segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ano de 2011: Reino Unido - 2° parte

Palácios e residências reais do Reino Unido.
Históricos:
Palace of Beaulieu
Palace of Beaulieu, também conhecido como New Hall, é um palácio da Inglaterra, localizado no condado do Essex, a norte de Chelmsford.
                                         Vista geral do Palace of Beaulieu na época de Herique VIII.
História

A herdade na qual foi construído o Palace of Beaulieu - o solar de Walhfare, em Boreham - foi concedido aos cónegos da Abadia de Waltham Abbey em 1062. Depois de várias mudanças de posse, foi concedido pela Coroa ao Conde de Ormond, em 1491. Nessa época, a propredade tinha uma casa chamada de New Hall.
Em 1517, o New Hall foi vendido por Thomas Boleyn a Henrique VIII. O rei reconstruíu a casa em tijolo, cujas obras tiveram um custo de 17.000 libras, uma soma considerável na época, dando ao novo palácio o nome de Beaulieu.
No dia 23 de Julho de 1527, a Corte de Henrique VIII chegou a Beaulieu para passar o verão, permanecendo, de forma incomum, por mais de um mês. Foi neste palácio que, aa companhia dum grande número de nobres e suas esposas, incluíndo Thomas Boleyn, Visconde Rocheford, o pai de Ana Bolena, o Visconde Fitzwalter, os Condes de Oxford, Essex e Rutland, o Marquês do Exeter e os Duques de Norfolk e Suffolk, Henrique VIII planeou um esquema que lhe permitisse coabitar com Ana Bolena, a pretendida sucessora de Catarina de Aragão, através da obtenção duma bula papal que o autorizasse a cometer bigamia. Este plano foi abandonado quando o Cardeal Wolsey o descobriu, embora o papa tenha, de facto, emitido uma bula para o mesmo efeito em Dezembro daquele ano.
Em Outubro de 1533, a filha de Catarina de Aragão, Maria, a qual havia permanecido durante algum tempo em Beaulieu, foi convidada a sair, uma vez que o palácio havia sido recentemente concedido a Lord Rochford (irmão de Ana).

A Rainha Isabel I concedeu a herdade, em 1573, a Thomas Radcliffe, 3º Conde de Sussex, o qual parece ter reconstruído em grande medida a ala norte. Em 1622 o palácio foi vendido a George Villiers, 1.° Duque de Buckingham, por 30.000 libras.
Em 1640, durante a Guerra Civil Inglesa, Oliver Cromwell tomou posse da propriedade pela soma de cinco xelins. Depois de reverter para o 2º Duque de Buckingham aquando da Restauração, esta foi vendida a George Monck, 1º Duque de Albermarle, sendo a Corte de Carlos II sido recebida ali frequentemente. Cosme II de Médice, Gão Duque da Toscana, visitou o palácio em 1669, e um membro da sua comitiva produziu uma vista da casa. Uma cópia deste trabalho foi publicada em ,1821.
Benjamin Hoare adquiriu a propriedade em 1713, mas esta encontrava-se num pobre estado quando foi comprada, em 1737, por John Olmius, mais tarde 1º Lord Waltham, o qual demoliu e reconstruíu grande parte do antigo palácio. A ala norte permaneceu, em grande medida, intocada, formando o actual palácio.
A herdade foi adquirida, em 1798, pelas freiras inglesas da Ordem do Santo Sepúlcro, as quais abriram ali uma escola católica no ano seguinte. A New Hall School mantém-se como uma escola até à actualidade. Os Brasões Reais de Henrique VIII encontram-se na capela da escola.
O nome Beaulieu é, agora, lembrado no nome da vizinha propriedade do palácio, o Beaulieu Park. O Palace of Beaulieu não deve ser confundido com o Palace House, situada em Beaulieu, no Hampshire.
  O Palace of Beaulieu em 1669, desenhado pelo Conde L, Magalotti durante a visita de Cosme II de Médice.
                                Pormenor da fachada do Palace of Beaulieu na época de Henrique VIII.
Beaumont Palace

Beaumont Palace foi um palácio Real, em Oxford, construído por Henrique I de Inglaterra, cerca de 1130, convenientemente próximo do Woodstock Palace, o pavilhão Real de caça no Oxfordshire (actualmente parte do parque do Blenheim Palace). A sua antiga presença está registada na toponímia de Oxford através da Beaumont Street. Colocado num pilar no lado norte da rua, próximo da Walton Street, encontra-se uma pedra com a inscrição: "Near this place stood the King's House in which King Richard I was born on 8 September 1157". A Casa do Rei era a enfiada do palácio que continha os alojamentos Reais.
Quando Eduardo II foi posto em luta na Batalha de Bannockburn, em 1314, diz-se que terá invocado a Virgem Maria e prometido fundar um mosteiro para os Carmelitas (os Frades Brancos) se conseguisse escapar a salvo. Em pagamento do seu voto, entregou o Beaumont Palace às Carmelitas em 1318. Quando os Frades Brancos foram dispersos pela Dissolução dos Mosteiros, na primeira metade do século XVI, a maior parte da estrutura foi desmantelada e as suas pedras reutilizadas na construção da Christ Church (Igreja de Cristo) e do St John's College (Colégio de São João), ambos em Oxford. Os últimos vestígios do Beaumont Palace foram obliterados pelo traçado da Beaumont Street na década de 1820.
                                                            Beaumont Palace em 1785.
Bridewell Palace
Bridewell Palace foi um palácio londrino que serviu de residência ao Rei Henrique VIII, tendo mais tarde sido transformado em albergue e prisão. O seu nome tornou-se sinónimo de esquadra de polícia e instalação de detenção na Inglaterra e na Irlanda.
A Casa de Passe no Bridewell Palace, desenhada por Thomas Rowlandson e Augustus Pugin para o Microcosm of London de Ackermann (1808-1811).
História

O palácio foi construído no sítio da estalagem medieval St Bride's Inn, pelo custo de £39.000, para Henrique VIII, o qual viveu ali entre 1515 e 1523. Erguendo-se nas margens do Rio Fleet, recebeu o nome (Bridewell - Poço de Bride) em referência ao vizinho poço dedicado a Santa Brígida de Kildare (St Bride). A delegação papal enviada pelo Papa Clemente VII realizou aqui encontros preliminares, em 1528, para discutir o divórcio entre o Rei e Catarina de Aragão. Sendo um projecto destinado a servir os interesse pessoais do Cardeal Thomas Wolsey, o palácio foi abandonado pelo rei depois da queda em desgraça de Wolsey, em 1530. Foi, então, arrendado ao Embaixador da França entre 1531 e 1539.
Em 1553, Eduardo VI concedeu o palácio à City of London para alojamento das crianças sem-abrigo e para punição das mulheres desordeiras. A City tomou posse total em 1556 e transformou o palácio em prisão, hospital e oficinas. Desde a sua doação à cidade, passou a funcionar, também, no Bridewell Palace uma escola conhecida como Bridewell Royal Hospital.
O nome "Bridewell" também foi adoptado por outras prisões em Londres, incluíndo a Clerkenwell Bridewell, inaugurada em 1615, e a Tothill Fields Bridewell, em Westminster. Instituições semelhantes espalhadas pela Inglaterra, Irlanda e Canadá também tomaram de empréstimo o nome Bridewell. Actualmente, o termo refere-se frequentemene ao principal estabelecimento de detenção de uma cidade, habitualmente contígua ao tribunal, como acontece em Nottingham, Leeds, Gloucester, Bristol, Dublin e Cork.
A maior parte do palácio foi destruída no Grande Incêndio de Londres, ocorrido entre 2 e 5 de Setembro de 1666, sendo o edifício reconstruído entre o resto de 1666 e 1667. Em 1700 tornou-se na primeira prisão a recrutar profissionais de saúde (um médico). A prisão foi encerrada em 1855 e o edifício destruído entre 1863 e 1864. A escola mudou-se para um novo local no Surrey, e alterou o nome para "King Edward's School, Witley", a qual celebrou, em 2003, o seu 450º aniversário.
A maior parte do terreno onde se erguia o antigo palácio está agora ocupado pelo Edifício Unilever, construído em 1931.

Brantridge Park
Brantridge Park, é um dos menores palácios Reais da Inglaterra. Fica situado em Balcombe, no condado de West Sussex, em plena Brantridge Forest (Floresta de Brantridge).
O palácio original foi construído em 1750, e o actual edifício em 1853. Foi durante muitos anos a sede de Alexander Cambridge, 1º Conde de Athlone (1874-1957), e da sua esposa, a Princesa Alice of Albany (1883-1981), a última neta sobrevivente da Rainha Vitória. Serviu, também, como refúgio para muitos membros da realeza, como a Princesa Beatriz do Reino Unido, filha mais nova da Rainha Vitória, a qual viveu em Brantridge Park de 1919 até à sua morte, em 1944, a Rainha Ena de Espanha e Sibila de Saxe-Coburgo-Gota, Duquesa de Västerbotten e mãe do actual Rei da Suécia.
Actualmente, o palácio foi convertido em elegantes apartamentos, vendidos em regime de timeshare, no interior dum parque de 90 acres.
                                                                      Brantridge Park.
Coombe Abbey
Coombe Abbey é um antigo palácio Real localizado no Warwickshire, Inglaterra, construído originalmente como mosteiro, durante o século XII. O edifício é, actualmente, ocupado por um hotel que se desenvolveu a partir da casa histórica. O antigo palácio é um listed building classificado com o Grau I.
                                                Ala Oeste de Coombe Abbey, jardins elagos.
História
Coombe Abbey foi fundada como um mosteiro no século XII. Depois da Dissolução dos Mosteiros, no século XVI, tornou-se propriedade Real.
Isabel da Boémia, a filha do Rei Jaime I, foi educada em Coombe Abbey, no início do século XVII; se a Conspiração da Pólvora tivesse sido bem sucedida, esta teria sido sequestrada de Coombe Abbey e proclamada Rainha Isabel II.
Em 1682, a Ala Oeste foi acrescentada pelo arquiteto Capitão William Winde, o qual também desenhou a Buckingham House, a qual mais tarde se tornaria no Palácio de Buckingham, sendo a semelhança notável. Em 1771, Capability Brown redesenhou os jardins, incorporando a "Coombe Pool", um lago com meia milha de comprimento.
Coombe Abbey foi comprado pelo Conselho da Cidade de Coventry em 1964. Os terrenos originais da propriedade estão ocupados por um parque rural conhecido como "Coombe Country Park", o qual se estende pelo distrito de Coventry. O hotel está localizado numa zona rural entre Coventry e Brinklow, aproximadamente a meio caminho entre as duas.
          Coombe Abbey no início do século XVIII, representado na Britannia Illustrada, de Kip e Knyff.
Galeria de imagens de Coombe Abbey
                                                           Coombe Abbey vista a partir da entrada da propriedade.
                                                                            Coombe Abbey (a casa velha).
                                                               Exterior do centro de visitas de Coombe Abbey.
                                                                  Interior do centro de visitas de Coombe Abbey.
Cumberland Lodge
Cumberland Lodge é um antigo Palácio Real da Inglaterra situado no interior do Grande Parque, 3,5 milhas a sul do Windsor Castle.
                                                                     Cumberland Lodge visto do jardim.
Índice
1 História
2 Residentes em Coomberland Lodge
3 A Fundação
História

O palácio foi construído por John Byfield, um capitão do exército, en 1650, quando Oliver Cromwell dividiu e vendeu em lotes o Grande Parque de Windsor. O edifício foi chamado de Byfield House até 1670. Foi então renomeado como New Lodge, tendo também, a seu tempo, sido chamado de Windsor Lodge ou Ranger Lodge.
Depois da Restauração, o Rei Carlos II fez do palácio a residência oficial do Ranger do Grande Parque — um cargo assumido por nomeação da Coroa, sempre detido por alguém próximo do soberano.
Durante o ano de 1936, Cumberland Lodge foi usado para reuniões chave entre o Secretário Privado do Rei e o Primeiro-Ministro Stanley Baldwin, as quais levaram, mais tarde à abdicação do Rei Eduardo VIII.
Residentes em Coomberland Lodge

Entre aqueles que residiram em Cumberland Lodge encontram-se:
  • Baptist May, o primeiro Ranger residente;
  • Sarah Churchill, Duquesa de Marlborough (1702–1744) e o seu marido, John Churchill, 1.º Duque de Marlborough, o qual faleceu ali em 1722;
  • John Spencer, 1.° Conde Spencer (1744–1746);
  • William Augustus, Duque de Cumberland, filho do Rei Jorge II (1746–1765);
  • Henry Frederick, Duque de Cumberland e Strathearn, filho de Frederico, Príncipe de Gales (1765–1790);
  • Ana, Duquesa de Cumberland e Strathearn, viúva de Henry Frederick (1790–1803);
  • George Spencer-Churchill, 5.º Duque de Marlborough (até 1822);
  • Augustus Frederick, Duque de Sussex, filho do Rei Jorge III (1830–1843);
  • Princesa Helena, filha da Rainha Vitória e esposa do Príncipe Cristiano de Schleswig-Holstein (1872–1923);
  • Augusta Vitória (1858-1921), última Imperatriz do Império Alemão, sobrinha da Princesa Helena e do Príncipe Christian.
  • Edmund Fitzalan-Howard, 1º Visconde Fitzalan de Derwent, último Vice-rei da Irlanda (1923–1947).
 A Fundação

Em 1947, o Rei Jorge VI concedeu o uso do palácio à St Katharine’s Foundation (Fundação de Santa Catarina) — actualmente conhecida como King George VI and Queen Elizabeth Foundation of St Catharine’s (Fundação Rei Jorge VI e Rainha Isabel de Santa Catarina). A Fundação é uma instituição educacional Cristã que resultou da imaginação e crítica de Miss Amy Buller. Com base nas suas experiências obtidas na Alemanha entre as duas guerras mundiais, ela acreditava que o crescimento do Nazismo havia sido ajudado significativamente pelo facto de as grandes universidades germânicas não ensinarem os alunos a usar os seus julgamentos críticos no mundo à sua volta e não providenciarem um espaço onde os grandes assuntos do dia podessem ser discutidos abertamente.
Amy Buller concebeu, assim, a ideia de um centro residencial para onde os estudantes podessem ir com os seus professors e, numa atmosfera relaxada, podessem considerar importantes assuntos éticos e sociais fora dos limites normais dos seus cursos de graduação. Amy recebeu apoio activo do Rei e da Rainha. Para reconhecer o papel primordial desempenhado por Suas Majestades no estabelecimento da instituição, o seu nome foi alterado em 1968 para a designação actual. Elizabeth Bowes-Lyon, a Rainha-Mãe, foi patrona da Fundação, e a Princesa Margarida, Condessa de Snowdon, foi sua visitante.
Actualmente, Cumberland Lodge é usada para workshops académicos e curtos cursos residenciais feitos para grupos de estudantes, principalmente universitários, que chegam aqui para analisar, no contexto da filosofia Cristã, os conceitos fundamentais, ligando as actividades políticas, económicas e científicas. O palácio não está aberto ao público em geral.

Palácio de Dunfermline

Palácio de Dunfermline (em inglês Dunfermline Palace) é um antigo palácio real da Escócia, actualmente em ruínas, localizado em Dunfermline, na região de Fife. Foi erguido junto ao hospitium da Abadia de Dunfermline, ocupando uma posição pitoresca próxima do desfiladeiro.
Dunfermline era uma das residências favoritas dos monarcas escoceses. A história documentada das residências reais ali começa no século XI com Malcolm III, que fez daquela localidade a sua capital. A sua sede era a vizinha Torre de Malcolm, poucas centenas de jardas a oeste do futuro palácio. No período medieval, David II (1324) e Jaime I (1394) nasceram ambos em Dunfermline.
O palácio é gerido pela Historic Scotland (Escócia Histórica), assim como a vizinha Abadia de Dunfermline.
                                               Ruínas do Dunfermline Palace vista do noroeste.
Índice
1 História
2 Estrutura
História

O Dunfermline Palace está ligado à histórica Abadia de Dunfermline, ocupando o espaço entre a abadia e o profundo desfiladeiro a sul. Está ligado aos antigos quarteirões residenciais monásticos por uma portaria sobre uma passagem (pend ou yett), um dos portões medievais de Dunfermline. Desta forma, o edifício ocupa o que foi a original casa de hóspedes da abadia.
A Abadia de Dunfermline foi construída no século XII por David I, o qual já utilizou a hospedagem na abadia. O hospitium (casa de hóspedes) foi provavelmente construída na mesma data que o refeitório, no início do século XIV. Os monarcas posteriores fizeram alterações ocasionais; tal como fez Jaime V na década de 1530, ao colocar as suas armas e as de sua esposa, Maria de Guise.

O Dunfermline Palace foi reconstruído por Jaime IV da Escócia, em 1500, passando a ser uma das residências favoritas dos monarcas escoceses. No entanto, só depois da reforma efectuada em 1560 é que a casa de hóspedes da abadia foi convertida num verdadeiro palácio. Jaime IV, Jaime V, Maria e Jaime VI passaram, todos eles, muito do seu tempo ali.
O palácio foi dado como presente de casamento por Jaime VI a Ana da Dinamarca depois do seu enlace, em 1589. Ana encarregou o mestre de obras William Schaw de ajustar o edifício. Este foi responsável pela instalação de janelas rectangulares no primeiro piso, sendo a parte ocidental quase totalmente reconstruída. A ala oeste do mosteiro foi associada ao palácio. Na parte ocidental da igreja monástica foi construída a Queen's House (Casa da Rainha), um edifício com dois salões e uma sala de jantar, que viria a ser demolida em 1797. Antes da União das Coroas, em 1603, aquela rainha permaneceu frequentemente no palácio, tendo dado à luz três dos seus filhos no seu interior; Isabel da Boémia (1596), Carlos I de Inglaterra (1600) e Roberto, Duque de Kintyre (1602). Antes deles, já David II (1324) e Jaime I da Escócia (1394) haviam nascido em Dunfermline.
Em 1603, Jaime VI da Escócia chegou ao poder, tornando-se também Jaime I de Inglaterra, e mudou a sede da sua corte para Londres.
Depois da coroação escocesa de Carlos I, em 1633, este soberano fez poucas visitas ao seu local de nascimento. O último monarca a ocupar o palácio foi Carlos II de Inglaterra, o qual esteve em Dunfermline antes da Batalha de Pitreavie, em 1650. O edifício foi abandonado pouco depois, e destelhado em 1708.
                                            O Dunfermline Palace numa gravura de William Miller.
                                                O Dunfermline Palace visto da portaria, a leste.
                                              Aspecto atual das ruínas do Dunfermline Palace.
Estrutura

hospitium da Abadia de Dunfermline ficava no lado sudoeste dos terrenos da abadia e estava ligado à ala sul deste através duma passsagem. Ficavam nesta esta ala as cozinhas, os alojamentos dos criados e o refeitório dos monges, assim como a casa de hóspedes. Mais tarde, ohospitium foi transformado num verdadeiro palácio. Inicialmente, esta estrutura era um edifício de dois andares, cujo piso inferior servia como espaço de armazenamento. No final do século XVI, o prédio tinha três andares. No início do século XXI, tudo o que resta é a parede sul e a cozinha.
Nas decorações de pedra, entre outras coisas, sobreviveu uma Anunciação, na qual está representado o Arcanjo Gabriel a anunciar o nascimento de Jesus à Virgem Maria. Esta pedra ornava uma janela e está exposta no museu do palácio.
                                                                      A Anunciação.
Castelo de Edimburgo

Castelo de Edimburgo (em língua inglesa: Edinburgh Castle) é uma antiga fortaleza que domina a silhueta da cidade de Edimburgo, na Escócia, a partir da sua posição no topo do Castle Rock (Rochedo do Castelo). Trata-se de um dos mais importantes castelos do país, sendo a segunda atracção turística mais visitada na Escócia,[1] ao receber anualmente cerca de um milhão de pessoas.

A ocupação humana no local remonta ao século IX. No entanto, poucas das estrutruras do castelo actual são datadas antes do cerco Lang do século XVI, com a notável excepção da Capela de Santa Margarida, o mais velho edifício sobrevivente de Edimburgo, a qual remonta ao início do século XII.

Entre as suas atracções estão as jóias da Coroa Escocesa: a Coroa, a Espada e o Ceptro encontram-se entre as mais antigas da Europa. Estas insígnias reais foram aqui guardadas após a união dos Parlamentos da Escócia e da Inglaterra, em 1707, encontrando-se actualmente em exibição na Sala da Coroa. Ali também se encontra a chamada Pedra do Destino, o assento de coroação dos reis da Escócia.

Outros pontos de interesse no castelo são:

  • a pequena Capela de Santa Margarida, os aposentos reais e o imponente Grande Hall, construído por Jaime IV da Escócia em 1511;
  • as prisões militares, onde no final do século XVIII estiveram detidos marinheiros de muitos países, inclusive dos recém-independentes Estados Unidos da América.
  • Mons Meg, um exemplar das primeiras bombardas europeias. A peça foi fundida para salvar no casamento de Maria Stuart, rainha da Escócia, com o rei Henrique II de França. A bala de pedra foi encontrada a cerca de duas milhas de distância.

Durante três semanas, em Agosto, a praça em frente ao Portão de Armas do castelo serve de palco à Edinburgh Military Tatoo, uma parada militar famosa em todo o mundo.

