o Hampton Court Palace foi ampliado e transformado num palácio moderno gigantesco. Mais tarde, a rainha Ana preferiu viver numa pequena casa junto às muralhas do castelo. Foi somente em 1804 – quando Jorge III, pai de 13 filhos, a necessitar de uma residência maior que poderia ser encontrada em qualquer sítio – que o castelo foi uma vez mais totalmente habitado. Os trabalhos de Carlos II haviam sido realizados num estilo mais clásico, de acordo com o estilo arquitectónico popular na época. Inigo Jones introduziu o Palladianismo em Inglaterra durante o reinado de Carlos I; Jorge III achou que este estilo não estava de acordo com um antigo castelo e, por isso, fez redesenhar muitas das janelas de Carlos II dando-lhes um arco apontado Neogótico, começando o castelo a readquirir a sua original aparência medieval. Durante este periodo, o Castelo de Windsor tornou-se uma vez mais um espaço de confinamento Real. Em 1811 o Rei Jorge III ficou permanentemente demente e foi cinfinado ao castelo para sua própria segurança. Durante os últimos nove anos da sua vida raramente deixou os seus apartamentos de Windsor.

Foi durante o reinado de Jorge IV, ao longo da década de 1820, que o castelo foi submetido à maior transformação isolada da sua história. Jorge IV, conhecido pelas suas construções extravagantes levadas a cabo durante a sua regência, tanto na Carlton House como no Royal Pavilion, persuadiu agora o Parlamento do Reino Unido a votar favoravelmente uma quantia de 300.000 libras para obras de restauro. O arquitecto Jeffry Wyatville foi seleccionado, e os trabalhos começaram em 1824.
A obra demorou doze anos a concluir e incluiu uma remodelação completa da parte alta (Upper Ward - "B"), apartamentos privados ("D"), Torre Redonda (Round Tower - "A"), e da fachada exterior da Ala Sul ("E") o que deu à fachada do castelo uma aparência quase simétrica quando vista do Longo Passeio.

Wyatville foi o primeiro arquitecto a ver o castelo como uma composição, em vez de uma colecção de edifícios de várias épocas e em diferentes estilos. Como arquitecto teve preferência por impôr uma simetria, visto que o castelo tinha evoluido através de peças soltas ao longo dos séculos anteriores, sem qualquer simetria de conjunto. Wyatville impôs uma simetria heterogénea aos edifícios existentes na parte alta, auymentando a altura de certas torres para contrabalançar outras, e dando uma nova face à parte alta em estilo gótico com ameias acasteladas para contrabalançar os edifícios medievais, incluindo a capela de St George na parte baixa. A Torre Redonda sempre teve uma estrutura atarracada, e isto acentuava-se, agora, mais pela nova altura dos edifícios da parte alta. Wyatville resolveu este problema ao cpnstruir no topo da Torre Redonda uma coroa oca em pedra, basicamente um falso piso superior. Com uns 33 pés de altura, esta torre dá a todo o castelo a sua silhueta dramática, visível a muitas milhas de distância.
à maior parte do interior do castelo foi dado o mesmo tratamento que ao exterior. Muitas das salas de estado de Carlos II que resistiram ás redecorações de Jorge III foram redesenhadas em estilo gótico, mais notoriamente a Galeria de St George, a qual foi dobrada em comprimento. Wyatville também cobriu com telhado um pátio para criar a Câmara de Waterloo. Esta vasta galeria, iluminada por um clerestório, foi desenhada para celebrar a vitória na Batalha de Waterloo e foi adornada com retratos, pendurados nas paredes, dos soberanos e comandantes aliados que venceram Napoleão I. A grande mesa de jantar ao centro da sala tem capacidade para 150 pessoas.
O trabalho aina não estava concluido quando Jorge IV faleceu em 1830, mas estava virtualmente pronto aquando da morte de Wyatville em 1840
                                          Plano do Castelo de Windsor em 1743, por Batty Langley.

