terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ano de 2012: Reino Unido - 3° parte #6

Casa de Wessex
São Eduardo

Santo Eduardo, o Confessor (cerca 1004 - 5 de Janeiro, 1066) foi o penúltimo Rei saxão de Inglaterra, entre 1042 e 1066. Era filho de Ethelred II e de Ema da Normandia.
Juntamente com o pai, o irmão Alfredo e o resto da família, Eduardo fugiu para a Normandia durante a invasão dinamarquesa de 1013. Permaneceu na corte do Duque da Normandia, Roberto I da Normandia até 1041, data em que foi convidado pelo meio irmão Canuto II a regressar a Inglaterra.
No ano seguinte Canuto II morreu, possivelmente envenenado, e Eduardo subiu ao trono restaurando a dinastia saxã que se iniciara com Alfredo, o Grande.
Eduardo foi coroado a 3 de Abril de 1043 na Catedral de Winchester.
O exílio na Normandia teve bastante influência no reinado de Eduardo, nomeadamente no favor que concedia aos nobres normandos em desfavor dos saxões e dinamarqueses. A discórdia entre os súbditos aumentou e Eduardo acabou por casar com Edite, filha de Godwin, Conde de Wessex, em 1045 para acalmar a situação. O pai de Edite mostrou-se inicialmente favorável, mas depois se revelou um opositor, interessado nas regalias que poderia o reinado inglês oferecer. O casamento não durou nem gerou filhos, pois de comum acordo mantiveram-se castos, já que Eduardo era extremamente religioso, mas Edite e Eduardo se tornaram profundos amigos.
Quando Eduardo morreu em 1066, o seu primo Guilherme, Duque da Normandia declarou-se seu sucessor baseado numa alegada promessa de Eduardo em lhe deixar a coroa de Inglaterra. Os nobres ingleses elegeram Haroldo II, filho de Godwin de Wessex, mas Guilherme invadiu Inglaterra com um exército de 7000 homens e derrotou-o na Batalha de Hastings.
Eduardo encontra-se sepultado na Abadia de Westminster que mandou construir.
Foi canonizado pelo papa Alexandre III, em 1161.
Nascimento: 1003 em Islip, Inglaterra.
Morte: 5 de janeiro de 1066, em Winchester, Inglaterra.
Veneração por: Igreja Católica Apostólica Romana.
Festa litúrgica: 26 de outubro.
Padroeiro: Inglaterra.
                                                             Santo Eduardo, o Confessor.

Haroldo II

Haroldo II Godwinson (em inglês: Harold II Godwinson; cerca 1022 - 14 de Outubro, 1066), o último Rei saxão de Inglaterra, reinou de 6 de Janeiro a 14 de Outubro de 1066. Era filho de Godwin, Conde de Wessex, um dos homens mais poderosos da Inglaterra controlada por Eduardo o Confessor e irmão, entre outros, de Tostig Godwinson e Edite de Wessex, mulher de Eduardo.
Em 1045, Haroldo foi nomeado Conde da Ânglia Oriental e nesta posição importante na hierarquia inglesa, apoiou os esquemas do pai contra os nobres normandos que então detinham a maior influência sobre o rei. Por volta de 1051 foram ambos exilados por cerca de um ano, mas depressa recuperaram as suas terras. Em 1053, Haroldo sucede a Godwin como Conde de Wessex e torna-se na Segunda figura da política inglesa.
Haroldo alcançou a fama militar ao derrotar o rei de Gwynedd Gruffydd ap Llywelyn, que saqueava o País de Gales, em 1063. Depois casou com a viúva de Gruffyd Edite de Mércia, com quem teve dois filhos, apesar de estar casado segundo o ritual dinamarquês com Ealdgyth. Em 1065, Haroldo apoiou a rebelião em Nortúmbria contra o seu irmão Tostig. A atitude valeu-lhe a confiança de Eduardo o Confessor mas destruíu a relação com o resto da sua família. Tostig foge então para a Noruega, onde se junta ao rei Haroldo III, numa aliança que se haveria de provar fatal para ambos.
Eduardo o Confessor morre no princípio de 1066 sem nenhum descendente legítimo ou ilegítimo. Haroldo II é eleito seu sucessor e coroado no dia seguinte, 6 de Janeiro, mas esta decisão não era unanimemente apoiada. Na Normandia, o Duque Guilherme não desistiu da sua pretensão e iniciou preparativos de invasão. Não seria uma ideia original, visto que na Noruega Haroldo III e Tostig Godwinson se preparavam para fazer exactamente o mesmo.
Haroldo II toma então a decisão de lidar com os noruegueses primeiro e dirige-se para o Norte. A 25 de Setembro dá-se a batalha de Stamford Bridge onde Haroldo derrota o seu irmão e o rei da Noruega, que morrem durante os confrontos. Três dias depois chegam as notícias da Invasão Normanda encabeçada por Guilherme. Com cerca de 7000 soldados inimigos à solta no Sul do país, Haroldo não perde tempo e ordena a deslocação imediata do seu exército. A marcha forçada que se seguiu foi extremamente eficiente pois cobriu uma distância de cerca de 400 km em menos de duas semanas. Causou, no entanto, uma extrema fadiga nos homens de Haroldo, que seria importante no decurso dos acontecimentos.
A 14 de Outubro Haroldo enfrentou o exército de Guilherme da Normandia na batalha de Hastings. A tapeçaria de Bayeux retrata a sua morte como resultante de uma seta cravada num olho. O resultado foi uma vitória definitiva dos normandos e a morte de Haroldo em combate. Com a sua morte terminou a linha anglo-saxónica de Alfredo, o Grande e iniciou-se a dinastia Normanda.
Depois da morte de Haroldo, a coroa de Inglaterra passou para Edgar Atheling que no entanto abdicou semanas depois para Guilherme da Normandia.
Relações familiares