Índice

1 História

  1.1 Pré-história do Castle Rock

    1.1.1 Geologia

    1.1.2 Primeiras ocupações

  1.2 Início da Idade Média
  1.3 Alta Idade Média
  1.4 Guerras da Independência Escocesa
  1.5 A Torre de David e o século XV
  1.6 O século XVI e o Cerco Lang
  1.7 Nova Escócia e Guerra Civil
  1.8 Fortaleza da guarnição: jacobitas e prisioneiros
  1.9 Do século XIX a o presente
2 Descrição
  2.1 Recinto baixo
  2.2 Recinto intermédio
    2.2.1 Museu da Guerra Nacional da Escócia
  2.3 Recinto Alto
    2.3.1 Capela de Santa Margarida
    2.3.2 Mons Meg
    2.3.3 Half Moon Battery e David's Tower
  2.4 Crown Square
    2.4.1 Palácio Real
    2.4.2 Sala da Coroa
    2.4.3 Grande Hall
    2.4.4 Edifício Rainha Ana
    2.4.5 Memorial da Guerra Nacional Escocesa
3 Uso atual
  3.1 Atração turística
  3.2 Papel militar
  3.3 Military Tattoo
  3.4 One O'Clock Gun
  3.5 Símbulo de Edimburgo
História
Pré-história do Castle Rock
Geologia
O castelo ergue-se no colo basáltico de um vulcão extinto, que se estima ter estado em actividade há uns 340 milhões de anos, durante o baixo período Carbonífero. Elevando-se a 120 metros (390 pés) acima do nível do mar, o Castle Rock (Rochedo do Castelo) e a colina inclinada para leste são um exemplo clássico de formação despenhadeiro e rasto. Estas bases geológicas não podem ser substimadas no seu significado para o posterior desenvolvimento do castelo, e da própria cidade, assim como dos eventos que definiram a sua história. Para sul, oeste e norte, o castelo é protegido por íngremes falésias elevadas uns 80 metros (260 pés) da paisagem circundante. Isso significa que a única estrada para o castelo facilmente acessível se estende para leste, onde as encostas são mais suaves.
No entanto, do mesmo modo que a sua localização tornou o castelo inexpugnável, também lhe apresentou dificuldades. Uma delas foi o facto do basalto ser um lençol freático extremamente pobre. Por esse motivo, abastecer o castelo de água, em especial o recinto superior, tornou-se problemático desde muito cedo, provando ser desastroso em condições de cerco, como por exemplo quando a guarnição esgotou a água durante o Cerco Lang de 1573.
                                        O lado norte do castelo, no colo basáltico do Castle Rock.
Primeiras ocupações
As origens de Edimburgo encontram-se tão fundas sob o monte da história que escrever sobre a matéria é largamente especulativo e frequentemente contraditório. Tem sido sugerido que uma primeira referência à ocupação do lugar do castelo pode ser encontrada logo em meados do século II. Ptolemeu (cerca de 83 – cerca de 168) refere-se a uma comunidade dos votadini conhecida pelos romanos como "Alauna", que significa "local rochoso", o que pode ser o primeiro nome conhecido do Rochedo do Castelo.
Evidências mais duvidosas de habitações ainda mais antigas são fornecidas por Andrew de Wyntoun (cerca de 1350 – cerca de 1423), um dos primeiros cronistas da História da Escócia. A Orygynale Cronykil, de Wyntoun, alude a "Ebrawce" (Ebraucus), um lendário rei dos britões que "byggyd" (construiu) Edimburgo. De acordo com um dos primeiros cronistas ingleses, Geoffrey de Monmouth (cerca de 1100 – cerca de 1155), Ebraucus tinha cinquenta filhos com as suas vinte mulheres e foi o fundador de "Kaerebrauc" (York) e"Alclud" (Dumbarton). A história de Monmouth afirma que Ebraucus reinou na bretanha ao mesmo tempo que David reinou em Israel (por volta do ano 1000 a.C.). Monmouth menciona um "Maidens' Castle" (Castelo de Maidens), mas não faz menção a Edimburgo. John Stow (cerca de 1525 – 1605) credita Ebraucus com a construção de "o Castelo de Maidens chamado Edimburgo" ("the Castell of Maidens called Edenbrough"). O nome "Maiden Castle"Castell Puellarum em latim, foi usado de forma comum no século XVI.
Embora existam sérias dúvidas sobre a veracidade destas crónicas iniciais, uma pesquisa arqueológica ao castelo realizada no final da década de 1980 dá credibilidade à ideia do lugar ter sido ocupado desde o final da Idade do Bronze ou início da Idade do Ferro, fazendo, potencialmente, do Castle Rock o sítio continuamente ocupado desde há mais tempo na Escócia. No entanto, a extensão dos achados não foi particularmente significativa e foi insuficiente para desenhar qualquer conclusão certa sobre a natureza precisa ou escala desta primeira fase de ocupação conhecida. A hipótese de ter sido, de facto, o lar do fecundo Rei Ebrawce pode ser apenas matéria de especulação.
A evidência arqueológica torna-se mais entusiástica na Idade do Ferro. Tradicinalmente, tem-se suposto que as tribos que habitaram esta parte da Escócia central fizeram pouco ou nenhum uso do Castle Rock. Escavações nos vizinhos Traprain LawDunsapie HillDuddingston e Inveresk têm revelado assentamentos relativamente grandes e é suposto que estes lugares tenham, pos alguma razão, sido escolhidos preferencialmente em detrimento de Castle Rock. No entanto, as escavações da década de 1980 sugerem que havia ali, provavelmente, uma fortaleza-colina encerrada na rocha, embora apenas as franjas do local tenham sido escavadas. Fragmentos de casas revelados eram semelhantes às casas dos votadini previamente encontradas na Nortúmbria.
A escavação revelou sinais claros de habitação no primeiro e segundo séculos depois de Cristo, consistentes com a referência de Ptolemeu a "Alauna". Curiosamente, esses sinais de ocupação incluem um bom lote de material romano, incluindo cerâmica, bronzes e broches. Isto pode reflectir uma relação comercial entre os votadini e os romanos, começando com a incursão para norte de Gneu Júlio Agrícola e continuando através do estabelecimento da Muralha de Antonino, quando os romanos se instalaram temporariamente na vizinhança, em Cramond. A natureza da ocupação nesta época é inclonclusiva, mas Driscoll e Yeoman sugerem que deve ter havido ali uma torre (broch) semelhante à de Edin's Hall, nas Borders. Não existem evidêwncias que confirmem que os romanos ocuparam, de facto, o Castle Rock, tal como fizeram no vizinho Traprain Law. A partir deste momento existem fortes evidências que apontam para uma ocupação contínua do lugar até ao presente, embora com flutuações nos níveis de população.
Início da Idade Média
O castelo não voltou a aparecer nos registos históricos contemporâneos desde o tempo de Ptolomeu até cerca do ano 600. Então, no épico britónico Y Gododdin, encontramos uma referência ao Din Eidyn, "o forte de Eidyn". Isto tem sido visto como uma referência inicial ao Castle Rock. O poema fala do Rei Mynyddog Mwynfawr de Gododdin e do seu bando de guerreiros, que, depois dum ano de festa na sua fortaleza, saíram para a batalha com os anglos na área do contemporêneo Yorkshire. Apesar de apresentarem gloriosos feitos de valor e bravura, os britões foram massacrados. É discutível até que ponto este conjunto poético de eventos deve ser acreditado. Além disso, não é universalmente aceite que o Castelo de Edimburgo e o Hall of Eidyn são sinónimos.
Os anais irlandeses registam que em 638, depois dos eventos relatados em Y Gododdin"Etin" foi sitiada pelos anglos sob Osvaldo da Nortúmbria e os gododdin foram derrotados. O território em volta de Edimburgo tornou-se, então, parte do Reino da Nortúmbria, ele próprio absorvido pela Reino de Inglaterra no século X, quando Athelstane de Inglaterra, de acordo com os Anais de Clonmacnoise, "espoleou o Reino de Edimburgo". Os ingleses retiraram-se e o Lothian tornou-se parte da Escócia, durante o reinado de Malcolm I da Escócia (governou de 943 a 954) ou do seu sucessor, Indulf (governou de 954 a 962).
A evidência arqueológica é equívoca; para o período relevante é inteiramente baseada em análises de pilhas de pilhas de conchas, sem evidência de estruturas. Deste modo, poucas conclusões se podem tirar sobre o estatuto da comunidade neste período, embora os depósitos de conchas não mostrem um interregno claro desde os tempos romanos.
Alta Idade Média
A primeira referência documentada a um castelo em Edimburgo encontra-se na ocorrência da morte do Rei Malcolm III, feita por John de Fordun. Fordun coloca a viúvado rei, a futura Santa Margarida, no "Castle of Maidens", onde encontra a sua própria morte no dia 16 de Novembro de 1093. O relato de Fordun dá conta da forma como Margarida faleceu de desgosto dentro de dias e como o irmão de Malcolm, Donald Bane, montou cerco ao castelo. No entanto, a crónica de Fordun só foi escrita no final do século XIV e o relato quase contemporâneo da vida de Santa Margarida, pelo Bispo Turgot, faz não menção a qualquer castelo. Durante o reinado de Malcolm III, o Dunfermline Palace serviu de residência real principal em detrimento de Edimburgo. Isso começou a mudar durante o reinado do seu filho mais novo, o Rei David I (governou de 1124 a 1153).
A maior contribuição do Rei David para o desenvolvimento de Edimburgo como local de poder real está sem dúvida assente nas suas reformas administrativas. No entanto, este monarca também recebe créditos pela realização de mudanças mais tangíveis na estrutura do castelo. Sabendo-se que a primeira reunião do Parlamento Escocês ocorreu no castelo por volta de1140, parece que existiam ali grandes edifícios ocupando o rochedo nessa época. Esses edifícios, e eventuais defesas, seriam provavelmente de madeira, embora fossem conhecidos dois edifícios em pedra datados do século XII. Um destes, a Capela de Santa Margarida, permanece no topo do rochedo. O outro era uma igreja dedicada a Santa Maria, a qual se erguia no sítio do actual Memorial da Guerra Nacional Escocesa. Dado que a parte sul do Recinto Superior (Upper Ward), onde está agora situada a Praça da Coroa (Crown Square) não estava preparada para edificações antes da construção das abóbadas no século XV, parece provável que os primeiros edifícios estariam localizados na parte norte do rochedo; isto fica em volta da área onde se ergue a Capela de Santa Margarida. Isto leva a supor que a capela é o último vestígio duma torre de menagem quadrada, em pedra, a qual terá formado a maior parte da fortificação do século XII. A estrutura devia ser semelhante à torre de menagem do Carlisle Castle, edifício começado por David I depois de 1135.
Em 1174, o sucessor de David, Guilherme I da Escócia, o Leão (governou de 1165 a 1214), foi capturado pelos ingleses na Batalha de Alnwick. Foi, então, forçado a assinar o Tratado de Falaise para assegurar a sua libertação, entregando em troca o Castelo de Edimburgo, juntamente com o Berwick Castle, o Roxburgh Castle e o Stirling Castle, ao rei inglês Henrique II. O castelo foi ocupado pelos ingleses durante doze anos, até 1186, quando regressou às mãos de Guilherme I como dote da sua noiva inglesa, Ermengarde de Beaumont, que havia sido escolhida para ele pelo Rei Henrique II de Inglaterra.
Guerras da Independência Escocesa
Um século mais tarde, com a morte do Rei Alexandre III, o trono da Escócia ficou vacante. Eduardo I de Inglaterra foi nomeado para julgar as reivindicações à Coroa escocesa, mas tentou usar a oportunidade para se estabelecer a si próprio como suserano feudal da Escócia. Durante as negociações, Eduardo permaneceu por um curto período no Castelo de Edimburgo, e fez com que grande parte dos registos e tesouros do país fossem removidos para a Inglaterra.
Em Março de 1296, Eduardo I lançou uma invasão à Escócia, despoletando a Primeira Guerra da Independência Escocesa. O Castelo de Edimburgo em breve ficou sob controle inglês, rendendo-se após três dias de bombardeamento. No ano de 1300 foi instalada uma grande guarnição, com 347 efectivos. No entanto, depois da morte de Eduardo I, em 1307, o controle inglês sobre a Escócia enfraqueceu. No da 14 de Março de 1314, um ataque surpresa nocturno, comandado por Thomas Randolph, 1º Conde de Moray, recapturou o castelo. O ousado plano envolveu um grupo de trinta homens escolhido a dedo, chefiado por um William Francis, que havia vivido no castelo quando era um rapaz, fazendo uma difícil escalada pela face norte do Castle Rock e apanhando a guarnição de surpresa. Roberto o Bruce ordenou imediatamente a destruição das defesas do castelo para prevenir a reocupação pelos ingleses. Pouco depois, o exército de Bruce garantiu a vitória na Batalha de Bannockburn.
Depois da morte de Bruce, Eduardo III de Inglaterra determinou a continuação do projecto do seu avô e apoiou a reivindicação de Edward Balliol, filho do antigo Rei John Balliol, sobre a do jovem David II, filho do Bruce. Eduardo invadiu em 1333, dando início à Segunda Guerra da Independência Escocesa, e as forças inglesas reocuparam e refortificaram o Castelo de Edimburgo em 1335, mantendo-o até 1341. Desta vez, o assalto escocês foi chefiado por William Douglas, 1º Conde de Douglas. O grupo de Douglas disfarço-se como mercadores que traziam mantimentos à guarnição. Conduzindo uma carroça para o castelo, pararam-na de forma a evitar que os portões fechassem. Um grande força escondida das redondezas correu a reuniu-se-lhes e o castelo foi recuperado. Toda a guarnição inglesa, composta por 100 membros, foi assassinada.
A Torre de David e o século XV
O Tratado de Berwick, de 1357, pôs fim às Guerras de Independência. David II reassumiu o seu reinado e encarregou-se de reconstruir o Castelo de Edimburgo, o qual se tornou na principal sede de governação. A Torre de David (David's Tower) foi começada por volta de1367 e ainda estava incompleta quando aquele monarca faleceu, em 1371, sendo concluida pelo seu sucessor, Roberto II, na década de 1370. A torre erguia-se no sítio da actual Half Moon Battery e estava ligada por uma secção de muralhas à menor Torre de Constable (Constable's Tower), uma torre redonda, construida entre 1375 e 1379, onde se encontra agora o Portão Portcullis. Era enorme para os padrões da época, elevando-se a uma altura de 30 metros (98 pés); duas vezes mais alta que a Half Moon Battery. A torre servia inicialmente como entrada principal do castelo, mas posteriormente foi ampliada para incluir muitas mais salas para nobres convidados e em visita, vindo a entrada principal inicial a ficar encaixada por uma sala de hóspedes.
No início do século XV, outra invasão inglesa, desta vez sob Henrique IV de Inglaterra, atingiu edimburgo e iniciou um cerco mas, devido à falta de mantimentos, os ingleses acabaram por retirar. A partir de 1437, Sir William Crichton foi curador do Castelo de Edimburgo e pouco depois tornou-se Chanceler da Escócia, Numa tentativa de obter a regência da Escócia, Crichton tentou derrubar o poder dos Condes de Douglas, a principal família nobre do reino. William Douglas, 6º Conde de Douglas, de 16 anos de idade, e o seu irmão mais novo, David, foram convocados ao Castelo de Edimburgo em Novembro de 1440. O chamado "Black Dinner" ("Jantar Negro") que se seguiu viu os dois rapazes sumariamente decapitados, por acusações forjadas, na presença do Rei Jaime II (governou de 1437 a 1460), então com 10 anos de idade. Como consequência, os apoiantes dos Douglas montaram cerco ao castelo, causando alguns danos. A constrção continuou durante estes eventos, com a área agora conhecida como Crown Square (Praça da Coroa) a ser definida por abóbadas na década de 1430. Foram construídos apartamentos reais, formando o núcleo do posterior bloco do palácio, e criado um Grande Hall em 1458. Em 1464, o acesso ao castelo foi melhorado com a instalação da actual estrada de aproximação por nordeste.
Em 1479, Alexander Stewart, Duque de Albany foi aprisionado na Torre de David por conspiração contra o seu irmão, o Rei Jaime III (governou de 1460 a 1488). Escapou-se porque os seus guardas ficaram bêbados, tendo, então saído por uma janela e descido por uma corda. Albany fugiu para França e, depois, para Inglaterra, onde se aliou ao Rei Eduardo IV. Em 1482, Albany marchou para a Escócia com Ricardo, Duque de Gloucester (mais tarde Ricardo III de Inglaterra) e um exército inglês. Ocupou o Castelo de Edimburgo e aprisionou o rei durante dois meses, antes da rebelião colapsar.
Durante o século XV, foi crescentemente utilizado como arsenal e fábrica de armamento. A primeira compra conhecida duma arma foi em 1384, tendo a "grande bombarda" Mons Megsido entregue em Edimburgo em 1457. Entretanto, a família real começou a estar mais frequentemente na Abadia de Holyrood, no extremo oposto da Royal Mile. Por volta do final do século, o Rei Jaime IV (governou de 1488 a 1513) construiu o Palácio de Holyroodhouse, a partir da Abadia de Holyrood, para sua residência principal em Edimburgo, o que levou a um declínio do castelo como residência real. No entanto, Jaime IV construiu, de facto, o Grande Hall, o qual foi concluido em 1511.
    O Castelo de Edimburgo tal como aparecia antes do Cerco Lang de 1573, com a Torre de David ao centro.
O Século XVI e o Cerco Lang
Jaime IV foi morto na Batalha de Flodden Field, no dia 9 de Setembro de 1513. Experando que os ingleses impusesem a sua vantagem, foi rapidamente construida uam muralha em volta de Edimburgo e as defesas do castelo foram aumentadas. Um francês, Antoine d'Arces, Sieur de la Bastie, foi envolvido no desenho de trabalhos de artilharia em 1514. Três anos depois, Jaime V (governou de 1513 a 1542), com apenas cinco anos de idade, foi trazido para o castelo por questões de segurança. Aquando da morte de Jaime V, vinte cinco anos depois, a coroa passou para a sua filha, com algumas semanas de vida, Maria, Rainha dos Escoceses. As invasões inglesas sucederam-se, uma vez que Henrique VIII tentou forçar um casamento dinástico na Escócia, embora o Castelo de Edimburgo permanecesse pouco afectado. Depois dessas campanhas, as refortificações inlcluiram um bastião de canto em terra do tipo conhecido como de traço italiano, um dos primeiros exemplos na Grã-Bretanha. Deve ter sido desenhado por Migliorino Ubaldini, um engenheiro italiano da corte de Henrique II de França. A mãe de Maria, Maria de Guise, instalou-se no Castelo de Edimburgo, actuando como regente entre 1554 e 1560, quando ali faleceu. No ano seguinte, a sua filha Maria regressou de França para iniciar o seu reinado.
O reinado da católica Rainha Maria foi amrcado por crises e disputas entre a poderosa nobreza escocesa. Em 1565, a rainha casou comHenrique Stuart, Lorde Darnley, e no ano seguinte, numa pequena sala do palácio do Castelo de Edimburgo, deu à luz Jaime, que se tornaria mais tarde rei da Escócia e da Inglaterra. No entanto, o reinado da própria Maria já estava perto de chegar ao fim. Três meses depois do assassinato de Darnley em Kirk o' Field, em 1567, ela casou com James Hepburn, 4º Conde de Bothwell, um dos suspeitos do crime. Um grande parte da nobreza rebelou-se, resultando no aprisionamento e deposição de Maria no Castelo de Lochleven. No entanto, acabou por escapar e fugir para Inglaterra e parte da nobreza permaneceu fiel à sua causa. O Castelo de Edimburgo foi inicalmente entregue pelo seu capitão, James Balfour, Lord Pittendreich, ao Regente Moray, que havia forçado a abdicação de Maria e agora mantinha o poder em nome do rei, criança, Jaime VI. Moray nomeou Sir William Kirkcaldy of Grange como curador do castelo.
Kirkcaldy of Grange foi um confiável tenente do regente, mas depois do assassinato de Moray, em Janeiro de 1570, a sua lealdade à causa do rei começou a enfraquecer. Uma intermitente guerra civil continuou entre os apoiantes dos dois monarcas e, em Abril de 1571, o Castelo de Dumbarton caiu face aos homens do rei. Sob a influência de William Maitland of Lethington, secretário de Maria, Grange mudou de lado, ocupando a cidade e o castelo de Edimburgo para a Rainha Maria e contra o novo regente, Mateus Stuart, 4º Conde de Lennox. O "Cerco Lang" que se seguiu só foi resolvido dois anos depois. As hostilidades começaram em Maio, com um cerco à cidade, que duraria um mês, e um segundo curto cerco em Outubro. Entretanto continuaram os bloqueios e as contestações e Grange continuou a refortificar o castelo. O partido do rei pediu ajuda a Isabel I de Inglaterra, uma vez que lhe faltava a artilharia e o dinheiro necesssários para reduzir o castelo e temia que Grange recebese ajuda de França. Isabel enviouembaizadores para negociar e, em Julho de 1572, foi acordada uma trégua e levantado o bloqueio. A cidade foi, efectivamente, entregue ao partido do rei, com Grange confinado ao castelo.
A trégau acabou no dia 1 de Janeiro de 1573 e Grange começou a bombardear a cidade. No entanto, as suas provisões de pólvora e balas foram diminuindo e, apesar de ter 40 canhões disponíveis, tina apenas sete artilheiros na guarnição. As forças do rei, agora com Conde de Morton no cargo de regente, foram fazendo planoa para um cerco. Foram escavadas trincheiras a rodear o castelo eo Poço de Santa Margarida foi envenenado. Em Fevereiro, todos os outros apoiantes da Rainha Maria se tinham rendido ao regente, mas Grange resolveu resistir, apesar da escassez de água no interior do castelo. A guarnição continuou a bombardear a cidade, matando vários cidadãos. A impopularidade de Grange junto do povo aumentou depois dos seus homens terem feito uma saída para atear fogos, queimando cem casas na cidade e, em seguida, atirando em qualquer um que tentasse apagar as chamas.
Em Abril, uma força de cerca de 1000 soldados ingleses, liderados por Sir William Drury, chegou a Edimburgo. Estes foram seguidos por 27 canhões vindos de Berwick-upon-Tweed, incluindo um que havia sido fundido no Castelo de Edimburgo e capturado pelos ingleses em Flodden. As tropas inglesas construiram uma bateria na Colina do Castelo, enfrentando directamente as paredes orientais do castelo, e cinco outras baterias patra norte, oeste e sul. Em 17 de Maio estas estruturas estavam prontas e tiveram início os bombardeamentos. Ao longo dos 12 dias seguintes, os artilheiros dispararam cerca de 3.000 balas no castelo. No dia 22 de Maio, a parede sul da Torre de David colapsou e, no dia seguinte, a Torre de Constable também caíu. Os escombros bloquearam a entrada do castelo, assim como o poço dianteiro, embora este já estivesse seco. A 26 de Maio, os ingleses atacaram e capturaram o Spur, a fortificação exterior do castelo, o qual ficara isolado pelo colapso. No dia seguinte, Grange saíu, pedindo um cessar-fogo enquanto a rendição podia ser negociada. Quando se tornou claro que não lhe seria permitido ir em liberdade, Grange resolveu continuar a resistência, mas a guarnição ameaçou amotinar-se. deste modo, fez com que Drury e os seus homens fossem para o castelo no dia 28 de Maio, rendendo-se aos ingleses em vez de fazê-lo ao Regente Morton. O castelo foi entregue a George Douglas of Parkhead, o irmão do regente, e foi permitido à gaurnição partir em liberdade. William Kirkcaldy of Grange, o seu irmão James e dois joalheiros que haviam cunhado moeda em nome de Maria dentro do castelo, foram enforcados na cruz do mercado no dia 3 de Agosto.
Detalhe dum desenho contemporâneo do Castelo de Edimburgo sob o cerco de 1573, mostrando as baterias construídas à sua volta.
Nova Escócia e Guerra Civil

Posteriromente, grande parte do castelo foi reconstruida pelo Regente Morton, incluindo o Spur, a nova Half Moon Battery ("Bateria Meia Lua") e o Portão Portcullis. O danificado bloco do palácio permaneceu sem uso, apesar de Jaime VI ter empreendido reparações em 1584, e novamente entre 1615 e 1617, como preparação para a sua visita de regreso à Escócia, depois de ter subido ao trono inglês em 1603. Jaime VI manteve corte no palácio remobilado, mas ainda preferia dormir no Holyrood Palace.
Em 1621, o rei Jaime VI concedeu a Sir William Alexander a terra na América do Norte entre a Nova Inglaterra e a Terra Nova, como Nova Scotia ("Nova Escócia"). Para promover a colonização e plantação da Nova Escócia, foi criada a Baronia da Nova Escócia. Segundo a lei escocesa, os baronetes podiam receber a sua patente em Edimburgo em vez de Londres, mas tinham que "tomar sasine" ao receberem simbolicamente a "terra e pedra" da terra da qual eram baronetes. Para tornar isso possível, e uma vez que a Nova Escócia era muito distante, uma parte do Castelo de Edimburgo foi concedida a Sir William e considerada como parte da Nova Escócia, sendo declarado como território daquela região para este propósito. Em troca, os potenciais baronetes comprometiam-se a pagar 1.000 merks a Sir William pelos seus "encargos passados na descoberta do dito país". a lei nunca foi revogada e a pequena parte ad Nova Escócia está agora sob a esplanada.
O sucessor de Jaime VI, Carlos I, visitou o Castelo de Edimburgo apenas uma vez, oferecendo uma festa no Grande Hall e pernoitando ali na noite que antecedeu a sua coroação como Rei dos Escoceses em 1633, a última ocasião em que um monarca reinante residiu no castelo. Em 1639, como resposta às tentativas, feitas por Carlos I, de reformar a igreja escocesa, rebentou uma guerra civil entre as forças do rei e os Covenanters. Os Covenanters, liderados por Alexander Leslie, tomaram o Castelo de Edimburgo depois dum curto cerco, embora este tenha sido restituido a Carlos I após a assinatura do Tratado de Berwick, de Junho do mesmo ano. No entanto, a paz durou pouco e no ano seguinte os Covenanters tomaram novamente o castelo, desta vez após um cerco de três meses, durante o qual a guarnição ficou sem mantimentos. O Spur foi severamente danificado, sendo demolido na década de 1640. O comandante realista James Graham, 1º Marquês de Montrose, foi aqui aprisionado depois da sua captura em 1650.
Em Maio de 1650, os Covenanters escoceses assinaram o Tratado de Breda, aliando-se com o Rei Carlos II contra os parlamentaristas ingleses, os quais haviam executado o Rei Carlos I no ano anterior. Em resposta, Oliver Cromwell lançou uma invasão à Escócia, vencendo o exército covenanter na Batalha de Dunbar, em Setembro. O Castelo de Edimburgo foi tomado após um cerco de três meses, o qual causou novos danos. O governador do castelo, Coronel Walter Dundas, rendeu-se a Cromwell, apesar de ainda ter ter mantiementos para resistir, alegadamente por desejar mudar de lado.
                                   Placa memorial a Sir William Alexander, na esplanada do castelo.
Fortaleza de guarnição: jacobitas e prisioneiros

Depois da Restauração como Rei de Inglaterra e escócia em 1660, Carlos II optou por manter um exército permanente baseado no New Model Army (Novo Modelo de Exército) de Oliver Cromwell. Desde esta época até 1923, foi mantida continuamente uma guarnição no castelo. Durante este tempo, o medieval castelo real foi transformado numa fortaleza de guarnição, mas continuou a ver acções militares e políticas. O Marquês de Argyll foi aqui aprisionado em 1661, durante a limpeza dos inimigos do rei após a Restauração. Vinte anos depois, o seu filho, o Conde de Argyll, também foi aprisionado no castelo por não conformismo religioso. Conseguiu fugir ao disfarçar-se como mensageiro da sua irmã, mas foi trazido de volta para o castelo depois da sua falhada rebelião contra o Rei Jaime VII, em 1685.
Jaime VII foi deposto e exilado pela Revolução Gloriosa de 1688-1689, a qual instalou Guilherme de Orange como Rei de Inglaterra. O Parlamento da Escócia também aceitou Guilherme como seu novo rei, e pediu ao Duque de Gordon, Governador do Castelo, que rendesse a fortaleza. Gordon, que tinha sido nomeado por Jaime VII como companheiro católico, recusou. No dia 18 de Março de1689, o castelo foi bloqueado por 7.000 soldados, contra uma guarnição de 160 homens, que foram depois enfraquecidos por disputas religiosas. No dia 19 de Março, Visconde Dundee escalou o Castle Rock para conferenciar com Gordon, antes de lançar a sua própria rebelião a favor de Jaime. Gordon refusou disparar contra a cidade, enquanto os sitiantes infligiam poucos danos ao castelo. Apesar dos sucessos de Dundee no norte, Gordon acabou por se render, no dia 14 de Junho, devido à diminuição dos mantimentos, tendo perdido 70 homens durante os três meses de cerco. Com a assinatura do Tratado de União de 1707, entre a Inglaterra e a Escócia, ficou estabelecido que Edimburgo seria um dos quatro castelos escoceses a manter e a guarnecer permanentemente.

O castelo quase foi tomado durante a primeira rebelião jacobita em apoio a James Stuart, o "Old Pretender" ("Velho Pretendente"), em 1715. No dia 8 de Setembro, apenas dois dias depois do início da rebelião, um grupo com cerca de 100 Highlanders jacobitas, liderado por Lord Drummond, tentou escalar os muros com a ajuda de membros da guarnição. No entanto, a escada de corda descida pelo sentinelas do castelo era demasiado curta e o alarme foi dado após uma mudança da guarda. Os jacobitas fugiram, enquanto os desertores dentro do castelo foram enforcados ou vergastados. O General Wade relatou, em 1728, que as defesas do castelo estavam deterioradas e inadequadas, tendo sido empreendidas importantes refortificações entre as décadas de 1720 e 1730, quando foi construida a maior parte das defesas da artilharia e os bastiões nos lados norte e oeste do castelo. Estes foram desenhados pelo engenheiro militar Capitão John Romer e construidas por William Adam, incluindo a Argyle Battery, a Mills Mount Battery as defesas baixas e as defesas ocidentais.

A última acção militar a que o castelo assistiu deu-se durante a Rebelião Jacobita de 1745. O exército jacobita, sob Charles Edward Stuart,"Bonnie Prince Charlie", capturou Edimburgo sem qualquer luta, em Setembro de 1745, mas o castelo permaneceu nas mãos do idoso vice-governador, General George Preston, o qual recusou render-se. Depois da sua vitória sobre o exército do governador na Batalha de Prestonpans, travada no dia 21 de Setembro, os jacobitas tentaram bloquear o castelo. A resposta de Preston foi bombardear as posições jacobitas dentro da cidade. Depois de vários edifíos terem sido demolidosA, e quatro pessoas mortas, Charles suspendeu o bloqueio. Os próprios jacobitas não tinham armas pesadas com as quais responder e, em Novembro, tiveram que marchar para Inglaterra, deixando Edimburgo para a guarnição do castelo.

Ao longo do século seguinte, as abóbadas do castelo foram usadas para manter prisioneiros de guerra durante vários conflitos, tais como a Guerra dos Sete Anos (1756–1763), a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América (1775–1783) e as Guerras Napoleónicas (1803–1815). Durante este tempo, foram erguidos vários novos edifícios dentro do castelo, incluindo paióis de pólvora, armazéns, a Casa do Governador (1742) e os Novos Quartéis (1796–1799).


O Castelo de Edimburgo numa gravura de John Slezer, de 1675, mostrando um esquema não executado das defesas exteriores.


        Castelo de Edimburgo com o Nor Loch em primeiro plano, cerca de 1780, por Alexander Nasmyth.

Do século XIX ao presente

Uma fuga prisional maciça em 1811, na qual 49 prisioneiros de guerra escaparam através dum buraco na parede, persuadiu as autoridades de que o castelo já não era uma prisão adequada. Este usou cessou em 1814 e o castelo começou a tomar um papel diferente, como monumento nacional. Em 1818, foi dada permissão a Sir Walter Scott para procurar a Coroa Escocesa, a qual havia sido guardada longe desde a dissolução do Parlamento da Escócia aquando da União com a Inglaterra, em 1707. Abrindo a Sala da Coroa (Crown Room), recuperou as Honras da Escócia (Honours of Scotland), as quasis foram, então, colocadas em exibição pública, com a taxa de entrada de um shilling. Em 1822, Jorge IV fez uma visita a Edimburgo, tornando-se no primeiro monarca reinante a visitar o castelo desde 1651. Em 1829, a Mons Meg regressou de Londres e o palácio começou a ser aberto aos visitantes durante a década de 1830. A Capela de Santa Margarida foi "redescoberta" em 1845, tendo sido usada como armazém por muitos anos. Trabalhos realizados na década de 1880, financiados pelo editor William Nelson e executados por Hippolyte Blanc, viram a Argyle Tower construida sobre o Portão Portcullis, e o Grande Hall restaurado depois de anos de uso como casernas. Uma nova portaria foi construida em 1888. Durante o século XIX, foram propostos vários esquemas para reconstruir todo o castelo como um château em estilo Baronial Escocês. Os trabalhos começaram em 1858 mas foram rapidamente abandonados, sendo remodelado apenas o edifício do hospital em 1897. O arquitecto David Bryce apresentou uma proposta para a construção duma estrutura de 50 metros (160 pés) de altura como memorial ao Príncipe Alberto, embora a Rainha Vitória se tenha oposto e o esquema nunca tenha sido construído.

Em 1905, a responsabilidade pelo castelo foi transferida do War Office para o Office of Works, embora a guarnição se mantivesse ali até 1923, quando as tropas se mudaram para as 'Redford Barracks, na zona sudoeste de Edimburgo. O castelo tornou-se novamente numa prisão durante a Primeira Guerra Mundial, quando o "Red Clydesider" David Kirkwood foi ali confinado, e durante a Segunda Guerra Mundial, quando albergou os pilotos alemãos da Luftwaffe.

Ainda estão sediadas no castelo várias funções militares administrativas. O cargo de Governador do Castelo de Edimburgo, que tem estado vacante desde 1876, foi reavivado como título honorário do General Officer Commanding na Escócia, sendo o seu primeiro detentor o Tenente-General Sir Archibald Cameron of Lochiel. O castelo ficou ao cuidado da Historic Scotland quando aquela instituição foi estabelecida, em 1991, e é um Monumento Antigo Marcardo. Os edifíicos que constituem o castelo estão protegidos por 18 listas separadas, incluindo 13 na categoria A, o mais alto nível de protecção para um edifício histórico na Escócia.

                        O Castelo de Edimburgo visto da base do Vennel, 1845, por Horatio McCulloch.
Descrição
O Castelo de Edimburgo está localizado no topo da Royal Mile, no extremo oeste da cidade velha de Edimburgo. O vulcânico Castle Rock oferece uma posição defensiva natural, com falésias abruptas a norte e a sul e uma subida íngreme vinda de oeste. A única abordagem fácil é feita a partir da cidade para leste, encontrando-se as defesas do castelo situadas de acordo com esta localização. O castelo está dividido em três áreas, ou "recintos" (wards), separados por portões, subindo até ao cume do Castle Rock.
Em frente ao castelo encontra-se um longo pátio inclinado conhecido como Esplanada. Originalmente, o Spur, uma fortificação século XVI, estava aqui localizado. A actual Esplanada foi arranjada como um campo de parada em 1753 e ampliada em 1845. É nesta Esplanada que tem lugar anualmente a Edinburgh Military Tattoo. Da Esplanada pode ver-se a Half Moon Battery, com o Palácio Real à sua esquerda, e o portão principal por baixo, o qual dá acesso ao Recinto baixo.
Planta do Castelo de Edimburgo
Chave:
1. Esplanada: A=fosso
2. Recinto baixo: B=Portari, C= Bilheteria
3. Recinto intermediario: D= Argyle Tower, E= Argyle Battery, F= Mills Mount Battery & One o'Clock Gun, G=Cartsheds, H= Defesas Ocidentais, I=Hospital, J=Butts Battery, K=Museu da Guerra Nacional Escocesa, L=Casa dos Governadores, M=Novos Quartéis, N=Prisão Militar, O=Museu Real Escocês
4. Recinto Alto: P=Foog's Gate, Q=Reservatórios, R=Mon' Meg, S=Cemitério de Animais, T=Capela de Santa Margarida, U=Half Moon Battery
5. Praça da Coroa: V=Palácio Real, W=Grande Hall, X=Edifício da Rainha Ana, Y=Memorial da Guerra Nacional Escocesa
Recinto baixo
A portaria foi construida como adição ao castelo de cosmética arquitectónica em 1888. Estátuas de Robert the Bruce e William Wallace flanqueando a entrada foram acrescentadas em 1929 por Robert Lorimer. O fosso seco situado em frente da entrada foi concluido com a sua forma actual em 1742. No interior da portaria existem gabinetes e para norte fica a mais recente adição ao castelo; a bilheteira, concluida em 2008 segundo os desenhos da Gareth Hoskins Architects. A estrada, construida por Jaime III em 1464 para o transporte de canhões, conduz para cima e em volta, para norte da Half Moon Battery e da Forewall Battery, até ao Portão Portcullis, a entrada do Recinto intermédio.
Recinto intermédio

O Portão Portcullis foi cpnstruido depois do Cerco Lang de 1571–1573 para substituir a redonda Torre de Constable (Constable's Tower), a qual foi destruida no cerco. Este portão foi edificado, em 1584, pelo Regente Morton, e novamente em 1750 e 1886, quando as partes superiores, conhecidas por Torre Argila (Argyle Tower), foram acrecscentadas pelo arquitecto Hippolyte Blanc. Logo à entrada do portão fica a Argyle Battery com vista para a Princes Street, com a Mills Mount Battery, o lugar da One O'Clock Gun, a oeste. Abaixo destas fica a Defesa Baixa (Low Defence), enquanto na base do rochedo fica a arruinada Wellhouse Tower, do século XIV, a qual quardava o Poço de Santa Margarida (St. Margaret's Well). Esta nascente natural providenciava uma importante fonte de água secundária para o castelo, sendo a água elevada por uma grua montada numa plataforma conhecida como Crane Bastion.
Adjacente ao Mills Mount ficavam os setecentistas barracões das carroças, agora salas de chá. A Casa do Governador, a sul, foi construida em 1742 como acomodação para o Governador, o dispenseiro e o mestre das armas, e foi usada até que o posto de Governador se tornou vacante no final do século XIX; passou então a ser usado pelas enfermeiras do hospital do castelo. Actualmente, funciona como uma messe dos oficiais e como gabinete do Governador, desde a restauração do posto em 1936.
A sul da Casa do Governador fica o Novo Bloco de Aquartelamento (New Barrack Block), completado em 1799 para alojar 600 soldados, substituindo a ultrapassada acomodação no Grande Hall. Agora acolhe o quartel-general da 52ª Brigada de Infantaria, o Quartel-general do Regimento Real da Escócia, além do quartel-general e museu dos Royal Scots Dragoon Guards (Carabineiros e Cinzentos). O último foi inaugurado em 2006 pelo Coronel do regimento, a Rainha Isabel II, depois duma renovação. Também na vizinhança, no antigo hall de treino dos Royal Scots, construído em 1900, fica o museu regimental dos Royal Scots (o Regimento Real). A prisão militar foi construida em 1842 para a guarnição do castelo, sendo ampliada na década de 1880. Foi usada pela última vez em 1923, quando a guarnição se mudou para asRedford Barracks.
                                        O Portão Portcullis, entrada para o Recinto intermédio.
Museu da Guerra Nacional da Escócia

A oeste da Casa do Governador foram construídos dois armazéns para munições em 1753, em ambos os lados do pátio. Estes foram desenhados pelo Coronel William Skinner, um engenheiro militar mais conhecido pelo seu desenho do Fort George, próximo de Inverness. O principal paiol de pólvora também se erguia originalmente no lado oeste do pátio. Este foi demolido em 1887 e os dois armazéns remodelados como hospital militar, o qual se alojava anteriormente no Grande Hall.
O armazém norte é agora o Museu da Guerra Nacional da Escócia (National War Museum of Scotland), o qual faz parte dos Museus Nacionais da Escócia (National Museums of Scotland). Antigamente, este era conhecido como Scottish United Services Museum e, antes disso, como Scottish Naval and Military Museum, quando estava localizado no Edifício Rainha Ana. Cobre a história militar escocesa ao longo dos últimos 400 anos e inclui um grande número de artefactos militares, como uniformes, medalhas e armas. A exposição também enfatiza a história e as causas por trás das muitas guerras em que a Escócia esteve envolvida. Ao lado do museu está a Butts Battery, assim chamada devido aos apoios dos arqueiros, ou miras, antigamente instalados aqui. Abaixo estão as Defesas Ocidentais, onde uma poterna dá acesso à encosta ocidental do rochedo.
Recinto alto
O Recinto alto fica na parte mais elevada do Castle Rock e tem acesso a partir do Recinto intermédio pelo Foog's Gate, portão de finais do século XVII. A origem deste nome é desconhecida, embora deva estar relacionada com a névoa marinha, conhecida como haar, a qual afecta habitualmente Edimburgo. Adjacente aos portões ficam os reservatórios, construídos para reduzir a dependência do castelo da água dos poços, e uma antiga estação de fogo, agora usada como loja. O topo do rochedo é ocupado pela Capela de Santa Margarida e pela Mons Meg, a arma de cerco do século XV. Numa saliência abaixo desta área fica um pequeno cemitério oitocentista destinado aos cães dos sodados e mascotes do regimento. Junto a este, a Escadaria Lang desce para o Recinto intermédio, passa uma secção dum bastião medieval e dá acesso à Argyle Tower. O extremo oriental do Recinto alto é ocupado pelas Baterias Forewall e Half Moon, com a Crown Square para sul.
Capela de Santa Margarida

A pequena Capela de Santa Margarida, o mais antigo edifício sobrevivente no castelo, e em Edimburgo, é um exemplo da arquitectura normanda, sendo uma das poucas estruturas do século XII sobrevivente em qualquer castelo escocês. A lenda diz que Santa Margarida da Escócia orava aqui, mas pesquisas recentes indicam que foi erguida no início do século XII pelo seu quarto filho, o qual se tornaria Rei David I (reinou de 1124 a 1153), qua a construiu como capela privada para a família real, dedicando-a a sua mãe, Santa Margarida da Escócia, que faleceu no castelo em 1093.
O pequeno edifício irregular de pedra tem alguma semelhança com as primeiras capelas celtas escocesas e irlandesas. A estrutura rectangular, com uma largura interna de 3 metros (10 pés), tem uma porta de entrada num dos lados, próximo do fundo da nave, a qual tem 4,87 metros (16 pés) de comprimento. Um arco redondo tipicamente normando de 1,52 metros (5 pés) de largura, com motivos decorando o arco sobre colunas em cada lado, conduz a um santuário absidal de 3 metros de fundo, tendo a abside um raio de 1,52 metros. A parede norte foi renovada e as três paredes exteriores sobreviventes têm 61 cm. (2 pés) de espessura, tal como a parede divisória. Cinco pequenas janelas de topo redondo e o arco redondo sobre a porta de entrada confirmam o estilo normando.
Na noite de 14 de Março de 1314, o castelo foi capturado por Randolph, Conde de Moray, e, de acordo com as políticas do Rei Roberto, o Bruce, destruiu todos os edifícios do castelo, com excepção da pequena capela. No seu leito de morte, em 1329, Bruce contou a história da Rainha Margarida e deu ordens para a repração da capela, sendo colocadas de lado umas quarenta libras escocesas para esse fim. Por muitos anos o edifício foi conhecido como "Capwela Real no Castelo". Existe um registo bastante frequente de serviços realizados na capela, apesar de também estar em uso uma outra, maior, capela no castelo.