                                       Desenho do castelo realizado no século XVIII, por Kip e Knyff.
A Galeria de St. George em 1848, por Joseph Nash, mostrando as alterações feitas para Jorge IV por Sir Jeffry Wyatville.
A Era Vitoriana

A Rainha Vitória e o Principe Alberto fizeram do castelo de Windsor a su aprincipal residência Real. A maior parte das suas alterações incidiram sobre os parques em vez dos edifícios. Em particular, o Acto das Aproximações do Castelo e Cidade de Windsor ("Windsor Castle and Town Approaches Act"), que passou pelo Parlamento em 1848, permitiu o encerramento e reordenamento das estradas velhas que anteriormente corriam no interior do parque, de Windsor para Datchet e Old Windsor. Estas alterações permitiram à Família Real encerrar uma larga área do parque formando assim o privado "Home Park", sem estradas públicas a passarem através dele.
A Rainha Vitória recolheu ao Castelo de Windsor na sequência do falecimento do se marido em 1861, que morreu, de facto, no castelo. Alberto foi sepultado num mausuléu construido em Frogmore, no interior do "Home Park" do Castelo (mais tarde Vitória seria sepultada a seu lado).
Desde a morte de Alberto em 1861, até à sua própria morte em 1901, o Castelo de Windsor foi a residência principal da Rainha Vitória, tendo esta raramente voltado ao Palácio de Buckingham depois disso. As salas do Príncipe Alberto foram deixadas exactamente como estavam no momento da sua morte, e embora se tenha estabelecido no castelo um certo ar de melancolia atá ao fim do século XIX, isso não impediu que tivessem lugar melhorias e restauros. Em 1866, Anthony Salvin criou a Grande Escadaria nos Apartamentos de Estado ("C"). Esta grande escadaria de pedra em estilo gótico eleva-se a uma galeria com altura de dois pisos, iluminada por uma torre da lanterna abobadada. A galeria é decorada com armas e armaduras, incluindo o conjunto das armaduras usadas pelo Rei Henrique VIII, feitas em 1540. O topo das escadas está flanqueado por esculturas equestres em tamanho real, montadas por cavaleiros em armadura. Este tema de decoração continua na Câmara da Guarda da Rainha e no Grande Vestíbulo. Salvin também instalou, nesta época, um telhado cónico ao estilo dos châteaux franceses na Torre do Recolher ("T").
Retrato da Rainha Vitória na privacidade do palácio depois da morte do Príncipe Alberto, quando foi apelidada de "The widow of Windsor" (A Viúva de Windsor).
Século XX

Depois da subida ao trono do Rei Eduardo VII, em 1901, o castelo permaneceu vazio por longos periodos. O novo Rei preferia outras das suas residências. Eduardo VII visitava o Castelo de Windsor durante a semana das Corridas de Ascot e na Páscoa. Uma das poucas alterações que este monarca fez foi o campo de golfe do castelo.
O sucessor de Eduardo VII, Jorge V, que reinou desde 1910 até à sua morte em 1936, também preferia os seus outros palácios rurais. De qualquer forma, a sua esposa Maria de Teck foi uma grande conhecedora de artes. Esta Rainha não se limitou a procurar e readquirir elementos do mobiliário do castelo há muito tempo dispersos, mas também adquiriu muitas obras de arte e peças de mobiliário novas para mobiliar as salas de estado. Também fez um re-arranjo da forma como o castelo estava organizado, abandonando a ideia barroca de um largo conjunto de salas reservada somente para hóspedes importantes, no primeiro andar. Foram instalados novos e mais confortáveis quartos, com modernas casas de banho, nos pisos superiores do castelo, permitido que as antigas salas de estado fossem usadas para entretenimento e para funções da Corte. O quarto de estado foi mantido, mas como curiosidade histórica. Não voltou a ser usado como quarto a partir de 1909.
Durante a Primeira Guerra Mundial, quando os membros da Família Real Britânica sentiram a necessidade de mudar o seu nome dinástico do alemão "Saxe-Coburgo-Gota", tomaram o seu novo nome deste castelo, tornando-se a "Casa de Windsor".
A Rainha Maria de Teck era uma apaixonada pelas miniaturas, e criou uma grande Casa de Bonecas, baseada numa grande mansão aristocrática. Esta foi desenhada pelo arquitecto Edwin Lutyens. As suas mobílias e pinturas foram reiadas pelos grandes artesãos e desenhadores da década de 1930. A Casa de Bonecas é, actualmente, uma das muitas atracções turísticas do castelo.
Jorge VI subiu ao trono em 1936 depois da abdicação do seu irmão, Eduardo VIII; no dia 11 de Dezembro, o discurso de abdicação de Eduardo VIII foi transmitido a partir do castelo para todo o Império Britânico, mas este monarca preferiu, durante o seu curto reinado, viver na sua residência do Forte Belvedere no Grande Parque de Windsor. Jorge VI (e a sua esposa Elizabeth Bowes-Lyon) preferiram a sua residência original em Windsor, o Royal Lodge. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o castelo resumiu o seu papel a fortaleza Real, tendo os Reis, acompanhados pelas suas filhas, a Princesa Isabel (futura Rainha Isabel II) e a Princesa Margarida, viveram, para sua segurança, no castelo de Windsor. O Rei e a Rainha deslocavam-se diariamente a Londres,regressando a Windsor para dormir, apesar de, à época, isso ser um segredo bem guardado, pois tanto por qustões de propaganda como por propósitos morais foi reportado que o Rei continuava a residir a tempo inteiro no Palácio de Buckingham. Depois do fim das hostilidades, em 1945, a Família Real deixou o Castelo de Windsor e voltou para a Royal Lodge.

