sexta-feira, 9 de março de 2012

Ano de 2012: Reino Unido - 3° parte #9

Casa de Lancastre
Henrique IV

Henrique IV (3 de Abril de 1366 - 20 de Março de 1413) foi rei de Inglaterra entre 1399 e 1413, o primeiro da dinastia de Lancaster. Henrique era filho de João de Gante, Duque de Lancaster, e neto do rei Eduardo III de Inglaterra. Nasceu no castelo de Bolingbroke no Lincolnshire e, de acordo com o costume da época, passou a ser conhecido como Henrique Bolingbroke.
Apesar de apoiar o primo Ricardo II de Inglaterra no início do reinado deste, depressa os dois homens entraram em conflitos. Henrique acabou mesmo expulso do país e deserdado em 1398. No ano seguinte, o seu pai morre na Aquitânia e Ricardo II confisca todos os seus bens para a coroa. Mas o monarca não era popular nem considerado competente e Henrique valeu-se disso para iniciar uma revolta aberta em 30 de Setembro de 1399. O golpe é bem sucedido e Henrique é coroado rei de Inglaterra a 13 de Outubro, na Abadia de Westminster, iniciando a dinastia de Lancaster. Ricardo II foi deposto e assassinado por precaução no ano seguinte.
Em 1380, Henrique casou com Maria de Bohun, de quem teve vários filhos e filhas. Já rei, Henrique desposou a princesa Joana de Navarra, filha do rei Carlos II, com quem não teve descendência.
O reinado de Henrique foi marcado por várias insurreições populares, nomeadamente no País de Gales e em Inglaterra. O insucesso destas rebeliões deveu-se em parte à habilidade militar do seu herdeiro, o futuro Henrique V.
O fim da vida de Henrique IV foi marcado por problemas graves de saúde devidos a uma doença de pele, possivelmente psoríase ou um sintoma de sífilis. Henrique morreu em 1413 e encontra-se sepultado na catedral da Cantuária.
A sua vida encontra-se retratada em Henrique IV, uma peça em duas partes de William Shakespeare.
Henrique IV era irmão da Rainha de Portugal, D. Filipa de Lencastre (Primeira rainha da dinastia de Avis).
Descendência
De Maria de Bohun:
  • Eduardo (1382)
  • Henrique V, rei de Inglaterra (1387-1422)
  • Tomás, Duque de Clarence (1388-1421), morreu em batalha
  • João, Duque de Bedford (1389-1435)
  • Humphrey, Duque de Gloucester (1390-1447)
  • Branca (1392-1409), casou com Luís III, Eleitor Palatino
  • Filipa (1394-1430), casou com o rei Érico I da Dinamarca, Suécia e Noruega
Governo
Reinado: 1399 a 1413.
Coroação: 13 de outubro de 1399.
Antecessor: Ricardo II de Inglaterra.
Sucessor: Henrique V de Inglaterra.
Vida
Nascimento: 3 de abril de 1366, Castelo de Bolingbroke, Lincolnshire.
Morte: 20 de março de 1413 (46 anos), Westminster.
Consorte(s): Maria de Bahun e Joana de Navarra.
Pai: João de Gante.
Mãe: Branca de Lencastre.
Assinatura:
                                                                        Henrique IV.