A capela caiu em desuso aquando da Reforma Protestante, tendo sido usada como paiol de pólvora a partir do século XVI, quando recebeu o actual telhado, até 1845. Nessa época, quando foi "descoberta" e publicitada pelo antiquário Daniel Wilson, fazia parte da grande capela da guarnição, tendo sido restaurada, entre 1851 e 1852, sob sua supervisão e com o apoio da Rainha Vitória.
Em 1929, foram empreendidas novas obras para devolver a capela ao culto. Depois de restaurada e remobilada, foi consagrada no dia 16 de Março de 1934. Actualmente o interior apresenta muito da aparência que tinha quando foi usada pela inicialmente. A capela ainda é usada para várias cerimónias religiosas, como casamentos e baptizados, com uma capacidade de aproximadamente 25 pessoas.
A Sociedade da Capela de Santa Margarida (St. Margaret's Chapel Guild) foi iniciada em 1942 sob o patrocínio de Sua Alteza Real A Princesa Margarida e a liderança de Lady Russell. Em 1993, como comemoração do 900º aniversário da morte de Santa Margarida, a Historic Scotland renovou a capela e a Sociedade da Capela de Santa Margarida remobilou-a com um novo altar, dez bancos, uma caixa de esmolas, um suporte de flores e uma vitrine de exposição para uma cópia da Bíblia de Santa Margarida. Membros da Sociedade da Capela de Santa Margarida têm agora a tradição de assegurar que existem sempre flores frescas na capela para dar as boas vindas aos visitantes, tanto aos turistas, como àqueles que vêm para rezar ou para tomar parte em serviços de casamento ou de batizado.
                                                      Exterior da Capela de Santa Margarida.
Interior da Capela de Santa Margarida. De notar o arco, com motivos decorativos.
Mons Meg
O canhão de cerco quatrocentista conhecido como Mons Meg está agora exposto no exterior da Capela de Santa Margarida. A Mons Meg foi construida na Flandres, por ordem de Filipe III, Duque de Borgonha, em 1449, e foi oferecida por ele ao marido da sua sobrinha, o Rei Jaime II, em 1457. A bombarda de seis toneladas olha para norte através da cidade, em direcção ao Real Jardim Botânico, que se encontra a 2 milhas (3,2 km.) de distância. Foi no local dos actuais jardins que caiu uma das balas de pedra, pesando 150 kg (330 lb), disparada do castelo em celebração do casamento de Maria, Rainha dos Escoceses, com o Delfim de França Francisco II, em 1558. A Mons Meg tem estado inactiva desde que o seu cano rebentou, no dia 14 de Outubro de 1681, quando disparava uma saudação de aniversário para o Duque de Albany.
                                                A Mons Meg, Castelo de Edimburgo Escócia.
Half Moon Battery

Half Moon Battery (Bateria Meia-lua), que permanece como um elemento proeminente no lado oriental do castelo, foi construida como parte dos trabalhos de reconstrução supervisionados pelo Regente Morton e foi erguida entre 1573 e 1588. A muralha para norte foi construida, entre 1689 e 1695, para ligar a Half Moon à Portcullis Tower, embora tenha sido incorporada parte da muralha original de1540.
Half Moon Battery foi construida em volta e sobre as ruinas da David's Tower (Torre de David), da qual sobrevivem dois pisos por baixo da bateria, com janelas vltadas para a parede interior da bateria. Várias salas são acessíveis ao público, embora os elementos mais baixos (piso térreo) estejam geralmente encerrados. A David's Tower foi construida segundo uma planta em L, medindo o bloco principal 15,4 por 11,6 metros (51 por 38 pés), com uma ala de 6,3 por 5,6 metros (21 por 18 pés) para oeste. A entrada estava no ângulo interno, embora este tenha sido preenchido maus tarde para fazer da torre um sólido rectângulo. Fora da torre, mas dentro da bateria, existe uma sala de três andares, onde grandes porções da parede exterior ainda são visíveis. As paredes destas secções estão marcadas com buracos, onde pedaços de pedra foram removidos pata providenciar locais de nidificação para os pombos, para consumo durante os meses de Inverno.
Crown Square
Crown Square (Praça da Coroa) é a cidadela no topo do castelo. Foi criada no século XV, durante o reinado do Rei Jaime III, como principal pátio do castelo. A fundaçaõ foi formada pela construção duma série de grandes abóbadas de pedra edificadas no irregular Castle Rock na década de 1430. Estas abóbadas foram usadas como prisão de estado até ao século XIX, apesar dos prisioneiros mais importantes serem "guardados" nas partes principais do castelo. O nome Crown Square pasou a ser usado depois da recuperação das Honras da Escócia em 1818; antes dessa época era conhecido como Palace Yard (Pátio do Palácio). A praça é formada pelo Palácio Real a leste, o Grande Hall a sul, o Edifício Rainha Ana a oeste e o Memorial da Guerra Nacional Escocesa a norte.
                                                      O Palácio Real na Crown Square.
Palácio Real
Este palácio contém os antigos apartamentos reais que foram usados como residência dos últimos monarcas da Casa de Stuart. Quando foi iniciado, em meados do século XV, comunicava com a David's Tower, sendo ampliado mais tarde para as dimensões atuais. No piso térreo fica o Laich Hall (hall baixo) e no cimo das escadas encontra-se uma pequena sala, conhecida comoBirth Chamber (Câmara de Nascimento) ou Mary Room (Sala de Maria), local onde Maria, Rainha dos Escoceses, deu à luz o futuro Rei Jaime VI em 1566. O edifício foi profundamente remodelado para a visita do Rei Jaime VI ao castelo em 1617.
Sala da Coroa
Esta sala forte abobadada do século XVII está localizada no primeiro andar do Palácio Real e contém as Honras da Escócia: a Coroa da Escócia, o ceptro e a espada de estado. A Coroa, datada de 1540, é feita de ouro escocês e tem incustradas 94 pérolas, dez diamantes e 33 outras gemas preciosas e semi-preciosas. O ceptro, também feito de ouro, é encimado por uma grande pedra de cristal. A Pedra de Scone, sobre a qual os monarcas da Escócia eram tradicionalmente coroados, também é conservada na Sala da Coroa desde que regressou à Escócia, em 1996.
Grande Hall
O Grande Hall foi construído por ordem do Rei Jaime IV como local principal da assembleia de estado no castelo, tendo ficado concluido em 1511. Ainda possui o seu telhado de barrotes original, sendo uma das duas únicas galerias, na Escócia, a conservar o seu telhado original. Foi usado para encontros do Parlamento da Escócia antes da construção do Hall do Parlamento próximo da St. Giles' Cathedral, em 1639. Na sequência da tomada do castelo por Oliver Cromwell, em 1650, o Grande Hall foi convertido em quartel para as suas tropas, sendo subdividido em três andares no ano de 1737, para albergar 312 soldados. Depois da construção dos New Barracks, na década de 1790, tornou-se num hospital militar até 1887. Foi então resturado por Hippolyte Blanc em linha com as ideias contemporâneas de arquitectura medieval. O Grande Hall ainda é por vezes usado em ocasiões de cerimómia e serve de cenário de Hogmanay (último dia do ano) para o programa Hogmanay Live da BBC Scotland. A sul do hall fica uma secção da muralha do século XIV, embora com um parapeito posterior.
Edifício Rainha Ana
No século XVI esta área albergava as cozinhas que serviam o adjacente Grande Hall e, mais tarde, foi o local da Casa de Armas Real. O edifício actual foi nomeado pela Rainha Ana e construído durante a tentativa de invasão prepertada pelo Old Pretender, em 1708. Foi desenhado pelo Capitão Theodore Dury, engenheiro militar para a Escócia, que também desenhou a epónima Dury's Battery no lado sul do castelo em 1713. O edifício providendiou acomodações para o Estado-Maior. Foi remodelado na década de 1920 como Museu Naval e Militar para completar o recém-inaugutrado Memorial da Guerra Nacional Escocesa (Scottish National War Memorial). Agora alberga um conjunto de funções e um centro de educação.
Memorial da Guerra Nacional Escocesa
A medieval Igreja de Santa Maria (St. Mary's Church) foi reconstruida em 1366 e convertida em armaria em 1540. Esta estrutura foi demolida em 1755 para dar lugar a um novo Bloco de Aquartelamento Norte (North Barrack Block), o qual foi vagado pelo exército em 1923. Foi, então, adaptado por Sir Robert Lorimer como Memorial da Guerra Nacional Escocesa (Scottish National War Memorial) para homenagear os escoceses e o seu serviço com regimentos escoceses que haviam morrido na Primeira Guerra Mundial e conflitos subsequentes. A conversão foi formalmente inaugurada no dia 14 de Julho de 1927. Os vitrais das janelas são de Douglas Strachan. Como marca de respeito, é proibido tirar fotografias no interior deste edifício.
Uso Atual
Atração Turística
O castelo agora é conservado e administrado, na sua maior parte, pela Historic Scotland, uma agência executiva do Governo Escocês. Esta assume a dupla, e por vezes contraditória, tarefa de explorar o castelo como uma atracção turística comercialmente viável, enquanto tem, simultaneamente, a responsabilidade pela conservação do lugar. O Castelo de Edimburgo é o sitio mais visitado da Historic Scotland, sendo a mais popular atracção paga, com mais de 1,2 milhões de visitantes em 2007.
Historic Scotland mantém várias instalações dentro do castelo, incluindo dois cafés/restaurantes, várias lojas e numerosas exposições históricas. Um centro educacional no Edifício Rainha Ana promove eventos para escolas e grupos educacionais, incluindo recriações históricas com trajes e armas da época. Também são feitas numerosas recriações históricas para o público em geral.
Papel Militar

A administração directa do castelo pelo Gabinete de Guerra terminou em 1905 e, em 1923, o exército mudou-se formalmente para os novos Redford Barracks da cidade. No entanto, o castelo continuou a ter uma forte ligação com o exército, sendo um dos mais antigos castelos que ainda mantém uma guarnição militar, embora, em grande medida, destinada a propósitos cerimoniais e administrativos. Os deveres públicos desempenhados pela guarnição incluém a vigilância das Honras da Escócia e sentinelas armados ainda montam guarda na portaria do castelo fora do horário de abertura.
O posto de Governador do Castelo de Edimburgo é, actualmente, um cargo cerimonial detido pelo General Officer Commanding da 2ª Divisão do Exército Britânico. O actual Governador é o Major-general David MacDowall. O Novo Bloco de Aquartelamento é sede Quartel-General do Regimento Real da Escócia e da 52ª Brigada de Infantaria. O exército também é responsável pela Casa do Governador, a qual serve de Messe dos Oficiais.
        Um sentinela Regimento Real da Escócia postado na esplanada à entrada do Castelo de Edimburgo.
Military Tattoo
Uma série de actuações conhecidas como Edinburgh Military Tattoo tem lugar todos os anos na esplanada durante o mês de Agosto. A base da exibição é a parada das gaitas e tambores (pipes and drums) dos regimentos escoceses. No entanto, desde a primeira apresentação, ocorrida em 1950, o Tattoo desenvolveu um formato complexo que inclui muitos artistas convidados de todo o mundo, embora ainda com um foco militar. O culminar da noite tem lugar com o tocador de gaita solitário que, nas ameias do castelo, executa um pibroch em memória dos colegas de armas falecidos, seguido pelo conjunto das bandas de gaitas juntas num medley de músicas tradicionais escocesas. O Tattoo atrai uma audiência anual de cerca de 217.000 pessoas, sendo transmitido para todo o mundo.
One O'Clock Gun

One O'Clock Gun é um sinal horário, sendo disparada todos os dias, excepto ao Domingo, precisamente às 13:00 horas. A arma foi instalada em 1861 como um sinal horário para os navios fundeados no Fiorde de Forth e complementou a bola horária, instalada no Monumento de Nelson em 1852 mas que era inútil quando havia nevoeiro. a arma podia ser facilmente ouvida pelos navios que se encontravam no Leith Harbour, a 3,2 km. (2 milhas)de distância. Uma vez que o som se propaga a uma velocidade relativamente lenta (aproximadamente 343 metros por segundo - 770 mph), foram produzidos mapas na década de 1860 para mostrar a hora actual quando o som da arma era ouvido em vários locais de Edimburgo.
A arma original era um canhão de 18 libras de carregar pela boca, que precisava de quatro homens para ser carregada e era disparada a partir da Half Moon Battery. Este canhão foi substituído, em 1913, por um canhão de 32 libras de carregar pela culatra e, em Maio de1952 pelo Howitzer de 25 libras. A actual One O'Clock Gun é uma L118 Light Gun em serviço desde o dia 30 de Novembro de 2001.
Actualmente, a arma é disparada da Mill's Mount Battery, na face norte do castelo, pelo District Gunner do 105º Regimento Real de Artilharia (Voluntários). Apesar da arma já não ser necessária para os seu propósito original, a cerimónia tornou-se numa popular atracção turística, sendo também disparada para marcar a chegada do Ano Novo como parte das celebrações do Hogmanay de Edimburgo. O District Gunner que desempenhou a função por mais tempo, o Staff Sergeant Thomas McKay MBE, alcunahdo de "Tam the Gun", disparou a One O'Clock Gun desde 1979 até à sua morte, em 2005. McKay estabeleceu a Associação One O'Clock Gun, a qual inaugurou uma pequena exposição em Mill's Mount.
                                                O One O'Clock Gun na Mill's Mount Battery.
Símbolo de Edimburgo
O castelo tornou-se num símbolo reconhecido de Edimburgo e da Escócia. Aparece, numa forma estilizada, nos brasões da Cidade de Edimburgo e da Universidade de Edimburgo. Imagens do castelo são usadas como logotipo por várias organizações, incluindo o Edinburgh Rugby, o jornal Edinburgh Evening News, o Hibernian F.C. e a Edinburgh Marathon. Também aparece na série dos castelos nos selos postais do Royal Mail e tem sido representado em vários edições de notas bancárias emitidas por bancos escoceses. Na década de 1960 o castelo foi ilustrado nas notas de 5 libras emitidas pelo Royal Bank of Scotland e, desde 1987, é representado no reverso das notas de 1 libra imitidas pelo mesmo banco. Em 1997, o Clydesdale Bank também lançou uma nota comemorativa de 20 libras, a qual incluia uma ilustração do Castelo de Edimburgo.


Eltham Palace
Eltham Palace (Palácio de Eltham) é um antigo palácio Real da Inglaterra, situado em Eltham, dentro do borough londrino de Greenwich, no sudeste de Londres. Actualmente, está na posse do English Heritage e encontra-se aberto ao público. Tem sido dito que a Art Deco presente no interior do palácio é uma "obra prima do desenho moderno".
                                                     Vista panorâmica do Eltham Palace.
Índice
1 Palácio histórico
2 Palácio moderno
3 Eltham Palace no cinema
Palácio histórico

O palácio original foi dado a Eduardo II, em 1305, pelo Arcebispo de Durham, Anthony Bek, e usado como uma residência Real do século XIV ao século XVI. De acordo com um registo, o incidente que inspirou a fundação, por Eduardo III, da Ordem da Jarreteira teve lugar ali. Como palácio favorito de Henrique IV, serviu para acolher Manuel II Paleólogo, o único Imperador Bizantino a visitar a Inglaterra, entre Dezembro de 1400 e Janeiro de 1401, com uma justa a ser disputada em sua honra. Ainda existe ali um pátio próprio para estas disputas. Eduardo IV construíu um Great Hall na década de 1470.
Príncipe Henrique cresceu no Eltham Palace, sendo ali que conheceu o erudito Erasmus, ficando fortemente impressionado por ele. As Cortes Tudor usaram o palácio frequentemente para as suas celebrações de Natal. Na década de 1630, numa época em que o palácio já não era usado pela Família Real, foi dado a Sir Anthony van Dyck o uso de um conjunto de salas como refúgio rural. O palácio nunca viria a recuperar da negligência a que foi sujeito durante a Guerra Civil Inglesa.
O atual edifício foi construído na década de 1930 no mesmo sítio do original, tendo incorporado o seu Great Hall, o qual está coberto pelo terceiro maior telhado travejado da Inglaterra. Fragmentos das paredes de outros edifícios mantêm-se visíveis pelos jardins, e a ponte do século XV ainda atravessa o fosso. Um facto pouco conhecido sobre o Eltham Palace é a existência de, pelo menos, três túneis de fuga, os quais têm saída em várias partes de Eltham. Um deles saía no jardim do vicariato, o qual ficava adjacente aos banhos de Eltham (infelizmente demolido há muitos anos atrás). Na colina do parque existe um outro. O terceiro túnel fica nos terrenos do que foi uma quinta.
                                                    O Great Hall de Eltham Palace em 2004.
Palácio moderno

Em 1933, Sir Stephen e Lady Virginia Courtauld adquiriram o direito de arrendamento do lugar do palácio e restauraram o Great Hall enquanto construíam um elaborado edifício, internamente em estilo Art Deco. Stephen era o irmão amis novo do industrial e coleccionador de arte Samuel Courtauld, fundador do Instituto Courtauld de Arte. O lemur de estimação dos Courtauld tinha uma sala especial no andar superior do palácio, a qual tinha uma portinhola que lhe dava acesso a todo o edifício. Os Courtauld permaneceram em Eltham até 1944, quando o telhado do Great Hall foi severamente danificado por uma bomba). Nesse ano, a família mudou-se para a Escócia, doando o palácio aos Royal Army Educational Corps (Corpos Educacionais do Exército Real) em Março de 1945; esta instituição manteve-se ali até 1992.

Em 1995, o English Heritage assumiu a administração do palácio e, em 1999, completou as principais reparações e restauro dos interiores e dos jardins.

O palácio encontra-se aberto ao público, podendo ser alugado para casamentos e outros eventos. Encontram-se disponíveis transportes públicos nas vizinhas Mottingham railway stationEltham railway station, ambas as estações de caminho de ferro a curta distância do palácio, existindo, ainda, parqueamento grátis para automóveis no local. Existe, também, um café e uam loja de lembranças.

Eltham Palace no cinema

Muitos filmes e programas de televisão têm sido filmados em Eltham Palace, incluindo:

  • Bright Young Things
  • I Capture the Castle
  • High Heels and Low Lifes
  • The Gathering Storm
  • Home Front
  • Any Questions
  • The History of Romantic Love
  • This Morning
  • Antiques Roadshow
  • The Truth
  • The 200 Year House
  • Brideshead revisited (produção de 2007 pela BBC

                                                      Exterior de Eltham Palace em 2004.
Palácio de Falkland
Palácio de Falkland (Falkland Palace) foi um palácio Real dos Reis da Escócia, localizado em Falkland, na região escocesa de Fife. Actualmente encontra-se ao cuidado do National Trust for Scotland (Fundo Nacional da Escócia) e serve como atracção turística.
                                                                    Palácio de Falkland.
índice


1 História


2 Descrição


História

Os Stuart adquiriram Falkland ao clã MacDuff de Fife no século XIV. Em 1402, Robert Stewart, 1° Duque de Albany, aprisionou o seu sobrinho Davi Stewart, Duque de Rothesay, o filho mais velho de Roberto III da Escócia, em Falkland. O duque encarcerado viria a morrer ali vitimado pela negligência e pela fome.
Entre 1501 e 1541, Jaime IV e o seu sucessor, Jaime V, transformaram o velho castelo num belo palácio Real; um dos mais refinados palácios renascentistas da Escócia. James V, já doente, morreu em Falkland em Dezembro de 1542. Antes de falecer, ouviu da sua esposa a boanova de que dera à luz uma filha, a futura Maria I da Escócia.
Falkland tornou-se num refúgiu popular para todos os monarcas Stuart, os quais gostavam de praticar falcoaria e de caçar veados e javalis nas suas florestas.
O vizinho Myres Castle é a casa hereditária dos oficais Reais (Macers e Sergeants at Arms) que serviram o Castelo de Falkland desde, pelo menos, o século XVI.
Mesmo depois da União das Coroas, os reis Jaime I da Inglaterra, Carlos I e Carlos II visitaram Falkland. O exército invasor de Oliver Cromwell incendiou o palácio, o qual viria a cair rapidamente em ruína. Em 1887, John Crichton-Stuart, 3° Marquês de Bute, começou o restauro do palácio. Em 1952, o palácio foi entregue pela família Crichton-Stuart ao .
O Palácio de Falkland tem estado ao cuidado da família Crichton Stuart desde a sua aquisição pelo 3º Marquês de Bute, em 1887. Os Crichton-Stuart, Curadores do Palácio de Falkland, na época chefiados pelo 5.º Marquês de Bute, tomaram uma decisão no início da década de 1950, entregando o palácio ao cuidado do Fundo Nacional da Escócia em 1952, embora este se mantenha na posse do actual Marquês de Bute (o 7º).
É o Fundo Nacional da Escócia que, actualmente, administra e mantém o palácio e os seus estensos jardins.
Desrição
A fileira sul contém a Capela Real e a fileira este o Quarto do Rei e a Sala da Rainha. Os visitantes também podem visitar os Aposentos dos Curadores, na Portaria. Nos jardins encontra-se o campo de ténis real original, construído em 1539, sendo o mais antigo corte de ténis do mundo ainda em uso. Este campo é a sede do Falkland Palace Royal Tennis Club.
                                          Corte de tênis Real, nos jardins do Palácio de Falkland.
Fort Belvedere
Fort Belvedere é um palácio rural da Inglaterra. Fica localizado na Shrubs Hill (Colina dos Arbustos), no interior do Grande Parque de Windsor, muito próximo de Sunningdale, Berkshire, mas na realidade pertencente ao borough de Runnymede, no Surrey. O Fort Belvedere é uma antiga residência Real - entre 1750 e 1976 - tendo ficado mais famoso por ser a residência do Rei Eduardo VIII. A propriedade permanece na posse da Coroa, sendo actualmente ocupado por arrendatários privados, o bilionário canadiano Galen Weston e a sua esposa Hilary.
História inicial

O Fort Belvedere foi construido entre 1750 e 1755, pelo Príncipe William Augustus, Duque de Cumberland, filho mais novo do Rei Jorge II e da Rainha Carolina, famoso pelo seu papel na Batalha de Culloden. Este era, de início, apenas uma construção de jardim (um edifício construído por razões estéticas e não por propósitos puramente práticos). Foi usado como casa de Verão, podendo ser vistos sete condados, tal como actualmente, do topo da sua torre da bandeira. A estrutura triangular torreada foi colocada entre uma densa plantação de árvores, com vista para o Virginia Water, um lago artificial construído por Thomas e Paul Sandby a pedido do Duque.
Sir James Wyattville, o responsável pela reconstrução do Castelo de Windsor durante o reinado de Jorge IV, ampliou o edifício em 1828, para uso como pavilhão de caça. As adições incluiram uma sala octogonal no Lado Nordeste, na qual o Rei jantou regularmente.
O novo trabalho incluiu um aumento da aparência militar do palácio, apesar deste nunca ter tido qualquer significado militar. Um conjunto de 31 peças de arilharia, fundidas entre 1729 e 1749 pelo primeiro mestre fundidor da Fundição Real (Royal Foundry), mais tarde o Arsenal de Woolwich (Woolwich Arsenal), foi usado para as saudações até 1907; frequentemente à Rainha Vitória que era uma visita assídua. O Artilheiro encarregado de zelar pelas armas vivia no Cottage do Artilheiro (Bombardier’s Cottage), ligada ao palácio por uma passagem arcada.
Mais tarde, a propriedade foi usada por vários membros da realeza, ou pelos seus empregados. Em 1911, o velho edifício foi convertido em residência e usado pelo Príncipe Artur, Duque de Connaught. O forte possui sete quartos.
As ruínas existentes nos terrenos podem ser vistas a partir do Virginia Water e fazem parte do antigo templo comprado na Leptis Magna, próximo de Tripoli.
O Rei Eduardo VIII

Em 1929, o edifício ficou vago e foi oferecido ao Príncipe Eduardo, o Príncipe de Gales, pelo seu pai, o Rei Jorge V. O Fort Belvedere tornou-se, então, na residência principal do Príncipe, tendo sido amplamente usado pelo Príncipe como entretenimento e como refúgio rural. Quando se tornou Rei, em 1936, Eduardo continuou a usar o Forte, apesar de, agora, possuir um largo número de residências à sua escolha.

O Príncipe de Gales residiu no Fort Belvedere entre 1930 e 1936. Durante a sua posse empreendeu extensas obras de remodelação no interior. As rosas do forte são notáveis, tendo-se tornado o Príncipe num perfeito jardineiro de rosas, enquanto residia no palácio.

O Fort Belvedere tornou-se cenário da Crise da Abdicação de Eduardo VIII, durante o ano de 1936, quando Eduardo abdicou do trono como consequência da oposição do Governo Britânico ao seu casamento com Wallis Simpson. Eduardo realizou as suas reuniões finais com o Primeiro-ministro do Reino Unido, Stanley Baldwin, e assinou o Instrumento de Abdicação, testemunhado pelos seus irmãos, no próprio Fort Belvedere.

Últimos residentes
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Forte foi usado pelo Gabinete de Comissários das Terras da Coroa (Office of the Commissioners of Crown Lands), os quais haviam sido evacuados dos seus escritórios centrais em Londres. Depois do final da guerra o palácio permaneceu vazio. O Honorável Gerald Lascelles, filho mais novo de Maria, Princesa Real e Condessa de Harewood (filha do Rei Jorge V) ocupou o edifício entre 1956 e 1975, nos termos de um contrato de arrendamento de 99 anos, e restaurou os jardins (adicionando uma piscina e um corte de ténis). Em 1976, o Emir do Dubai mudou-se para o Forte. Mais recentemente o palácio tornou-se residência de Galen Weston, o canadiano proprietário da Selfridges (uma rede de lojas de departamento), e cuja esposa, Hilary, foi Lieutenant Governor of Ontario (representante da Rainha do Canadá - Isabel II do Reino Unido - no Ontário) entre 1996 e 2001. Os Comissários da Propriedade da Coroa mantêm a posse permanente, uma vez que a propriedade faz parte do Grande Parque de Windsor.
                                                                    Fort Belvedere.
Hampton Court

Hampton Court é um antigo Palácio Real situada no Borough londrino de Richmond upon Thames, no Sudoeste da capital britânica.
O palácio está localizado 11,7 milhas a Sul de Charing Cross e a montante do centro Londres pelo Tamisa. está aberto ao público como uma importante atracção turística. O parque do palácio recebe anualmente dois festivais, o "Hampton Court Palace Festival" e o "Hampton Court Palace Flower Show".
                                                                    Hampton Court.
Índice
1 História
2 Fantasmas
3 O labirinto
História
Thomas Wolsey, então Arcebispo de York e Ministro-Chefe do Rei, tomou-o de renda em 1514 e reconstruíu o solar do século XIV aí existente nos sete anos seguintes, entre 1515 e 1521, formando o núcleo do actual palácio. Wolsey gastou abundantemente para construir o mais refinado palácio da Inglaterra em Hampton Court. No entanto, o Rei Henrique VIII, fervendo de inveja com tamanha magnificência, fez com que o Cardeal perdesse influência, confiscou-lhe o Hampton Court Palace e obrigou-o a aceitar em troca o Richmond Palace.