A Rainha Isabel II decidiu em 1952 (o ano em que subiu ao trono) fazer de Windsor o seu principal refúgio de fim-de-semana. Os apartamentos privados ("D"), os quais não tinham voltado a ser propriamente ocupados desde a época da Rainha Maria de Teck, foram renovados e modernizados, tendo a Rainha, o Príncipe Filipe e os (então) dois filhos instalado residência nesta área. Esta organização permaneceu até à actualidade.
No dia 20 de Novembro de 1992 houve um incêndio no castelo, o qual começou na capela privada da Rainha (entre "C" e "D" na planta) e rapidamente se propagou. Este incêndio deflagrou durante quinze horas tendo destruido nove das principais salas de estado e danificou severamente outras cem — por toda a parte alta. Um quinto do piso do castelo ficou danificado —uma área de 9.000 metros quadrados. O programa de restaurou demorou cinco anos a ficar concluido, tendo 70% sido financiados pela abertura ao público,pela primeira vez, das salas de estado do Palácio de Buckingham. Os custos totais da reparação ascenderam a 37 milhões de libras (59,2 milhões de dólares dos E.U.A.). O restauro foi efectuado sem custos tributários adicionais. O restauro foi um sucesso, tendo seguido fielmente a planta e as decorações originais, ao ponto de as distinções entre o novo e o velho ser difícil de detectar. Algumas das salas consumidas pelo fogo foram completamente redesenhadas numa moderna interpretação, muito orgânica e em estilo gótico, a qual tem sido chamada de "Gótico Downesiano" devido ao arquitecto que as desenhou, Giles Downes, da sociedade "Sidell Gibson Partnership". Estas renovações incluém a nova Capela Privada, o novo Saguão da Lanterna e o novo tecto da Galeria de St George. O último foi feito em carvalho verde, uma técnica usada nos tempos medievais. De qualquer forma, o que fica menos evidente é que os trabalhos de restauro resultaram em melhorias significativas, particularmente no arranjo das salas públicas e nos quarteirões de serviço.
Nos últimos anos, a Rainha tem usado cada vez mais o castelo tanto como palácio Real como residência de fim-de-semana. Tem sido usado tão frequentemente para banquetes de estado e entretenimentos oficiais como o Palácio de Buckingham. Quando em 1992 o Próincipe André foi entrevistado pela televisão no contexto do incêndio, declarou que o Castelo de Windsor era o local onde a Família Real se sentia em casa.
Durante o periodo de posse da rainha Isabel II muito tem sido feito, não só no restauro e manutenção da fábrica do edifício, mas também na transformação do castelo numa importante atracção turística da Inglaterra. Isto teve que ser conseguido em coordenação com o papel do castelo como um Palácio Real em funcionamento. Em 1994, foi descoberto petróleo nos campos do castelo, e a Rainha garantiu a permissão de pesquisas para testar as reservas, que os peritos prevêm valer mais de 1 bilião de dólares americanos. Quaisquer resultados positivos seriam divididos entre a companhia petrolífera e o estado.
Em Junho de 1999, uma história da BBC reportou que o Príncipe Carlos pensava mudar a Corte do Palácio de Buckingham para o Castelo de Windsor quando subisse ao trono. A história especulava que o Príncipe estava a tentar ganhar mais independência da tradicional Corte do Palácio de Buckingham. Até agora o Palácio não comentou esta história, mas diz-se que o Príncipe Carlos, juntamente com o resto da Família Real, tem uma afeição especial pelo Castelo de Windsor.
                                            O longo passeio que dá acesso Castelo de Windsor.
                                             O longo passeio de acesso ao Castelo de Windsor.
Século XXI
Como sinal dos tempos, no dia 30 de Setembro de 2006 foi anunciado que Isabel II, como parte da política da igualdade de oportunidades em Windsor, permitiu o uso de um gabinete do castelo para a realização do salá (a oração feita cinco vezes ao dia, pelos fiéis muçulmanos), quando requerido, de acordo com o pedido de um empregado.
                                                        Castelo de Windsor: torre do relógio.
Principais eventos