A quando da campanha militar de estabeleceu entre 1062 e 1063 contra o rei celta de Gwynedd, Gruffydd ap Llywelyn (c. 1007 - 1063/1064). Tendo-o vencido acabou por incorporar no seu reino os territórios dele. Em março de 1064 veio a casar na cidade de York, com a viúva do Gruffydd, Edith Swanneshaa (ou também Aldgyth ou Edith) (c. 1025–1066), (A pescoço de cisne), de quem teve:
  1. Godwin (b. 1047 -? d. 1072).
  2. Edmund (b. 1049 -? d. 1069).
  3. Magnus (b. 1051 - d. 1068?).
  4. Gytha do Wessex (b. 1053 - d. freira na Palestina, em 3 de outubro de 1098). Foi casada com Vladimir II Monomaco, Grã-príncipe de Kiev (1052 — Kiev, 19 de Maio de 1125).
  5. Gunhilda (b. 1055 - d. 1097), uma freira.
Na altura deste casamento Harold era casado com Edith de Mercia, filha de filha de Alfgar, conde de Mercia (? -1062) e de Aelfgifu. Este casamento não foi aprovado pela Igreja, mas foi possível porque a legislação dinamarquesa, prevalecente no leste da Inglaterra desde a conquista Viking do século IX, permitia a poligamia. Desta união nasceram:
  1. Ulf (n. Chester, XII.1066 -. m. no exílio, ca 1098)
  2. Harold (b. Chester, XII.1066 -. m. no exílio na Normandia, ca 1087)
                                                              Haroldo II de Inglaterra.

Edgar II

Edgar de Wessex (cerca 1052 - cerca 1126) foi o último Rei de Inglaterra anglo-saxão, e apenas nominalmente por poucas semanas após a morte de Haroldo II na batalha de Hastings, abdicando depois para Guilherme da Normandia. Nunca foi coroado, e passou à História como "Edgar, o Ætheling", título que designava o príncipe-herdeiro do trono anglo-saxão.
Edgar era neto de Edmundo II de Inglaterra e filho de Eduardo, o Exilado, que havia sido exilado para a Rússia com poucos meses de vida por Canuto o Grande. Eduardo acabou por ser educado na Hungria, onde casou com Agatha Arpad. Desta união nasceram Edgar Atheling e Santa Margarida, futura rainha da Escócia. Em 1057 Eduardo o Confessor descobriu os familiares que viviam na Hungria e convidou-os a regressar. Como o seu pai morreu pouco depois, possivelmente assassinado pela facção de Haroldo Godwinson, Edgar tornou-se o herdeiro presumível do Confessor.
Em 1066, Eduardo o Confessor morreu e Haroldo passa à frente de Edgar Atheling na sucessão, dado o perigo iminente de invasão e guerra. Depois da morte de Haroldo, Edgar torna-se finalmente rei com cerca de 14 anos. Mas nesta altura já Guilherme, Duque da Normandia se encontrava bem estabelecido no terreno e Edgar é forçado a abdicar no princípio de Dezembro.
Guilherme encarregou-se de Edgar e enviou-o para viver na Normandia como convidado de honra. Nos anos seguintes Edgar organizou uma revolta contra Guilherme juntamente com o rei da Dinamarca. Em 1069 invadiram Inglaterra e conquistaram York, mas o exército normando depressa recuperou o controlo da situação, obrigando Edgar a procurar refúgio na Escócia. No âmbito de um tratado entre Inglaterra e Escócia assinado em 1074, Edgar é entregue a Guilherme, que lhe perdoa novamente e o envia de volta para a Normandia.
Nos anos seguintes continuou a envolver-se na política inglesa, sem grande sucesso. Em 1099, Edgar juntou-se à Primeira Cruzada embora sem grande distinção. A última referência histórica a Edgar data de 1125.
                                                               Edgar II de Inglaterra.

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