As secções de Hampton Court em Estilo Tudor, que mais tarde foram reparadas e reconstruidas por Henrique VIII, sugerem que Wolsey tencionava fazer um palácio cardinalício Renascentista ao estilo dos arquitectos italianos como il Filarete e Leonardo da Vinci: plano simétrico rectilíneo, grandes apartamentos em destaque num piso nobre, detalhes clássicos. Jonathan Foyle sugeriu que Wolsey se inspirou na obra De Cardinalatu de Paolo Cortese, um manual para cardeais que inclui conselhos em arquitectura palatina , publicado em 1510. Elementos planeados de estruturas há muito perdidas de Hampton Court parecem ter sido baseados nos programas geométricos da Renascença, uma influência Romana mais subtil que os famosos bustos em terracota dos Imperadores Romanos de Giovanni da Maiano que sobrevivem no grande pátio. Hampton Court permanece como o único dos 50 palácios que Henrique VIII construiu com o financiamento da "Reforma".
O palácio foi tomado pelo senhor de Wolsey, Henrique VIII, por volta do ano 1525, apesar de o cardeal continuar a viver lá até 1529. Henrique VIII acrescentou o Grande Hall, o qual foi o último grande hall medieval cosnstruido pela monarquia inglesa, e o Court de Ténis Real, não a presente versão do jogo.
Em 1604, o palácio foi o local de encontro do Rei Jaime I com os representantes dos Puritanos ingleses, conhecida como a Conferência de Hampton Court; embora não se tenha chegado a acordo, o encontro levou o Rei a comissionar a King James Version da Bíblia.

Durante o reinado de Guilherme III e Maria II, partes das adições de Henrique VIII foram demolidas, foi acrescentada uma nova ala (parcialmente sob a supervisão de Sir Christopher Wren), e os apartamentos de cerimónia tornaram-se de uso regular. Metade do palácio Tudor foi substituido num projecto que durou de 1689 a 1694. Depois de a Rainha morrer, Guilherme III perdeu o interesse na renovação, mas foi no parque de Hampton Court que caiu do seu cavalo em 1702, morrendo mais tarde, devido aos ferimentos, em Kensington Palace. Em reinados posteriores, as salas de cerimónia foram negligenciadas, mas no reinado de Jorge II e da sua Rainha, Carolina de Ansbach, tiveram lugar novas renovações, com arquitectos como William Kent encarregue de desenhar as novas decorações. O Apartamentos Privados da Raínha estão abertos ao público e incluém o seu quarto e a sua sala de banho.

Desde o reinado de Jorge II, em 1760, os monarcas tenderam a favorecer outros palácios londrinos, e Hampton Court deixou de ser uma residência real. Originalmente tinha apartamentos que acolhiam residentes em graça e favor — uma delas foi Olave Baden-Powell, esposa do fundador do Escotismo— mas poucos permanecem ocupados agora. Um dos zeladores do palácio no século XIX foi Samuel Parkes que recebeu a "Victoria Cross" no "Charge of the Light Brigade", em 1854.

Em 1796, começaram trabalhos de restauro no Grande Hall. Em 1838, a Raínha Vitória completou o restauro e abriu o palácio ao público. Um fogo importante nos Apartamentos do Rei, em 1986, levou a um novo programa de reatauro que só ficou concluído em 1995.


                  Quarto da Rainha Maria, um doa quartos na seção desenhada por Sir Christopher Wren.


          Hampton Court em 1708, numa vista aérea da Britannia Illustrada de Jan Kip e Leopnard Knyff.
Fantasmas

A rainha Joana Seymour deu à luz o Principe Eduardo, o futuro Rei Eduardo VI, em Hampton Court no ano de 1537. Ela morreu ali doze dias depois, e diz-se que o seu fantasma assobra a escadaria do palácio até aos dias de hoje. A rainha Catarina Howard foi aprisionada ali em 1542 e diz-se que terá corrido pela Galeria Longa gritando para o Rei Henrique VIII salvá-la, antes de os seus guardas a apanharem e a arrastarem para longe. Dizem que um fantasma assombra o palácio, gritando por vezes na mesma galeria. Outros dizem ver o próprio Henrique VIII e Ana Bolena.
Em Dezembro de 2003, tornou-se público que em Outubro desse mesmo ano uma câmara do circuito-fechado de Hampton Court havia gravado uma imagem indistinta de "uma figura misteriosa com um longo casaco a fechar a porta de incêncio." De acordo com uma reportagem, "o palácio… mantém que essa cena providencia evidências de que os fantasmas existem." Uma visitante feminina também escreveu no livro de visitas, que deve ter visto um fantasma naquela área durante esse periodo. "Também estamos confusos - isto não é uma brincadeira, não manipulámos isto," disse Vikki Wood, uma porta-voz de Hampton Court, quando lhe foi perguntado se a foto que o palácio apresentou era uma travessura de Natal. "Nós não sabemos, genuinamente, quem é ou o que isto é." Explicações para o fenómeno estenderam-se desde sugestões de investigadores empsicologia de que poderia ser um membro do público pensando que estava a ajudar fechando as portas, até outras sugestões de efeitos térmicos.
                                                    Fachada Sul, por Christopher Wren.
O labirinto
Hampton Court é o local onde está o mundialmente famoso Labirinto de Sebes de Hampton Court Palace. Plantado algures entre 1689 e 1695 pelos arquitectos paisagistas George London e Henry Wise para Guilherme III de Inglaterra, cobre um terço de um acre e contém meia milha de caminhos. É possível que o presente desenho substitua um labirinto anterior plantado para o cardeal Thomas Wolsey. Originalmente estava plantado em Carpinus, apesar de ter sido reparado com recurso a vários tipos de arbustos.

O labirinto fica situado dentro dos 60 acres (243.000m²) de jardins ribeirinhos. Tem sido descrito por muitos autores, incluindo Daniel Defoe e o humorista Jerome K. Jerome.
Jerome exagerou os perigos do labirinto. O labirinto tem relativamente poucos sítios onde bifurca e apenas num deles (ao tempo de Jerome) a escolha errada levava a um final sem saída no fundo de um curto corredor. Existem actualmente labirintos muito maiores e mais elaborados. Recentemente, três novos locais de bifurcação (não visíveis no plano exposto à entrada) vieram introduzir mais possibilidades de caminhar em nós fechados no interior do labirinto. O labirinto pode ainda, como Harris declarou, ser percorrido da entrada para o centro e de volta à entrada pelo método de manter sempre o contacto visual com a parede à direita. Este método guia o viajante para dentro (e depois para fora) por alguns corredores sem saída e por esse motivo não é o caminho mais curto.
Em 2006, o grupo de arte "Greyworld" foi comissionado para criar um trabalho artístico permanente para o labirinto. A sua instalação, um trabalho sonoro ligado por sensores ocultos embutidos nas paredes do labirinto, tem o título de Trace.
Irá hospedar uma das competições de ciclismo dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.
                                                           Os jardins de Hampton Court.
                                                     Fachada traseira de Hampton Court.
                                  Vista do pátio da fonte, situado na seção setecentista do palácio.
Kew Palace
Kew Palace é um antigo palácio Real da Inglaterra situado em Kew, actualmente um subúrbio da parte oeste de Londres. O actual palácio é o terceiro edifício existente no mesmo local, encontrando-se aberto ao público.
                                                            Fachada do Kew Palace.
Índice
1 Velho Kew Palace
2 O Kew Palace de Jorge III
3 O Kew Palace da Rainha Carlota
4 Restauro do Keu Palace
Velho Kew Palace

O velho palácio foi construído, em 1631, por Samuel Fortrey.
O edifício pertenceu à família Capel e, por casamento, tornou-se propriedade de Samuel Molyneux, secretário de Jorge II.
Frederico, Príncipe de Gales fez um longo arrendamento da casa, da qual fez uma das suas residências frequentes. Também o seu poeta favorito, James Thomson, autor de "The Seasons", residiu ali por vezes Em 1738, outro poeta, Alexander Pope, deu ao Príncipe Frederico um cão, com o seguinte verso inscrito na sua coleira:
Sou o cão de Sua Alteza em Kew.
Peço-vos que me diga, sir, que cão sois vós?
A casa continha algumas boas pinturas, entre as quais se encontrava um conjunto de obras de Canaletti; a célebre pintura da galeria Florença, por Zoffany (o qual residia na vizinhança). Os campos praserosos, contendo 120 acres (0,49 km²), foram arranjados por Sir William Chambers, um dos maiores mestres da jardinagem ornamental inglesa.
O Kew Palace de Jorge III

Esta segunda estrutura foi desenhada, em parte, pelo Rei Jorge III e, em parte, por James Wyatt. Começada em 1802, era um palácio acastelado, em estilo neogótico, o qual atraíu poucos elogios, sendo considerado demasiado fraco para um patrono do seu nível. Depois do Rei ficar confinado ao Windsor Castle, a Rainha Carlota recusou-se a ocupar o novo edifício. Este viria a ser demolido durante o reinado do seu filho, Jorge IV, em 1828.

Inúmeros são os exemplos de príncipes que procuraram perpetuar a sua memória pela construção de palácios, desde a Domus Aurea, ou casa dourada, de Nero, até às comparativamente débeis estruturas dos nossos tempos. Como modelos de moderna magnificência e substancial conforto, a mais recente classe de edifícios deve ser admirável; mas nós estamos a ponto de admitir, que em atrevimento e esplendor de desenho, não podem assimilar os trabalhos da antiguidade, dos quais muito do estupendo carácter é preservado até hoje em muitas séries de interessantes ruínas:—

"No progresso da longa decadência,
Tronos afundam-se na poeira, e nações desaparecem".

Como um registo desta decadência, próximo do canto oeste de Kew Green ergue-se o palácio, começado por Jorge III, sob a direcção do falecido James Wyatt. A frente norte possui um ar de solenidade, sinistra grandeza; mas está muito doente de acordo com o gosto e ciência geralmente apresentada pelo seu arquiteto nominal.

Para citar as palavras dum contemporâneo, "esta estrutura anglo-teutónica, acastelada e goticizada, deve ser considerada uma produção abortiva, ao mesmo tempo ilustrativa de mau gosto e julgamento defeituoso. A partir do pequeno tamanho das janelas e diminutas proporções das torretas, parece possuir

"Janelas que excluem a luz,
e passagens que não levam a nada."

Depois da infeliz reclusão do Real "arquitecto", os trabalhos foram suspensos, e o edifício permaneceu inacabado. Contudo, a censura e o abuso sempre foram gastos abundantemente gastos na sua arquitectura, quer seja resultado dum capricho Real ou dum estudo profissional; mas o gosto de ambas as partes merece ser taxada com defeitos.

A frente norte foi idealizada para se adequar ao uso da criadagem; todo o edifício é considerado quase indestrutível pelo fogo, por meio de juntas de ferro fundido e vigas, certamente neste caso uma precaução desnecessária, uma vez que faltará a todo o conjunto pouco tempo para ser demolido. A fundação também está num pântano próximo do Tamisa, e o principal objecto da sua vista é a suja cidade de Brentford, no laod oposto do rio; uma selecção, ao que parece, de gosto de "família", por Jorge II. Sabe-se que disse frequentemente, quando passeava por Brentford, "eu gosto deste lugar, é tão parecido com Yarmany.

Sir Richard Phillips (1767-1840), em "A Morning's Walk from London to Kew" (1817), caracterizou o novo palácio como "o palácio Bastilha, a partir da lembrança desse edifício, tão desagradável à liberdade e aos homens livres. Numa ocasião anterior", diz ele, "vi os seus interiores, e não consigo perceber o motivo para preferir uma forma exterior, a qual tornou impraticável a construção no seu interior de mais que uma série de grandes closets, boudoirs e salas como oratórios". A última parte da sua censura é judiciosamente correcta; mas o epíteto "bastilha" é, talvez, demasiado rude para alguns ouvidos.

O destino prematuro do Kew Palace rendeu-lhe, nesse momento, a atenção da curiosidade pública.


                                                           Vista do Kew Palace de Jorge III.
                                      Um desenho do novo Kew Palacio, por William Westall1823.
O Kew Palace da Rainha Carlota
O edifício actualmente conhecido como Kew Palace foi originalmente um palacete de proporções moderadas, em oposição ao velho palácio, conhecido como Dutch House. Este foi tomado, através dum longo arrendamento, por Jorge III aos herdeiros de Sir Richard Levett, um poderoso mercador e antigo Lord Mayor of London, que o havia comprado ao neto do proprietário original, um mercador holandês que havia construído a casa em 1663.
Originária do Sussex, a família Levett (cujo nome deriva da aldeia de Livet, na Normandia) manteve a posse da casa, assim como das terras no complexo de Kew, até 1781, quando a Dutch House foi comprada pelo Rei Jorge III à família Levett. No entanto, a casa era ocupada por membros da Família Real desde 1734, quando a arrendaram aos herdeiros dos Levett. Um mapa de 1771 delimita a terra entre a Dutch House e o rio como pertencendo ao barrister Levett Blackbourne, neto de Sir Richard Levett. De facto, um retrato musical de Frederico, Príncipe de Gales (filho de Jorge II) tocando violoncelo, e das suas irmãs, parte da colecção da National Portrait Gallery em Londres, pintada a óleo sobre tela por Philip Mercier e datado de 1733, usa a casa como seu fundo em plein-air. Em 1735, o arquitecto William Kent produziu um grandioso plano para um amplo palácio Palladiano em Kew, muito ao estilo de Stowe House, mas este nunca foi executado.
Originalmente, pensou-se que a residência de Jorge III na Dutch House seria breve, uma residência temporária enquanrto o seu novo palácio acastelado em estilo neogótico (descrito acima) era construído - inicialmente a família residiu na Richmond Lodge, mas como esta aumentpu tornou-se necessártio tomar outras propriedade em Kew Green, as quais incluiram a Dutch House.
O novo palácio foi pensado como um "Nonsuch Palace georgiano tardio". No entanto este edifício estava muito longe da conclusão em 1810, quando a insanidade do Rei o forçou a retirar-se da vida pública. O estilo do novo palácio não estava ao gosto do seu sucessor, o dissoluto Jorge, o Príncipe Regente. Em 1828, o parlamento havia estudado os relatórios que ordenavam a demolição da estrutura, e que os acessórios e mobiliários que ali haviam sido instalados fossem usados noutras residências Reais. A escadaria foi usada, de facto, mais tarde no Buckingham Palace.
A esposa de Jorge III, Carlota de Mecklenburgo-Strelitz, faleceu na Dutch House no dia 17 de Novembro de 1818.
Quando subiu ao trono, em 1837, a Rainha Vitória deu a maior parte dos Kew Gardens à nação, mantendo apenas uma pequena casa de verão, em tempos pertencente à Rainha Carlota, para seu uso pessoal. Conhecida como "Queen's Cottage", raramente foi visitada pela Rainha Vitória, a qual, para marcar o seu Jubileu de Diamante, em 1887, resolveu apresentá-la ao país.

O edifício conhecido atualmente como Kew Palace em 1735, originalmente conhecido como "Dutch House" devido às suas empenas holandesas.
Um restrato musical de Frederico, Príncipe de Gales e das suas irmãs, datado de 1733, usa a casa como seu fundo em plein-air.
Restauro de Kew Palace

O terceiro edifício ainda sobrevive actualmente. Fica lozalizado nos Kew Gardens e, apesar do seu nome, possui o tamanho dum solar. O Kew Palace foi usado para o jantar oferecido por Carlos, Príncipe de Gales, para celebrar o 80º aniversário da sua mãe, a Rainha Isabel II, no dia 21 de Abril de 2006. Poucos dias depois reabriu como atracção turística, após dez anos de encerramento para restauro.
O restauro não incluíu apenas a recuperação física do edifício, mas também a tecelagem de draparias da época e outros tecidos decorativos executados pelo mestre tecelão Ian Dale, da Escócia. Foi adicionado um elevador exterior à ala oeste, para permitir o acesso a deficientes, no lugar duma torre que alojava três andares de lavabos.
                          O Kew Palace depois da conclusão dos trabalhos de restauro em 2006.
Palácio de Linlithgow
Palácio de Linlithgow (em inglês Linlithgow Palace) é um antigo palácio Real da Escócia, cujas ruínas se encontram na cidade de Linlithgow, região de West Lothian, a 15 milhas de Edimburgo.
                                          Vista do Palácio de Linlithgow a partir da Cockleroy Hill.
História

No local onde se ergue o Linlithgow Palace existia um solar no século XII. Este foi substituído por uma fortificação conhecida como the Peel, construída no século XIV pelas forças inglesas sob Eduardo I. O lugar do solar fez da fortaleza uma base militar ideal para garantir a segurança das rotas das provisões entre o Castelo de Edimburgo e o Stirling Castle.
Em 1424, a cidade de Linlithgow foi parcialmente destruída num grande incêndio. O Rei Jaime I começou a reconstrução do palácio como uma grande residência para a realeza escocesa. Ao longo do século seguinte, o palácio desenvolveu-se numa estrutura formal com pátio, com significativas adições feitas por Jaime III e Jaime IV. Jaime V, nascido no palácio em Abril de 1512, acrescentou a portaria exterior e a elaborada fonte do pátio. Maria, Rainha dos Escoceses nasceu no palácio em Dezembro de 1542, e esteve ocasionalmente no edifício durante o seu reinado. Depois da União das Coroas, em 1603, a Corte Real ficou, em grande medida, sedeada na Inglaterra e Linlithgow foi muito pouco usado. Apesar do Rei Jaime VI ter mandado reconstruir a ala norte entre 1618 e 1622, o único monarca reinante que esteve em Linlithgow depois dessa data foi o Rei Carlos I, o qual passou ali uma noite em 1633.

O canto do cisne do palácio deu-se em Setembro de 1745, quando Charles Edward Stuartvisitou Linlithgow na sua marcha para sul, embora não tenha pernoitado ali. Diz-se que a fonte jorrou vinho em sua honra. O exército do Duque de Cumberland destruiu a maior parte dos edifícios do palácio, queimando-os em Janeiro de 1746.

O palácio tem sido activamente conservado desde o início do século XIX, sendo actualmente administrado e mantido pela Historic Scotland. O lugar está aberto aos visitantes ao longo de todo o ano (entrada paga). No verão, a adjacente igreja paroquial de St Michael, do século XV, está igualmente aberta ao público, permitindo uma visita combinada a dois dos mais refinados edificios medievais sobreviventes na Escócia.

Historic Scotland tem em curso uma experiência com guias turísticos júnior. Usando crianças da vizinha escola primária de Linlithgow Primary, as escolas podem organizar visitas. Durante o verão, os jovens podem fazer visitas voluntariamente.


                                              Fachadas norte e oeste do Palácio de Linlithgow.


                                                         Pátio com fonte visto de oeste.


                                                    Fachada sul do Palácio de Linlithgow.


                                                    Fachada este do Palácio de Linlithgow.
Marlborough House
Marlborough House é um palácio inglês localizado em Westminster, Londres, no Pall Mall, logo a Oeste do Palácio de St. James.
                                                                  Marlborough House.
História

Marlborough House foi construída para Sarah Churchill, Duquesa de Marlborough, a favorita e confidente da Rainha Ana. A Duquesa queria que sua nova residência fosse "forte, plana e conveniente". Ambos os Christopher Wren. pai e filho, projectaram um prédio de tijolos com aduelas de pedra rústica, que foi finalizado em 1711. Por aproximadamente um século, Marlborough House serviu como residência londrina dos Duques de Marlborough.

O palácio foi tomado pela Coroa em 1817. Na década de 1820 foram eleaborados planos para demolir Marlborough House e substituir o edifício por um terraço com dimensões semelhantes aos dois do Carlton House Terrace, e esta ideia chegou a ser apresentada em alguns mapas contemporâneos, incluindoo mapa em larga escala de Londres de Christopher e John Greenwood, de 1830, mas a proposta não foi implementada.

O palácio foi usado por membros da Família Real britânica e consideravelmente aumentado por Sir James Pennethorne (1861-1863), que adicionou para o Príncipe de Gales vários quartos na parte norte e uma varanda profunda. De 1863 a 1901, quando Eduardo se tornou Eduardo VII do Reino Unido, Marlborough foi a casa do Príncipe e da Princesa de Gales. Durante esse periodo tornou-se o centro social de Londres.

O quase cúbico salão principal contém obras de Louis Laguerre retratando a Batalha de Blenheim. A cúpula inserida no tecto está rodeada por pinturas de Orazio Gentileschi para a Queen's House, 1636. O salão é flanqueado por um par de escadarias, com outras peças de batalha por Laguerre. A maior parte dos interiores foram alterados.

Uma fonte memorial em estilo Art Nouveau-Neogótico, por Alfred Gilbert (1926-1932), na parede da casa que confina com a "Marlborough Road", comemora Alexandra, a Rainha de Eduardo VII.

Em 1936, Marlborough House tornou-se na residência londrida da Venerável Rainha Maria de Teck, viúva do Rei Jorge V. Depois da morte da Rainha Maria, em 1953, a Rainha Isabel II doou-o para uso do Secretariado da Commonwealth, o qual continua a ocupá-lo actualmente.

Marlborough House está habitualmente aberto ao público durante o "Open House Weekend" (Fim-de-Semana de Casa Aberta), em cada Setembro.


           Ilustração de 1750, por John Bowles, que mostra o jardim da frente de Malrborough House.

Esta vista da entrada, publicada na década de 1850, antes das ampliações de Pennethorne, mostra um piso adicional nas alas. As alas ganharam mais tarde um quarto andar principal, e a seção central recebeu um terceiro.

Castelo de Mey

Castelo de Mey (em inglês: Castle of Mey), primitivamente Castelo Barrogill (Barrogill Castle), é um castelo real situado em Caithness, na costa Norte da Escócia, cerca de 6 milhas a Oeste da aldeia de John O'Groats. Com boas condições atmosféricas conseguem avistar-se as Órcades a partir do castelo.

O castelo foi erguido no século XVI sobre uma fortificação anterior, construída por George Sinclair, o 4º conde de Caithnesse.

Encontrava-se num estado de semi-abandono quando, em 1952, a propriedade foi adquirida pela Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe, então viúva do Rei Jorge VI do Reino Unido, o qual havia falecido no ano anterior. Passando à categoria de Castelo Real, a Rainha Mãe começou a restaurá-lo para uso como residência de férias. Nessa qualidade, visitou-o regularmente nos meses de Agosto e Outubro desde 1955 até à sua morte em 2002 (a última visita ocorreu em Outubro de 2001).

A Rainha Mãe cedeu a propriedade ao "Queen Elizabeth Castle of Mey Trust", o qual abriu o castelo e o jardim ao público, em bases limitadas, desde a sua morte.

O castelo tem a reputação de ser assombrado pela Dama Verde (The Green Lady), o fantasma de Elizabeth Sinclair, a filha de George, 5º conde de Caithness. Tendo-se apaixonado por um lavrador local, a infeliz rapariga foi aprisionada no sótão do castelo pelo seu pai e, num acto de desespero, atirou-se de uma janela.


                                                              Castelo de Mey, Escócia.

Nonsuch Palace
Nonsuch Palace (Palácio de Nonsuch) foi um palácio Real em Estilo Tudor, construído por Henrique VIII no Surrey, Inglaterra. Ficava localizado na povoação de Cuddington, próximo de Epsom (a igreja e a aldeia de Cuddington foram destruídas para criar o empreendimento do palácio). O Nonsuch Palace foi destruído no final do século XVII e algumas partes foram incorporadas noutros edifícios. No local não resta qualquer traço do palácio, com excepção das fundações da galeria de banquetes. Algumas peças foram guardadas no British Museum.
                                           O Nonsuch Palace numa xilogravura contemporânea.
Índice
1 História
2 Arqueologia
História

O Nonsuch Palace foi comprovadamente o maior dos projectos de construção de Henrique VIII. As obras começaram no dia 22 de Abril de 1538, no início do reinado de 30 anos de Henrique, e apenas seis meses depois do nascimento do seu filho, mais tarde Eduardo VI. O palácio foi desenhado como símbolo do poder e da grandeza da Dinastia Tudor, construído para rivalizar com o Château de Chambord de Francisco I de França. Ao contrário da maior parte dos palácios de Henrique VIII, Nonsuch não era uma adaptação de um velho edifício; o local de construção do novo palácio foi escolhido em função da proximidade dos seus principais terrenos de caça. O palácio demorou nove anos a construir e custou pelo menos 24.000 libras (um resgate Real na época) devido à sua rica ornamentação. Foi uma obra-chave na introdução de elementos do desenho Renascentista na Inglaterra. Sobreviveram ao tempo apenas três imagens contemporâneas do palácio e estas não revelam muito do esquema ou dos detalhes do edifício.

O palácio estava incompleto quando Henrique VIII morreu, em 1547. Em 1556, a Rainha Maria I vendeu-o ao 12º Conde de Arundel. O edifício regressaria à Coroa na década de 1590, e permaneceria como propriedade Real até 1670, quando Carlos II o deu à sua amante, Bárbara, Condessa de Castlemaine. Esta mandou-o demolir a partir de 1682, pois necessitava de dinheiro para pagar as suas dívidas de jogo.

Quando o Nonsuch Palace entrou em decadência, o apainelamento foi removido, podendo ser visto actualmente na Grande Galeria de Loseley House.

Arqueologia
O local foi escavado entre 1959 e 1960, o que constituiu um acontecimento-chave na história da Arqueologia no Reino Unido. Foi um dos primeiros locais pós-Idade Média a ser escavado, atraíndo mais de 60.000 visitantes durante o trabalho. A planta do palácio era muito simples, com pátios no interior e no exterior, cada um com uma portaria fortificada. A Norte era fortificado num estilo medieval, mas a face Sul tinha ornamentos decoratvos da Renascença, com altas torres octogonais em cada extremo. Tanto o pátio exterior como o interior eram absolutamente simples, mas o último estava decorado com surpreendentes painéis de estuque moldados em alto relevo. Estas escavações conduziram a um importante conjunto de desenvolvimentos na arqueologia pós-medieval.

Norfolk House
Norfolk House é um palácio de Londres construído, em 1722, pelo Duque de Norfolk. Situa-se no nº 31 da St James's Square (Praça de São Jaime).
                    Gravura de meados do século XVIII, onde se vê Norfolk House no extremo direito.
História e Arquitetura

Norfolk House foi residência real por um curto período de tempo, quando Frederico, Príncipe de Gales, pai do Rei Jorge III, lá viveu entre 1737 e 1741, depois de ter casado, em 1736, com a Princessa Augusta de Saxe-Gotha, filha de Frederico II, Duque de Saxe-Gotha. O Rei Jorge III, assim como o seu irmão Eduardo Augusto, nasceu nesta casa, que foi oferecida ao casal real pelo 9º Duque de Norfolk.

A família mudou-se para a Leicester House em 1742, permanecendo este palácio como lar do príncipe até à sua morte nove anos depois, e como o lar da sua viúva até morte desta, em 1764.

A Norkfolk House original permaneceu na posse do Duque de Norkfolk até 1938, quando se tornou num edifício de escritórios. O prédio serviu como escritório militar de uma variedade de forças aliadas, incluindo o 1º Exército Canadiano e o Quartel-general Supremo dos Poderes Aliados na Europa (SHAPE) sob o cmando do General Dwight D. Eisenhower durante a Segunda Guerra Mundial. Duas placas no exterior do reconhecem o papel desempenhado pelo edifício durante aquele conflito.

Parte do interior da casa setecentista permance intacto, em particular a Sala de Música, desenhada por Giovanni Battista Borra, entre 1748 e 1756, para o 9º Duque de Norfolk. Esta sala fazia parte dum circuito de salas de aparato situado no primeiro andar, o qual incluia três salas de estar e um quarto de aparato. Os painéis do tecto foram decorados com troféus representando as Artes, e os painéis maiores das paredes com troféus musicais, encimados por cabeças de Apolo, o antigo deus grego da música. Restaurada e redecorada no seu esquema original de pura pintura branca, com talha dourada, depois de ter estado armazenada, a sala encontra-se agora exposta no Victoria and Albert Museum.

Atualmente, o edifício alberga modernos escritórios, tendo o seu interior sido demolido e construido de novo em anos recentes.


                             Planta de St. James Square, com a Norfolk House no número 1799.

Osborne House
Osborne House é um antigo palácio Real da Inglaterra localizado em East Cowes, Ilha de Wight.
                                   Osborne House e os seus jardins estão hoje abertos ao público.
Índice
1 História
  1.1 Osborne House original
  1.2 A nova Osborne House
  1.3 Cabana Suíça
  1.4 Casa de Família
  1.5 A morte do Príncipe Alberto
  1.6 A morte da Rainha Vitória
2 Casa de convalescença
3 Colégio naval
4 Segunda Guerra Mundial
5 Osborne House na atualidade
6 English Heritade
7 Livros e artigos
História
Osborne House original
A Rainha Vitória e o seu marido, o Príncipe Alberto, compraram Osborne House, na Ilha de Wight, em Outubro de 1844. O casal Real procurava um lar afastado das pressões da vida da Corte. A Rainha Vitória havia passado duas férias na Ilha quando era jovem. O cenário da existente casa georgiana de três andares atraiu a Rainha Vitória e o Príncipe Alberto; em particular, as vistas para o Solent lembraram a Alberto a Baía de Nápoles, na Itália. Tornou-se óbvio, rapidamente, que o edifício era demasiado pequeno para as suas necessidades. Derrubar a casa e construir uma nova foi considerado o curso de acção apropriado.
A nova Osborne House
A nova Osborne House foi construída ao estilo dos palácios da Renascença italiana, e completada com duas torres pseudo-campanário, entre 1845 e 1851. O Príncipe Alberto desenhou a casa, ele próprio, em conjunto com o construtor foi Thomas Cubitt, o arquiteto londrino cuja empresa também construíu a principal fachada do Buckingham Palace. A venda do Royal Pavilion pagou grande parte do mobiliário da nova casa.

A casa consistia na original ala quadrada chamada de "O Pavilhão", a qual continha os principais apartamentos Reais. Os aposentos contêm lembranças das ligações dinásticas de Vitória com as outras famílias Reais europeias. A Sala de Bilhar acolhe um vaso de porcelana maciça, uma oferta do todo poderoso Czar da Rússia Nicolau I. A grandeza da Sala de Bilhar, da Sala de Jantar da Rainha e da Sala de Estar, todas elas no piso térreo, forma um contraste marcado com a decoração muito mais modesta e acolhedora do primeiro andar. Entre estas últimas encontram-se a Sala de Vestir do Príncipe, a Sala de Estar da Rainha, o Quarto da Rainha e os quartos das crianças, todos eles pensados para o uso privado e doméstico, sendo, deste modo, tão confortáveis quanto possível. Tanto a Rainha Vitória como o Príncipe Alberto estavam determinados em educar os seus filhos num ambiente tão natural e afectuoso quanto a sua situação permitia. Deste modo, as crianças Reais podiam visitar os quartos dos pais, enquanto que outras de estatuto semelhante viviam de uma maneira muito mais distante.