Entre os eventos expressivos que ocorreram nas dependências do Castelo, destacam-se:
  • o casamento de Henrique I e sua segunda esposa, Adeliza (1121)
  • o nascimento do Rei Eduardo III (1312)
  • o casamento de Eduardo, o Príncipe Negro e Joana de Kent (1361)
  • o sepultamento do Rei Eduardo IV (1483)
  • o casamento do futuro Rei Eduardo VII e Alexandra da Dinamarca (1863)
  • o sepultamento do Rei Jorge VI (1952)
  • o casamento do Príncipe Edward e Sophie Rhys-Jones (1999)
  • o sepultamento da Rainha-mãe Elizabeth, consorte de Jorge VI e mãe de Isabel II (2002)
  • o aniversário de 21 anos do Príncipe William de Gales (2003)
A Grande trincheira Real

Castelo de Windsor foi um dos três locais Reais escavados durante quatro dias pela Equipa Tempo ("Time Team") de arqueólogos, liderada por Tony Robinson, entre 25 e 28 de Agosto de 2006. No Reino Unido, o Channel 4 dedicou um programa de serão às descobertas de cada dia e seguiu, ainda, as escavações, ao vivo, no programa More4, com transmissão simultânea pela internet.
Marcado para integrar as celebrações do octagésimo aniversário da Rainha Isabel II do Reino Unido, juntamente com outros eventos durante o ano de 2006, esta escavação marcou a 150ª trincheira realizada pela "Time Team". Pela primeira vez, a Rainha deu permissão para serem escavadas trincheiras nos jardins do Palácio de Buckingham, tal como no Castelo de Windsor e no Palácio de Holyroodhouse, em Edimburgo. A Grande Trincheira Real é um exemplo da abertura das casa da Rainha ao acesso público, tal como ela fez durante o Fim-de-Semana do seu Jubileu de Ouro em 2002 e ao longo de 2006 pelo seu aniversário.
Os arqueólogos tiveram uma oportunidade sem precedentes para provar a geofísica e a história de três residências Reais por um período de quatro dias, com equipas a trabalhar em concorrência nas três localizações.
Castelo de Windsor foi cenário de dois achados notáveis:
  • Na Parte Alta, nas fundações do edifício da Mesa Redonda, erguido em 1344 por Eduardo III foram descobertos, entre outros achados, uma espectacular telha medieval decorada in situ. Na época de Eduardo, o edifício da Mesa Redonda, com 200 pés de diâmetro, foi usado para banquetes, festivais, e representações teatrais acerca dos Cavaleiros da Távola Redonda da lenda do Rei Artur.
  • Na Parte Baixa, foi descoberta a Grande Galeria do palácio de Henrique III e foi encontrada uma das suas paredes ainda erguida. Isto ajudou os arqueólogos a avaliar onde o primeiro palácio de Windsor realmente se ergueu.
Estas descobertas aumentaram o conhecimento acerca da localização, história e usos do Edifício da Mesa Redonda e da Grande Galeria.
Segurança