Henrique V
Henrique V, (9 de Agosto, 1387 - 31 de Agosto, 1422), foi rei de Inglaterra entre 1413 e 1422. Fez parte da dinastia de Lancaster e era filho do rei Henrique IV Bolingbroke e de Maria de Bohun.
Henrique de Monmouth (assim conhecido por ter nascido no castelo de Gales com o mesmo nome) foi criado longe da corte, uma vez que não era descendente de um pretendente à coroa. Em 1399, o seu pai revoltou-se contra o primo Ricardo II de Inglaterra, acabando por depô-lo e subir ao trono. Esta mudança conferiu um novo estatuto a Henrique, agora herdeiro da coroa e como tal Duque da Cornualha e Príncipe de Gales. Estes títulos não eram só nominais. Henrique encarregou-se desde muito cedo da administração de Gales e em 1403, com apenas 16 anos, liderou os ingleses na batalha de Shrewsbury, que pôs fim à revolta organizada por Henry Percy. Apesar de seriamente ferido em batalha, Henrique sobreviveu e continuou no terreno, lutando até 1408 contra Owain Glyndwr, outro rebelde galês. A partir de 1410, Henrique assumiu o controle da administração, devido ao estado de saúde do pai, cada vez mais débil.
Finalmente em 20 de Março de 1413, Henrique de Monmouth sucede a seu pai como Henrique V. As suas primeiras medidas foram no sentido de pacificar os conflitos internos derivados da violenta subida ao poder do seu pai. Foram emitidas amnistias e reinstituídos como herdeiros os filhos de homens que se opuseram a Henrique IV e morreram por isso. Livre de pressões internas, Henrique dedicou-se à política externa, nomeadamente à sua pretensão à coroa de França e à resolução da guerra dos cem anos que durava já desde 1337. A campanha de 1415 foi marcada pelo sucesso da batalha de Azincourt (25 de Outubro), onde as suas reduzidas tropas derrotaram o grosso do exército francês e dos seus aliados. Em 1417, Henrique renova as hostilidades e conquista a Normandia, enquanto os franceses se encontravam divididos pelas disputas entre Armagnacs e borgonheses. Ruão cai em Janeiro de 1419 e em agosto Henrique acampa com o seu exército sob as muralhas de Paris. Em Setembro João o Temerário, Duque da Borgonha é assassinado e a capital perde qualquer esperança de salvamento. Depois de seis longos meses de negociações, Henrique é declarado herdeiro e regente de França pelo tratado de Troyes e casa com a princesa Catarina de Valois a 2 de Junho de 1420.
Tudo parecia apontar para a união pessoal com a França e Henrique retirou-se, no auge do seu poder, para Inglaterra. A visita a casa durou pouco tempo. Em 1421, o seu irmão Tomás, Duque de Clarence, morreu na batalha de Baugé e obrigou Henrique a regressar ao teatro de operações. O Inverno passado em campanha, no cerco de Meaux, enfraqueceu-lhe a saúde e o rei acabou por morrer de disenteria em Agosto de 1422. O corpo foi transladado para Londres e encontra-se sepultado na Abadia de Westminster.
Henrique V foi sucedido pelo filho homónimo, então um bebé de oito meses, longe de representar o líder forte que se desejava para manter os princípios do tratado de Troyes. Assim, quando Carlos VI de França morreu poucos meses depois, o seu filho ficou à vontade para ignorar os acordos e, apesar de deserdado, reclamar a coroa francesa. Só em 1801 os reis ingleses abdicaram dessa pretensão.
A sua vida encontra-se retratada em Henrique V, uma peça de William Shakespeare.
Governo
Reinado: 21 de março de 1413 - 31 de agosto de 1431.
Coroação: 20 de março de 1413.
Rainha: Catarina de Valois (1401- 1437).
Antecessor: Henrique IV.
Herdeiro: Henrique VI.
Sucessor: Henrique VI.
Casa Real: Casa de Lencastre.
Títulos: Lorde da Irlanda, Duque da Aquitânia, herdeiro e regente do Reino da França.
Vida
Nascimento: 16 de setembro de 1387, Monmouth, Gales.
Morte: 31 de agosto de 1422, Bois de Vincennes, França.
Sepultamento: Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra.
Filhos: Henrique VI (1421-1471).
Pai: Henrique IV (1367-1413).
Mãe: Maria de Bohun (1369-1394).
                                                                           Henrique V.