A "ala principal", contendo as acomodações da família, além das câmaras de audiência e do Conselho, foi adicionada mais tarde.

A última adição ao palácio foi uma ala construída entre 1890 e 1891. Esta contém, no andar térreo, a famosa Sala de Darbar, a qual recebeu o nome a partir da versão anglicizada do termo hindi darbar, sendo um enorme halldecorado em estilo indiano. A palavra darbar significa "Corte". A Sala do Darbar foi construída para funções de Estado e decorada por Bhai Ram Singh, num estilo elaborado e intricado, com um tapete de Agra. Era utilizado como salão de baile e sala de recepção muito formal. Actualmente contém os presentes que a Rainha Vitória recebeu nos seus Jubileus de Ouro e Diamante. Estes incluém vasos de prata e cobre gravados, armaduras indianas e mesmo o modelo dum palácio indiano. O primeiro andar da nova ala era usado somente pela Princesa Beatriz e pela sua família. Beatriz era a filha mais nova da Rainha Vitória, a qual se manteve permanentemente ao seu lado.

As associações indianas de Osborne House também incluem uma colecção de pinturas de pessoas e cenas indianas, pintadas por Rudolf Swoboda a pedido da Rainha Vitória. Existem ali descrições de indianos que residiam ou visitaram a Grã-Bretanha no século XIX, além de cenas pintadas na própria Índia quando o pintor se deslocou a esse país.

Osborne House tornou-se na coisa mais próxima dum lar familiar que os filhos da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto conheceriam.


                                                Osborne House na época de sua construção.


                                                    Um dos campanários de Osborne House.

Cabana Suíça
Os terenos da Osborne House incluiam uma "Cabana Suíça"". Esta cabana foi desmantelada e trazida peça por peça da Suíça para Osborne, onde foi remontada. Foi o presente de Vitória para os seus filhos no seu próprio aniversário de 1854. As crianças Reais eram encorajadas a permancer no jardim. A cada uma delas foi dada uma porção de terreno na qual cresciam frutos, vegetais e flores, podendo estes, então, vender os seus produtos ao pai. O Príncipe Alberto usou esta estratégia para lhes ensinar os fundamentos básicos da economia. As crianças também aprendiam a cozinhar na Cabana Suíça, a qual estava equipada com uma cozinha absolutamente funcional. Ambos os progenitores viam este género de educação como uma forma de manter os pés dos seus filhos firmemente assentes no chão em vez do seu estatuto Real. Enquanto as crianças cozinhavam na cozinha abaixo, a Rainha Vitória podia gozar da simplicidade da Cabana Suíça para pôr a sua correspondência pessoal em dia.
Casa de Família
Osborne House foi um verdaeiro lar para a Família Real, a qual permanecia ali por longos períodos em cada ano: na Primavera, pelo aniverário de Vitória em Maio; em Julho e Agosto, quando celebravam o aiversário de Alberto; e mesmo antes do Natal. Numa ruptura com o passado, a Rainha Vitória e o Príncipe Alberto permitiam que fotógrafos e pintores capturassem imagens da sua família nos campos e na casa, em parte para seu próprio prazer e em parte para que a nação visse que feliz e devotada família eles tinham. Foram vindidas ao público milhares de reproduções da Família Real, o que levou Vitória a notar, "nenhum soberano foi alguma vez mais amado que eu (sou suficientemente atrevida para dizê-lo)". Escrevendo à sua filha, em 1858, sobre a trisyeza do Windsor Castle, Vitória declarou, "eu anseio pelas nossas alegres e despretenciosas salas em Osborne".
A morte do Príncipe Alberto

Infelizmente, o idílio doméstico em Osborne não iria continuar. Em Dezembro de 1861 o Príncipe Alberto faleceu no Windsor Castle. Apesar do seu falecimento, Osborne House continuou a ser uma das casas favoritas da Rainha Vitória. Como viúva, Vitória entrou num luto impenetrável, tendo-se retirado para Windsor e Osborne com as suas memórias. Os aposentos Reais privados foram, efectivamente, selados numa cápsula do tempo, com todo o ambiante preservado como se Alberto ainda estivesse vivo. A rotina doméstica também continuou como se o príncipe consorte não tivesse falecido, mesmo ao ponto das seus objectos de barbear e casacos serem arranjados para ele todos os dias.

Posteriormente, o físico Guglielmo Marconi transmitiu algumas das primeires mensagens de rádio para Vitória, em Osborne, para mantê-la informada sobre o estado de saúde de seu filho mais velho, o futuro Eduardo VII, enquanto este estava seriamente doente em Sandringham House.

A morte da Rainha Vitória
A Rainha Vitória faleceu em Osborne no dia 22 de Janeiro de 1901, com duas gerações da sua família reunidas à sua volta. Entre os admiradores do edifício encontrava-se um dos netos da Rainha, o Kaiser Guilherme II, em cujos braços a soberana morreu. Embora Vitória tenha adorado Osborne, esta propriedade tinha poucos encantos para os seus filhos. Vitória deixou, no seu testamento, instruções expressas para que Osborne se mantivesse na família, mas ninguém a queria, pelo que o novo Rei, Eduardo VII, acabou por oferecer a propriedade à nação. Com excepção da Princesa Beatriz (que manteve uma casa na propriedade), o resto da Família Real via Osborne House como um "elefante branco". O novo Rei também tinha o seu próprio refúgio rural na Sandringham House, e também preferia gastar o seu tempo de lazer caçando ou fazendo corridas em vez de ficar em reclusão numa ilha. O público em geral tem permissão para visitar os antigos aposentos de aparato, mas os apartamentos privados da família encontram-se fechados.
Casa da convalescença
Algumas secções de Osborne House foram usadas como casa de convalescença para oficiais durante a Primeira Guerra Mundial - Robert Graves e Alan Alexander Milne foram dois famosos pacientes que ali recuperaram. Conhecida como "King Edward VII Retirement Home for Officers" (Casa de Retiro para Oficiais Rei Eduardo VII), incluiu, mais tarde, convalescentes originários dos serviços militar e civil. Até ao final da década de 1990 recebeu oficiais reformados dos Serviços Armados Britânicos.
Colégio naval

Em 1903, parte da propriedade tornou-se num colégio de treino para oficiais juniores da Marinha Real Britânica, conhecido como"Royal Naval College, Osborne". O treino inicial começava aos treze anos de idade, e os estudos posteriores eram continuados no Colégio Real Naval de Dartmouth. O colégio encerrou em 1921, com os últimos estudantes a deixarem o edifício no dia 9 de Abril daquele ano.

Entre os antigos estudantes incluém-se três bisnetos da Rainha Vitória: os futuros reis Eduardo VIII e Jorge VI, assim como o irmão mais novo de ambos, Jorge, Duque de Kent. Outro bem conhecido aluno do colégio foi Jack Llewelyn Davies, um dos cinco "rapazes Llewelyn Davies, o qual inspirou J. M. Barrie na criação do Peter Pan. Davies – cujos irmãos foram, todos eles, para o Colégio de Eton – descreveu os seus cinco anos em Osborne como horrendos. O caso de George Archer-Shee, de 1908, o qual foi expulso de Osborne depois de ser falsamente acusado de roubar um vale postal de cinco xelins, inspirou a peça The Winslow Boy.


                                                  O relvado sul de Osbene House em 1910.

Segunda Gurra Mundial
Ironicamente, Adolf Hitler foi um dos admiradores de Osborne House, tendo mesmo ordenado que a propriedade não fosse bombardeada, pois punha a hipótese de torná-la num dos seus refúgios no pós-guerra.
Osberne House na atualidade
Imediatamente após a morte da Rainha Victoria, os apartamentos Reais, nos andares superiores da ala do pavilhão, foram transformados num museu privado para uso exclusivo da Família Real. Estes aposentos permaneceram exactamente como ela os deixou. Parte do andar térreo foi aberto ao público no início do século XX, e, em 1954, o quarto de Vitória e os apartamentos privados puderam ser vistos pela primeira vez pelo público, seguidos dos quartos de criança, em 1989. Actualmente, a casa tem sido restaurada de acordo com o seu antigo esplendor como palácio de verão da Rainha Imperatriz.
                                  Detalhes dos animais que guardam a entrada de Osborne House.
English Heritage
Osborne House está, actualmente, sob os cuidados do English Heritage, encontrando-se aberta ao público da primavera até o outono. O antigo pavilhão de cricket do Naval College foi convertido numa cabana de férias em 2004, podendo ser reservado por membros do público.
Livros e Artigos
  • Adair, John. The Royal Palaces of Britain. London:  ISBN
  • Struthers, Jane. Royal Palaces of Britain. London:  ISBN 1 84330 733 2
Palácio de Placentia
Palácio de Plasentia (em inglês: Palace of Placentia) foi um Palácio Real da Inglaterra construído por Humphrey, Duque de Gloucester no ano de 1428, em Greenwich, Londres, nas margens do Rio Tamisa. O palácio foi demolido e substituído pelo Hospital de Greenwich (Greenwich Hospital), actual Velho Real Colégio Naval (The Old Royal Naval College) no final do século XVII.
                                                Gravura representado o Palácio de Placentia.
História

O Duque Humphrey foi Regente durante o reinado de Henrique VI, e construiu o palácio com o nome de "Bella Court". Em 1447, Humphrey caiu em desgraça com a nova Rainha, Margarida de Anjou, e foi preso por alta traição, vindo a morrer na prisão - Shakespeare afirmou que morreu assassinado - e Margarida tomou a posse de "Bella Court", rebaptizando-o de "Palace of Placentia", por vezes escrito como Palace of Pleasaunce.

O Palácio de Plasentia permaneceu como a principal residência Real durante os dois séculos seguintes. Foi o lugar de nascimento do Rei Henrique VIII, em 1491, e teve um forte peso na sua vida. No Palácio de Placentia nasceram duas das suas filhas; Maria Tudor (mais tarde Rainha Maria I), e a futura Rainha Isabel I, em 1533, fruto do seu casamento com Ana Bolena. Foi ainda cenário do seu casamento com Ana de Cleves, em 1540. Um árvore no Parque de Greenwich é conhecida como o carvalho da Rainha Isabel, na qual se afirma que a monarca terá brincado quando era criança.

Tanto Maria como Isabel viveram no Palácio de Placentia por alguns anos durante o século XVI, mas durante os reinados de Jaime I e Carlos I foi erguida a Queen's House a Sul do palácio. O Palácio de Placentia caiu em abandono durante a Guerra Civil Inglesa, servindo por periodos como uma fábrica de biscoitos e como um campo de prisioneiros de guerra. Em 1660, Carlos II decidiu reconstruir o palácio, contratando John Webb como o arquitecto para a nova Casa do Rei. A única secção do palácio a ser concluida foi a ala Este do actual Bloco Rei Carlos, mas esta nunca foi ocupada como residência Real. A maior parte do resto do palácio foi demolida, e o lugar permaneceu vazio até à construção do "Greenwich Hospital", iniciado no final do século XVII.

O complexo do "Greenwich Hospital" tornou-se no Colégio Real Naval de Greenwich (Greenwich Royal Naval College), em 1873, quando o colégio naval se mudou de Portsmouth. Os edifícios são actualmente ocupados pela Universidade de Greenwich ("University of Greenwich") e pelo Colégio Trinity de Música ("Trinity College of Music").

Trabalhos de construção de drenagens identificaram, no final de 2005, vestígios Tudor anteriormente desconhecidos. Uma escavação arqueológica total, terminada em Janeiro de 2006, encontrou a Capela Tudor e a Sacristia com o seu pavimento ladrilhado in situ. A Sacristia sobreviveu à demolição do resto do palácio e foi, mais tarde, convertida na casa do Tesoureiro do Hospital de Greenwich.



Queen's House

Queen's House é um palácio da Inglaterra situado no borough de Greenwich, em Londres. Foi desenhada e iniciada entre 1614 e 1617 pelo arquiteto Inigo Jones, no início da sua carreira arquitectónica, para a Rainha Ana da Dinamarca, a esposa do Rei Jaime I. O palácio foi alterado e completado por Jones, numa segunda campanha cerca de 1635, para a Rainha Henriqueta Maria de França, esposa do Rei Carlos I. A Queen's House é um dos mais importantes edifícios da história da arquitectura britânica, sendo o primeiro edifício conscientemente clássico a ser construído na Grã Bretanha. Foi a primeira encomenda importante feita a Jones depois deste regressar do seu grand tour pela Arquitectura da Roma Antiga, do Renascimento e Palladiana em Itália, ocorrido entre 1613 e 1615.

Alguns edifícios ingleses anteriores, como Longleat House, haviam adoptado elementos do estilo clássico, mas estes restringiam-se a pequenos detalhes, não se aplicando de uma forma sistemática. A forma destes edifícios não era informada pelo entendimento de precedentes clássicos. A Queen's House devia parecer revolucionária aos olhos ingleses daquela época. Jones foi creditado com a introdução do Palladianismo com a construção da Queen's House. Apesar de divergir das limitações matemáticas de Palladio e ser, provavelmente, o precedente imediato da planta em forma de H, está no caminho da Villa Medicea di Poggio a Caiano, desenhada por Giuliano da Sangallo.

                                                              Fachada de Queen' House.
A Queen's House vista do fundo da Colina do Observatório, mostrando o palácio original (1635) e as alas adicionais ligadas por colunas (1807).
Índice
1 História inicial
2 Construção de Greenwich Hospital
3 Acrescentos do século XIX
4 Atualidade
5 Figuras ligadas à Queen's House
História inicial
A Queen's House foi construída como um anexo do Palácio de Greenwich, previamente conhecido, antes do seu desenvolvimento por Henrique VII, como Palace of Placentia, o qual era um edifício disperso, constituído principalmente por tijolo vermelho, num estilo mais vernáculo. A aparência deste deve ter apresentado um dramático contraste com a recém-construída, e pintada de branco, Queen's House, apesar de a última ser muito menor e, na verdade, constituir uma versão moderna de uma velha tradição de "casas de jardim" privadas. Não era, por isso, um edifício público, estando destinada ao uso exclusivo do círculo de amizades privadas da rainha.

No entanto, o uso original deste palácio foi muito curto - não mais de sete anos - antes do início da Guerra Civil Inglesa, em 1642, a qual varreu a cultura da corte da qual nasceu. Dos seus interiores, três tectos e algumas decorações das paredes sobreviveram em parte, mas nenhum interior permanece no seu estado original. Este processo começou logo em 1662, quando alguns maçons removeram um nicho com as figuras e uma lareira.

A Queen's House, apesar de ter sido escassamente usada para o seu fim original, providenciou o centro focal distante para o Greenwich Hospital de Sir Christopher Wren, com uma lógica e grandeza que tem parecido inevitável para os historiadores da arquitectura. No entanto, este cenário foi motivado pela insistência da Rainha Maria II para que a vista para o rio a partir da Queen's House não fosse estragada.

 

                                                             Fachada de Queen's House.


                            Planta de Queen's Hous. O salão é um cubo de 40 pés (12,2 metros).

Construção de Greenwich Hospital
Embora o Palace of Placentia tenha sobrevivido como um edifício oficial - sendo usada para a deposição em câmara ardente dos Almirantes da Commonwealth Richard Dean (1653) e Robert Blake (1657) — o palácio principal foi progressivamente demolido entre as décadas de 1660 e 1690 e substituído pelo Royal Hospital for Seamen, o qual é habitualmente conhecido como Greenwich Hospital, construído entre 1696 e1751 segundo os planos de Sir Christopher Wren. Este é actualmente chamado de Old Royal Naval College, devido ao seu uso posterior entre 1873 e 1998.
A posição da Queen's House e a ordem da Rainha Maria II para que esta mantivesse as vistas para o rio (apenas ganhando com a demolição do velho palácio), ditaram que o hospital desenhado por Wren fosse constituído por um par de "pátios" combinados separados por uma grande 'vista' com a largura exacta da Queen's House (115 pés). O conjunto forma uma impressionante combinação arquitectónica que se estende do Tamisa ao Parque de Greenwich Park, sendo um dos principais elementos que, em 1997 foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, com o título de Greenwich Marítima.
                            Vista panorâmica da Queen's House com o Greenwich Hospital ao fundo.
                                           O Greenwich Hospital com Queen's House ao fundo.
Acrescentos do século XIX

A partir de 1806 a própria Queen's House era o centro da instituição que se tornaria, em 1892, naRoyal Hospital School para os filhos dos marinheiros. Esta necessitava de novas alas de acomodação, passando o palácio a ser flanqueado por um par de novos edifícios situados a este e oeste e ligados ao edifício principal por uma colunata de 1807 (desenhada pelo arquitecto das Docas de Londres, Daniel Asher Alexander), com novas extensões sobreviventes até 1876. Em 1933 a escola mudou-se para Holbrook, no Suffolk. Os seus edifícios de Greenwich, incluindo a Queen's House, foram convertidas e restauradas de forma a acomodarem o novo National Maritime Museum (NMM), criado por um Acto do Parlamento em 1934 e inaugurado em 1937.

Os terrenos imediatamente a norte da Queen's House foram revalorizados no final da década de 1870 depois da construção do túnel entre as estações ferroviárias de Greenwich e Maze Hill. O túnel fazia parte da progressão do Caminho de Ferro de Londres e Greenwich, tendo sido inaugurado em 1878.


                                               A Queen's House vista do Parque de Greenwich.

Atualidade

O palácio foi restaurado entre 1986 e 1999, sendo actualmente amplamente usado para expôr um aparte subsatancial da colecção de pinturas marinhas e retratos do museu (datados, principalmente, entre os séculos XVII e XX, e para outros eventos públicos e privados. A Queen's House está, por norma, aberta ao público diariamente, sem cobrança de entrada, juntamente com as outras galerias do museu e o seiscentista Royal Greenwich Observatory, o qual também faz parte do National Maritime Museum.

"Queen's House" também foi o nome usado pela Buckingham House, a qual daria, mais tarde, origem ao Buckingham Palace, quando esta serviu de residência à Rainha Charlotte durante o reinado de Jorge III.


                                                A Queen's House vista do portão principal.

A Escadaria Tulipa e lanterna vistas de baixo; a primeira escada em espiral sem suporte central construída na Inglaterra. As escadas estão suportadas por cantilever a partir das paredes, com cada degrau assente no anterior.
                           Vista panorâmica do Parque de Greenwich com a Queen's House ao fundo.
Figuras ligadas a Queen's House
São três as figuras principais ligadas à Queen's House, o arquiteto Inigo Jones e as Rainhas Ana da Dinamarca e Henriqueta Maria da França.
                                                                Arquiteto Inigo Jones.
                                                              Rainha Ana da Dinamarca.
                                                       Rainha Henriqueta Maria da França.
Richmond Palace
Richmond Palace foi um palácio Real da Inglaterra entre 1327 e 1649. Ficava situado em The Green, em Richmond, um distrito do actual borough londrino de Richmond upon Thames. A primeira versão pré-Tudor do palácio ficou conhecida por Sheen Palace. Ficava, grosso modo, posicionado no local onde se encontram os actuais Jardins da Casa dos Trompeteiros.
Uma vista do Richmond Palace publicada em 1765. Esta imagem foi baseada em antigos desenhos, uma vez que o palácio já fôra demolido nesta data.
Índice
1 História
  1.1 Palácio Medieval de Sheen
    1.1.1 Dinastia Normanda
    1.1.2 De 1299 a 1495
  1.2 Dinastia Tudor
    1.2.1 Henrique VII
    1.2.2 Henrique VIII
    1.2.3 Maria I
    1.2.4 Isabel I
  1.3 Dinastia Stuart e Commonwealth
    1.3.1 Jaime I
    1.3.2 Carlos I e a Commonwealth
2 Aquitetura e equipamentos
  2.1 Levantamento 1649
  2.2 Estruturas sobrevivenes
  2.3 Arqueologia
3 Curiosidades
História
Palácio Medieval de Sheen
Dinastia Normanda
Henrique I viveu por pouco tempo na casa do Rei em Sheanes (ou Shene, ou Sheen).
De 1299 a 1495

Em 1299, Eduardo I, "Martelo dos Escoceses", levou toda a sua corte para o solar de Sheen, um pouco a leste da ponte e próximo da margem do rio, o qual se tornou desta forma em "Palácio Real". William Wallace ("Braveheart") foi executado em Londres no ano de 1305, e foi em Sheen que os Comissários vindos Escócia se ajoelharam perante Eduardo I.
Quando o jovem rei Eduardo III subiu ao trono, em 1327, deu o solar à sua mãe, Isabel de França. Quase 50 anos mais tarde, depois da morte da sua esposa Filipa de Hainault, ocorrida em 1369, Eduardo gastou mais de 2.000 libras em melhoramentos. A meio dos trabalhos, o próprio Eduardo III faleceu no solar, em 1377. Em 1368, Geoffrey Chaucer havia servido como yeoman em Sheen.
Ricardo II foi o primeiro rei inglês a fazer de Sheen a sua principal residência, em 1383. Foi aí que tomou a sua noiva, Ana da Boémia. Doze anos mais tarde, em 1394, estava de tal forma destroçado pela morte de Ana, com 28 anos de idade, que, de acordo com Holinshed, "fez com que (o solar) fosse extinto e desfigurado; enquanto que os antigos reis desta terra, acostumados à cidade, usavam-no como refúgio e local de lazer, servindo em grande medida para seu recreio". Durante quase 20 anos o palácio permaneceu em ruínas, até que Henrique V empreendeu a sua reconstrução em 1414. Henrique V também fundou ali um mosteiro cartuxo, o Richmond Priory. Houve várias uniões Reais em Sheen até ao incêndio de 1497, durante o reinado de Henrique VII.
Dinastia Tudor
Henrique VII
No dia 23 de Dezembro de 1497, um incêndio destruíu a maior parte dos edifícios (em grande parte constituídos por madeira). Henrique VII reconstruíu o palácio e renomeou-o como Richmond Palace, em referência ao título da sua família, Conde de Richmond. Em 1502, o palácio testemunhou uma cerimónia de noivado Real com implicações vitais na futura história britânica; a Princesa Margarida, filha de Henrique VII, ficou noiva do Rei Jaime IV da Escócia. Deste casamento surgiu, mais tarde, a linhagem da Casa de Stuart. Em 1509, Henrique VII faleceu em Richmond.
                                      O Richmond Palace tal com foi reconstruído por Henrique VII.
Henrique VIII

Nesse mesmo ano, Henrique VIII celebrou as festividades entre o Natal e a Noite de Reis em Richmond com a primeira das suas seis esposas, Catarina de Aragão. Sobre essas celebrações, Mrs. A.T. Thomson teceu as seguintes descrições nas suasMemoirs of the Court of Henry the Eighth:
Na noite da Epifania (1510), um desfile foi introduzido na galeria em Richmond, representando uma colina salpicada com ouro e pedras preciosas, e tendo no seu topo uma árvore de ouro, na qual estavam penduradas rosas e romãs. A partir do declive da colina descia uma dama ricamente vestida, que, com os cavalheiros, ou, como eram então chamados, crianças de honra, dançava um morris perante o rei. Noutra ocasião, na presença da corte, foi desenhada uma floresta artificial por um leão e um antílope, cujas peles foram ricamente bordadas com ornamentos em ouro; os animais foram aparelhados com correntes de ouro, e em cada um deles sentava-se uma bela donzela com trajes alegres. No meio da floresta, que foi assim apresentada, aparecia uma torre dourada, no fim da qual estava uma jovem de pé, segurando nas suas mãos uma grinalda de rosas, como prémio do valor demonstrado num torneio que sucedeu ao cortejo!" 
Quase nada sobrevive dos solares iniciais. Na década de 1520, o Cardeal Wolsey adoptou novos estilos arquitetônicos renascentistas no Hampton Court Palace. Este ficava a poucas milhas de Richmond e Henrique VIII ficou a ferver de inveja. Com a queda de Wolsey, o monarca confiscou o seu belo palácio e forçou-o a aceitar o Richmond Palace em troca; Hall, nas suas Crónicas, diz, que "quando o povo comum, e em especial aqueles que haviam sido criados de Henrique VII, viram a criadagem do Cardeal no solar Real em Richmond, o qual o monarca tinha em tão alta estima, foi uma maravilha ouvir como se ressentiram, dizendo, 'portanto vão residir mastins de açougueiro no solar de Richmond!'".
Em 1540, Henrique VIII deu o palácio à sua quarta esposa, Ana de Cleves, como parte do seu "acordo de divórcio".
Maria I
Em 1554, a Rainha Maria I casou com Filipe II de Espanha. 45 anos depois de a sua mãe, Catarina de Aragão, ter passado o Natal no palácio de Richmond, passaram ali a sua lua-de-mel (e no Hampton Court Palace). Mais tarde, nesse mesmo ano, a futura Isabel I foi aprisionada em Richmond.
Isabel I
Depois de ser feita rainha, Isabel I passou muito do seu tempo em Richmond, uma vez que gostava de caçar veados no "Newe Parke of Richmonde" (Novo Parque de Richmond). Isabel I faleceu no Richmond Palace no dia 24 de Março de 1603.
Dinastia Stuart e Commonwealth
Jaime I
O Rei Jaime I preferia o Palace of Westminster ao Richmond Palace, mas mesmo antes de se tornar rei, Carlos I tomou posse do Richmond Palace e começou a construir a sua colecção de arte enquanto vivia ali. Tal como Isabel I, Jaime gostava de caçar veados, pelo que criou, em 1637, uma nova área para o parque conhecido actualmente como Richmond Park, renomeando o "Newe Parke" como "Old Deer Park".
Carlos I e a Commonwealth
Poucos meses depois da execução do rei Carlos I, em 1649, o Richmond Palace foi sujeito a um levantamento por ordem do Parlamento, com o propósito de determinar o que podia ser aproveitado em termos de matérias-primas, as quais foram vendidas pela soma de 13.000 libras. Ao longo dos dez anos seguintes foi demolido na sua maior parte, sendo as suas pedras reutilizadas noutras em construções.
Arquitetura e equipamentos
Todos os registos que chegaram à actualidade descrevem a mobília e as decorações do ancient palace como esplêndidas, exibindo em deslumbrates tapeçarias os feitos de reis e de heróis que se haviam destinguido, eles próprios, pelas suas conquistas por toda a França em vez de no seu próprio país.
Um projeto para a construção de um novo Richmond Palace, desenhado por Sir William Chambers em 1765. Este plano nunca foi executado pelo rei. Um novo palácio foi inicido segundo um outro desenho, mas nunca foi concluído.
Levantamento de 1649
O levantamento levado a cabo em 1649 fornece uma minuciosa descrição do palácio. A grande galeria tinha uma centena de pés comprimento e quarenta de largura, tendo um painel no ponto mais baixo, sobre o qual estava um "espaço de roda-pé na sua parte mais alta, o pavimento de ladrilhos quadrados, bem iluminado e assentado; no extremo norte tinha uma torreta, ou caixa de relógio, coberta com chumbo, o qual é um ornamento especial para este edifício". Os alojamentos do prícipe são descritos como um edifício em pedra, com três andares de altura, com "catorze torretas cobertas com chumbo", sendo "um ornamento muito gracioso para toda a casa, sendo um ponto de referência no condado à sua volta". Uma torre redonda é mencionada, chamada de "Canted Tower", com uma escadaria de cento e vinte e quatro degraus. A capela tinha noventa e seis pés de comprimento e quarenta de largura, com assentos de catedral e bancos. Anexa ao jardim do príncipe existia uma galeria aberta, de cem pés de comprimento, sobre a qual ficava uma galeria fechada com comprimento semelhante. Também possuía uma biblioteca Real. Três canos abasteciam o palácio de água, um a partir da conduta branca situada no novo parque, outro da conduta nos campos da cidade e o terceiro ligado à conduta situada próximo das casas das esmolas em Richmond.
Estruturas sobreviventes
Entre as estruturas sobreviventes encontra-se o Guarda-Roupa, a Casa dos Trompeteiros e a Portaria. A última foi construída em 1501, tendo sido disponibilizada num contrato de arrendamento de 65 anos pelos Comissários do Património da Coroa, em 1986. Este edifício possui cinco quartos.
                Portaria do Richmond Palace, uma das poucas estruturas que resta no complexo.
Arqueologia
Durante o ano de 1997 o lugar foi investigado pelo programa "Time Team" (Equipa do Tempo) do Channel 4, o qual foi para o ar em Janeiro de 1998.
Curiosidades
Este palácio foi o primeiro edifício na história equipado com um lavatório com água corrente, inventado pelo afilhado de Isabel I, Sir John Harrington.


Royal Pavilion
Royal Pavilion (Pavilhão Real) é uma antiga residência real localizada em Brighton, Inglaterra. Foi construída em estilo Indo-Sarraceno (estilo predominante na Índia do século XIX) como refúgo à beira-mar para o então Príncipe Regente, sendo muitas vezes referida como Brighton Pavilion.
                                                                     O Royal Pavilion.
Índice
1 História
2 Compra pela cidade de Brighton
3 Uso atual
História

O Príncipe Regente, que mais tarde se tornaria Rei Jorge IV, visitou Brighton pela primeira vez no ano de 1783, pois o seu médico recomendava a água do mar para o tratamento de sua gota. Em 1786 areendou uma casa de lavoura na zona de Old Steine, Brighton.
Estando longe da Corte Real, em Londres, o Pavilion também era um local discreto para o Principe gozar a ligação com o sua companheira de longo tempo, Mrs. Maria Anne Fitzherbert. O Principe desejara desposá-la, e poderá tê-lo feito secretamente; de qualquer forma isso era ilegal devido à sua Religião Católica.

Henry Holland foi rapidamente encarregado de ampliar o edificio. O Príncipe também comprou terrenos em volta da propriedade, nos quais foram construídos, em 1803, uma grande escola de equitação e estábulos em Estilo Indiano, desenhados por William Porden.

Entre 1815 e 1822, John Nash redesenhou o palácio, sendo o resultado dos seus trabalhos o que se pode ver na actualidade. O palácio destaca-se particularmente na região de Brighton, tendo uma aparência muito indiana no seu exterior. De qualquer forma, o fantástico desenho interior, primeiramente da forma de Frederick Crace e Robert Jones, é pesadamente influenciado pelas modas chinesa e indiana (com elementos arquitectónicos Mongóis e Islâmicos). Foi um primeiro exemplo de exotismo, que era uma alternativa ao gosto mais clássico do Estilo Regência.