Apesar de menos publicitada que a do Palácio de Buckingham, a segurança no Castelo de Windsor tem, ocasionalmente, sofrido brechas. O último episódio ocorreu quando um intruso (o pretenso "terrorista cómico", Aaron Barschak) invadiu a festa de aniversário do Principe Guilherme de Gales.
A Polícia do Vale do Tamisa ("Thames Valley Police") e o Departamento de Protecção Real e Diplomática ("Royalty and Diplomatic Protection Department") do Serviço Metropolitano de Polícia de Londres ("London Metropolitan Police Service") providenciam os principais elementos de segurança física. A Guarda do Castelo de Windsor ("Windsor Castle Guard") do Regimento de Infantaria de Elite da Divisão Doméstica, provida por um batalhão de deveres públicos em Londres, ou pelo batalhão do Aquartelamento de Vitoria, Windsor, Berkshire, contribuem para isso.
O Regimento de Infantaria de Elite no Aquartelamento de Vitoria, à distância de um quarto de milha do castelo, é suportado pelo Esquadrão de Reconhecimento Protegido da Cavalaria Doméstica, com base no Aquartelamento de Combermere, Windsor, a uma milha do castelo. Em momentos de emergência no castelo, vários milhares de soldados, assim como os tanques ligeiros FV107 Scimitar da Cavalaria Doméstica, estão habilitados a responder rapidamente, em ordem a proteger o castelo e os seus ocupantes.
Arredores
Esquema
Ao longo dos seus 1000 anos de história, o desenho do Castelo de Windsor tem mudado e evoluido de acordo com os tempos, gostos, requisitos e finanças de sucessivos monarcas. No entanto, as posições dos principais elementos têm permanecido fixas, pelo que a moderna planta ao lado é um útil guia para localizar as estruturas. O castelo actual, por exemplo, permanece centrado no monte ou colina artificial ("A" na planta) na qual Guilherme, o Conquistador construiu o primeiro castelo de madeira.


Chave da planta à direita
  • A: Torre Redonda (Round Tower)
  • B: Parte Alta (Upper Ward), O Quadrângulo (The Quadrangle) (como é conhecido este pátio)
  • C: Apartamentos de Estado (State Apartments)
  • D: Apartamentos Privados (Private Apartments), com vista para o Terraço Este
  • E: Ala Sul (South Wing), com vista para o Longo Passeio
  • F: Parte Baixa (Lower Ward)
  • G: Capela de São Jorge (St George's Chapel)
  • H: Claustro em Ferradura (Horseshoe Cloister)
  • K: Portão Rei Henrique VIII (King Henry VIII Gate), entrada principal
  • L: Longo Passeio (Long Walk)
  • M: Portão Normando (Norman Gate)
  • N: Terraço Norte (North Terrace)
  • O: Torre Eduardo III (Edward III Tower)
  • T: Torre do Recolher (Curfew Tower)
O mais visível ponto de referência do castelo, a Torre Redonda ("A"), está, na verdade, longe de ser cilíndrica, sendo a sua forma ditada pela irregular, mas aparentemente redonda, colina artificial em que se ergue. O esquema do castelo data da época das fortificações medievais. A Torre Redonda divide o castelo em duas secções distintas, conhecidas como "partes" ("wards"). Na Parte Baixa (Lower Ward - "F") encontra-se a capela de St George ("G"), enquanto que a Parte Alta (Upper Ward - "B") contém os Apartamentos Reais ("D") e as salas de estado mais formais ("C"), as quais incluém a Galeria de St George (St George's Hall), um vasto salão, cujo tecto está decorado com os brasões dos passados e presentes menmbros da Ordem da Jarreteira (Order of the Garter).
Planta do Castelo de Windsor (as letras marcadas a encarnado servem de legenda às localizações referidas ao longo da página).
Parque
Nos arredores próximos do castelo, encontra-se o Home Park de Windsor, o qual compreende o parque e duas quintas de trabalho, juntamente com muitas casas de lavrador, principalmente ocupafas por empregados. A herdade de Frogmore também fica situada no interior do Home Park. A Frogmore House e os jardins estão abertos ao público em certos dias do ano (o resto do Home Park é privado). O Home Park fica contíguo à margem Norte do mais extenso - embora agora infelizmente desgastado — Grande Parque de Windsor (Windsor Great Park.
Mais além
Na cidade de Windsor, aos pés do castelo, ergue-se uma escola privada, a St George's, Windsor Castle, a qual providencia coristas para a capela. O Eton College fica localizado a cerca de uma milha para Norte do castelo.


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