Henrique VI
Henrique VI de Inglaterra (6 de Dezembro de 1421 - 21 ou 22 de Maio de 1471) foi Rei de Inglaterra entre 1422 e 1461, e depois por um breve período entre 1470 e 1471. Grande parte do seu reinado foi marcado pela guerra das rosas, entre as casas de Lencastre (à qual Henrique pertencia) e de York.
Henrique era filho do rei Henrique V de Inglaterra e da sua rainha consorte Catarina de Valois, princesa de França. Devido à morte prematura do seu pai, foi filho único e subiu ao trono com poucos meses. A regência foi assumida pelos tios João, Duque de Bedford e Humphrey, Duque de Gloucester e a sua mãe foi afastada da corte e da sua educação. Henrique foi coroado rei de Inglaterra aos oito anos de idade, na Abadia de Westminster a 6 de Novembro. De acordo com o tratado de Troyes, foi também rei de França, sendo coroado na Catedral de Notre-Dame de Paris a 16 de Dezembro de 1431. No entanto, Henrique não foi aceite pela maioria dos franceses, que reconheciam ao invés Carlos VII de França como seu monarca, e não é contabilizado como rei deste país.
A subida ao trono de Henrique representou um revés para a política externa de Inglaterra, nomeadamente na questão da guerra dos cem anos, até então governada pelo competente e agressivo Henrique V. O regente e duque de Bedford assumiu o controlo da frente francesa e obteve em nome de Henrique VI alguns sucessos, até ao aparecimento de Joana d’Arc e ao repudio do sobrinho pelos franceses. Depois da morte de Bedford em 1435, uma sucessão de erros militares e diplomáticos custou a perda dos territórios dominados pelos ingleses em França, nomeadamente o Ducado da Aquitânia (em 1449). Em 1453, depois da derrota na batalha de Chatillon, a guerra dos cem anos acaba com a derrota de Henrique VI. Ao atingir a maioridade, o rei mostrou-se um rei inseguro, pouco pragmático e muito influnciável, mais interessado em assuntos de religião que de governo. Em 1445, Henrique casou com Margarida de Anjou, uma mulher ambiciosa que depressa se tornou na verdadeira mão atrás das suas decisões. À medida que a situação em França piorava de dia para dia, aumentou também a instabilidade política em Inglaterra. Vários nobres desagradados com a personalidade do rei e com a influência de Margarida de Anjou, começaram a conspirar para a sua substituição, apoiando a casa de York nas suas crescentes pretensões à coroa. Este facto não passou despercebido a Henrique VI. Em 1453, na época em que Inglaterra perdeu definitivamente a guerra dos cem anos, o rei encontrava-se à beira da depressão e a sua incapacidade ditou a escolha de Ricardo, Duque de York como regente. Para piorar a situação, corria o rumor que o seu filho recém nascido, Eduardo de Westminster, era ilegítimo e que o rei era impotente.
Em 1455, Henrique sente-se restabelecido e retira todos os cargos a Ricardo de York. Esta decisão precipita o confronto aberto; pouco depois as forças de York e os partidários do rei deforntam-se na batalha de St Albans, considerada como o início da guerra das rosas que havia de durar até 1487. Em 1460 os York comandados por Ricardo Neville, Conde de Warwick conquistam Londres e a 4 de Março de 1461, depois da vitória na batalha de Mortimer’s Cross, Henrique VI é deposto e substituído pelo primo Eduardo de York, que se torna Eduardo IV de Inglaterra. Henrique VI é aprisionado na Torre de Londres, sem qualquer influência na vida pública, mas os seus partidários, em particular Margarida de Anjou, continuam a opôr-se aos York.
Aproveitando-se de uma zanga entre Warwick e Eduardo IV em 1466, Margarida consegue que este general se torne apoiante da causa do rei em 1470. Para selar a aliança foi celebrado o casamento entre Anne Neville (filha de Warwick) e Eduardo de Westminster, o príncipe de Gales. Warwick invadiu então Inglaterra, à frente dos lancastrianos e derrotou a casa de York em batalha. Henrique VI foi libertado da prisão e solenemente reinvestido como rei de Inglaterra a 30 de Outubro do mesmo ano. O seu regresso ao poder foi no entanto breve. As sucessivas vitórias de Warwick haviam-no tornado seguro demais para o que valia e fizeram-no tomar atitudes menos diplomáticas para com o ducado da Borgonha. Em resposta, o duque Carlos aliou-se ao exilado Eduardo IV de Inglaterra, conferindo-lhe a ajuda necessária para reaver a coroa. A casa de York venceu a batalha de Tewkesbury a 4 de Maio de 1471, onde o príncipe de Gales morreu nos confrontos. Henrique VI foi uma vez mais deposto e colocado sob prisão na Torre de Londres. Sem querer cometer os mesmos erros do passado, Eduardo IV considerou que seria uma ameaça constante e mandou matá-lo no fim do mês de Maio.
A vida de Henrique VI foi o tema principal de uma peça em três partes de William Shakespeare. Henrique foi o fundador do colégio de Eton e do King’s College da Universidade de Cambridge.
Governo
Reinado: 31 de agosto de 1422 - 4 de março de 1461 e 31 de outubro de 1470 - 11 de abril de 1471.
Coroação: 6 de novembro de 1429.
Consorte: Margarida de Anjou.
Antecessor: Henrique V.
Herdeiro: Eduardo de Westminster (1453-1471)
Sucessor: Eduardo IV.
Títulos: Lorde da Irlanda e Duque da Aquitânia.
Vida
Nascimento: 6 de dezembro de 1421 no Castelo de Westminster.
Morte: 21 de maio ou 22 de maio de 1471 na Torre de Londres, Londres, Inglaterra.
Sepultamento: Capela de São Jorge, Berkshire, Inglaterra.
Pai: Henrique V de Inglaterra (1387-1422)..
Mãe: Catarina de Vlaois (1401-1437).
                                                                        Henrique VI.

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