 O ricamente decorado Salão dos Banquetes no Royal Pavilion. View of the Royal Pavilion (1826) de John Nash.
Compra pela cidade de Brighton
Depois da morte do Rei Jorge IV em 1830, o seu sucessor Guilherme IV também permaneceu no Pavilion durante as suas visitas a Brighton. de qualquer forma, depois da última visita da Rainha Vitória a Brighton, em 1845, o Governo planeou vender o palácio e os terrenos. O Brighton Commissioners e o Brighton Vestry peticionaram com sucesso o governo a vender o Pavilion à cidade por 53.000 libras, em 1849.
                                                                    Jardins do Pavilion.
Uso atual

Durante a Primeira Guerra Mundial, o Pavilion foi usado como hospital para os feridos da Índia e das Índias Ocidentais.
O Royal Pavilion encontra-se actualmente aberto ao público e também está disponível para fins educacionais, banquetes e casamentos. As taxas de admissão são reduzidas para os residentes locais durante o Inverno.
                                                          Royal Pavilion visto da entrada.
Palácio Savoy
Palácio de Savoy foi considerado a maior residência nobre da Londres medieval, até ser destruído durante a Revolta camponesa de 1381. A sua fachada ficava voltada para a Strand, no local onde se encontram actualmente o Teatro Savoy e o Hotel Savoy.
                                                  Gravura representando o Savoy Palace.
Índice
1 História inicial
  1.1 Destruição
2 Hospital Savoy
3 Capela de Savoy
4 Atualidade
História inicial

Durante a Idade Média, apesar de existirem muitos outros palácios nobres dentro das muralhas da cidade, a localização mais desejável para acolher a nobreza era a Strand, que emergiu no século XII entre a City e a aldeia de Charing, o lugar da actual Charing Cross, então situada no condado de Middlesex. Ali um nobre também podia ter uma frente de água no Rio Tamisa, a grande e antiga via fluvial e, ao mesmo tempo, estar livre do fedor e do tumulto social da Cidade de Londres, situada a Este, bem como das constantes ameaças de incêndio.
Henrique III concedeu a terra a Pedro II, Conde de Savoy, tio da Rainha, Eleanor da Provença, em 1246. O edifício ali construido tornou-se mais tarde residência de Príncipe Edmundo, o Conde de Lancaster. Os seus descendentes, os Duques de Lancaster, viveram ali ao longo do século seguinte. Durante o século XIV, quando a Strand foi pavimentada até ao Savoy, era a vasta residência ribeirinha em Londres de João de Gante, o poderoso corrector da nação, tio de Ricardo II e pai de Filipa de Lencastre, a futura Rainha de Portugal. Segundo Fernão Lopes, foi neste palácio que João de Gante, já sendo Duque de Lencastre, firmou e jurou o tratado de Tagilde perante Vasco Domingues, chantre de Braga e enviado diplomático do rei D. Fernando. O Savoy era o mais magnífico palácio da Inglaterra, famoso pela magnífica colecção de tapeçarias, jóias e ornamentos dos seus proprietários.
Destruição
Durante a revolta dos camponeses liderada por Wat Tyler em 1381, os desordeiros, que culpavam João de Gante pela introdução da poll tax que havia precipitado a revolta, demoliram sistematicamente o Palácio Savoy e tudo o que existia dentro dele. O que não podia ser esmagado ou queimado era deitado ao rio. Jóis foram pulverizadas com martelos, e diz-se que um dos revoltosos, ao ser encontrado por um companheiro a guardar uma taça de prata, foi executado por fazê-lo. Apesar disso, o nome Savoy permaneceu ligado ao lugar.
Hospital Savoy

Foi no lugar do antigo palácio que Henrique VII fundou o "Savoy Hospital" (Hospital Savoy) para os pobres e pessoas necessitadas, deixando instruções para isso no seu testamento, o qual foi aberto em 1512.
A grande estrutura foi o mais impressionante hospital do país no seu tempo e o primeiro a beneficiar com uma equipa médica permanente. Este hospital encerrou em 1702 e no século XIX os velhjos edifícios hospitalares foram demolidos.
                         Mapa de Westminster, datado de 1593. A seta indica a localização de Savoy.
Capela de Savoy
O único edifício a sobreviver à demolição novecentista foi a capela do hospital, dedicada a São João Batista. Esta capela chegou a acolher uma congregação luterana alemã, sendo actualmente usada novamente pela Igreja Anglicana como a igreja para o Ducado de Lancaster e Royal Victorian Order (Ordem Real Vitoriana).
Atualidade

O Palácio Savoy é recordado nos nomes do Hotel Savoy e do Teatro Savoy, os quais se erguem no local. Muitas das ruas vizinhas também foram nomeadas em referência ao antigo palácio: "Savoy Buildings""Court""Hill""Place""Row""Street" e "Way""Savoy Place" é o quartel-general do "Institution of Engineering and Technology" (Instituto de Engenharia e Tecnologia).

Castelo de Stirling

Stirling Castle (Castelo de Stirling) é um castelo localizado em Stirling, na Escócia. Situa-se acima da cidade velha, na Castle Hill (Colina do Castelo), um monte íngreme de origem vulcânica que faz parte da formação geológica Stirling Sill. Em posição dominante no topo do maciço rochoso e cercado por três lados por escarpas íngremes, o que lhe confere uma forte posição defensiva, é considerado um dos maiores e mais expressivos castelos do país, tanto pela sua arquitectura como pela sua história.

Em consequência da sua localização estratégica nas margens do Rio Forth, guardando aquela que foi, até à década de 1930, a travessia mais a jusante do rio, o castelo desempenhou um importante papel na História da Escócia desde os primeiros tempos, tendo sido sitiado e atacado pelo menos 16 vezes. Das suas muralhas descortinam-se as planícies envolventes, onde se travaram três batalhas que decidiram os destinos do reino (além duma quarta disputada alguns quilómetros mais a norte), como:

  • a Batalha de Stirling Bridge (1297), onde William Wallace desbaratou um vasto exército inglês que tentava atravessar o Rio Forth.
  • a Batalha de Bannockburn (1314), onde as forças de Robert, o Bruce desbarataram forças inglesas em número mais elevado.

Entre cerca do ano 1100 e 1685, o Stirling Castle foi uma das principais residências dos reis e rainhas escoceses e local de reunião da Corte. A partir daí e até 1964 foi quartel-general dos regimentos das Argyll e Sutherland Highlanders.

A maior parte dos edifícios do Castelo de Stirling datam do período compreendido entre 1496 e 1583, quando o complexo foi significativamente ampliado por três reis: Jaime IV, Jaime Ve Jaime VI, assim como pela Rainha Maria de Guise, esposa de Jaime V e mãe de Maria Stuart. Restam poucas estruturas do século XIV, enquanto as defesas exteriores voltadas para a cidade remontam ao início do século XVIII.

Actualmente, o castelo é um Scheduled Ancient Monument (monumento antigo marcado), cuja administração é feita pela Historic Scotland, uma agência estatal responsável pela protecção dos monumentos nacionais.


                                                           Stirling Castle, Escócia.

Índice
1 História
2 Arquitetura
3 Uso moderno
História
Não se pode afirmar com certeza se já os pictos, ou mesmo os romanos, construíram fortificações nos altos penhascos, dos quais toda a parte central da Escócia poderia ser controlada. O primeiro dado seguro diz respeito à fundação duma capela, no ano 1100, pelo Rei Alexandre I.
Em troca da libertação do Rei Guilherme I, o castelo foi ocupado uma primeira vez pelos ingleses em 1174, mas veio a ser devolvido em 1189. Por volta de 1280 tiveram lugar extensas actividades construtivas, embora nada disso reste actualmente.
No século XIII, a campanha escocesa de Eduardo I de Inglaterra incluiu um cerco ao Stirling Castle. Os historiadores acreditam que foi onde o Warwolf ("lobo de guerra"), o maior trabuco alguma vez construído, foi usado pela primeira vez, com efeitos devastadores. Em 1291, enquanto o rei inglês Eduardo I tomava uma decisão sobre a sucessão ao trono da Escócia, o castelo esteve uma vez mais sob o controle da Inglaterra. No dia 11 de Setembro de 1297, os escoceses, liderados por William Wallace, venceram a Batalha de Stirling Bridge e recuperaram o vizinho castelo. No entanto, depois da Batalha de Falkirk (22 de Julho de1298), o castelo foi novamente perdido para os ingleses, mas Robert, o Bruce, tomou-o de volta, em 1299, depois dum cerco.
Seis anos mais tarde, o Stirling Castle foi o último castelo rebelde mantido pelos escoceses, estando cercado pelos ingleses desde Abril de 1304. Um total de doze armas de cerco disponíveis (incluindo provavelmente um trabuco) bombardearam incessantemente o castelo com bolas de chumbo, fogo grego, pedras e até mesmo com uma mistura de pólvora. Finalmente, foi revelada a guarnição escocesa de trinta homens após quase quatro meses de cerco.
Dez anos depois houve uma reviravolta na sorte da guerra. Os escoceses sitiaram, então, o castelo sob o comando de Edward Bruce. Depois do seu irmão Robert ter devastado solidamente os ingleses, no dia 24 de Junho de 1314, na Batalha de Bannockburn, também o vizinho Stirling Castle foi ocupado. Depois da sua vitória na Batalha de Halidon Hill (19 de Julho de 1333), os ingleses tomaram novamente o controle do castelo. Depois dum cerco vencido em 1337, o futuro Rei Roberto II conseguiu reconquistar o castelo, em 1343, para a Escócia.
No dia 11 de Junho de 1488 teve lugar, a apenas três quilómetros de distância, a Batalha de Sauchieburn, travada entre as tropas do rei e elementos subversivos, durante a qual o Rei Jaime III foi morto. O seu sucessor, Jaime IV, deu início, em 1496, a grandes expansões do castelo, o qual se converteria, até 1583, num imponente palácio de representação.
Por volta de 1538, o rei Jaime V da Escócia mandou construir aqui um palácio para si e para a sua rainha de origem francesa, Maria de Guise. O chamado Palácio Real é uma obra-prima da arquitetura do Renascimento, com belas estátuas adornando as suas paredes externas.
No dia 9 de Setembro de 1543, a Grande Capela, ou Capela Real, foi palco da coroação de Maria Stuart como rainha da Escócia. Também aqui seria baptizado, em 1566, o seu filho e futuro Rei Jaime VI da Escócia (e Jaime I da Inglaterra), sendo utilizada como pia baptismal uma fonte de ouro maciço emprestada por Isabel I de Inglaterra. Um ataque ao palácio por parte dos adeptos da rainha foi repelido em 1571. No dia 17 de Abril de 1584 foi ocupado pelo insurgente senhor do castelo, mas duas semanas depois foi devolvido.
Depois da ascensão do rei Jaime VI da Escócia ao trono inglês, o centro do governo deslocou-se para Londres e o Castelo de Stirling perdeu importância como residência real.
No dia 3 de Agosto de 1650 as tropas de Oliver Cromwell montaram cerco ao castelo e tomaram-no no dia 14 do mesmo mês, tendo o edifício ficado fortemente danificado. No dia 30 de Março de 1685 o castelo perdeu o seu estatuto como residência real e tornou-se numa base militar. No final do século XVII e no século XVIII, as suas defesas foram reforçadas face às rebeliões jacobinas. Entre 1711 e 1714 fizeram-se extensas melhorias nas instalações de defesa. No dia 13 de Novembro de 1715 os jacobitas foram derrotados na Batalha de Sheriffmuir, alguns quilómetros a norte de Stirling. O exército rebelde de Bonnie Prince Charlie capturou a cidade no dia 6 de Janeiro de 1746, sem a oposição da artilharia do castelo.
Entre 1800 e 1964, o castelo foi propriedade do gabinete de guerra e serviu como quartel. Durante as guerras revolucionárias contra a França, travadas no início do século XIX, uma grande parte da estrutura, convertida em quartel, serviu para treinar soldados escoceses que mais tarde lutariam no continente europeu. A partir de então foram feitas muitas alterações: o Grande Hall tornou-se num bloco de alojamentos; a Capela Real foi transformada em teatro de leitura e galeria de jantar; o Antigo Edifício do Rei tornou-se numa enfermaria e o Palácio Real deu lugar à messe dos oficiais. Esforços para devolver todos esses edifícios ao seu estado original ainda estão a ser feitos. Durante esse período, também foram construídos vários edifícios novos, incluindo uma prisão e um paiol de pólvora, no Nether Bailey, em 1810. Em Setembro de 1906, o Rei Eduardo VII expressou publicamente o seu desagrado pelo uso indevido daquele castelo com significado histórico; a partir de então, a sociedade de protecção de monumentos históricos tratou de devolver a sua condição original. Finalmente, em 1964 o exército deixou o Castelo de Stirling.
Desde então, muitos edifícios foram restaurados e reconstruído para que o castelo apresente hoje o aspecto que tinha no final do século XVII. O castelo permanece como quartel-general do regimento das Argyll e Sutherland Highlanders, embora o regimento já não esteja ali aquartelado. No interior do castelo está instalado o Museu do Regimento.
                                             Muralha exterior e paisagem circundante a norte.
                                             Estátua de Robert o Bruce na esplanada do castelo.
                                                   Jardins do palácio, ao sul do Palácio Real.
                                                            Canhão da muralha do castelo.
Arquitetura
Uma vez que a colina do castelo apresenta penhascos íngremes em três dos lados, o complexo é acessível apenas por sul, sendo especialmente bem fortificado desse lado. A portaria, que permite o acesso a partir das defesas exteriores ao castelo propriamente dito, encontra-se no pátio interior (Guardroom Square). Esta estrutura foi erguida, entre 1501 e 1506, pelo Rei Jaime IV, fazendo parte, inicialmente, duma "frente" que se estendia ao longo de toda a largura da rocha. Em ambas as extremidades existiam enormes blocos de casas rectangulares. No meio, a única passagem era guardada por quatro torres redondas com telhados cónicos. Mas quando a instalação foi construída, isso deveu-se ao facto da artilharia já estar desactualizada. Em 1559 e no período entre 1711 e 1714 foram introduzidas extensas alterações, como o estabelecimento duma casamata ou de estruturas que permitissem o enfileiramento de canhões. Hoje ainda existem o bloco de casas da parte sul, ou Prince's Tower (agora associado ao palácio construído posteriormente), o muro circundante contíguo, a passagem e a parte inferior das torres interiores, assim como pequenos vestígios das torres exteriores e do bloco de casas da parte norte.
Através duma outra passagem chega-se ao pátio central (Outer Close). À esquerda encontram-se alguns edifícios, como a casa do comandante da fortaleza (erguida em 1790). A antiga ala da cozinha foi nivelada em 1689 e substituída por uma Bateria, no relativamente fraco lado leste com canhões para defendê-lo. A parte inferior da ala da cozinha foi parcialmente reconstruída em 1921. O portão do lado norte ainda remonta, em parte, ao ano de 1380, sendo, deste modo, a mais antiga parte sobrevivente do castelo; o edifício também serviu durante muito tempo como local de cunhagem de moeda.
No lado direito do pátio central encontram-se os dois edifícios mais importantes do castelo: o Grande Hall (Great Hall) e o Palácio Real. O Grande Hall, construído em estilo renascentista entre 1501 e 1504, com os seus 38,1 metros de comprimento e 14,3 de largura, é o maior de seu género construído na Escócia. Provavelmente foi concebido pessoalmente pelo Rei Jaime IV para albergar espectaculares banquetes e celebrações. Durante cerca de um século realizaram-se aqui os mais importantes eventos sociais da família real escocesa, incluindo frequentes sessões do Parlamento Escocês. Também foi aqui que tiveram lugar os magníficos festejos oferecidos por Maria Stuart para celebrar o baptizado do seu filho.
Depois da subida de Jaime VI ao trono da Inglaterra, e da sua mudança para Londres, o Grande Hall passou a ser usado como estábulo e depósito de carruagens. Durante o século XVIII, o salão foi dividido em vários andares e salas, a fim de criar alojamentos para as tropas. Depois da saída dos militares, em 1964, o Grande Hall foi restaurado e devolvido ao seu aspecto original, tendo sido reaberto ao público em 1999. Destacam-se cinco lareiras ornamentadas, escadas em caracol e um impressionante tecto, construído com a madeira de cerca de 350 carvalhos.
Palácio Real foi construído entre 1537 e 1543 e é uma combinação entre o estilo renascentista e o barroco tardio. O edifício é rectangular e tem um pequeno pátio, a "Caverna do Leão" (Lion's Den). A ala norte era a área do rei, enquanto a ala sul era a área da rainha. Ambas estão estruturadas de forma semelhante: da Câmara da guarda pode entrar-se na sala de audiências e, finalmente, nos aposentos privados. Enquanto as três fachadas do interior estão elaboradamente decoradas, a fachada ocidental, voltada para as rochas, apresenta-se humilde e rude, uma vez que, depois da morte de Jaime V, nunca foi concluída. Os tectos da sala de audiências do rei eram decorados por retrato circulares, os "dirigentes de Stirling". No entanto, estes foram removidos em 1777 e instalados no Smith Institute, em Stirling, ou no National Museum of Antiquities, em Edimburgo.
A área entre o Grande Hall e o Palácio Real pode ser alcançada por uma passagem situada no topo do pátio central. Esta é flanqueada pelo Antigo Edifício do Rei (King's Old Building), no lado oeste, e a Capela Real (Chapel Royal), no lado norte. O Antigo Edifício do Rei foi erguido, em 1496, no ponto mais alto da colina do castelo, tendo substituído um edifício anterior. Serviu até cerca de 1543 como residência principal, quando o novo palácio real foi concluído. Posteriormente, o edifício serviu principalmente como alojamento de tropas. A parte norte foi gravemente danificada por um incêndio, em 1855, e depois reconstruída. Atualmente, está instalado no edifício o Museu do Regimento das Argyll e Sutherland Highlanders.
A existência duma capela é testemunhada desde o ano 1110. Depois de 1412 foi erguida uma nova capela, demolida em 1594 e novamente substituída pelo edifício rectangular que ainda hoje existe. Em 1633 a capela foi ricamente decorada pelo artista Valentine Jenkins. Por volta do ano 1900 a capela serviu como cantina das tropas, espaço de treino e armazém. Por volta de 1930 tiveram início extensos restauros que duraram até 1996.
Através do portão norte e duma escadaria pode alcançar-se a parte mais profunda do lado norte da colina (Nether Bailey). Em 1810 foram construídos aqui três armazéns de pólvora e uma casa da guarda, a que se seguiu um quarto paiol de pólvora erguido em 1860. A cerca de todo o complexo forma a muralha exterior norte.
                                                              Exterior do Grande Hall.
Uso moderno
A esplanada do castelo, ou campo de parada, tem sido usada como local de concertos ao ar livre por vários artistas conhecidos, alguns dos quais usaram o castelo e o cenário envolvente para filmar DVDs ""em concerto". Entre os actos mais recentes incluem-se concertos dos R.E.M., Ocean Colour Scene, Bob Dylan, Wet Wet Wet e Runrig. A esplanada também acolhe as celebrações hogmanay da cidade.
Uma ilustração do castelo é apresentada, actualmente, no reverso da presente série de notas de 20 libras emitida pelo Clydesdale Bank, com Robert o Bruce, montado a cavalo, no fundo.
Desde Janeiro de 2002, o Estúdio de Tapeçaria do West Dean College tem trabalhado na recriação das tapeçarias The Hunt of the Unicorn ("A Caça do Unicórnio"). A tapeçarias serão exibidas na Queen's Presence Chamber do Castelo de Stirling, sendo parte do projecto para remobiliar o castelo tal como ele estaria no século XVI. Historiadores que estudaram o reinado de Jaime IV acreditam que uma série semelhante de tapeçarias do "Unicórnio" fez parte da colecção real. A equipa do West Dean Tapestry visitou os claustros do Metropolitan Museum of Art, de Nova York, para inspeccionar os originais e pesquisar as técnicas medievais, a paleta de cores e os materiais. Este projecto deverá estar concluído em 2014. Os tecelões estão a trabalhar tanto em West Dean, West Sussex, como no Stirling Castle.
                                                         Vista noturna do Stirling Castle.
Torre de Londres
Her Majesty's Royal Palace and Fortress The Tower of London (O Palácio Real e Fortaleza de Sua Majestade A Torre de Londres), mais comunmente chamada como Tower of London (e historicamente apenas como The Tower), é um monumento histórico situado no Centro de Londres, Inglaterra na margem Norte do Tamisa. Fica localizada no Borough de Tower Hamlets e fica separado da margem esquerda da Cidade de Londres por um espaço aberto conhecido como "Tower Hill".
A construção da Torre de Londres em Londres, Inglaterra, foi iniciada em 1078 ao leito do mais importante rio inglês, o Tâmisa, por Guilherme o Conquistador sendo inicialmente uma fortificação nos limites da cidade romana rodeando a Torre Branca, primeiro membro dos 7 hectares que completam a Torre de Londres.
Todo o ambiente é repleto de história e influenciado pela sua própria estrutura fisíca. Como exemplo disso temos os assassinatos dos príncipes filhos de Eduardo IV na Torre Sangrenta que recebeu tal nome pela história que atormenta suas paredes.
Sua função era residencial até meados do século XVII e, até hoje, possui o papel de abrigar os monarcas que serão coroados. Mas a sua função variou com o passar dos séculos, desde palácio para "Sede da Casa da Moeda" a "Mostra dos Animais do Reino". Também serviu como local de execução e tortura. Este último uso levou à frase "sent to the Tower" (mandado para a Torre), que significava ser aprisionado.
É também na Torre de Londres que as jóias da coroa britânica, ficam guardadas em uma camâra subterrânea.
Menos valiosa mas igualmente curiosa é a colônia de corvos que habita a Torre e é protegida por decreto real.
Segundo a lenda, o império ruirá no dia em que as aves pretas deixarem o lugar.
Índice
1 História
  1.1 Zoológico
  1.2 Corvos
  1.3 Prisioneiros na Torre
  1.4 Tortura
  1.5 Execuções
  1.6 História recente
  1.7 Administração
2 Descrição
3 Jóias da Coroa
4 Localização
5 Na ficção
História
A Torre de Londres foi fundada em 1078 quando Guilherme o Conquistador ordenou a construção da Torre Branca dentro do ângulo Sudeste das muralhas da cidade, adjacente ao Tamisa.
A Torre tanto servia para proteger os Normandos do povo da Cidade de Londres como para proteger Londres dos invasores externos. Guilherme ordenou que fosse construida em pedra de Caen, a qual ele importou especialmente da França, e nomeou Gundulf, Bispo de Rochester como arquiteto.
Alguns escritores, tal como Shakespeare na sua peça Ricardo III, relacionaram Júlio César com as primeiras origens da Torre de Londres, defendendo que fôra este quem construíra. Esta suposta origem Romana é um mito, de qualquer forma, tal como na história, a argamassa foi temperada pelo sangue de bestas.
No século XII, O Rei Ricardo, Coração de Leão enclausurou a Torre Branca com um pano de muralha e escavou um fosso em volta, o qual encheu de água do Tamisa. O fosso não teve sucesso até que Henrique III, no século XIII, empregou uma técnica de construção de fossos holandesa. Este rei fortaleceu significativamente o pano de muralha, deitando abaixo o muro da cidade para Este, para desta forma estender o circuito, apesar dos protestos dos cidadãos de Londres e mesmo de avisos sobrenaturais (a acreditar no cronista monástico contemporâneo, Matthew Paris). Henrique III transformou a Torre numa importante Residência Real e fez construir edifícios palacianos no interior da "Inner Bailey".
A fortificação ficou concluida entre 1275 e 1285 por Eduardo I que construiu o pano de muralha exterior, fechando completamente o muro interno e dessa forma criando uma dupla defesa concêntrica. Preencheu o fosso pré-existente e construiu um novo em volta da muralha exterior.
A Torre permaneceu uma Residência Real até ao tempo de Oliver Cromwell, que demoliu os velhos edifícios palacianos.
A Torre de Londres num manuscrito de poesias quinhentistas, de Carlos, Duque d'Orleães (1391-1465), comemorando o seu aprisionamento ali (Biblioteca Britânica).
Zoológico

No século XIII foi instalado na Torre um Zoo Real, possivelmente em 1204, durante o reinado do Rei João, e provavelmente provido com animais vindos de um Zoo anterior iniciado em 1125 por Henrique I no seu palácio em Woodstock, no Oxfordshire, próximo de Oxford. O ano da sua origem é frequentemente estabelecido como 1235, quando Henrique III recebeu três leopardos como presente de casamento (assim recordado, apesar de poderem ter sido leões oferecidos por Frederico II da Germânia. Em 1264, foram mudados para Bulwark, a qual a seu tempo foi renomeada como Torre Leão, próxima da entrada principal Oeste. Esta era aberta como um espectáculo público ocasional durante o reinado de Isabel I. Um esqueleto de leão foi datado, com Carbono-14, entre 1280 e 1385, o que faz dele o primeiro grande felino medieval na Inglaterra.

Em 1804, o Zoo foi aberto ao público. Foi onde William Blake viu o tigre que terá inspirado o seu poema The Tyger. O último director do Zoo, Alfred Cops, que tomou posse em 1822, encontrou a colecção num estado deplorável, mas reabasteceu-a e lançou um catálogo científico ilustrado. Este zoo não durou muito mais tempo porque o novo "London Zoo" estava pronto a abrir em Regent's Park. Em parte por razões comerciais e em parte pelo bem-estar dos animais, os animais da Torre foram mudados para o novo Parque Zoológico de Londres. O último dos animais saiu em 1835, e a maior parte da Torre Leão foi demolida pouco depois, apesar do "Lion Gate" permanecer.


                                                                    A sala do Trono.

Corvos

Foi através do zoo que sempre têm existido pelo menos seis corvos a residir na Torre ao longo de séculos. Diz-se que Carlos II ordenou a sua remoção, depois de uma queixa vinda de John Flamsteed, o Astrónomo Real.. De qualquer forma eles não foram removidos porque foi contada então a Carlos a lenda segundo a qual se os corvos algum dia deixassem a Torre de Londres, a Torre Branca, a Monarquia e o Reino inteiro cairiam. Carlos, após o tempo da Guerra civil inglesa, superstição ou não, não se encontrava preparado para arriscar, e de facto mudou o observatório para Greenwich.

Apesar da recente pesquisa de Geoff Parnell, o historiador oficial da Torre, ter descoberto que o primeiro registo de corvos na Torre era de 1895, ninguém sabe quando os corvos foram levados pela primeira vez para ali nem quando a lenda começou. Corvos selvagens, os quais já foram abundantes em Londres, e frequentemente vistos nos mercados de carne circundantes (tal como na vizinha Eastcheap) banqueteando-se com pedaços, podiam ter pernoitado na Torre nos primeiros tempos.

Ninguém se lembra da Torre sem corvos, apesar de durante a Segunda Guerra Mundial a maior parte deles terem perecido pelo choque durante os bombardeamentos - o único sobrevivente foi uma ave chamada 'Grip'. De qualquer forma, antes de a Torre reabrir ao público no dia 1 de janeiro de 1946, foi tomado cuidado para assegurar que um novo grupo de corvos estivesse no local.
Existem actualmente oito corvos, cujas asas estão agora aparadas para prevenir que voem para longe. estas aves são cuidadas pelo "Ravenmaster", um cargo dado a um dos oficiais da Casa Real.
Os nomes/género/idade dos corvos em Novembro de 2006 eram:
  • Gwylum (M/18 anos)
  • Thor (M/15)
  • Hugin (F/11)
  • Munin (F/11)
  • Branwen (F/3)
  • Bran the Blessed (M/3)
  • Gundulf (M/1)
  • Baldrick (M/1).
O corvo mais velho de sempre a servir na Torre de Londres chamava-se Jim Crow, tendo morrido aos 44 anos de idade.
Em 2006, devido à gripe aviária provocada pelo H5N1, os corvos foram mudados para um local fechado; a partir de Julho de 2006, foram novamente libertados para vaguear pelos campos no interior do complexo da Torre.
                                                                Um corvo da Torre.
                                                                 A Torre vista do Tamisa.
Prisioneiros na Torre
Ao nível da água encontra-se o "Traitors Gate" (Portão dos Traidores), assim chamado por providenciar um meio discreto de conduzir importantes prisioneiros à Torre, muitas vezes acusados de traição.
A Torre de Londres era usada para aqueles que detinham um alto status e para os dissidentes religiosos. O de estrato elevado, incluindo prisioneiros Reais, ficavam alojados com um conforto relativo. Os dissidentes religiosos eram tratados com muito mais severidade, e frequentemente torturados.
O primeiro prisioneiro foi Ranulf Flambard em 1100 que, como Bispo de Durham, foi dado como culpado do crime de extorção. Ironicamente ele próprio fôra responsável por várias melhorias no desenho da Torre depois de o primeiro arquitecto, Gundulf, se mudar de volta para Rochester. Escapou-se da Torre Branca descendo por uma corda, a qual fôra contrabandeada para dentro da sua cela dentro de uma caixa de vinho.
Outros prisioneiros incluem:
  • John Balliol, Rei da Escócia
  • David II da Escócia
  • João II de França
  • Carlos I de Valois, Duque d'Orleães foi um dos muitos nobres franceses feridos na Batalha de Azincourt ocorrida a 25 de Outubro de 1415. Capturado e levado para Inglaterra como refém, haveria de permanecer em cativeiro pelos vinte cinco anos seguintes, em vários locais incluindo o Castelo de Wallingford. Carlos é agora recordado como um perfeito poeta devido aos mais de quinhentos poemas que produziu e ainda existem, a maior parte escritos enquanto estava prisioneiro.
  • Henrique VI de Inglaterra foi aprisionado na Torre, onde viria a ser assassinado no dia 21 de Maio de 1471. Uma lenda popular acusaRicardo, Duque de Gloucester, do seu assassinato. Em cada ano, no aniversário da morte de Henrique VI, os Reitores do Eton College e do King's College, Cambridge, deitam rosas e lírios no altar que agora se levanta onde ele morreu.
  • Margarida de Anjou, esposa do anterior.
  • Sir William de la Pole. Um parente distante do Rei Henrique VIII, foi encarcerado na Torre por 37 anos (1502-1539) por alegadamente conspirar contra Henrique VII, tendo-se tornado o prisioneiro que mais tempo permaneceu na Torre.
  • Elizabeth I de Inglaterra, aprisionada por dois meses em 1554 pelo seu alegado envolvimento com Thomas Wyatt (filho).
  • John Gerard, S.J. (1564-1637) um padre Jesuíta inglês, operando em segredo durante o reinado de Elizabeth I, quando os Católicos estavam a ser perseguidos. Foi capturado, torturado e encarcerado na "Salt Tower" antes de fazer uma ousada fuga por uma corda sobre o fosso.
  • Sir Walter Raleigh passou treze anos (1603-1616) aprisionado na Torre, mas teve habilidade para viver com um relativo conforto na "Bloody Tower", com a sua esposa e dois filhos. Durante algum tempo chegou mesmo a cultivar tabaco na "Tower Green", mesmo da parte de fora do seu apartamento. Aqui ele escreveu The History of the World.
  • Niall Garve O'Donnell nobre irlandês, ironicamente uma vez aliado dos ingleses contra o seu primo, Red Hugh O'Donnell.
  • Guy Fawkes, famoso pela sua participação na Conspiração da pólvora, foi trazido para a Torre para ser interrogado por um Conselho de Ministros do Rei. De qualquer forma não foi executado aqui. Quando confessou a culpa foi condenado a morrer enforcado, puxado e esquartejado no Pátio Velho do Palácio de Westminster.
  • Sir Francis Bacon, filósofo, então Lord High Chancellor de Jaime I, foi acusado de corrupção por aceitar suborno em processos judiciais. Condenado em 1621, passou 4 dias na Torre e a seguir teve que se retirar da vida pública.
  • Johan Anders Jägerhorn, um oficial sueco da Finlândia, amigo de Lord Edward FitzGerald, participante no movimento independentista irlandês. Passou dois anos na Torre (1799-1801), mas foi libertado devido a interesses russos.
  • Lord George Gordon, instigator dos "Gordon Riots" (Tumultos Gordon) em 1780, passou seis meses na Torre, enquanto aguardava julgamento com a acusação de alta traição.
  • Rudolf Hess, deputado do partido Nazi alemão, o último prisioneiro de guerra a ser aprisionado na Torre, em Maio de 1941.
  • Os Irmãos Kray, os últimos prisioneiros na Torre, durante poucos dias em 1952, por desertarem do serviço militar (National Service).
                                             
Tortura

No interior dos quartos de tortura da Torre, foram usados vários instrumentos de tortura,como o "Scavenger's daughter" (Filha do comedor de cadáveres), uma espécie de artificio de compressão, e o "Rack", também conhecido como "Duke of Exeter's Daughter" (Filha do Duque de Exeter).

Ana Askew é a única mulher, segundo os registos, a ter sido torturada na Torre, depois de ter sido levada para ali em 1546 com a acusação de heresia. Sir Anthony Kingston, o Guarda da Torre de Londres, recebeu ordem para torturar Ana, numa tentativa de forçá-la a dar os nomes de outros Protestantes. Ana foi colocada no "Rack". Kingston ficou tão impressionado pela forma como Ana acreditava que se recusou a continuar a torturá-la, e o Lord Chancellor de Henrique VIII teve que libertá-la.

Execuções

Os criminosos de classes mais baixas eram usualmente executados pela forca num dos locais de execução no exterior da Torre. Condenados notáveis, como Thomas More, foram publicamente decapitados na "Tower Hill". Sete nobres (cinco deles damas) foram decapitados privadamente na Tower Green (Torre Verde), no interior do complexo, e depois sepultados na Capela Real de São Pedro ad Vincula (expressão latina para "acorrentado", o que faz dele um apropriado santo patrono para os prisioneiros) próximo do Green. Alguns dos nobres que foram executados no exterior da Torre também foram sepultados na Capela Real.

Os nomes dos sete decapitados na Torre Verde por traição são:

  • William Hastings, 1º Barão Hastings (1483)
  • Ana Bolena (1536)
  • Margaret Pole, Condessa de Salisbury (1541)
  • Catarina Howard (1542)
  • Joana Bolena, Viscondessa de Rochford (1542)
  • Joana Grey (1554)
  • Robert Devereux, 2º Conde de Essex (1601)

Diz-se que a rainha Ana Bolena, decapitada em 1536 por traição contra o Rei Henrique VIII, tem sido vista andando em volta da Torre com a sua cabeça debaixo do braço.

George, Duque de Clarence, o irmão de Eduardo IV de Inglaterra, foi executado na Torre por traição, em Fevereiro de 1478, mas não por decapitação (e provavelmente também não por afogamento em vinho Malvasia, apesar do que William Shakespeare escreveu). Quando Eduardo IV morreu, deixou dois filhos jovens:, que ficaram conhecidos como "os Principes na Torre". O seu irmão Ricardo, o Duque de Gloucester, foi feito regente até que o mais velho destes dois infantes, Eduardo V, atingisse a maioridade. De acordo com a História de Ricardo III de Thomas More, Ricardo terá contratado homens para matá-los, e, uma noite, os dois principes foram sufocados com as suas almofadas. Muitos anos mais tarde foram encontrados ossos enterrados no fundo de uma escadaria da Torre, que se acredita serem os dos príncipes. Ricardo foi coroado como Ricardo III de Inglaterra. A última execução na Torre foi a do espião alemão Josef Jakobs, no dia 14 de Agosto de 1941, por um pelotão de fuzilamento formado pelos Guardas Escoceses.
                                                    As muralhas, vistas da Tower Bridge.
História recente
O uso militar da Torre como fortificação, tal como o de outros castelos, tornou-se obsoleto com a introdução da artilharia, pelo que o fosso foi drenado em 1830. De qualquer forma a Torre serviu como quartel general da "Board of Ordnance" até 1855, e foi ainda usada ocasionalmente como prisão, mesmo durante as duas Guerras Mundiais. Em 1780, a Torre teve o seu único prisioneiro norte-americano, o antigo Presidente do Congresso Continental, Henry Laurens. Na Primeira Guerra Mundial, foram mortos na Torre onze espiões alemães. O rebelde irlandês, Roger Casement, foi aprisionado na Torre durante o seu julgamento por traição, em 1916. A última execução, a do espião alemão Josef Jakobs, teve lugar durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1942, o deputado de Hitler, Rudolf Hess, foi aprisionado na Torre por quatro dias. Durante este período, O Comandante da RAF, George Salaman, foi colocado em segredo na mesma cela, personificando um oficial Luftwaffe, para espiar Hess. Apesar de estar a actuar e não ter sido um verdadeiro recluso, Salaman permanece como o último inglês a estar fechado na Torre de Londres. A Torre foi usada como prisão para prisioneiros de guerra alemães ao longo do conflito.

Os quartéis de Waterloo permaneceram em uso como base do 1º Batalhão Real de Fuzileiros (Regimento da Cidade de Londres) até à década de 1950; durante o ano de 1952, os gémeos Kray foram brevemente detidos aqui, fazendo deles uns dos últimos prisioneiros da Torre; o último cidadão britânico aprisionado por um período de tempo considerável foi o oficial do exército Norman Baillie-Stewart, entre 1933 e 1937.

Apesar de já não ser uma Residência Real, a Torre permanece oficialmente um Palácio Real e, como tal, mantém uma Guarda permanente: esta encontra-se entre a unidade formada pela Guarda da Rainha no Palácio de Buckingham. São mantidos dois sentinelas durante o período em que a Torre está aberta, um estacionado no exterior da Jewel House e o outro no exterior da Queen's House.

Em 1974, uma bomba explodiu na Sala dos Morteiros da Torre Branca, provocando uma morte e deixando 41 feridos. Ninguém reivindicou responsabilidade pelo golpe, de qualquer forma a polícia investigou suspeitas de que o IRA estaria por trás do ocorrido.

                  A "Middle Tower" (ao centro) guarda a outra entrada através do, agora, fosso seco.
Administração
A Torre de Londres e a sua área envolvente sempre esteve separada administrativamente da Cidade de Londres. Estava, antigamente, sob a jurisdição do "Constable of the Tower" que também tinha autoridade sobre as Libertações da Torre de Londres, até 1894. Adicionalmente o "Constable" era ex-officio "Lord Lieutenant" da Divisão da Torre, de Middlesex, até 1889, e líder da Milícia da "Tower Hamlets" até 1871.
Descrição

No centro da Torre de Londres eleva-se a "Norman White Tower" (Torre Branca Normanda). Esta tem 90 pés de altura e uma construção maciça, os muros têm uma grossura que varia entre os 15 pés na base e os 11 pés nas partes superiores. Acima das muralhas elevam-se quatro torres; três delas são quadradas, mas a de Nordeste é circular. Esta última torreta já conteve o primeiro observatório Real. Henrique III (1216-1272) fez caiar de branco o exterior do edifício em 1240, sendo daí que lhe vem o nome.

A Torre Branca fica situada no perímetro interior, defendida por uma maciça cortina de muralhas, a qual tem trinta torres, das quais se nomeiam algumas:

  • Bloody Tower (Torre Sangrenta, também conhecida por Torre Jardim), assim nomeada devido a uma lenda que afirma que os Principes da Torre foram assassinados aqui. Alegadamente também assobrada pelo segundo.

  • Bell Tower (Torre do Sino)
  • Beauchamp Tower (Torre Beauchamp)
  • Deveraux Tower (Torre Deveraux)
  • Flint Tower (Torre de Rocha)
  • Bowyer Tower (Torre Bowyer)
  • Brick Tower (Torre de Tijolo)
  • Martin Tower (Torre Martin)
  • Constable Tower (Torre Condestável)
  • Broad Arrow Tower (Torre de Seta Ampla)
  • Salt Tower (Torre de Sal)
  • Lanthorn Tower (Torre Lanthorn)
  • Wakefield Tower (Torre Wakefield)

A entrada do perímetro interior fica do lado Sul, sob a Bloody Tower. Fora deste fica o perímetro exterior, defendida por um segundo pano maciço de muralhas, flanqueado por cinco torres na fachada virada ao rio:

  • Byward Tower (Torre Byward)
  • St Thomas's Tower (Torre de São Tomás), construida entre 1275 e 1279 por Eduardo I, para providenciar acomodações Reais adicionais.
  • Cradle Tower (Torre Berço)
  • Develin Tower (Torre Develin)
  • Middle Tower (Torre do Meio)
  • Well Tower (Torre Boa)

Na fachada Norte do muro exterior existem três bastiões semi-circulares. Um fosso, agora seco, circunda o conjunto, atravessado no ângulo Sudoeste por uma ponte de pedra, levando à Byward Tower desde a Middle Tower - uma portaria que era antigamente uma defesa externa, chamada de Torre Leão (a qual albergou o zoo, como descrito acima).
A entrada de água para a Torre de Londres é frequentemente referida como o "Traitor's Gate" (Portão dos Traidores), pois um determinado número de prisioneiros acusados de traição, como a Rainha Ana Bolena e Sir Thomas More, passaram através dele. O "Traitor's Gate" secciona a "Thomas's Tower" e substitui a ponte levadiça de Henrique III na Bloody Tower.
Atrás do "Traitors Gate", no tanque, havia um engenho usado para elevar água para uma cisterna localizada no telhado da Torre Branca. O engenho era inicialmente activado pela força das marés ou de cavalos, e eventualmente pela força do vapor. este foi removido na década de 1860 depois de ser adaptado entre 1724 e 1726.
O Enquadramento em Madeira Tudor que se vê por cima do grande arco doTraitor's Gate data de 1532-1533, e foi muito restaurado no século XIX.
A Torre actualmente é principalmente uma atracção turística. Além dos próprios edifícios, também estão em exibição as Jóias da Coroa do Reino Unido, uma fina colecção de armaria da Real Armaria e um resto do muro da fortaleza Romana.
A Torre é guarnecida por "Yeomen Warders" (guardas conhecidos por Beefeaters), que agem como guias turísticos, providenciando segurança, e são eles próprios atracções turística. Todos os fins de tarde, os guardas participam na "Ceremony of the Keys" (Cerimónia das Chaves), mantendo assim a segurança da Torre pela noite.
Armaria Espanhola em exibição na Torre de Londres.
Jóias da Coroa
As Jóias da Coroa têm sido guardadas na Torre de Londres desde 1303, depois de terem sido roubadas da Abadia de Westminster. A maior parte delas, se não mesmo a totalidade, foram recuperadas pouco depois. Depois da coroação de Carlos II, foram fechadas longe e mostradas contra pagamento para um costodiante. De qualquer forma, esta disposição terminou quando o Coronel Thomas Blood (1618-1680) roubou as Jóias da Coroa depois de ter amarrado e amordaçado o custodiante. Desde então, as Jóias da Coroa são guardadas numa parte da Torre conhecida como "Jewel House", onde guardas armados as defendem. As Jóias estiveram temporariamente fora da Torre durante a Segunda Guerra Mundial, e alegadamente teriam estadas guardadas nos porões da Companhaia de Seguros Sun Life Insurance, em Montreal, Canadá, juntamente com as barras de ouro do Banco de Inglaterra; de qualquer forma, também se disse que foram guardadas na Torre Redonda do Castelo de Windsor, ou no "Fort Knox Bullion Depository", nos E.U.A.. Seja como for a opção doCastelo de Windsor é a mais consensual, pois não é suposto as Jóias da Coroa deixarem o Reino.
Localização

A Torre de Londres fica localizada na fronteira Este do distrito financeiro da Cidade de Londres, adjacente ao Rio Tamisa e à Tower Bridge. Entre o rio e a Torre fica o Cais da Torre, uma via pedestre de acesso livre, com excelentes vistas do rio, da Torre e da ponte, juntamente com o navio-museu HMS Belfast e a Câmara Municipal de Londres na margem oposta.
Os transportes públicos que servem o monumento são:
  • Estação de Metro de Tower Hill (linhas District e Circle do Metro de Londres);
  • Estação de caminho-de-ferro Tower Gateway DLR (Docklands Light Railway);
  • Estação de caminho-de-ferro Fenchurch Street (National Rail);
  • Tower Millennium Pier (barcos fluviais de cruzeiro);
  • Doca de St Katherine (Thames Clipper - barcos fluviais de carreira).

                                              A Torre de Londres vista da "Swiss Re Tower".
Na ficção

  • A Torre de Londres como local de morte, escuridão e traição, é mais famosamente evocada pela peça Ricardo III de William Shakespeare, onde esta forma o pano de fundo dum tirano elevado ao poder e é cenário do notável assassinato dos "Príncipes na Torre", entre outras vítimas.
  • Este horror foi reprisado na novela de 1840 The Tower of London, de William Harrison Ainsworth. Apesar de escrita numa forma ficcional, o conto de Ainsworth procura descrever detalhes da história e da arquitectura da Torre.
  • A Torre é cenário da Ópera Cómica The Yeomen of the Guard escrita por William Schwenck Gilbert e composta por Arthur Seymour Sullivan, em 1888.
  • A Torre é o local da batalha final da série televisiva "Hellsing", entre o protagonista Alucard e o antagonista Incognito.
  • Em "Maken X", a "Tower of Despair" (Torre do Desepero) ainda é usada como prisão num futuro próximo. Maken e Kei encontrarão ali um membro do Parlamento expulso.
  • No episódio "The Christmas Invasion" (2005) da série Doctor Who, a Torre é usada como base militar pela UNIT.


Palácio de Westminster
Palácio de Westminster, também conhecido como Casas do Parlamento, (em inglês Houses of Parliament) é o palácio londrino onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido (a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns). O palácio fica situado na margem Norte do Rio Tamisa, no Borough da Cidade de Westminster próximo de outros edifícios governamentais ao longo da Whitehall.
                                
                                O Palácio de Westminster visto através do Tâmisa.
O palácio é um dos maiores Parlamentos do mundo, constituindo um dos ex-libris de Londres, o que faz dele um dos edifícios mais célebres do planeta.

O esquema do palácio é intrincado, com os edifícios existentes a conterem mais de 1000 salas, 100 escadarias, e 3 milhas (5 km.) de corredores. Apesar da maior parte da construção datar do século XIX, entre os edifícios originais do Palácio encontra-se o Westminster Hall, usado actualmente para importantes cerimónias públicas, tal como os Funerais de Estado, e a Torre da Jóia (Jewel Tower).
O controle do Palácio de Westminster e do seu recinto foi exercido durante séculos pelo representante da Rainha, o Grande Lord Camareiro (Lord Great Chamberlain). Por acordo com a Coroa, o controle passou para as duas Câmaras em 1965. Certas salas de cerimónia continuam a ser controladas pelo Grande Lord Camareiro.
Depois de um incêndio em 1834, as presentes Casas do Parlamento foram reconstruidas nos 30 anos seguintes. Foram obra do arquitecto Sir Charles Barry (1795-1860) e do seu assistente Augustus Welby Pugin (1812-1852). O desenho incorporou o Westminster Hall e o que restava da capela de St Stephen.
Todos os cidadãos britânicos têm o direito tradicional de pedir para verem os seus membros do Parlamento, encontrando-se no decoradíssimo Salão Central (Central Lobby). Durante as reuniões do Parlamento é possível assistir aos debates a partir da Galeria dos Estranhos (Strangers' Galleries). Até a Rainha está sujeita a restrições. Durante a Estado de Parlamento Aberto (State Opening of Parliament) a soberana deve sentar-se no trono entre os Lordes enquanto o Primeiro-Ministro e os membros do Gabinete são convidados a entrar pela Câmara dos Comuns - um costume que remonta à intrusão arbitrária de Carlos I para pedir a prisão de cinco membros do Parlamento, tendo, no entanto, falhado no seu propósito.
Índice
1 História
2 Exterior
  2.1 Trabalho em pedra
  2.2 Torre
  2.3 Jardins
3 Interior
  3.1 Câmara dos Lordes
  3.2 Câmara dos Comuns
  3.3 Westminster Hall
  3.4 Outras salas
4 Segurança
5 Cultura e turismo
História
O Palácio de Westminster teve uma importância estratégica durante a Idade Média, por estar localizado nas margens do Rio Tamisa. O local foi ocupado por edifícios desde, pelo menos, a época dos Anglo-Saxões. Conhecido nos tempos medievais como Thorney Island" (Ilha Thorney), o primeiro Rei a usar este sítio para residência Real deve ter sido Canuto, o Grande (reinou entre 1016 e 1035). O penúltimo monarca saxão da Inglaterra, Eduardo, o Confessor (reinou entre 1042 e 1066), construiu um Palácio Real na Thorney Island, logo a Oeste da Cidade de Londres, quase ao mesmo tempo em que construiu a Abadia de Westminster (de 1045 a 1050). Thorney Island e a área envolvente rapidamente se tornou conhecida como Westminster (uma contracção das palavras "West" (Oeste) e "Monastery" (Mosteiro). Depois da Conquista Normanda (1066), Guilherme I estabeleceu-se na Torre de Londres, mas mais tarde mudou-se para Westminster. Nem os edifícios usados pelos saxões nem os construidos por Guilherme I sobreviveram. As partes mais antigas do Palácio são o Westminster Hall e o Grande Hall, ambos construidos no reinado do sucessor de Guilherme I, Guilherme II.
O Palácio de Westminster foi a principal residência dos monarcas ingleses no final do periodo medieval. O predecessor do Parlamento, aCuria Regis (Conselho Real), reunia-se no Westminster Hall (apesar de seguir o Rei quando este se mudava para outros palácios). O "Parlamento Modelo", o primeiro Parlamento oficial da Inglaterra, reuniu no Palácio em 1295. desde então, quase todos os Parlamentos se reuniram em Westminster, embora alguns se tenham reunido noutras localizações.
Westminster permaneceu a principal residência Real em Londres até que um incêndio destruiu uma parte da sua estrutura em 1529. Em 1530, Henrique VIII adquiriu o Palácio York ao Cardeal Thomas Wolsey, um poderoso ministro que perdera os favores do Rei. Renomeando o Palácio York para Palácio de Whitehall, Henrique VIII usou-o como residência principal. Embora Westminster officialmente permanecesse um Palácio Real, este foi usado pelas duas Câmaras do Parlamento e como tribunal de justiça.
Uma vez que o Palácio era originalmente uma residência Real, este não incluia nenhuma construção apropriada para as duas Câmaras. Importantes cerimónias de Estado, incluindo o Estado de Parlamento Aberto, foram efectuadas na Câmara Pintada (Painted Chamber. A Câmara dos Lordes reunia-se habitualmente na Câmara Branca. A Câmara dos Comuns, de qualquer forma, não tinha um salão próprio; fazia muitas vezes os seus debates na Casa do Capítulo da Abadia de Westminster. Os Comuns só viriam a adquirir instalações permanentes no Palácio durante o reinado do sucessor de Henrique VIII, Eduardo VI, na Capela de St Stephen, uma antiga capela Real. O Acto das Capelas de 1547 (passado como uma parte da Reforma Protestante) dissolveu a Ordem Religiosa dos cónegos de St Stephen (entre outras instituições); por esse motivo, a capela foi deicada para uso dos Comuns. Foram feitas alterações à Capela de Santo Estevão para conveniência da Câmara Baixa.
No dia 16 de Outubro de 1834, a maior parte do Palácio foi destruida pelo fogo. Apenas o Westminster Hall, a Torre Jóia, a cripta da Capela de Santo Estevão e os claustros sobreviveram. Foi nomeada uma Comissão real para estudar a reconstrução do Palácio e decidir se este deveria ser reedificado no mesmo local, além do estilo que deveria apresentar, Gótico ou Isabelino. Seguiu-se então um quente debate público sobre os estilos propostos. Foi decidido que um desenho Neoclássico, similar ao da Casa Branca ou ao do Capitólio, ambos nos Estados Unidos, deveria ser evitado devido às suas conotações com a revolução e o republicanismo. O desenho Gótico incorporava valores conservadores. Em 1836, depois de estudar 97 propostas rivais, a Comissão Real escolheu os planos de Charles Barry para um palácio em Estilo gótico. A Primeira Pedra foi colocada em 1840; a Câmara dos Lordes ficou completa em 1847 e a Câmara dos Comuns em 1852 (neste ponto, Barry foi feito Cavaleiro Solitário (Knight Bachelor). Apesar de a maior parte do trabalho estar pronta em 1860, a construção só foi finalizada uma década depois. A Capela de Santo Estêvão passou a ser Hall de Santo Estêvão - um amplo corredor com quadros e esculturas em mármore e uma placa de latão no pavimento, a indicar o lugar onde era colocada a cadeira do Orador.
                                     Um detalhe no Mapa de Londres de John Rocques, de 1746.
The Burning of the Houses of Lords and Commons; Quadro de J. M. W. Turner, pintor que assistiu ao incêndio de 1834 e o representou em várias pintura (1835).
Exterior
O desenho de Sir Charles Barry para o Palácio de Westminster usa o Estilo Gótico Perpendicular (a terceira divisão histórica do Gótico inglês), o qual foi popular durante o século XV e voltou a estar na moda com o Neogótico do século XIX. Barry era um arquitecto clássico, mas foi ajudado por Augustus Pugin, um arquitecto do Neogótico. Westminster Hall, o qual foi construido no século XI e resistiu ao incêndio de 1834, foi incorporado no desenho de Barry. Pugin ficou descontente com o resultado do trabalho, especialmente com o esquema simétrico desenhado por Barry, o que o levou a observar numa frase memorável: "Todos Gregos, sir; detalhes Tudor num corpo clássico".
Trabalho em pedra
O trabalho em cantaria foi originalmente feito com pedra de Anston, um Calcário magnesiano com cor de areia recolhido na aldeia de Anston, no South Yorkshire. A pedra, no entanto, em breve começou a deteriorar-se devido à poluição e à pobre qualidade de algumas das pedras usadas. Apesar de serem claros alguns defeitos logo em 1849, nada foi feito durante o resto do século XIX. Durante a década de 1910, de qualquer forma, tornou-se claro que alguns dos trabalhos de pedra teriam que ser substituidos.
Em 1928 considerou-se necessário usar Pedra de Clipsham, um Calcário com cor de mel vindo de Rutland, para substiuir a degradada pedra de Anston. O projecto começou na década de 1930 mas foi interrompido devido à Segunda Guerra Mundial, vindo a ser completado somente na década de 1950. Na década de 1960 a poluição começou, uma vez mais, a cobrar o seu preço. Em 1981 foi iniciado um programa de conservação e restauro das elevações exteriores e das torres, o qual ficaria concluido em 1994. As Autoridades do Parlamento responsabilizaram-se pelo restauro externo de muitos dos pátios interiores, estando previsto que as obras se prolongarão, aproximadamente, até 2010.
                         Notícia anunciando a greve dos pedreiros durante a reconstrução do Palácio.
Torres
O Palácio de Westminster de Sir Charles Barry inclui diversas torres. A mais alta é a Torre Vitória, com os seus 98 metros (323 pés), uma torre quadrada no extremo Sudoeste do Palácio. A torre recebeu o nome em homenagem à soberana reinante na época da reconstrução do Palácio, a Rainha Vitória. Esta torre alberga os Arquivos Parlamentares. No topo da Torre Vitória encontra-se um mastro de ferro onde flutua a Royal Standard (se o soberano estiver presente no Palácio) ou a Union Flag. Na base da Torre Vitória fica a Entrada do Soberano para o Palácio. O monarca usa esta porta para entrar no Palácio de Westminster para o Estado de Parlamento Aberto ou para quaisquer outras cerimónias oficiais.
Sobre o meio do Palácio ergue-se a Torre de Santo Estevão, também chamada de Torre Central. Esta torre tem 91 metros de altura (300 pés), o que faz dela a mais curta das três torres principais do Palácio. Ao contrário das outras torres, a Torre de Santo Estevão possui um pináculo. Fica imediatamente por cima do Salão Central, e tem uma forma octogonal. A sua função original era providenciar a entrada de uma importante quantidade de ar.
Uma torre menor fica posicionada na frente do Palácio, entre o Westminster Hall e o Old Palace Yard (Antigo Pátio do Palácio), e contém na sua base a entrada principal da Câmara dos Comuns, conhecida como a Entrada de Santo Estevão.
No extremo Noroeste do Palácio fica a mais famosa das suas torres, a Torre do Relógio, (popularmente referido como Big Ben), a qual mede 96 metros (316 pés) de altura. A Torre do Relógio alberga um grande relógio conhecido como o "Grande Relógio de Westminster" (Great Clock of Westminster). Em cada um dos quatro lados da torre fica uma face do grande relógio. A torre também contém cinco sinos, os quais constituem um carrilhão que emite uma melodia, conhecida como "Westminster Chimes", a cada quarto de hora. O maior e mais famoso dos sinos é o Big Ben (oficialmente, o Grande Sino de Westminster), o qual toca a cada hora. Este é o terceiro sino mais pesado da Inglaterra, pesando cerca de 13,8 toneladas. Apesar de o termo "Big Ben" propriamente se referir apenas ao sino, é muitas vezes aplicado coloquialmente a todo o conjunto da Torre.
                                                                          Torre Vitória.
                                          Torre do Relógio conhecido popularmente por "Big Ben".
Jardins
Existem vários pequenos jardins em volta do Palácio de Westminster. Os Jardins da Torre Vitória estão abertos como parque público juntamente com a margem do Tamisa a Sul do palácio. Os Jardins de Black Rod (Bastão Negro - assim nomeados devido a um posto de oficial do Parlamento, o Cavaleiro que Conduz o Bastão Negro) estão fechados ao público e são usados como entrada privada. O Velho Pátio do Palácio (Old Palace Yard), em frente do edifício, é pavimentado com blocos de betão de segurança. O Verde de Cromwell (Cromwell Green - também em frente do Palácio e encerrado em 2006 para a construção de um novo centro de visitantes), o Novo Pátio do Palácio (New Palace Yard) (no lado Norte) e o Verde do Orador (Speaker's Green) (directamente a Norte do Palácio) são todos privados e estão fechados ao público. O Verde do Colégio (College Green), oposto à Câmara dos Lordes, é um pequeno jardim triangular usado para entrevistas televisivas com os políticos.
                                                         O esquema do Palácio de Westminster.
Interior
O Palácio de Westminster inclui mais de 1000 salas, 100 escadarias, e 3 milhas (5 km.) de corredores. O edifício possui quatro pisos; no piso térreo possui gabinetes, salas de jantar e bares. O primeiro andar (conhecido como o "andar principal") acomoda as salas principais do Palácio, incluindo as duas Câmaras, os salões e as bibliotecas. A Sala Robing, a Galeria Real, o Gabinete do Príncipe, a Câmara dos Lordes, o Salão Nobre, o Salão Central, o Salão dos Membros e a Câmara dos Comuns ficam todos neste piso, de Norte para Sul segundo esta ordem. O Westminster Hall fica ligado a um dos lados da extremidade da Câmara dos Comuns. Os dois pisos superiores são preenchidos por salas de comité e gabinetes.
Antigamente, o Palácio de Westminster era controlado pelo Grande Lorde Camareiro, uma vez que este era (e oficialmente ainda permanece) uma residência Real. Em 1965, no entanto, foi decidido que cada Casa deveria controlar as suas próprias salas. O Orador (Speaker) e o Lorde Chanceler (Lord Chancellor) exerceriam o controle da metade correspondente às respectivas Casas. O Grande Lorde Camareiro mantém a custódia de ceratas salas de cerimônia.
Câmara dos Lordes
A Câmara da Casa dos Lordes fica localizada na parte Sul do Palácio de Westminster. A abundantemente decorada sala mede 14 por 24 metros (45 por 80 pés). As bancadas da Câmara, tal como outras peças de mobiliário do lado do Palácio pertencente aos Lordes, têm a cor encarnada. A parte alta da Câmara é decorada com vidros pintados e seis afrescos alegóricos representando a religião, a bravura e a lei. A parte superior, ou galeria da assistência, apresenta uma pequena cortina, com cerca de 10 polegadas de altura. Esta foi executada na década de 1920 para esconder os tornozelos e a parte baixa das pernas das mulheres; a moda estava a tornar-se cada vez mais promíscua, segundo o ponto de vista dos Lordes, e a visão das pernas expostas era considerada inadequada por estes.
Num dos extremos da Câmara estão o Baldaquino e o Trono; apesar de o soberano no poder, teoricamente, ocupar o Trono em qualquer sessão, ele (ou ela) apenas assiste ao Estado de Parlamento Aberto. Outros membros da Família Real que assistem a esta sessão, ocupam cadeiras próximo do Trono. Em frente ao Trono fica o "Woolsack", um travesseiro sem costas nem braços estufado com lã, representando a histórica importância do comércio da lã. O "Woolsack" é usado pelo oficial que preside a Casa (o Lord Orador desde 2006, mas historicamente o Lord Chanceler ou um deputado). O bastão da Casa, o qual representa a autoridade Real, fica colocado nas costas do "Woolsack". À frente do "Woolsack" ficam o "Woolsack" dos Juízes (Judges' Woolsack" - um grande travesseiro encarnado ocupado pelos Lordes da Lei) e a Mesa da Casa (à qual se sentam os secretários).
Os membros da Casa dos Lordes ocupam bancadas encarnadas dispostas em três dos lados da Câmara. As bancadas à direita do Lorde Chanceler formam o Lado Espiritual e as da esquerda o Lado Temporal. Os Lordes Espirituais (arcebispos e bispos da estabelecida Igreja Anglicana) ocupam, todos eles, o Lado Espiritual. Os Lordes Temporais (nobres) sentam-se de acordo com o partido de filiação: os membros do partido Governamental sentam-se no Lado Espiritual, enquanto que que os da Oposição se sentam no Lado Temporal. Alguns nobres que não têm filiação partidária, sentam-se no meio da Câmara, em oposição ao "Woolsack"; são consequentemente chamados de "cross-benchers" (abancados em cruz).
A Câmara dos Lordes é cenário de importantes cerimónias, a mais importante das quais é o Estado de Parlamento Aberto, o qual ocorre no início de cada ano parlamentar. O soberano, sentado no trono, comunica o "Discurso a partir do Trono" (Speech from the Throne), esboçando a agenda legislativa do Governo para a sessão parlamentar vindoura. Os Comuns não entram na Câmara; pelo contrário, asssitem ao protocolo a partir do Bar da Casa, logo à entrada da Câmara. Uma cerimónia similar tem lugar no final da sessão parlamentar; O soberano, de qualquer forma, normalmente não está presente nesta última, fazendo-se representar por um grupo de Lordes Comissários (Lords Commissioners).
                                                         A Câmara dos Lordes em 1811.
Câmara dos Comuns
A Câmara da Casa dos Comuns, a qual abriu em 1950, depois da Câmara Vitoriana ter sido destruida em 1941, é da autoria do arquitecto Giles Gilbert Scott e fica localizada no extremo Norte do Palácio de Westminster. Êsta Câmara mede 14 por 21 metros (46 por 68 pés). É muito mais austera que a Câmara dos Lordes; As bancadas da Câmara, tal como outras peças de mobiliário do lado do Palácio pertencente aos Comuns, têm a cor verde. Os membros do público estão proibidos de se sentarem nas bancadas verdes. Outros Parlamentos de nações da Commonwealth copiaram o esquema de cores, segundo o qual a Câmara Baixa está associada ao verde e a Câmara Alta ao encarnado.
Num dos extremos da Câmara fica a Cadeira do Orador, um presente para o Parlamento vindo da Austrália. Em frente à Cadeira do Orador fica a Mesa da Casa, à qual os secretários se sentam, e na qual está colocado o bastão cerimonial dos Comuns. As caixas de despacho, as quais ficam em frente das bancadas dos deputados, onde frequentemente repousam notas durante as sessões de esclarecimeto e os discursos, foram um presente da Nova Zelândia.
Existem bancadas verdes em ambos os lados da Câmara; os membros do partido Governamental ocupam as bancadas à direita do Orador, enquanto que os membros da Oposição ocupam as da sua esquerda. Ao contrário do que acontece na Câmara dos Lordes, na Câmara dos Comuns não existem bancadas cruzadas. A Câmara é relativamente pequena, podendo acomodar apenas 427 dos 646 Membros do Parlamento. Durante as "Questões ao Primeiro-Ministro" (convenção constitucional que ocorre todas as Quartas-feiras, na qual o primeiro-ministro responde às questões dos deputados durante meia hora), e em debates importantes, os Membros do Parlamento permanecem de pé em ambos os extremos da Casa.
Por tradição, os soberanos do Reino Unido não entram na Câmara da Casa dos Comuns. O último monarca a entrar nesta Câmara foi Carlos I, em 1642, quando tentou prender cinco Membros do Parlamento sob a acusação de Alta Traição.
As duas linhas encarnadas no chão da Casa dos Comuns estão por tradição, provavelmente apócrifa, afastadas à distância de duas espadas e um pé. O protocolo dita que os deputados não podem atravessar estas linhas quando discursam. Historicamente, estas serviam para prevenir que disputas na Casa degenerassem em duelos.
                                                        A Câmara dos Comuns em 1811.
Westminster Hall
O Westminster Hall, a estrutura mais antiga existente no Palácio de Westminster, foi erigido em 1097. O telhado era originalmente suportado por pilares mas, durante o reinado de Ricardo II, este foi substituido por um telhado com arcos em madeira, cujo peso era suportado pelas paredes, desenhado por Henry Yevele e Hugh Herland (como se vê na pintura à esquerda). Westminster Hall é uma das maiores galerias da Europa e possuia o telhado medieval com a maior amplitude na Inglaterra; este mede 21 por 73 metros (68 por 240 pés). Apesar de uma lenda do Essex afirmar que a madeira de carvalho veio das florestas de Thundersley, Essex, sabe-se que a madeira dos telhados foi inteiramente fabricada no ano de 1395 em Farnham, no Surrey, 35 milhas a Sudoeste de Londres. Os clientes registaram o largo número de carruagens e barcas que entregaram madeira em Westminster.
Westminster Hall tem servido para numerosas funções. foi usado inicialmente para propósitos judiciais, albergando três dos mais importantes tribunais do país: o Tribunal da Bancada do Rei, o Tribunal dos Pedidos Comuns e o Supremo Tribunal de Justiça. Em 1873, estes tribunais foram amalgamados no Supremo Tribunal de Justiça de Inglaterra e Gales, o qual continuou a reunir-se no Westminster Hall até que foi mudado para os Reais Tribunais de Justiça em 1882. Adicionalmente aos tribunais regulares, Westminster Hall também acolheu importantes julgamentos do estado, incluindo Impeachments e o julgamento de Carlos I no final da Guerra Civil Inglesa.
Westminster Hall também serviu para funções cerimoniais. Desde o século XII até ao século XIX, os banquetes de Coroação em honra dos Novos Monarcas realizaram-se nesta galeria. O último destes banquetes aconteceu em 1821, aquando da Coroação de Jorge IV; o seu sucessor, Guilherme IV, abandonolu a ideia por considerá-la demasiado dispendiosa.
Westminster Hall também tem sido usado como Câmara Ardente durante os Funerais de Estado e funerais cerimoniais. Tais honras são normalmente reservadas para os soberanos e seus consortes; as únicas personalidades a receber esta honraria durante o século XX foram Frederick Roberts, 1.º Conde Roberts (1914) e Sir Winston Churchill (1965). O mais recente Funeral de Estado a realizar-se ali foi o da Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe, em 2002.
Em 1999 e 2003, foi dada permissão especial ao pessoal do Palácio para devolver à galeria o seu propósito original, com a realização de duas grandes festas.
As duas Casas têm apresentado discursos cerimoniais à Coroa no Westminster Hall, em importantes ocasiões públicas. Servem como exemplos os discursos apresentados por ocasião do Jubileu de Prata da Rainha Isabel II, em 1977, do Jubileu de Ouro da mesma Rainha em 2002, do 300º aniversário da Revolução Gloriosa, em 1988, e do 50º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial, em 1995.
Depois das reformas feitas em 1999, a Casa dos Comuns usa uma sala, especialmente convertida, próxima do Westminster Hall (não a galeria principal) como Câmara de debates adicional (embora, habitualmente, se fale desta sala como fazendo parte do Westminster Hall). A sala tem a forma de uma ferradura alongada; esta ergue-se em contraste com a Câmara principal, na qual as bancadas estão colocadas frente a frente. Este modelo pretende reflectir a natural não-partidarização dos debates efectuados no Westminster Hall. As conferências no Westminster Hall ocorrem, três vezes por semana. As matérias controvérsias não são, habitualmente, discutidas aqui.
                                                  O Westminster Hall no inicio do século XIX.
                                                      Westmisnter Hall, vista do exterior.
                        Banquete de Coroação de Jorge IV, realizado no Westminster Hall em 1821.
Outas salas
Existem várias outras importantes salas no Palácio de Westminster, situadas no primeiro andar do Palácio. No extremo Sul do edifício fica a Sala Robing, a sala onde o soberano se prepara para o Estado de Parlamento Aberto, vestindo mantos oficiais e usando a Coroa Imperial. Pinturas de William Dyce expostas nesta sala, descrevem cenas da lenda do Rei Artur. Imediatamente a seguir à Sala Robing fica a Galeria Real, a qual é, por vezes, usada por dignitários estrangeiros que querem dirigir-se a ambas as Casas. As paredes estão decoradas com duas enormes pinturas de Daniel Maclise: "The Death of Nelson" ("A Morte de Nelson") a qual descreve a morte de Lord Horatio Nelson na Batalha de Trafalgar, e "The Meeting of Wellington and Blücher" ("O encontro de Wellington e Blücher"), o qual mostra Arthur Wellesley, 1° Duque de Wellington defrontando Gebhard Leberecht von Blücher, na Batalha de Waterloo.
Imediatamente a Sul da Câmara dos Lordes fica a Câmara do Príncipe, uma pequena antecâmara usada pelos Membros da Casa dos Lordes. Esta sala está decorada com pinturas de membros da Dinastia Tudor. Imediatamente a Norte da mesma Câmara fica a Galeria dos Nobres, onde os Lordes discutem ou negoceiam durante as conferências da Casa.
A peça central do Palácio de Westminster é a octogonal Galeria Central, a qual fica logo atrás da Galeria dos Nobres e por baixo da Torre Central, está adornada com esculturas de homens de estado e com mosaico representando os santos padroeiros das nações que constituem o Reino Unido: São Jorge pela Inglaterra, Santo André pela Escócia, São David pelo País de Gales e São Patrício pela Irlanda (este precede a separação da República). Os eleitores podem encontrar-se com os Membros do Parlamento na Galeria Central. Por trás desta galeria, próxima da Câmara dos Comuns, fica a Galeria dos Membros, na qual os deputados mantêm discusões ou negociações. A Galeria dos Membros contém estátuas de vários antigos Primeiros-Ministros, incluindo David Lloyd George, Winston Churchill, Clement Attlee e Margaret Thatcher.
                                                    O Palácio de Westminster com vista da Ponte de Westminster.
                                                       
                                               O Palácio de Westminster com vista da Ponte de Westminster em HDR.
Segurança
O "Cavalheiro que conduz o Bastão Negro" supervisiona a segurança da Casa dos Lordes e o Sargento em Armas faz o mesmo em relação à Casa dos Comuns. Estes oficiais, no entanto, têm essencialmente papéis cerimoniais no exterior das Câmaras das respectivas Casas. A segurança efectiva do edifício está a cargo da Divisão da Polícia Metropolitana do Palácio de Westminster, a força policial para a área da Grande Londres. A tradição ainda dita que só o Sargente em Armas pode entrar armado na Câmara dos Comuns.
Provavelmente, a mais famosa tentativa de abrir uma brecha na segurança do Palácio de Westminster foi a Conspiração da Pólvora de 1605. esta conspiração foi levada a cabo por alguns Católicos Romanos, que colocaram explosivos debaixo do Palácio e pretendiam detoná-los durante o Estado de Parlamento Aberto. Se tivesse chegado a ser executada poderia ter destruido o Palácio, matado o Protestante Jaime I, a sua família e a maior parte da aristocracia. A conspiração foi descoberta, no entanto, quando um nobre Católico, William Parker, 4º Barão Monteagle, recebeu uma carta anónima a preveni-lo para não estar presente no Estado de Parlamento Aberto. As autoridades conduziram uma busca ao Palácio, tendo descoberto a pólvora, tal como um dos conspiradores, Guy Fawkes. Os conspiradores foram mais tarde julgados, por Alta Traição, no Westminster Hall, tendo sido condenados a decapitação, afogamento e esquartejamento. Desde 1605, os Oficiais da Guarda Real conduzem uma busca cerimonial aos porões do Palácio antes de cada Estado de Parlamento Aberto.
O anterior Palácio de Westminster também foi local do assassinato de um Primeiro-Ministro, em 1812. Enquanto estava na antecâmara da Casa dos Comuns, no seu caminho para um inquérito parlamentar, Spencer Perceval foi alvejado e assassinado por John Bellingham. Perceval permanece como o único primeiro-ministro britânico a ter sido assassinado.
No dia 17 de Junho de 1974, uma bomba com o peso de 20 libras (9 kg.), colocada pelo Provisional Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês Provisório - IRA), explodiu no Westminster Hall. Em 1979, Airey Neave, um proeminente político conservador, foi assassinado por um carro-bomba, quando saía, ao volante, do novo parque do Palácio. Tanto o IRA como o IRA Provisório reivindicaram o atentado; as forças de segurança acreditam que terá sido o grupo mais antigo o responsável. Com o aumento da preocupação acerca da possibilidade de um camião cheio de explosivos ser conduzido contra o edifício, foi colocada, na rua, uma série de blocos em betão, em 2003 (apesar da cessação efectiva, por esta época, das acções terroristas da Irlanda do Norte).
O Palácio também tem sido local de numerosos actos com motivação política de "ação directa". Em 1970, uma bomba de gáz lacrimogénio foi atirada para dentro da Câmara da Casa dos Comuns, em protesto contra as condições na Irlanda do Norte. Em 1978, Yana Mintoff e outro dissidente atiraram estrume.
Preocupações com tais ameaças e com a possibilidade de surgirem ataques químicos ou biológicos deram origem à construção de uma separação de vidro ao longo da Galeria dos Estranhos, no início de 2004. A nova barreira não cobre as três filas da frente, as quais são chamadas de "Galeria dos Estranhos Distintos" e, em Maio desse ano, protestos dos"Fathers 4 Justice" (Pais por Justiça) atacaram o primeiro-ministro com uma bomba de pó lançada desta parte. Em Setembro de 2004, cinco manifestantes oposeram-se à proposta de proibição da caça à raposa, interrompendo os procedimentos da Casa dos Comuns ao correrem para dentro da Câmara.
Apesar das recentes brechas na segurança, os membros do público continuam a ter acesso à Galeria. Os visitantes têm que passar através de um detector de metais e os seus valores são rastreados. A polícia da Divisão da Polícia Metropolitana do Palácio de Westminster, apoiada por alguns polícias armados do Grupo de Protecção Diplomática, estão sempre em funções no interior e em volta do Palácio.
                   O assassinato do Primeiro-Ministro Spencer Perseval, em 1812, no átrio da Câmara dos Comuns.
Cultura e turismo
O exterior do Palácio de Westminster — especialmente a Torre do Relógio — é uma das atracções turísticas mais visitadas em Londres. A UNESCO classificou o Palácio de Westminster, juntamente com a vizinha Abadia de Westminster e a Igreja de Santa Margarida, como Património Mundial. O Palácio também está listado com o Grau I dos edifícios históricos do Reino Unido. Não existe nenhum acesso casual ao seu interior, mas este pode ser visto por várias vias:
  • Assistência de debates a partir das galerias públicas da Casa dos Comuns ou da Casa dos Lordes: os residentes no reino Unido podem obter bilhetes antecipadamente através dos seus Membros do Parlamento. também é possivel, tanto para os visitantes residentes no Reino Unido como para os estrangeiros, fazer fila para admissão no próprio dia, mas a capacidade é limitada e não existe garantia de entrada. Só uma muito pequena parte dos interiores do Palácio pode ser vista. Ambas as Casas podem excuir "estranhos" se estes desejarem semtar-se em privado.
  • Tours durante as sessões Parlamentares: os residentes no Reino Unido podem apelar para um deputado ou para um nobre para que lhe seja concedido lugar numa visita guiada ao Parlamento, enquanto este está em sessão. As instituições de educação britânicas também podem conseguir uma visita através dos seus deputados. O sistema para a circulação de estrangeiros, em visita ao Palácio durante as sessões do Parlamento, foi suspenso temporariamente.
  • Abertura de Verão: são permitidas visitas durante os dois meses no Verão em que o Parlamento não está a funcionar. Estas visitas estão abertas tanto aos residentes como aos estrangeiros. São recomendadas marcações antecipadas .
  • Assistência Televisiva: transmissões ao vivo de sessões Parlamentares podem ser vistas na BBC Parliament; quando o Parlamento não está em sessões, são transmitidas sequências filmadas. as sessões também são ocasionalmente retransmitidas nos Estados Unidos via C-SPAN (televisão por cabo).
Desde 1 de Agosto de 2005, segundo uma provisão do "Acto de 2005 do Grave Crime Organizado e Polícia", é proibido realizar protestos sem a permissão antecipada da Polícia Metropolitana dentro de uma área determinada, a qual se estende por meia milha em volta do Palácio.
                                                         O Palácio de Westminster visto da margem Sul do Tamisa.
                                                          
                                                                          O Palácio de Westminster em Londres.

Palace of Whitehall
Palácio de Whitehall (em inglês: Palace of Whitehall) foi um palácio Real e a principal residência dos Reis da Inglaterra em Londres entre 1530 e 1698, quando todo o edifício, com excepção da Casa de Banquetes, desenhada por Inigo Jones em 1622, foi destruído por um incêndio. Antes do incêndio o edifício tinha crescido até se tornar no maior palácio da Europa, com mais de 1.500 salas, sendo ao mesmo tempo o maior edifício do mundo.
O palácio legou o seu nome, Whitehall, ao atual centro administrativo do Governo do Reino Unido.
          O Palace of Whitehall desenhado por Hendrick Danckerts, visto de Oeste. A Casa de Banquetes fica à esquerda.
Índice
1 Localização
2 História
3 Destruição
4 P palácio na atualidade
Localização
Na época da sua maior expansão, o palácio estendia-se sobre a maior parte da área limitada, actualmente, pela Avenida de Northumberland a Norte; a Downing Street quase até à Porta de Derby (Derby Gate) a Sul; aproximadamente até às elevações dos actuais edifícios voltados para a Estrada da Guarda a Cavalo (Horse Guards Road) a Oeste; e para Este até às margens de então do Rio Tamisa (depois dessa época, a construção do Aterro de Vitória reclamou mais terras ao Tamisa) - num total de cerca de 23 acres (93.000 m²).
História
No século XIII, o Palace of Westminster tornara-se o centro do governo na Inglaterra, tendo sido a principal residência londrina do Rei a partir de 1049. A área circundante tornou-se numa zona muito popular e cara. Walter de Grey, o Arcebispo de York comprou uma propriedade na área pouco depois de 1240, chamando-a de Lugar de York (York Place).
Eduardo I de Inglaterra esteve na propriedade em várias ocasiões enquanto se executavam os trabalhos em Westminster, e ampliou o edifício para permitir a acomodação do seu séquito. O lugar de York foi reconstruido durante o século XV e muito ampliado pelo Cardeal Wolsey, passando então a ter como único rival o Lambeth Palace entre as maiores casas de Londres, incluíndo os palácio Reais da cidade. Consequentemente, quando Henrique VIII afastou o Cardeal do poder, em 1530, adquiriu o Lugar de York para substituir Westminster nas funções de principal residência londrina. Inspeccionou, então, os seus tesouros na companhia da sua jovem noiva, Lady Anne Boleyn.
Henrique VIII redesenhou York Place, e mais tarde ampliou e reconstruiu o palácio ao longo da sua vida. Inspirado pelo Richmond Palace, também incluiu um centro recreativo com um camo de bowling, cortes de tênis, um fosso para luta de galos (no local onde se situa o actual nº 70 da Whitehall) e um campo para justas. Estima-se que foram gastas mais de 30.000 libras durante a década de 1540, 50% mais que a construção de todo o Bridewell Palace. Henrique VIII casou com duas das suas esposas no palácio de Whitehall - Anne Boleyn em 1533 e Jane Seymour em 1536. Também foi neste pala´cio que o Rei morreu em Janeiro de 1547. Em 1611, o palácio acolheu a primeira representação conhecida da peça The Tempest, de William Shakespeare.
Jaime I fez algumas alterações aos edifícios, nomeadamente a construção, em 1622, e uma nova Casa de Banquetes (Banqueting House) segundo o desenho de Inigo Jones para substituir ua série de casas de banquetes anteriores datadas do tempo de Isabel I. A sua decoração foi terminada em 1634 com a conclusão de um tecto pintado por Sir Peter Paul Rubens, encomendado por Carlos I. Em 1650, o palácio era o maior complexo de edifícios seculares na Inglaterra, com mais de 1.500 salas. O esboço era extremamente irregular e as suas partes constituintes possuiam tamanhos muito diferentes e vários estilos arquitectónicos. O palácio era mais parecido com uma pequena cidade do que com um único edifício.
Carlos II encomendou trabalhos de menor importância. Tal como o seu pai, faleceu no palácio — mas devido a um AVC, não por execução como o seu progenitor. Jaime II ordenou várias alterações, feitas por Sir Christopher Wren, incluindo uma nova capela concluída em 1687, a reconstrução dos aposentos da Rainha (1688?) e os alojamentos privados da Rainha (1689).
                                                              Uma planta do Palace of Whiyehall, datada de 1680.
Parte da proposta para substituir o Palace of Whitehall, segundo o desenho de Christopher Wren, em 1698. O palácio nunca foi reconstruído.
Destruição
Em 1691, quando o Palácio de Whitehall era o maior e o mais complexo palácio da Europa — e um emaranhado de edifícios — um incêndio destruiu a maior parte das suas antigas estruturas. Isso deu, na verdade, uma maior coesão ao complexo. No entanto, um outro incêndio ocorrido mais tarde, no dia 4 de Janeiro de 1698, destruiu a maior parte dos edifícos residenciais e governamentais restantes. Apesar de algumas reconstruções, constrangimentos financeiros impediram uma reconstrução em larga escala. Na segunda metade do século XVIII, a maior parte do local foi cedido para a construção de casas de cidade.
Durante o incêndio foram destruidas muitas obras primas, provavelmente incluindo o Cupido de Michelangelo, uma famosa escultura comprada como parte das Colecções Gonzaga, no século XVII.
O palácio na atualidade
A Casa de Banquetes é o único edifício do complexo que se mantém na íntegra, apesar de ter sido algo alterado. Ainda existem várias outras partes do velho palácio, frequentemente incorporadas em novos edifícios no complexo governamental de Whitehall. Entre estas encontram-se partes dos antigos cortes de ténis cobertos do tempo de Henrique VIII na Velha Tesouraria e no Cabinet Office(departamento de apoio ao Primeiro-Ministro), no nº 70 da Whitehall.
Com início em 1938, o lado Este do lugar foi novamente desenvolvido com o edifício que agora acolhe o Ministério da Defesa. Um subterrâneo com acesso a partir da Grande Câmara do Cardeal Wolsey, actualmente conhecido como Adega de Vinho de Henrique VIII, um fino exemplo de sala com tecto de tijolo abobadado, com cerca de 70 pés de comprimento por 30 de largura, interferia com a planta do novo edifício e com a rota proposta para a Avenida da Guarda a Cavalo (Horse Guards Avenue). Na sequência de um pedido da Rainha Maria, em 1938, e de uma promessa no Parlamento, foram tomadas providências para preservar a adega. Foi encerrada em aço e concreto, e recolocada nove pés a Oeste e quase 19 pés abaixo, em 1949, quando o edifício foi recomeçado no local, depois da Segunda Guerra Mundial. Esta importante operação foi executada sem qualquer dano significativo na estrutura e, actualmente, a adega permanece a salvo no subterrâneo do edifício.
Alguns entalhes de mármore, originários da antiga capela do palácio (a qual foi construida por Jaime II), podem agora ser vistos na igreja de Burnham on Sea, no Somerset, para onde foram transportados em 1820, depois de terem sido originalmente removidos para a Abadia de Westminster em 1706.
                                  A Casa de Banquetes (Banqueting House), Whitehall, Londres.

White Lodge
White Lodge é um palácio georgiano situado no Richmond Park, na periferia sudoeste de Londres. É uma antiga residência Real, alojando, actualmente, uma escola de ballet, a Royal Ballet Lower School, com estudantes com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos.
                                               Fachada do White Lodge, no Richmond Park.
Índice
1 História inicial
2 Século XIX
  2.1 A família Teck
3 Século XX
História inicial
O White Lodge foi construído como um pavilhão de caça para o Rei Jorge II, pelo arquiteto Roger Morris, pouco depois da sua subida ao trono, em 1727. Originalmente chamado de Stone Lodge, o palácio foi renomeado como New Lodge pouco depois, para se distinguir dum outro pavilhão que lhe ficava vizinho.
A Rainha Carolina, consorte de Jorge II, esteve frequentemente neste pavilhão. Depois da sua morte, em 1737, o pavilhão passou para a posse de Robert Walpole, 1º Barão Walpole, o filho de Sir Robert Walpole, o Primeiro-Ministro de então. Depois da sua morte, em 1751, passou para a filha da Rainha Carolina, a Princesa Amélia. A Princesa, que também se tornou na curadora do Richmond Park, fechou todo o parque ao público, com excepção de amigos distintos e de possuidores de licenças, o que provocou a indignação pública. Em 1758, um processo judicial aberto por um cervejeiro local contra o porteiro do parque derrubou a ordem da Princesa, e o parque foi, uma vez mais, aberto ao público.
A Princesa Amélia Sofia é lembrada por ter adicionado as duas alas brancas ao pavilhão principal, as quais permaneceram até à actualidade. O Primeiro Ministro, John Stuart, 3.° Conde de Bute, tornou-se conservador do parque depois da morte da Princesa, tendo vivido no White Lodge entre 1761 e 1792, ano do seu próprio falecimento. Foi durante a sua administração que o nome White Lodge apareceu pela primeira vez, no jornal de Lady Mary Coke. De acordo com o seu jornal, Lady Mary foi para o Richmond Park com a esperança de capturar um vislumbre de "suas Majestades" (Jorge III e Rainha Carlota), que "estavam sempre na White Lodge num Domingo".
Depois do restauro do palácio motivado pelo mau estado em que estava o edifício no final do século XVIII, Jorge III deu o White Lodge a um outro Primeiro Ministro, Henry Addington, 1º Viscounde Sidmouth, que cercou os primeiros jardins privados do palácio em 1805. Apesar do Rei (afectuosamente chamado de Lavrador Jorge devido ao seu entusiasmo pela lavoura e pela jardinagem) se ter feito a si próprio conservador do parque, Lord Sidmouth foi feito conservador substituto. Entre os mais famosos visitantes ao White Lodge neste período encontra-se Horatio Nelson, 1º Visconde Nelson, no mês que antecedeu a Batalha de Trafalgar. Diz-se que terá explicado os seus planos de batalha a Lord Sidmouth através de desenhos traçados na mesa com um dedo humedecido em vinho.
Século XIX

Depois da morte do Visconde Sidmouth, em 1844, a Rainha Vitória cedeu o palácio à sua tia – a última irmã sobrevivente de Jorge III – Princesa Maria, Duquesa de Gloucester e Edimburgo. Depois da morte desta, em 1857, o Príncipe Alberto, necessitanto dum local isolado para onde levar o seu filho Eduardo, o Príncipe de Gales e futuro Rei Eduardo VII, durante a sua educação, decidiu-se pelo White Lodge. Apesar do Príncipe de Gales considerar a companhia estimulante para os estudos difíceis, o Príncipe Alberto manteve-o aqui em isolamento, com apenas cinco companheiros, seno dois deles tutores. Compreensivelmente, o Príncipe de Gales achou aborrecidos os anos que passou no White Lodge.
Depois do Príncipe de Gales ser enviado para a Irlanda par acontinuar o seu treino, a Rainha Vitória, lamentando desesperadamente a morte da sua mãe, a Duquesa de Kent, recolheu-se no White Lodge com o Príncipe Alberto, nos primeiros meses de 1861. Esta seria a primeira das dua smortes que afligiriam a soberana naquele ano; no dia 14 de Dezembro, o Príncipe Alberto faleceu vitimadopela febre tifóide. A Rainha ficou devastada e nunca mais deixou o luto ao longo dos restantes quarenta anos da sua vida.
A família Teck
Os ocupantes seguintes do White Lodge foram o Príncipe Francis, Duque de Teck, e a sua esposa, a Duquesa de Teck, anteriormente Princesa Maria Adelaide de Cambridge, aos quais foi dado o usofruto do palácio, pela enlutada Rainha Vitória, em 1869. A Princesa Maria Adelaide, uma neta de Jorge III e, portanto, prima direita da Rainha, era famosa pela sua extravagância. Os pedidos à Rainha para aumentar os rendimentos foram infrutíferos, as dívidas foram crescendo e a família teve que fugir para o estrangeiro, durante a década de 1880, para escapar aos credores.
Em 1891, a idosa rainha, ansiosa por encontrar uma noiva para o seu neto, o Príncipe Alberto Victor, Duque de Clarence, decidiu-se pela filha da Princesa Maria Adelaide, Vitória Maria. Depois da morte do Príncipe Alberto Victor, poucos meses antes do casamento, em 1892, Vitória Maria casou com o irmão deste, o Príncipe Jorge, Duque de York, futuro Rei Jorge V, em 1893.
Em 1894, a Duquesa de York deu à luz o seu primeiro filho, o futuro Eduardo VIII, no White Lodge. A Rainha Vitória visitou este palácio, para ver o príncipe, pouco tempo depois. Três anos mais tarde, a Duquesa de Teck faleceu, seguida pelo Duque de Teck em 1900.
Século XX
Depois da morte da Rainha Vitória, o White Lodge esteve na posse privada de uma tal Ms. Hartman, que entrou em bancarrota no ano de1909 devido aos custos de manutenção da propriedade. O palácio regressou ao uso Real em 1923, durante a lua-de-mel do Príncipe Alberto, Duque de York, o futuro Jorge VI e da Duquesa de York. A Rainha Maria, que havia vivido no White Lodge com a sua mãe, a Princesa Maria Adelaide, insistiu que fixassem a sua residência no palácio. No entanto, devido ao vasto número de espectadores, havia ali uma extrema falta de privacidade. O palácio também se encontrava numa localização inconveniente e a manutenção era dispendiosa. O casal desocupou a propriedade pouco depois.
A partir de então, o White Lodge foi ocupado por vários residentes privados, incluindo Arthur Lee, 1º Visconde Lee de Fareham. O último residente privado foi o Coronel James Veitch, que viveu no palácio até 1954. Em 1955, a Royal Ballet School tomou conta das instalações, continuando a utilizá-las até hoje.
                                                        A Duquesa de Teck e a sua família.

Woodstock Palace
Woodstock Palace foi um palácio Real da Inglaterra localizado na cidade de Woodstock, no Oxfordshire.
                                                                  Woodstock Palace.
História
O título de "palácio", aplicado a este edifício, foi usado pela primeira vez durante o século XII, quando este foi favorecido pelo Rei Henrique I. Cerca de 1120, este monarca criou um zoo nos terrenos. O seu neto, Henrique II, também se afeiçoou a Woodstock, tendo passado ali muito tempo com a sua amante, Rosamund Clifford.
O Woodstock Palace foi destruído durante a Guerra Civil Inglesa. No início do século XVIII, o lugar foi cedido pela Rainha Ana ao Duque de Marlborough, para que aí fosse erguido o Blenheim Palace.
Eventos no Woodstock Palace
Entre os importantes eventos que tiveram lugar no Woodstock Palace incluém-se:
  • O casamento de Guilherme I da Escócia com a princesa inglesa Ermengarde de Beaumont (5 de Setembro de 1186);
  • O nascimemto de Edmundo, filho mais novo do Rei Eduardo I (1301);
  • O nascimento de Eduardo, o Príncipe Negro (1330);
  • O casamento de Maria Plantageneta, filha de Eduardo III, com João V, Duque da Bretanha (1361);
  • Aprisionamento da futura Rainha Isabel I de Inglaterra (1554).


Desculpem-me a demora dessa postagem, mais eu não tenho (ainda) uma internet boa, espero que entendam.
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